Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Giuseppina Bakhita de escrava a Santa


“Se voltasse a encontrar aqueles comerciantes que me raptaram e torturaram, me ajoelharia para beijar as suas mãos, porque se isto não tivesse acontecido, hoje não seria cristã e religiosa.”
São palavras de Giuseppina Bakhita, nascida em Darfur (Sudão) em 1869 e falecida em Schio (Itália) a 8 de Fevereiro de 1947, antes escrava hoje santa. Bakhita foi sequestrada por comerciantes de escravos quando era muito jovem. Maltratada e vendida a um diplomata italiano, foi levada para a Itália onde conheceu uma comunidade de religiosas onde foi acolhida e viveu até à morte.

Foi canonizada em 2000, três anos antes que estalara o conflito em Darfur. Antes de ser proclamada Santa Bakhita, ninguém parecia prestar atenção ao lugar do seu nascimento. Mas quando o conflito irrompeu na sua cidade, as autoridades católicas informaram que os católicos do Sudão começaram a rezar para que o conflito armado terminara. “Posso dizer que ela é um dom de Deus, um verdadeiro dom de Deus” atesta Daniel Adwok, Arcebispo Auxiliar de Khartoum.

O número de católicos neste país de maioria muçulmana é de 2 a 5 milhões, sendo o total da população 40 milhões. A sua fama estendeu-se por todas as partes e algumas comunidades da região Oeste de Darfur, predominantemente muçulmanas, também já ouviram falar da santa.


(Fonte: H2O News)


O exemplo de uma santa da nossa época pode, de certo modo, ajudar-nos a entender o que significa encontrar pela primeira vez e realmente este Deus. Refiro-me a Josefina Bakhita, uma africana canonizada pelo Papa João Paulo II. Nascera por volta de 1869 – ela mesma não sabia a data precisa – no Darfur, Sudão. Aos nove anos de idade foi raptada pelos traficantes de escravos, espancada barbaramente e vendida cinco vezes nos mercados do Sudão. Por último, acabou escrava ao serviço da mãe e da esposa de um general, onde era diariamente seviciada até ao sangue; resultado disso mesmo foram as 144 cicatrizes que lhe ficaram para toda a vida. Finalmente, em 1882, foi comprada por um comerciante italiano para o cônsul Callisto Legnani que, ante a avançada dos mahdistas, voltou para a Itália. Aqui, depois de « patrões » tão terríveis que a tiveram como sua propriedade até agora, Bakhita acabou por conhecer um « patrão » totalmente diferente – no dialecto veneziano que agora tinha aprendido, chamava « paron » ao Deus vivo, ao Deus de Jesus Cristo. Até então só tinha conhecido patrões que a desprezavam e maltratavam ou, na melhor das hipóteses, a consideravam uma escrava útil. Mas agora ouvia dizer que existe um « paron » acima de todos os patrões, o Senhor de todos os senhores, e que este Senhor é bom, a bondade em pessoa. Soube que este Senhor também a conhecia, tinha-a criado; mais ainda, amava-a. Também ela era amada, e precisamente pelo « Paron » supremo, diante do qual todos os outros patrões não passam de miseráveis servos. Ela era conhecida, amada e esperada; mais ainda, este Patrão tinha enfrentado pessoalmente o destino de ser flagelado e agora estava à espera dela « à direita de Deus Pai ». Agora ela tinha « esperança »; já não aquela pequena esperança de achar patrões menos cruéis, mas a grande esperança: eu sou definitivamente amada e aconteça o que acontecer, eu sou esperada por este Amor. Assim a minha vida é boa. Mediante o conhecimento desta esperança, ela estava « redimida », já não se sentia escrava, mas uma livre filha de Deus. Entendia aquilo que Paulo queria dizer quando lembrava aos Efésios que, antes, estavam sem esperança e sem Deus no mundo: sem esperança porque sem Deus. Por isso, quando quiseram levá-la de novo para o Sudão, Bakhita negou-se; não estava disposta a deixar-se separar novamente do seu « Paron ». A 9 de Janeiro de 1890, foi baptizada e crismada e recebeu a Sagrada Comunhão das mãos do Patriarca de Veneza. A 8 de Dezembro de 1896, em Verona, pronunciou os votos na Congregação das Irmãs Canossianas e desde então, a par dos serviços na sacristia e na portaria do convento, em várias viagens pela Itália procurou sobretudo incitar à missão: a libertação recebida através do encontro com o Deus de Jesus Cristo, sentia que devia estendê-la, tinha de ser dada também a outros, ao maior número possível de pessoas. A esperança, que nascera para ela e a « redimira », não podia guardá-la para si; esta esperança devia chegar a muitos, chegar a todos.


(Encíclica "Spe Salvi" 3 - Bento XVI)

Verdade, liberdade, caridade

A luz que Jesus irradia é o esplendor da verdade. Qualquer outra verdade é apenas um fragmento da Verdade que Ele é e que volta para Ele. Jesus é a Estrela Polar da liberdade humana: sem Ele, ela perde a orientação, porque sem o conhecimento da verdade a liberdade perverte-se, isola-se e ruduz-se a estéril arbítrio. Com Ele, a liberdade reencontra-se, reconhece a sua vocação para o bem e exprime-se em acções e comportamentos caridosos.


(Discurso à assembleia plenária da Congregação para a Doutrina da Fé em 10/II/2006 – Bento XVI)

A Igreja e a política

«A Igreja não é um partido político, nem uma ideologia social, nem uma organização mundial de concórdia ou de progresso material, mesmo reconhecendo a nobreza dessas e doutras actividades. A Igreja realizou sempre e continua a realizar um imenso trabalho em benefício dos necessitados, dos que sofrem e de todos aqueles que, de alguma maneira, padecem as consequências do único e verdadeiro mal, que é o pecado. E a todos - aos que são de qualquer forma indigentes e aos que julgam gozar da plenitude dos bens da terra - a Igreja vem confirmar uma única coisa essencial, definitiva: que o nosso destino é eterno e sobrenatural; que só em Jesus Cristo nos salvamos para sempre; e que só n'Ele alcançamos, já nesta vida, de algum modo, a paz e a felicidade verdadeiras».


(Amar a Igreja, nº 10 – S. Josemaría Escrivá de Balaguer)