Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 28 de março de 2009

Uma opção para o futuro

A viagem de Bento XVI aos Camarões e a Angola Yaoundé e Luanda foi uma visita a toda a África. Não só sob um ponto de vista ideal e simbólico, como também o próprio Papa quis ressaltar várias vezes, mas inclusive pela amplidão e alcance dos discursos que pronunciou, dirigidos explicitamente a todos os povos do continente, com uma particular e eloquente atenção para as mulheres e jovens, colocando-se na perspectiva da celebração de um acontecimento importante não só para a Igreja católica, isto é, a realização em Outubro próximo da segunda assembleia especial do Sínodo dos bispos para a África.

Iniciada com uma polémica mediática contra Bento XVI, ardilosa, infundada, e totalmente europeia sobre os métodos de contrastar a sida, a visita papal infelizmente funestada quase na sua conclusão pela morte de duas jovens angolanas algumas horas antes do encontro com a juventude foi uma nova ocasião que a Santa Sé teve para recordar com forte determinação a todo o mundo a importância crescente do continente africano. E os habitantes de Yaoundé e de Luanda, que saíram em dezenas de milhares pelas ruas para acolher e ver Bento XVI, compreenderam e gritaram repetidamente que entre eles tinha chegado um amigo. Toda a África Austral estava depois representada na missa celebrada na imensa esplanada de Cimangola, diante de mais de um milhão de pessoas.

Afligida por muitos males e por graves injustiças, explorada por novos colonialismos e quase ignorada pela informação internacional, a África tem imensas potencialidades e riquezas cobiçadas por muitos. Várias vezes o Papa recordou esta análise e continuamente fez apelo aos povos do continente, para que assumam as próprias responsabilidades e possam superar as dificuldades que impedem o seu pleno desenvolvimento: fome, violência, doenças, corrupção. Apostando sobretudo na solidariedade e na democracia, com a recusa de políticas impostas de fora, como as neocolonialistas que espoliam as riquezas locais e com frequência fazendo propaganda da chamada saúde reprodutiva, visando de facto apoiar o aborto como método de controle dos nascimentos.

A mensagem política em sentido alto de Bento XVI é portanto uma opção aberta da Igreja de Roma ao lado da África, no contexto de toda a família humana. Do mesmo modo, a reflexão do Papa a partir das leituras bíblicas durante as diversas celebrações soube falar ao coração de sociedades naturalmente religiosas e nas quais o catolicismo nalgumas regiões há muito tempo radicado está maduro, com características e conteúdos que vão muito além dos confins africanos.

Foram portanto significativas sobretudo as palavras dirigidas aos jovens: sobre a importância de Deus, a presença de Cristo, a juventude da Igreja, a abertura ao futuro. Na África e no resto do mundo.


Giovanni Maria Vian (Director)

Observador do Vaticano na ONU defende que «comunidade cristã é a mais discriminada no mundo»

O Conselho da ONU para os direitos humanos aprovou na passada Quinta-feira, em Genebra, na Suíça, uma resolução sobre a difamação das religiões. A iniciativa partiu do Paquistão em nome dos Países da Organização da Conferência Islâmica e foi aprovada por uma estreita maioria de 23 votos a favor, 11 contrários e 13 abstenções.

O texto da resolução expressa uma “profunda preocupação” pela frequente difamação das religiões. No entanto, o documento cita apenas o Islamismo.

A Santa Sé posicionou-se contra a resolução, por considerar que a liberdade de expressão se relaciona com a liberdade religiosa. Em declaração à Rádio Vaticano, o observador permanente da Santa Sé na ONU, D. Silvano Maria Tomasi, referiu que “se se começa a abrir a porta a um conceito de difamação que se aplica às ideias, de certo modo, o Estado começa a decidir quando uma religião é difamada ou não, e isso acaba atingindo a liberdade religiosa”.

“O desafio é o encontrar um equilíbrio sadio, que una a própria liberdade ao respeito pelos sentimentos dos outros. E o caminho para alcançar esse objectivo é o de aceitar os princípios fundamentais da liberdade, que estão inscritos nos tratados internacionais”.

D. Silvano Tomasi destacou que, a nível mundial, os cristãos são o grupo religioso mais discriminado. “Fala-se de 200 milhões de cristãos, de uma confissão ou de outra, que se encontram em situações de dificuldade, porque existem estruturas legais ou culturas públicas que conduzem a uma certa discriminação contra os cristãos”.

“Este é um dado que não se fala muito, embora seja real. Basta pensar nos episódios de violência registados nos últimos meses em vários contextos políticos e sociais”.

No entanto, segundo o observador permanente da Santa Sé na ONU as discriminações acontecem também em países de maioria católica. “Existem situações particulares que levam a uma certa marginalização daqueles que realmente acreditam e vivem a sua fé cristã”.

“Existem posicionamentos, até mesmo declarações públicas de parlamentares, que atacam esse ou aquele aspecto da fé cristã, e isso tende a colocar os cristãos à margem da sociedade e a excluir a contribuição de seus valores à sociedade".

Internacional Agência Ecclesia 28/03/2009 12:43 2203 Caracteres Direitos humanos


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Manifestação pela Vida em Madrid

As ruas de Madrid, capital espanhola, vão acolher este Domingo, a «Marcha pela Vida», uma iniciativa das organizações Direito de Viver, HazteOir.org, Medicina pela vida e Pro-Vida Madrid.

O objectivo é promover a primeira semana pela vida, uma primeira manifestação civil contra a proposta de aborto que o governo espanhol discute. O evento será uma festa de cores, música e alegria contra a minoria que, segundo a organização, propaga a morte. Ao final, será lido um manifesto a favor da vida.
São esperadas cerca de cem mil pessoas. Várias escolas estão também envolvidas num concurso sobre «Desenho pela Vida».


Redacção/Rádio Vaticano

Internacional Agência Ecclesia 28/03/2009 12:34 646 Caracteres Aborto


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

São Cirilo de Alexandria (380-444), Bispo, Doutor da Igreja


«Se o grão de trigo morrer, dá muito fruto»


Cristo, primícias da nova criação [...], depois de ter vencido a morte, ressuscitou e sobe para o Pai como oferenda magnífica e esplendorosa, como as primícias do género humano, renovado e incorruptível. [...] Podemos considerá-Lo o símbolo do feixe das primícias da colheita que o Senhor exigiu a Israel que oferecesse no Templo (Lev 23, 9). O que representa este sinal?

Podemos comparar o género humano às espigas de um campo, que nascem da terra, ficam à espera de crescer e, depois de amadurecerem, são apanhadas pela morte. Era por isso que Cristo dizia aos Seus discípulos: «Não dizeis vós que, dentro de quatro meses, chegará o tempo da ceifa? Pois bem, Eu digo-vos: erguei os olhos e vede. Os campos estão brancos para a ceifa. O ceifeiro já recebe o salário e recolhe o fruto para a vida eterna» (Jo 4, 35-36). Ora, Cristo nasceu entre nós, nasceu da Virgem Santa como as espigas brotam da terra. Aliás, não hesita em dizer de Si próprio que é o grão de trigo: «Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.» Deste modo, ofereceu-Se por nós ao Pai, à maneira de um feixe e como primícias da terra.

Porque a espiga de trigo, como aliás nós próprios, não pode ser considerada isoladamente. Vemo-la num feixe, constituído por numerosas espigas de um mesmo braçado. Cristo Jesus é único, mas aparece-nos como um feixe, e constitui efectivamente uma espécie de braçado, no sentido em que contém em Si todos os crentes, em união espiritual, evidentemente. Se assim não fosse, como poderia São Paulo escrever: «Com Ele nos ressuscitou e nos fez sentar lá nos céus» (Ef 2, 6)? Com efeito, uma vez que Se fez um de nós, nós formamos com Ele um mesmo corpo (Ef 3, 6). [...] Aliás, é Ele quem dirige estas palavras a Seu Pai: «Que todos sejam um como Tu, ó Pai, estás em Mim e Eu em Ti» (Jo 17, 21). O Senhor constitui, pois, as primícias da humanidade, que está destinada a ser armazenada nos celeiros do céu.

O Evangelho de Domingo dia 29 de Março de 2009


São João 12, 20-33

Naquele tempo,
alguns gregos que tinham vindo a Jerusalém
para adorar nos dias da festa,
foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia,
e fizeram-lhe este pedido:
«Senhor, nós queríamos ver Jesus».
Filipe foi dizê-lo a André;
e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus.
Jesus respondeu-lhes:
«Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado.
Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só;
mas se morrer, dará muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á,
e quem despreza a sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém Me quiser servir, que Me siga,
e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo.
E se alguém Me servir, meu Pai o honrará.
Agora a minha alma está perturbada.
E que hei-de dizer? Pai, salva-Me desta hora?
Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora.
Pai, glorifica o teu nome».
Veio então do Céu uma voz que dizia:
«Já O glorifiquei e tornarei a glorificá-l’O».
A multidão que estava presente e ouvira
dizia ter sido um trovão.
Outros afirmavam: «Foi um Anjo que Lhe falou».
Disse Jesus:
«Não foi por minha causa que esta voz se fez ouvir;
foi por vossa causa.
Chegou a hora em que este mundo vai ser julgado.
Chegou a hora em que vai ser expulso o príncipe deste mundo.
E quando Eu for elevado da terra,
atrairei todos a Mim».
Falava deste modo,
para indicar de que morte ia morrer.

Ser-se seropositivo do VIH/HIV e praticar-se a abstinência

Escreve-vos de coração aberto um seropositivo em VIH/HIV, que embora não se encontrando no fulgor da sua juventude, optou pela abstinência total, ou seja, dentro do matrimónio, já que hoje não conceberia ter relações fora deste.

Porquê tal decisão? Por amor a Deus Nosso Senhor que sempre me protegeu e à minha muito amada mulher, que graças a Ele não cheguei a contagiar. Perguntar-me-ão, foi difícil a opção assumida? Dir-vos-ei com toda a honestidade, cresceu dentro de mim naturalmente e sempre que a tentação me bate à porta, agradeço ao Senhor por me pôr à prova e “parto para outra…”.

É difícil à Igreja transmitir no mundo de hoje a opção pela abstinência, mas não tenho dúvidas que com a adequada formação espiritual e de cidadania no que ao respeito pelo próximo concerne, a mensagem conseguirá passar.

Dito isto, subscrevo no entanto as palavras na Mensagem de Quaresma de D. Ilído Leandro, Bispo de Viseu, «…, quando a pessoa infectada não prescinde das relações e induz o(a) parceiro(a) (conhecedor ou não da doença) à relação, há obrigação moral de se prevenir e de não provocar a doença na outra pessoa. Aqui, o preservativo não somente é aconselhável como poderá ser eticamente obrigatório.»

D. Ilídio começa por apoiar o Santo Padre explicando-nos «O Papa, quando fala da SIDA/AIDS ou de outros aspectos da vida humana, não pode fazer doutrina para situações individuais e casos concretos.» […] «Ainda bem que o Papa não cede a tentações de simpatia, facilitismo ou conveniência!... Esta é parte da sua cruz pascal (também da Igreja, dos Bispos, dos Sacerdotes, dos Cristãos) – ter valores e causas a defender para a realização integral da pessoa humana e gastar a vida por eles, ao serviço da dignidade e sentido da pessoa e da sua plenitude. Será falta de hábito e de cultura da exigência e da honestidade, numa sociedade tão relativa, tão mínima e tão pouca ambiciosa e coerente na defesa das pessoas e dos seus valores? Será tão fácil o escândalo farisaico de quem não sabe interpretar as diferenças entre valores e princípios gerais, por um lado e situações concretas e pessoais, por outro?»

Peço-vos, com toda a humildade que me vai no coração, que rezem por todos os seropositivos, incluindo o signatário, para que saibam sempre em total amor ao próximo, não se transformar em factores de transmissão da doença, seja preferencialmente pela abstinência, no que às relações sexuais se refere, seja no dia-a-dia, e.g., quando recorrem a actos clínicos, tão simples como o fazer análise de sangue, de informar o profissional de saúde que irá fazer a colheita da sua condição, sentirão destes uma reacção de surpresa e de enorme gratidão ou quando fruto do acaso sangram diante de terceiros, não permitindo a aproximação destes ao local e tentando, se possível, praticar o acto curativo em si próprio. «Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes.» (Mc 12,31)

«Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo Meu nome.» (Act 9, 16)


(JPR)
P.S. – Este texto estava nas suas linhas gerais escrito há já vários dias, pelo que a sua publicação não é fruto de um impulso, mas de muita meditação e oração, ao publicá-lo apenas procuro servir o Senhor, manifestando-Lhe o meu amor, bem como ao meu próximo.
Obrigado pela vossa compreensão!

Mensagem de Quaresma de D. António Carrilho - Bispo do Funchal

Reflexões teológicas sobre o tema do sínodo (4)

4. A paz do Reino

46. De qual paz se trata? «Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá» (Jo 14, 27), diz-nos Jesus. Porque a paz do mundo é precária e frágil. A paz verdadeira é-nos oferecida à maneira de Cristo e em Cristo: «Ele é a nossa paz: de ambos os povos fez um só, tendo derrubado o muro da separação e suprimido em sua carne a inimizade (…) a fim de criar em si mesmo um só Homem Novo, estabelecendo a paz (…) por meio da cruz, na qual ele matou a inimizade. Assim, ele veio e anunciou a paz a vós que estáveis longe e paz aos que estavam perto, pois, por meio dele, nós, judeus e gentios, num só Espírito, temos acesso ao Pai» ( Ef 2,14-18).

47. A missão de servir a paz há-de consistir, para nós, em construi-la em cada um dos membros do Corpo de Cristo, para que todos nós nos tornemos mulheres e homens novos, capazes de operar esta pacificação de África. A paz, com efeito, não é antes de tudo produto das estruturas ou de pessoas externas. Ela nasce sobretudo dentro, no interior das pessoas individuais e das próprias comunidades. A conversão do coração «num coração novo» e «num espírito novo» (Ez 36,26) é a fonte de uma acção transformadora eficaz. Graças a uma vida autêntica de discípulo, fruto da metanóia (cf. Mc 1,15), esperamos a transformação dos comportamentos, dos hábitos e das mentalidades. A nossa identidade de discípulos revela-se, então, essencial para a transformação da nossa sociedade, e do mundo em geral, num mundo melhor, mais verdadeiro, mais justo, mais pacifico, mais reconciliado, mais fraterno e mais feliz, e isto com a colaboração de todos os homens de boa vontade. Deste modo, as pessoas desanimadas pela vida por causa dos conflitos políticos incessantes, das guerras cíclicas, da pobreza e das injustiças sociais, políticas e económicas hão-de reencontrar a esperança e o gosto de viver.


INSTRUMENTUM LABORIS III, 1, 46-47


(Fonte: site da Santa Sé)

Termos e transmitirmos optimismo sobrenatural

Recorramos sempre à intercessão de S. Josemaría, também no dia 28, aniversário da sua ordenação sacerdotal. Peçamos-lhe que nos faça participar do seu optimismo sobre­natural, do seu amor ao mundo, para sabermos levar por todo o lado, com a segurança dos filhos de Deus, esta formosíssima batalha de amor e de paz a que o Senhor nos convocou.

(Excerto carta de Março 2009 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría)

Curso Básico em Cuidados Paliativos (clique na imagem para ver com mais detalhe)


Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Teófilo de Antioquia (?-c. 186), bispo

«Estabeleceu-se um desacordo entre a multidão, por Sua causa»


Com os olhos do corpo, observamos o que se passa na vida e na terra; discernimos a diferença entre a luz e a escuridão, entre o branco e o preto, entre o feio e o belo [...]; o mesmo acontece com aquilo que o ouvido abarca: sons agudos, graves, agradáveis. Mas também temos ouvidos no coração e olhos na alma, sentidos que podem captar a Deus. Com efeito, Deus deixa-Se percepcionar porque aqueles que são capazes de O ver, depois de se lhes terem aberto os olhos da alma.

Todos nós temos olhos físicos, mas alguns têm-nos velados, e não vêem a luz do sol. Se os cegos não vêem, não é porque a luz do sol não brilhe. É a si próprios, e aos seus olhos, que os cegos devem essa privação. O mesmo se passa contigo: os olhos da tua alma estão velados pelos teus pecados e as tuas más acções [...]; quando tem um pecado na alma, o homem deixa de conseguir ver a Deus. [...]

Se quiseres, porém, podes curar-te. Confia-te ao médico, e Ele te curará os olhos da alma e do coração. E quem é o médico? É Deus, que cura e vivifica, por meio do Seu Verbo e da Sua Sabedoria. Foi por meio do Verbo e da Sabedoria que Deus fez todas as coisas [...]. Se compreenderes este facto, e se viveres uma vida de pureza, piedade e justiça, poderás ver a Deus. Que a fé e o temor de Deus sejam os primeiros a entrar no teu coração, para que possas compreendê-Lo. Quando te tiveres despojado da tua condição mortal e te tiveres revestido de imortalidade (1Cor 15, 53), verás a Deus segundo os teus méritos, a esse Deus que te ressuscitará a carne, tornada imortal, tal como te ressuscitará a alma. Nessa altura verás a Deus imortal, desde que tenhas acreditado Nele já nesta vida.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de Março de 2009

São João 7, 40-53

Naquele tempo,
alguns que tinham ouvido as palavras de Jesus
diziam no meio da multidão:
«Ele é realmente o Profeta».
Outros afirmavam: «É o Messias».
Outros, porém, diziam:
«Poderá o Messias vir da Galileia?
Não diz a Escritura
que o Messias será da linhagem de David
e virá de Belém, a cidade de David?»
Houve assim desacordo entre a multidão a respeito de Jesus.
Alguns deles queriam prendê-l’O,
mas ninguém Lhe deitou as mãos.
Então os guardas do templo
foram ter com os príncipes dos sacerdotes e com os fariseus
e estes perguntaram-lhes:
«Porque não O trouxestes».
Os guardas responderam:
«Nunca ninguém falou como esse homem».
Os fariseus replicaram:
«Também vos deixastes seduzir?
Porventura acreditou n’Ele algum dos chefes ou dos fariseus?
Mas essa gente, que não conhece a Lei, está maldita».
Disse-lhes Nicodemos,
aquele que anteriormente tinha ido ter com Jesus
e era um deles:
«Acaso a nossa Lei julga um homem
sem antes o ter ouvido e saber o que ele faz?»
Responderam-lhe:
«Também tu és galileu?
Investiga e verás que da Galileia
nunca saiu nenhum profeta».
E cada um voltou para sua casa.