Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal de D. Manuel Clemente - Bispo do Porto

Bento XVI – “Que o Natal nos ajude a olhar para o ‘sim ‘ da Virgem Maria”

A poucos dias da festa do Natal somos convidados a fixar o olhar sobre o mistério inefável que Maria guardou durante nove meses no seu ventre virginal: o mistério de Deus Incarnado. Afirmou Bento XVI dirigindo-se aos milhares de fiéis presentes ao meio dia na Praça de S. Pedro para a recitação do Angelus.

Este – explicou é o primeiro fundamento da redenção. O segundo é a morte e ressurreição de Jesus e estes dois pontos fundamentais inseparáveis manifestam um único desígnio divino: salvar a humanidade e a sua história assumindo-as até ao fundo carregando sobre si mesmo inteiramente todo o mal que as oprime.

Segundo Bento XVI este mistério de salvação, além da dimensão histórica tem uma dimensão cósmica: Cristo é o sol de graça que com a sua luz, transfigura e acende o universo á espera.

E o Santo Padre concluiu convidando a olhar para Maria e José que esperam o nascimento de Jesus , aprendendo deles o segredo do recolhimento para saborear a alegria do Natal.

Preparemo-nos – disse o Papa – para acolher com fé o Redentor que vem estar no meio de nós, Palavra do amor de Deus pela humanidade de todos os tempos.

O facto de que precisamente hoje 21 de Dezembro, ao meio dia ocorre o solstício de Inverno, ofereceu ao Papa a oportunidade de saudar todos aqueles que participarão a vário título nas iniciativas para o ano mundial da astronomia, 2009, convocado no quarto centenário das primeiras observações com o telescópio de Galileu Galilei.

Embora sem se referir á questão de Galileu, reabilitado por João Paulo II, Bento XVI recordou que a sua pesquisa não era contra a fé mas finalizada a compreender melhor as leis da Natureza criada por Deus.”Se os céus narram a glória de Deus, também as leis da natureza que durante os séculos tantos homens e mulheres de ciência nos fizeram compreender melhor, são um grande estímulo a contemplar com gratidão as obras do Senhor.

Entre os meus predecessores de veneranda memoria – recordou o Papa – houve cultores desta ciência, como Silvestre II que a ensinou, Gregório XIII, ao qual devemos o nosso calendário, e São Pio X que sabia construir relógios solares.

Bento XVI sublinhou também que a própria colocação da festa do Natal está ligada ao solstício de Inverno, quando os dias no hemisfério boreal começam a alongar-se. A este propósito – acrescentou – talvez nem todos sabem que a Praça de São Pedro é também uma meridiana: de facto o grande obelisco lança a sua sombra ao longo de uma linha que corre na calçada em direcção á fonte que se encontra debaixo da janela do Palácio Apostólico e nestes dias a sombra é a mais comprida do ano. Isto recorda-nos – explicou o Papa – a função da astronomia na escansão do tempo de oração: o Angelus por exemplo recita-se de manhã, ao meio-dia e á noite e com a meridiana que antigamente servia precisamente para conhecer o meio-dia verdadeiro, regulavam-se os relógios.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI na comemoração do sexagésimo aniversário da Declaração das Nações Unidas


Sem uma base ética sólida os direitos humanos permanecem frágeis

Ilustres Senhores e gentis Senhoras

Amados irmãos e irmãs!

Dirijo a minha cordial saudação às Autoridades presentes, em particular ao Presidente da República italiana, às demais Autoridades italianas, ao Gão-Mestre da Ordem de Malta e a todos vós que participastes nesta tarde dedicada à escuta de músicas clássicas, interpretadas pela Brandenburgisches Staatsorchester de Frankfurt, dirigida na ocasião pelo Maestro Senhora Inma Shara. Desejo expressar a ela e aos orquestrais o comum apreço pelo talento e pela eficiência com que interpretaram estes sugestivos trechos musicais. Agradeço ao Pontifício Conselho "Justiça e Paz" e à "Fundação São Mateus em memória do Cardeal François-Xavier Van Thuân" por terem promovido o concerto, que foi precedido do Acto comemorativo do sexagésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, pela entrega do prémio Cardeal Van Thuân 2008 ao Senhor Cornelio Sommaruga, ex-Presidente da Comissão Internacional da Cruz Vermelha, e pela entrega dos prémios "Solidariedade e progresso" ao Padre Pedro Opeka, missionário no Madagáscar, ao Padre José Raul Matte, missionário entre os leprosos na Amazónia, aos destinatários do Projecto Gulunap, pela realização de uma Faculdade de Medicina no Uganda do Norte e aos responsáveis do projecto Villaggio degli Ercolini, para a integração de crianças e jovens rom em Roma. O meu grato pensamento dirige-se também a quantos colaboraram na realização do concerto e à RAI que o transmitiu, alargando, por assim dizer, a "plateia" de quantos dele puderam beneficiar.

Há sessenta anos, a 10 de Dezembro, a Assembleia-geral das Nações Unidas, reunida em Paris, adoptou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que constitui ainda hoje um elevadíssimo ponto de referência do diálogo intercultural sobre a liberdade e sobre os direitos do homem. A dignidade de cada homem só é verdadeiramente garantida quando todos os seus direitos fundamentais são reconhecidos, tutelados e promovidos. Desde sempre a Igreja reafirma que os direitos fundamentais, além das diferentes formulações e do diverso peso que podem revestir no âmbito das várias culturas, são um dado universal, porque está ínsito na própria natureza do homem. A lei natural, escrita por Deus na consciência humana, é um denominador comum a todos os homens e a todos os povos; é um guia universal que todos podem conhecer e em cuja base todos se podem compreender. Por fim, os direitos do homem estão, portanto, fundados em Deus criador, o qual concedeu a cada um a inteligência e a liberdade. Se se prescinde desta sólida base ética, os direitos humanos permanecem frágeis porque privados de fundamento sólido.

A celebração do sexagésimo aniversário da Declaração constitui por conseguinte uma ocasião para verificar em que medida os ideais, aceites pela maior parte da comunidade das nações em 1948, hoje sejam respeitados nas diversas legislações nacionais e, mais ainda, na consciência dos indivíduos e das colectividades. Indubitavelmente um longo caminho já foi percorrido, mas ainda falta completar um longo percurso: centenas de milhões de nossos irmãos e irmãs ainda vêem ameaçados os seus direitos à vida, à liberdade, à segurança; nem sempre é respeitada a igualdade entre todos nem a dignidade de cada um, enquanto novas barreiras são levantadas por motivos relacionados com a raça, a religião, as opiniões políticas ou outras convicções. Por conseguinte, não cesse o compromisso comum para promover e definir melhor os direitos do homem, e sejam intensificados os esforços para garantir que sejam respeitados. Acompanho estes votos com a oração a fim de que Deus, Pai de todos os homens, conceda que construamos um mundo no qual cada ser humano se sinta acolhido com plena dignidade, e onde as relações entre os indivíduos e entre os povos sejam regulados pelo respeito, pelo diálogo e pela solidariedade. Concedo a todos a minha Bênção.

Kiri Te Kanawa canta “White Christmas”

Noite de Natal

Foi assim a primeira Noite de Natal: “Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na pousada” (Lc 2, 7). Em silêncio, veio Deus ao Mundo, criado por Ele. Em silêncio, nós deixámos que Ele nascesse numa gruta. Naquele presépio escuro e frio, o boi e a vaca não estão a mais. Não são um simpático adorno natalício para tornar a gruta mais quente e acolhedora. Aquela húmida cova é a casa deles. É o seu lar. Jesus, Maria e José é que estão lá a mais. Estão lá porque não havia lugar para eles na pousada. Não havia lugar para Deus no Mundo criado por Ele.

Quantas pessoas celebram o Natal sem um lugar para Deus na sua vida! Parece que o aniversariante atrapalha um pouco a festa. O Natal acaba por reduzir-se à festa da alegria, à festa da paz, à festa da família. Tudo isso é verdadeiro, mas não é a essência do Natal. A essência do Natal é a vinda de Deus ao mundo. É o aniversário de Jesus Cristo.

Por isso, cada Natal devia representar para nós um novo encontro pessoal com Deus. Deus que se fez uma criança para que nos aproximemos d’Ele com confiança. O Natal fala-nos de alegria. Da alegria de nos sabermos filhos de Deus. O Natal fala-nos de paz. Da paz que procede de deixar que Deus nasça no nosso coração. O Natal é também a festa da família. Da família dos filhos de Deus nesta Terra. Isso é a Igreja. No entanto, o Natal perde o seu sentido mais profundo se nos esquecemos do aniversariante.

“Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura”. Tão simples acontecimento é a medida do nosso tempo. Contamos os anos a partir dessa Noite Santíssima, dessa Noite Feliz, dessa Noite de Paz. É o marco que divide a História. E porque é que Ele veio ao Mundo? Será que veio somente para facilitar a contagem do tempo? Será que veio somente para termos todos os anos uma Noite de Natal?

A resposta é do próprio Jesus: “Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Veio para que O recebêssemos. Veio para que acreditemos n’Ele. Veio para nos revelar que valemos muito. Veio para nos dar a vida eterna, o maior desejo que temos no coração.

“Ó Noite Santa! Tu uniste para sempre Deus e o homem. Tu nos renovas a esperança. Tu nos enches de assombro. Tu nos garantes o triunfo do amor sobre o ódio, da vida sobre a morte. No silêncio luminoso do Natal, Deus continua a falar-nos. E nós estamos prontos para ouvi-Lo” (João Paulo II).

Para todos um Santo Natal, precedido de uma boa preparação espiritual. Arranjemos a nossa pousada. Que Ele possa nascer nela na próxima Noite de Natal.


Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Mozart Gran Misa en do m. -10. Et Incarnatus est (Bernstein)



Último concerto dirigido por Leonard Bernstein em Abril de 1990, W. A. Mozart eleva-nos até muito próximo do Senhor no Seu Reino e Bernstein, de origem judaica, e todos os músicos e intérpretes, pela excepcional qualidade da sua interpretação, ajudam-nos a aproximar do Paraíso.

Este concerto está subdividido em 11 vídeos, publicá-los-emos à cadência de um por Domingo em louvor do Senhor e para nosso gáudio e elevação espiritual.

Votos de um Bom Domingo do Senhor!