Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Bíblia é mais do que um livro

D. José Policarpo (Cardeal Patriarca de Lisboa) defendeu esta Terça-feira em Lisboa que o desconhecimento do texto bíblico é uma “forma de iliteracia cultural”.

“Desconhecer a Bíblia não é apenas uma carência do ponto de vista religioso, mas é também uma forma de iliteracia cultural, pois significa perder de vista uma parte decisiva do horizonte onde historicamente nos inscrevemos”, assegurou.

Numa conferência intitulada "Literatura e o drama da Palavra”, proferida no âmbito da exposição Weltliteratur, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, o Patriarca de Lisboa indicou que “a Bíblia não é um livro, é uma biblioteca, comporta dezenas de livros e de autores distintos, de diversas épocas e em variados estilos literários, que vão da narrativa histórica ou simbólica, ao género epistolar e à poesia”.

Na sua conferência, o Cardeal referiu que “a palavra da Bíblia pretende dizer-nos Deus e o que Deus tem para nos dizer, o que desencadeia no leitor a busca do acolhimento de Deus e descoberta da própria vida, à luz do que Deus procura dizer-nos acerca de nós e do conjunto da história da humanidade”.

Num tom intimista, o Cardeal-Patriarca assinalou que “procurei respostas na literatura, mais do que em modelos vivos de pessoas que conhecia. Mais tarde, vim a perceber que estes dois caminhos de procura de respostas se entrecruzam inevitavelmente e se iluminam mutuamente”.

D. José Policarpo considera que “os textos mais apaixonantes são aqueles em que o autor deixa um vasto espaço para o leitor”.

Falando numa “crise da palavra”, o Patriarca de Lisboa quis “implorar a todos os que falam ou escrevem, na Igreja e fora dela, nos palcos da política, da cultura, da comunicação social, que salvem a Palavra, não a matem sufocada pelas «vozes», pois só a Palavra maturada no silêncio será ouvida e desencadeará nos outros caminhos de vida”.

Este responsável lembra que, na Igreja Católica, “a dimensão comunitária garante a objectividade da recepção da mensagem através das gerações. A comunidade crente, que escuta a Palavra e que, escutando-a, se põe a caminho é a mesma que, há muitas gerações, se congrega para escutar”.

“A maneira como receberam a Palavra defende-nos do subjectivismo radical na captação da sua mensagem, embora essa objectividade de sentido, apoiada no ensinamento progressivo da Igreja, nunca feche o texto a novos desafios e a novas descobertas da exigência da caminhada da vida”, acrescenta.

Em conclusão, o Cardeal-Patriarca disse que “um só modelo me atrai e me interpela: Jesus Cristo morto e ressuscitado. Só Ele me desinstala de todos os presentes humanamente conseguidos e me convida a encetar sempre um caminho novo”.


(Fonte: site Ecclesia e foto da Lusa a partir do mesmo site)

Sagradas Escrituras (2)


Antigo Testamento, Deus falou através dos Profetas

Sínodo beneficia a unidade dos cristãos


O Cardeal Walter Kasper, Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, diz que o Sínodo dos Bispos já fortaleceu significativamente as relações ecuménicas.

“Os nosso irmãos protestantes presentes estão muito impressionados com a importância que damos à Bíblia e à sua leitura. Também os nossos irmãos ortodoxos estão especialmente impressionados com a “sinodalidade”, trabalhar em conjunto de forma sinodal, pois é assim que funcionam as Igrejas Ortodoxas.”

No Sábado, 18 de Outubro, o Papa Bento XVI e o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla dirigiram juntos as Vésperas, é a primeira vez que um não católico dirige uma celebração litúrgica num Sínodo. Outra presença não católica notável foi o Rev. Archibald Miller Milloy das Sociedades Bíblicas Unidas, com quem o Cardeal anunciou na terça-feira 14 de Outubro, novas iniciativas de tradução e publicação.“Qualquer diálogo ecuménico deve basear-se na Bíblia. Sobre a Bíblia nos dividimos. Mas por causa da Bíblia devemos chegar novamente à reconciliação.”

No Sínodo, os Bispos conversam sobre a prática da Lectio Divina em comunidades católicas. O Cardeal Kasper acredita que poderá ser usada também em ambientes ecuménicos.

“É uma leitura da Bíblia em oração. Isto deve ser o coração do ecumenismo: juntos ler a Santa Escritura acompanhada pela oração, e encontrar um comum entendimento de Jesus Cristo, chegar a encontrar Deus. Penso que isto é o mais importante para a unidade.”


(Fonte: H2O News)

Bento XVI – “Com o vosso talento musical, vós transferis a atenção do humano para o divino”

Não tendo acesso à gravação do passado dia 13 de Outubro deixo-vos o 1º Movimento da 6ª Sinfonia de Anton Bruckner pela Orquestra Sinfónica de Chicago dirigida pelo Maestro Georg Solti.

«Com alegria repleta de gratidão, saúdo os Wiener Philharmoniker que, no dia de hoje (13 de Outubro 2008) sobadirecção de Christoph Eschenbach pela sétima vez no âmbito do Festival internacional de Música e Arte Sacra, infundem profundo júbilo nos seus ouvintes.

Queridos amigos, com a vossa profissionalidade e com a vossa capacidade artística, conseguis sempre sensibilizar o coração dos vossos ouvintes e fazer vibrar todas as cordas do sentimento humano, levando-os a ouvir a maravilhosa música de Bruckner. Com o vosso talento musical, vós transferis a atenção do humano para o divino. Por isso, digo-vos a todos um cordial Vergelt's Gott!

Na sexta sinfonia traduz-se a fé do seu autor, capaz de transmitir com as suas composições uma visão religiosa da vida e da história. Haurindo do barroco austríaco e da tradição schubertiana do canto popular, poderíamos dizer que Anton Bruckner levou às extremas consequências o processo romântico de interiorização. Ouvindo esta célebre composição na Basílica dedicada a São Paulo, é espontâneo pensar numa passagem da Primeira Carta aos Coríntios onde o Apóstolo, depois de ter falado da diversidade e da unidade dos carismas, compara a Igreja com o corpo humano, composto por membros muito diferentes entre si, mas todos indispensáveis para o bom funcionamento do mesmo (cf. cap. 12). De igual modo, a orquestra e o coro são constituídos por diferentes instrumentos e vozes que, em sintonia recíproca, oferecem uma melodia harmoniosa, agradável ao ouvido e ao espírito. Amados irmãos e irmãs, aproveitemos este ensinamento, que vemos confirmado na extraordinária execução musical que pudemos ouvir».


(Fonte: site da Santa Sé)

O rancor

«O rancor é o descontentamento fundamental do homem consigo mesmo, que se vinga, por assim dizer, no outro, porque através dele não lhe chega aquilo que todavia só lhe pode ser concedido com uma nova abertura da própria alma».


(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)