Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Noite das bruxas

Abóboras, roupas negras, disfarces de bruxa, dentes caninos afiados e perucas com teias de aranha… Há cada vez mais gente a comprar isto, apesar da crise.
São as compras para o “Halloween”, a chamada noite das bruxas que o calendário pagão anglo-saxónico assinala para esta noite.
Gostaria muito mais que a minha opinião de hoje fosse inspirada no calendário cristão, mas infelizmente não é esse o calendário que nos guia…
Não estou a pensar tanto nas crianças, que vão para a escola vestidas de bruxas e fantasmas, porque adoram festas e arranjam todos os pretextos para pedir coisas aos pais.
O problema está nos adultos – os da escola e os de casa - que também alinham nisto. Esta noite em Lisboa, Porto e Braga haverá desfiles de “mortos-vivos” e paradas “zombie” para “aterrorizar quem passa”, porque – dizem eles – “esta é a noite em que as bruxas se reúnem numa festa dada pelo diabo”.

Que tristeza este Portugal!

Aura Miguel


(Fonte: site RR)

Bento XVI – “Não existe contraste entre evolução e criação”


O Santo Padre recebeu em audiência os participantes na assembleia plenária da Academia pontifícia das Ciências. No discurso que lhes dirigiu salientou que a verdade científica em si mesma é uma forma de participação da verdade divina. A ciência assim entendida - acrescentou – pode ajudar a filosofia e a teologia a compreender também melhor a pessoa humana e a revelação de Deus acerca do homem, uma revelação que é completa e perfeita em Jesus Cristo.

A natureza – disse o Papa – é u m livro cuja historia, cuja evolução, cuja escritura e significado nós lemos segundo os diferentes contactos das ciências, mantendo ao mesmo tempo firme o pressuposto da presença fundadora do autor que se quis revelar na natureza.Bento XVI fez referência no seu discurso ao evolucionismo, atacado nos Estados Unidos da parte de muitos intelectuais cristãos, que a ele contrapõem a teoria do desígnio inteligente, segundo o qual a simples evolução não é suficiente para explicar a complexidade do universo, que pelo contrário deve pressupor um criador infinitamente inteligente e sapiente.

O Papa não fez referência a esta tensão considerando no seu discurso a evolução com um dado de facto. Mas deu amplo realce á importância do emergir da ideia de criação no pensamento cristão e no nascimento da própria ciência.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI – “Procurar a sapiência de Deus que liberta da presunção e do orgulho”

Não á falsa sapiência do orgulho humano, o conhecimento em si não pode fazer mal mas gloriar-se dela causa prejuízo ao trabalho intelectual. Afirmou esta (ontem) quinta -feira à noite Bento XVI encontrando na Basílica de São Pedro os professores e alunos das Universidades pontifícias e eclesiásticas de Roma no final da celebração eucarística por ocasião da abertura do ano académico, presidida pelo Cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da congregação para a educação católica.

Referindo-se a São Paulo o Papa observou: “o Apóstolo denuncia o veneno da falsa sapiência que é o orgulho humano. De facto não é o conhecimento em si que pode fazer mal mas a presunção, gloriar-se da meta de conhecimento que se atingiu ou se presume ter atingido. É precisamente daqui – acrescentou Bento XVI- que derivam depois as facções e as discórdias na Igreja e analogamente na sociedade. Trata-se portanto de cultivar a sapiência não segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Segundo Paulo – explicou ainda o Santo Padre – é sempre necessário purificar o próprio coração do veneno do orgulho presente em cada um de nós. Também nós, como São Paulo devemos gritar: quem nos libertará? E também nós podemos receber com ele a resposta: a graça de Jesus Cristo que o Pai nos deu mediante o Espírito Santo.

O pensamento de Cristo, que por graça recebemos - afirmou depois Bento XVI – purifica-nos da falsa sapiência. E este pensamento de Cristo acolhemo-lo através da Igreja e na Igreja, deixando-nos levar pelo rio da sua tradição viva.

Permanecendo fiéis a Jesus que Maria nos oferece, a Cristo que a Igreja nos apresenta podemos empenhar-nos intensamente no trabalho intelectual, livres interiormente da tentação do orgulho e gloriando-nos sempre e só no Senhor.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Sínodo – depoimento D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei e participante

"Na vida dos santos, o encontro com a Palavra de Deus por meio da leitura da Sagrada Escritura produziu uma mudança radical na sua existência. Temos que procurar ter todos, nós, os nossos sacerdotes e os leigos uma profunda sede de Jesus Cristo, vivendo cada cena do Evangelho como um personagem mais. (...) É oportuno que nós, pastores, no sacramento da Confissão recomendemos, com frequência, aos fiéis a leitura do Evangelho, ensinando a participar no que aí se narra e convidando os penitentes a que dêem, também eles, este mesmo conselho aos colegas, familiares, amigos. (...) É necessário fazer o possível para que todos nós, os cristãos, como os santos, procuremos levar estes textos à nossa vida pessoal quotidiana, para a transformar (...) Seria conveniente promover iniciativas para difundir entre os fiéis esta atitude de oração e de recolhimento interior frente ao Evangelho para que incida realmente na nossa vida quotidiana. Além disso, creio que é muito oportuno cuidar da leitura bem feita, quer dizer, realmente vivida, dos textos da Missa, não como una declamação, mas com a certeza de que Deus está a falar com eles e com a comunidade".


(Fonte – site Opus Dei Portugal)

Saber abrir o caminho a Deus

«Mesmo para as pessoas crentes, totalmente abertas a Deus, as palavras divinas não são à primeira vista compreensíveis e esclarecedoras. Quem pede à mensagem cristã a compreensão imediata do que é banal, fecha o caminho a Deus. Onde não há humildade do mistério acolhido, a paciência que recebe em si, conserva e se deixa lentamente abrir ao que não se compreende, aí a semente da Palavra caiu sobre a pedra; não encontro a boa terra».


(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

A civilização da imagem

Em certo país, existia um quartel militar perto de uma aldeia. No meio do pátio desse quartel estava um banco de madeira. Era um banco simples, branco e sem nada de especial. E junto desse banco estava um soldado de guarda. Fazia guarda de dia e de noite. Ninguém no quartel sabia porque se fazia guarda junto a esse banco. Mas fazia-se. Os oficiais transmitiam a ordem e os soldados obedeciam. Ninguém duvidava. Ninguém perguntava. Era assim.

Até que um dia foi trabalhar para aquele quartel um oficial que era diferente. Tinha o mau costume de perguntar o que ninguém perguntava. Perguntou porque se fazia guarda junto a esse banco. Responderam-lhe que era algo que sempre se tinha feito assim. Era uma ordem que se cumpria há muito tempo e funcionava. Logo, não podia estar errada. O oficial pediu então para ver a ordem escrita. Foi necessária uma pesquisa profunda nos arquivos do quartel, que já estavam cheios de pó. Por fim, alguém conseguiu encontrá-la. Dezoito anos, três meses e cinco dias atrás, um coronel tinha mandado que ficasse um soldado de guarda junto a esse banco. Aí estava a ordem. O motivo, escrito em baixo com letra pequena, era que o banco estava recém-pintado e havia o perigo de alguém se sentar.

Esta história pode ajudar-nos a reflectir sobre a importância da actividade de pensar. A importância de não actuarmos com o argumento de que sempre se fez assim. Porque pensar é útil. Pensar é necessário. E pensar com calma revela-se, com frequência, algo profundamente eficaz. Algo que evita a perda de muito tempo. Quantas vezes temos a sensação de que uma coisa correu mal porque não pensámos bem antes de actuar? Porque não actuámos com ponderação? Porque nos deixámos levar pelo imediato?

Este frenesi está muito relacionado com a civilização da imagem na qual vivemos. É um facto que muitas pessoas vêem muitas imagens e lêem pouco ou quase nada. Não porque sejam analfabetas, mas porque parece mais fácil adquirir conhecimentos assim. Assusta conhecer pessoas que passam horas diante da televisão e nem consideram a possibilidade de abrir um livro. «Se uma imagem vale por mil palavras, qual é a utilidade da leitura? Se já vi o filme, para que é que vou ler o livro?».

E esta importância excessiva dada à imagem em detrimento da palavra explica em parte o pensamento débil de muitos. Porque a actividade de pensar articula-se com palavras. Palavras que chegam ao fundo do espírito, que convidam à reflexão e despertam a inteligência. Uma das características mais habituais daqueles que lêem pouco é a pobreza de vocabulário. E isso produz uma pobreza de pensamento. Uma facilidade para actuar como todos. Uma propensão para deixar-se manipular por slogans simplistas. Uma dificuldade para transmitir o próprio pensamento com palavras adequadas. E quem não sabe transmitir aquilo que pensa, o mais provável é que não pense bem.


Pe. Rodrigo Lynce de Faria