Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 31 de janeiro de 2009

O Vaticano II e o gesto de paz do Papa - Editorial

Há meio século, a 25 de Janeiro de 1959, o anúncio do Vaticano II feito por João XXIII foi uma clamorosa surpresa, que de repente ultrapassou os confins visíveis da Igreja católica. Já no dia seguinte o arcebispo de Milão que em 1963 se teria tornado Paulo VI definiu o futuro concílio um "acontecimento histórico de primeira grandeza", isto é "grande hoje, para amanhã; grande para os povos e para os corações humanos; grande para a Igreja inteira e para toda a humanidade".

O Cardeal Montini que seguiu as pegadas do predecessor, fazendo seu o concílio e assumindo a sua guia, tão discreta e paciente como determinada e firme viu imediatamente e com clareza, as perspectivas históricas e religiosas do Vaticano II. A mais vasta assembleia jamais celebrada na história foi intuída e aberta por um Papa de setenta e nove anos, um século depois da interrupção do Vaticano I (querido por Pio IX quase com a mesma idade), trazendo com coragem à luz uma ideia já lançada sob os pontificados de Pio XI e Pio XII. Aos sete anos da preparação e da celebração do concílio (1959-1965) seguiram-se os decénios da sua recepção, não concluída pense-se no período necessário para a aplicação dos decretos tridentinos que remodelaram o catolicismo e que foi o tema, em 1985, de uma assembleia sinodal querida por João Paulo II, que viveu o concílio como jovem bispo. Uma recepção controversa e não fácil devido à incidência das decisões conciliares na vida da Igreja, na liturgia, na missão, nas relações com as outras confissões cristãs, com o judaísmo, com a afirmação da liberdade religiosa, na atitude em relação ao mundo.

Último Papa que participou plenamente e com paixão como jovem teólogo no concílio, Bento XVI traçou em 2005 a interpretação católica do Vaticano II: um acontecimento que deve ser lido não na lógica de uma descontinuidade que, absolutizando-o, o isolaria da tradição, mas na da reforma, que o abre ao futuro. Um concílio que, como todos os outros, deve ser historicizado e não mitizado, inseparável dos seus textos, que precisamente sob o ponto de vista histórico não podem ser contrários a um suposto "espírito" do Vaticano II.

Os bons frutos do concílio são numerosos e entre eles encontra-se agora o gesto de misericórdia em relação aos bispos excomungados em 1988. Um gesto que teria agradado João XXIII e os seus sucessores, e uma oferta límpida que Bento XVI, Papa de paz, quis tornar público em coincidência com o aniversário do anúncio do Vaticano II, com a intenção clara de ver depressa sanada uma ruptura dolorosa. Intenção que não será ofuscada por inaceitáveis opiniões negacionistas e atitudes em relação ao judaísmo de alguns membros das comunidades às quais o bispo de Roma estende a mão.

Após meio século do anúncio, o Vaticano II está vivo na Igreja. Assim como o concílio permanece nas mãos de cada fiel para que o testemunho de quantos crêem em Cristo seja mais claro e forte no mundo.

Giovanni Maria Vian (Director)

Bento XVI – “que da actual crise mundial, brote a vontade comum de dar vida a uma nova cultura da solidariedade e da participação responsável”

Bento XVI recebeu em audiência neste sábado no Vaticano, os dirigentes da confederação italiana sindical dos trabalhadores, que há 60 anos dava os primeiros passos tomando parte activa na fundação do sindicato livre internacional levando o contributo dos princípios da doutrina social da Igreja e a pratica de um sindicalismo livre e autónomo de formações politicas e dos partidos.

No discurso proferido neste sábado o Santo Padre salientou que o grande desafio e oportunidade que a preocupante crise económica do momento convida a saber colher é aquela de encontrar uma nova síntese entre bem comum e mercado, entre capital e trabalho.

“Para superar a crise económica e social que estamos a viver, sabemos que é necessário um esforço livre e responsável da parte de todos; isto é, é necessário superar os interesses particulares e de sector, de maneira a enfrentar juntos e unidos as dificuldades que investem cada âmbito da sociedade, de maneira especial o mundo do trabalho.

Nunca como hoje se adverte uma tal urgência; as dificuldades que abalam o mundo do trabalho levam a uma efectiva e mais serrada concertação entre os múltiplos e diferentes componentes da sociedade”.

O auspício - disse o Papa a concluir – é que da actual crise mundial, brote a vontade comum de dar vida a uma nova cultura da solidariedade e da participação responsável, condições indispensáveis para construir juntos o futuro do nosso planeta.

(Fonte: site Radio Vaticana)

O Evangelho de Domingo dia 1 de Fevereiro de 2009


São Marcos 1, 21-28

Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas.

Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.

Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!».

E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.

Ave Maria - J.S. Bach / Gounod - violinista, Linda Brava

Maratona de oração para pedir paz na Terra Santa

Neste Sábado, 31 de Janeiro, mais de 400 cidades do mundo celebram o "Dia internacional de intercessão pela paz". Trata-se de uma maratona de 24 horas de oração pela paz na Terra Santa, com celebrações eucarísticas e momentos de oração.

A iniciativa vai envolver grupos, ordens religiosas e associações na Europa, Estados Unidos da América, América do Sul, África e Austrália. Participarão fiéis de cidades como Roma, Nova Iorque e Cracóvia ou de pequenos centros no Peru e em Moçambique.

Na paróquia da Sagrada Família de Gaza, está programada uma Missa às 13h00, e na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, a iniciativa será inaugurada às 05h30 da manhã. O Dia internacional de intercessão pela paz é promovido por quatro associações ligadas à Igreja Católica. Para facilitar a adesão, os organizadores activaram também um grupo temático no Facebook, intitulado "Queremos a paz na Terra Santa".

(Fonte: site Radio Vaticana)

Casar-se ou juntar-se?

Perguntei-lhes se alguma vez tinham pensado em casar-se. Olharam para mim admirados. Então ele, com um sorriso de quem perdoa uma pergunta tão ingénua, tomou a iniciativa de responder. «Casar-se? Para quê? Já nos amamos e isso é o importante. Que sentido tem uma cerimónia exterior que não acrescentará nada ao nosso amor? Queremos um amor genuíno! Queremos um amor livre! Queremos um amor sem nenhum tipo de coacção! Este modo de actuar parece-nos muito mais sincero. Não necessitamos de nenhum tipo de ataduras. Ataduras que cortariam as asas da nossa liberdade». Ela concordava com a cabeça. Todo o raciocínio do namorado parecia lógico. Estava de acordo com ele. Não havia fissuras na sua argumentação.

À primeira vista, parece que o casamento significa uma perda de liberdade. Se uma pessoa decide casar-se, perde a capacidade de voltar a fazê-lo no futuro. Se a liberdade se entende somente como capacidade de escolha, sem dúvida que o casamento significa a perda dessa capacidade. Mas será que a liberdade é somente isso?

Hoje em dia, o casamento é muitas vezes visto como uma realidade oficial, formal e sem muito valor. Um convencionalismo antiquado. Uma instituição que “acorrenta” com elementos objectivos e escravizantes uma relação subjectiva e livre. A liberdade fica “atada”. A liberdade fica “obrigada” no futuro. Não parece sensato introduzir elementos “coactivos” numa relação livre. Introduzir elementos objectivos numa relação subjectiva.

É uma visão simplista. Assim como a noz não é somente a sua casca, o casamento não é somente a sua cerimónia exterior. O casamento é um vínculo que se cria a partir da livre vontade daqueles que se casam. O “sim” que pronunciam transforma-os. É um “sim” que compromete. A partir desse “sim”, o futuro fica determinado pelo “tu”. Quem ama de verdade não deseja ser nem viver sem aquele que ama. Não deseja um futuro sem o outro. Seria um futuro sem sentido. Sem sentido também para a liberdade do “eu”.

Quem ama de verdade deseja a fusão. Deseja um “nós” em lugar do “eu” e do “tu”. Deseja o compromisso que é o que dá origem ao “nós”. Um compromisso que não somente não tira a liberdade, mas liberta. Liberta o “nós” dos perigos do egoísmo e do orgulho. A eternidade no amor não pode vir da mera atracção mútua. Nem do simples enamoramento afectivo. Nem dos sentimentos românticos, por muito sinceros que eles sejam. A eternidade no amor só pode vir da liberdade que não teme comprometer-se sem condições.

Por isso, “juntar-se” não é a mesma coisa que casar-se. “Juntar-se” não muda o “eu”. Só muda as circunstâncias em que o “eu” vive. Pelo contrário, casar-se (comprometer-se de verdade), transforma o “eu”. Surge o “nós”. Um “nós” que será capaz de gerar vida e que cuidará dessa vida. Um “nós” que resistirá às intempéries, porque está protegido pela liberdade responsável daqueles que se amam de verdade.


Pe. Rodrigo Lynce de Faria

S. João Bosco (1815-1888)

Fundador e pai da família salesiana, viveu no apostolado a frase de São Dionísio: "Das coisas divinas a mais divina é cooperar com Deus para salvar as almas".

São João Bosco nasceu em 1815 próximo a Turim. Com dois anos de idade perdeu o pai, sendo que a mãe Dona Margarida batalhou contra a pobreza para criar seus filhos. Tamanha era a luta desta mãe, que diante do chamado de João ao sacerdócio, disse-lhe: "Eu nasci na pobreza, vivi sempre pobre e desejo morrer pobre. Se tu desejas tornar-te padre para ficar rico, eu nunca irei te visitar".

Providencialmente, todos os desafios e durezas da vida fizeram do coração do sacerdote, de vinte e seis anos então, um homem sensível aos problemas dos jovens abandonados ou que viviam longe de suas famílias como operários. Desta realidade começou a desabrochar o carisma que concretamente construiu os Oratórios, que eram - como ainda são - lugares de resgate das almas dos jovens. O método de apostolado de D. Bosco era o de partilhar em tudo a vida dos jovens; para isso abriu escolas de alfabetização, de artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional (Oficinas de S.José); foi pioneiro dentro da educação em instituições católicas na educação preventiva com o accompanhamento individualizado de cada jovem, versus a prática até então da educação repressiva. Por esta razão, a Igreja reza: "Deus suscitou São João Bosco para dar à juventude um mestre e um pai".

Mesmo incompreendido por muitos e acusado de louco, conseguiu atrair a tantos jovens, que fundou a Congregação dos Salesianos, cujo nome é em homenagem à protecção de São Francisco de Sales. Também colaborou para o surgimento do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. De porte atlético, memória incomum, inclinado para a música e arte, D. Bosco tinha uma linguagem fácil, espírito de liderança e era óptimo escritor. Este grande apóstolo da juventude foi elevado para o céu no dia 31 de Janeiro de 1888, na cidade de Turim, e segundo os médicos a causa de sua morte deveu-se a exaustão física, consonante com o que afirmava ser o motivo da sua vida, estar neste mundo para o próximo.

São João Bosco - Apóstolo da Juventude

Bispo Williamson pede desculpa ao Santo Padre

Em carta dirigida ao Cardeal Castrillón Hoyos e publicada no seu blogue http://dinoscopus.blogspot.com/ o Bispo Williamson pede a este prelado que faça chegar ao Santo Padre as suas sinceras desculpas por haver provocado tantas dificuldades e problemas desnecessariamente com as suas declarações imprudentes, terminando com uma citação do Profeta Jonas I, 12:

«Pegai em mim e lançai-me ao mar, e o mar se acalmará, porque por minha causa é que vos sobreveio esta grande tempestade.»


Texto integral na versão original em inglês:

«To His Eminence Cardinal Castrillón HoyosYour EminenceAmidst this tremendous media storm stirred up by imprudent remarks of mine on Swedish television, I beg of you to accept, only as is properly respectful, my sincere regrets for having caused to yourself and to the Holy Father so much unnecessary distress and problems.

For me, all that matters is the Truth Incarnate, and the interests of His one true Church, through which alone we can save our souls and give eternal glory, in our little way, to Almighty God. So I have only one comment, from the prophet Jonas, I, 12:

"Take me up and throw me into the sea; then the sea will quiet down for you; for I know it is because of me that this great tempest has come upon you."

Please also accept, and convey to the Holy Father, my sincere personal thanks for the document signed last Wednesday and made public on Saturday. Most humbly I will offer a Mass for both of you.

Sincerely yours in Christ

+Richard Williamson»

O Evangelho do dia 31 de Janeiro de 2009

São Marcos 4, 35-41

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos:

«Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações.

Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água.

Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada.

Eles acordaram-n’O e disseram:

«Mestre, não Te importas que pereçamos?».

Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto».

O vento cessou e fez-se grande bonança.

Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?». Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros:

«Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».