Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 24 de março de 2009

"Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais" (Mc 8,18)

A prostituição eclesiástica e a Paixão do Papa

Nuno Serras Pereira

23. 03. 2009

1. Haverá aí alguém que não tenha ouvido falar num Bispo, até há pouco desconhecido, chamado Williamson? Creio que ninguém ignorará o grande clamor que se levantou por todo o mundo e mesmo na Igreja a propósito das suas disparatadas, ingénuas ou imbecis, maliciosas ou simplesmente apatetadas, afirmações sobre o holocausto perpetrado pelos nazis ao povo judeu. É fácil de compreender a grave apreensão que esse pronunciamento público provocou, principalmente nos sobreviventes e familiares dos que padeceram e morreram vítimas daquela monstruosa injustiça. Se hoje é ponto assente, não subsistindo dúvidas, sobre a enormidade e extensão daquele genocídio maquiavélico, entende-se também, muito bem, a perigosidade de tais declarações, uma vez que poderá contribuir, em certa medida, para gerar ou incrementar movimentos anti-semitas que advoguem que tudo não tenha passado de um delírio ou de uma propaganda dolosa, por parte desse povo, com objectivos inconfessáveis. Concebida a suspeita, a desconfiança, e com esta a hostilidade, tende a crescer dando à luz desentendimentos, discórdias, agressividades, perseguições, etc.

No entanto, tanto quanto nos é dado saber, este Bispo, que recordemo-nos está suspenso a divinis, nunca promoveu a ideologia nazi, aceitando plenamente as pesadas e implacáveis condenações que da mesma fizeram os Papas Pio XI e Pio XII, e nunca matou nenhum judeu.

Nos dias de hoje há um outro holocausto – a palavra é do Papa João Paulo II – o do aborto. Este genocídio foi advogado, propagandeado, promovido e votado por muitos que várias instituições católicas, desde a RR à UCP, têm como colaboradores ou convidados a debater e palestrar sobre os mais variados assuntos, inclusive acerca da licitude deste crime que João Paulo II classificou como o mais perverso e abominável.

O Bispo Williamson nunca, mas mesmo nunca, seria convidado ou autorizado a palestrar sobre qualquer tema, mesmo que fosse o do amor aos inimigos, como o são os promotores do holocausto contemporâneo.

Parece-me, pois, que isto só poderá significar o seguinte: quem manda na Igreja em Portugal não se rege por princípios e valores, mas pela popularidade e benefícios que pode ganhar. O que me leva a concluir que se o anti-semitismo estivesse de moda, contasse com maiorias, tivesse a comunicação social a seu favor e mandasse no estado, o Bispo Williamson e outros como ele, talvez mesmo Goebbels, caso fosse vivo, seguramente teriam as mesmas atenções e gozariam da mesma presença na RR, na UCP e em outras instituições da Igreja. As Sagradas Escrituras ao indicarem este tipo de comportamento chamam-lhe prostituição.

2. O Papa Bento XVI tem aquele traço que caracterizava Jesus Cristo, de Quem é vigário na Terra. Quando ensina, pela palavra ou pelo exemplo, desencadeia vendavais. Foi o que aconteceu agora, mais uma vez, a propósito de preservativo. Porque disse a verdade, a comunidade internacional, constituída por políticos, grandes multinacionais farmacêuticas, comunicação social, membros da hierarquia da Igreja, movimentos de controlo demográfico, instituições eugenistas, etc., formaram furacões, cuja característica parece ser a de, por incapacidade de se abrirem para irem ao encontro do outro, rodopiarem sobre si mesmos levando a destruição e desolação a toda a parte. O Santo Padre foi, de novo, flagelado pelos grandes deste mundo, acusado injustamente, condenado na praça pública. O semanário português Expresso ultrapassou ignobilmente em infâmia os algozes que coroaram Cristo de espinhos, ao encapuzar o representante do mesmo Cristo com aquele látex posto ao serviço da promiscuidade imunda que domina grande parte do mundo.

O Norte e o Ocidente rasgaram hipocritamente as faustosas e luxuriosas vestes arguindo o Papa de ser responsável por um genocídio sexual, como se a castidade e a fidelidade no matrimónio pudessem liquidar alguém! Este mesmo multimilionário Noroeste que atulha África de preservativos mas que é incapaz de auxiliar esse continente num verdadeiro combate à malária que mata muito mais que a sida; que ignora as mães que têm de andar 40 quilómetros a pé para arranjarem uma aspirina para o seu filho doente, ou 10 quilómetros para irem buscar água; que assistiu impávido e sereno aquele tenebroso e imenso genocídio do Ruanda. Este Noroeste que censura a informação verdadeira e cientificamente comprovada do incentivo à promiscuidade que as suas campanhas do látex imundo têm promovido com o consequente aumento exponencial das doenças sexualmente transmissíveis, algumas incuráveis e outras mais mortais que a sida. Em 20 anos, por exemplo, nos USA elas subiram de três para cerca de vinte. O preservativos é incapaz de deter o vírus do papiloma humano (HPV) que é responsável por muito mais mortes que a sida. E o vírus desta, com o decorrer do tempo, acabará inevitavelmente, mesmo com o uso consistente do preservativo, em virtude do chamado "efeito roleta russa", por contagiar quem o usa. Isto quem o afirma não é a Igreja mas sim a IPPF a maior organização não governamental do mundo que se dedica ao incentivo do aborto, da promiscuidade sexual, da contracepção e do preservativo.

Não por acaso Edward C. Green, Director do projecto de investigação sobre a sida do Centro de Estudos, da Universidade de Harvard (USA), para a População e Desenvolvimento veio a terreno defender o Papa Bento XVI: "O Papa tem razão, ou dito de outra maneira, as melhores provas que temos estão de acordo, suportam, as palavras do Papa". E continuou " os nossos estudos, incluindo o US – funded Demographic Healt Surveys’, mostram uma associação consistente entre a maior disponibilidade e uso de preservativos e uma taxa mais alta (não mais baixa) de infecção por HIV."

Os médicos que trabalham em África sabem-no bem. Em entrevistas, por estes dias, ao Avvennire afirmaram categoricamente que não é possível diminuir o contágio sem uma alteração radical dos comportamentos. E que só onde ela se deu é que se verificou uma diminuição substancial do mesmo. Sendo porventura os exemplos mais eloquentes o Uganda, em África, e as Filipinas, no Pacífico.

Acima falei de vendaval e logo a seguir dos furacões. Espero que não se tenha entendido que eu atribuía a responsabilidade por estes últimos ao Santo Padre. Não! Estes devastadores como são devem ser atribuídos ao império que as potestades malignas exercem sobre os grandes deste mundo. Os vendavais, pelo contrário, são causados pelo Espírito Santo, como no Pentecostes, e suscitam conversões e adesão a Jesus Cristo e à Sua Igreja. É isso mesmo que verificamos com o Papa Bento XVI. Bem podem as autoridades mundanas e algumas eclesiásticas arreganhar-lhe o dente e rosnar-lhe impropérios que o povo simples está com ele e segue-o avidamente, como outrora seguia Jesus.


(Fonte: Infovitae, título/citação de São Marcos da responsabilidade de JPR)

Bento XVI – comentários italianos

A missiva (carta ao episcopado), ao contrário do que disseram alguns, reforça o prestígio de Bento XVI, que se vê a si próprio não como poderoso entre poderosos, mas como a custódia de uma Verdade que não é sua, que lhe foi confiada e que a todo o custo deve defender.

Bento XVI não pensa sequer naquele Concilio Vaticano III que alguns invocam, para reformar ainda mais as instituições e para adaptar a moral evangélica ao politicamente correcto da moda. Preocupações dos clericalistas.

Vittori Messori in “Corriere della Sera” (tradução JPR)



O Papa Bento está mostrando uma coragem ao assumir publicamente o que é raro ver-se nos líderes políticos: refiro-me à carta aos bispos de há alguns dias, à admissão de erros, ao modo atento em dar resposta com argumentos sobre argumentos ao mundo católico e não católico. Prosseguindo contemporaneamente em frente com a verdade.


Lucia Annunziata in “La Stampa” (tradução JPR)

D. José Policarpo fala do aborto e da eutanásia, como «destruições da vida» e da dignidade do ser humano

O Cardeal-Patriarca de Lisboa lamentou que hoje se viva num “ambiente cultural” que “permite agressões destruidoras nessa biodiversidade e legaliza destruições da vida humana, tanto no seu início no seio materno, como na fase terminal da existência terrena”.

“Proclamam-se, solenemente, os direitos do homem e a sua dignidade, mas pactua-se, tolera-se ou promove-se mesmo a violação contínua desses direitos”, disse este Domingo, na Sé Patriarcal, durante a quarta catequese quaresmal, dedicada ao tema “A Palavra e a Vida”. Segundo D. José Policarpo, na sociedade actual “não se é capaz de integrar harmonicamente na compreensão da vida, a sua grandeza e a sua precariedade e o sofrimento aparece incompatível com uma certa compreensão da felicidade”.

O Cardeal contrapôs a este estado de coisas as convicções profundas dos cristãos, para quem tudo parte “da Palavra de Deus, que nos revela e nos comunica a vida, que nos convida a enquadrar a nossa existência presente no horizonte alargado da sua plenitude e da sua verdade definitiva. Só assim poderemos influenciar uma cultura da vida comum a toda a sociedade”.

“Devemos partilhar a vida, porque na sua fonte divina ela é dom e partilha. Para nós cristãos, viver na fidelidade é sermos fiéis a Jesus Cristo”, acrescentou.

Para D. José Policarpo, “se Deus é a fonte da vida, nós aspiramos à plenitude e à eternidade. Participamos na vida divina, que se tornou próxima da nossa realidade em Jesus Cristo e vivemos ao ritmo da vida em Deus”.

“A vida humana deixa de ser um fenómeno, analisado pela ciência, circunscrito no tempo, reduzido às nossas capacidades de viver. A nossa vida é a mesma de Deus, dom contínuo do Espírito de Cristo ressuscitado. É em Deus que a nossa vida adquire a dimensão da eternidade”, apontou.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Alguns lugares-chave da vida das sociedades africanas (3)

3. A área sociocultural

30. Os povos africanos mantêm, em numerosas regiões do continente, um amor profundo pela sua cultura. Os artistas, os músicos, os escultores, etc., dão largas ao seu génio por meio de obras cada vez mais reconhecidas. Reconhecemos que o enraizamento cultural condiciona o desenvolvimento integral dos indivíduos e das colectividades. Assim, homens e mulheres do continente se associam para promover a herança cultural do seu território. Alguns Estados empenharam-se nisso com resolução. Será que estas acções concertadas permitirão salvaguardar os valores africanos autênticos de respeito pelos anciãos, de respeito pela mulher como mãe, da cultura da solidariedade, da ajuda recíproca e da hospitalidade, da unidade, do respeito pela vida, da honestidade e da verdade, da palavra dada, etc., ameaçadas por valores oriundos de outros continentes e difundidos através do fenómeno da globalização?


31. A desfiguração da identidade cultural conduziu a um desequilíbrio interior das pessoas que se manifesta no relaxamento moral, na corrupção e materialismo, na destruição do casamento autêntico e da noção de uma família sadia, no esquecimento das pessoas idosas e na negação da infância. Uma cultura da violência, da divisão, do guerrilheiro-herói instalou-se na sequência dos conflitos armados. Parece que um processo organizado de destruição da identidade africana esteja em marcha sob o pretexto da modernidade. E essa será tanto mais eficaz quanto mais o analfabetismo se mantiver, devido ao fraco investimento na educação pelos poderes públicos. A educação da juventude é, assim, abandonada à influência dos anti-valores propagados pelos mass media, por certos políticos e outras figuras públicas.


32. Certas crenças e práticas negativas das culturas africanas exigem, todavia, uma vigilância particular: a feitiçaria dilacera as sociedades rurais e urbanas e, em nome da cultura ou da tradição ancestral, a mulher torna-se uma vitima dos preceitos em matéria de herança e dos ritos de viuvez, da mutilação sexual, do casamento forçado, da poligamia, etc.


33. É nestas diferentes áreas que as Igrejas particulares se sentem interpeladas e esperam tanto do discernimento dos Padres sinodais à luz da Revelação.


INSTRUMENTUM LABORIS II, 2, 30-32


(Fonte: site da Santa Sé)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja Sobre os mistérios, 24s (trad. breviário rev.)

«Queres ficar são?»

O paralítico da piscina de Betzatá esperava um homem [para o ajudar a descer à piscina]. Quem era esse homem, a não ser o Senhor Jesus, nascido da Virgem? Com a Sua vinda, Ele não prefigurou apenas a cura de algumas pessoas; Ele era a própria verdade que cura todos os homens. Por conseguinte, era Ele que se esperava que descesse, Ele de Quem Deus Pai disse a João Baptista: «Aquele sobre Quem vires o Espírito descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo» (Jo 1, 33). [...] Então, por que desceu o Espírito como uma pomba, se não para que tu a visses e reconhecesses que a pomba enviada da arca por Noé, o justo, era uma imagem desta outra pomba, de modo a que nela reconhecesses a prefiguração do sacramento do Baptismo? [...]

Podes estar ainda na dúvida, quando o Pai proclama para ti de maneira indubitável no Evangelho: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o Meu agrado» (Mt 3, 17); quando o Filho o proclama, Ele sobre Quem o Espírito Santo se manifestou sob forma de pomba; quando o Espírito Santo também o proclama, Ele que desceu sob forma de pomba; quando David o proclama: «A voz do Senhor ressoa sobre as águas, o Deus glorioso faz ecoar o seu trovão, o Senhor está sobre a vastidão das águas» (Sl 28, 3)? A Escritura atesta também que, às preces de Gedeão, o fogo desceu do céu; e que, à prece de Elias, o fogo foi enviado para consagrar o sacrifício (Jg 6, 21; 1R 18, 38).

Não consideres o mérito pessoal dos sacerdotes, mas a sua função [...]. Por conseguinte, acredita que o Senhor Jesus está lá, invocado pela oração dos sacerdotes, Ele que disse: «Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt 18, 20). Por maioria de razão, onde está a Igreja, onde estão os mistérios, é lá que Ele se digna conceder-nos a Sua presença. Desceste ao baptistério. Recorda o que disseste: que crês no Pai, que crês no Filho, que crês no Espírito Santo. [...] Pelo mesmo compromisso da tua palavra, quiseste crer no Filho da mesma maneira que crês no Pai, acreditar no Espírito Santo da mesma maneira que crês no filho, apenas com a diferença que professas que é necessário crer na cruz do único Senhor Jesus.


(Fonte: “Evangelho Quotidiano”)

O Evangelho do dia 24 de Março de 2009

São João 5, 1-3a.5-16

Naquele tempo,
por ocasião de uma festa dos judeus,
Jesus subiu a Jerusalém.
Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas,
uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá,
que tem cinco pórticos.
Ali jazia um grande número de enfermos,
cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali também um homem,
enfermo havia trinta e oito anos.
Ao vê-lo deitado
e sabendo que estava assim há muito tempo,
Jesus perguntou-lhe:
«Queres ser curado?»
O enfermo respondeu-Lhe:
«Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina,
quando a água é agitada;
enquanto eu vou, outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus:
«Levanta-te, toma a tua enxerga e anda».
No mesmo instante o homem ficou são,
tomou a sua enxerga e começou a caminhar.
Ora aquele dia era sábado.
Diziam os judeus àquele que tinha sido curado:
«Hoje é sábado: não podes levar a tua enxerga».
Mas ele respondeu-lhes:
«Aquele que me curou disse-me:
‘Toma a tua enxerga e anda’».
Perguntaram-lhe então:
«Quem é que te disse: ‘Toma a tua enxerga e anda’».
Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era,
porque Jesus tinha-Se afastado da multidão
que estava naquele local.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe:
«Agora estás são.
Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior».
O homem foi então dizer aos judeus
que era Jesus quem o tinha curado.
Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus,
por fazer isto num dia de sábado.