Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Os Bispos da Bélgica apelam a uma reflexão serena

Comunicado dos Bispos belgas em seguimento ao voto de uma resolução na Câmara dos Representantes declarando como “inaceitáveis” as declarações do Papa a respeito da luta contra a SIDA/AIDS

Tomámos conhecimento do voto pela Câmara dos Representantes de uma resolução declarando como “inaceitáveis” as declarações do Papa a respeito da luta contra a SIDA/AIDS. Respeitamos o carácter democrático desta decisão, mas lamentamos o seu conteúdo. Em não tem em consideração o que realmente Bento XVI quis expressar: sem uma educação que dirigida à responsabilidade sexual, os outros meios de prevenção serão ineficazes. Esperamos que a proximidade da Páscoa, a polémica emocional se apazigúe. O que o nosso país e a África têm verdadeira necessidade, é de uma reflexão serena sobre todos os meios a utilizar a fim de diminuir a epidemia da SIDA/AIDS.

Os Bispos da Bélgica
SIPI – Bruxelas, sexta-feira 3 de Abril de 2009


(Tradução a partir do site de “L'Eglise catholique en Belgique” de JPR)


Nota: a quem não tenha tido a oportunidade, permito-me sugerir a leitura do artigo de Joaquín Navarro-Valls “O Papa, o Dalai Lama e a democracia” em http://spedeus.blogspot.com/2009/04/o-papa-dalai-lama-e-democracia-por.html

Uma lição

Ainda a propósito das polémicas provocadas pela recente visita do Papa, vale a pena sublinhar a nota da conferência episcopal regional da África ocidental, agora publicada.

Em primeiro lugar, os bispos manifestam o seu espanto pela manipulação ultrajante e planeada dos “media” contra o Papa que, ao retirarem do contexto uma sua frase e ocultando tudo o resto do que ele disse, atacam a própria Igreja e a sua missão.

Os bispos recordam, em segundo lugar, que a sida não se combate destruindo as bases morais e espirituais dos homens, nem fragilizando os adolescentes e jovens com slogans publicitários e distribuição de preservativos – uma irresponsabilidade que os bispos classificam de crime contra a humanidade.

A nota termina com um “não ao pensar por procuração!”. Porque os africanos sabem pensar por si e não precisam que outros falem em seu nome. Os bispos condenam toda a espécie de paternalismo no modo como os de fora olham para África, exigem respeito pelos valores essenciais e dignidade dos seus povos e agradecem ao Papa a sua mensagem de amor que é a prioridade para todos.

Que bela lição que os africanos nos deram!


Aura Miguel


(Fonte: site RR)

Rezar pelos agricultores e pelo fim da fome


Bento XVI pediu para se rezar durante o mês de Abril para que “o Senhor abençoe o trabalho dos agricultores com colheitas abundantes, e dê sensibilidade às nações ricas frente ao drama da fome no mundo”.

Esta é a proposta contida nas intenções do Apostolado da Oração, iniciativa seguida por cerca de 50 milhões de pessoas dos cinco continentes, para este mês.

O Papa apresenta duas intenções de oração, uma geral e outra missionária, que para Abril é: "Para que os cristãos que trabalham nos territórios onde são mais trágicas as condições dos pobres, dos fracos e das crianças, sejam um sinal de esperança com seu intrépido testemunho do Evangelho da solidariedade e do amor".


(Fonte: H2O News)

II. No caminho da Justiça

55. Ressalta das respostas que o conceito africano de justiça é sinónimo de reconciliação e de paz porque está enraizado na ideia de restaurar a harmonia entre o ofendido e o ofensor e com a sociedade no seu todo. Os obstáculos na via da justiça são tais que os fiéis esperam dos Padres sinodais propostas que os ajudem a reflectir sobre eles.


INSTRUMENTUM LABORIS Cap. II, II, 55


(Fonte: site da Santa Sé)

Frontalidade e amor versus soberba e vaidade pessoal

O próprio acto de escrever estas linhas, publicá-las e divulgá-las poderá ser interpretado como uma acto de soberba ou no mínimo de falta de humildade, mas, para quem vive convictamente segundo a sua fé e visa apenas através do seu pensamento e da prática na vida quotidiana estar em consonância com a mesma, ele não é mais, que um acto de amor profundo, pois não visa qualquer enaltecimento pessoal, mas tão-somente compartilhar com o meu próximo ideias e caminhos, «Nós somos sábios quando não procuramos construir a casa meramente privada da nossa vida individual, cada um por si e isolados. A nossa sabedoria é construir com Ele a casa comum de tal forma que nos tornemos nós mesmos a Sua casa viva» (“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger).

Na total liberdade espiritual que nos foi concedida, de tal forma que nada nos é imposto e estamos sempre habilitados a ser perdoados quando pecamos, sucede, que praticarmos a autocensura omitindo-nos de produzir opiniões, não é simplicidade, eu chamar-lhe-ia antes tibieza, e a última coisa que a nossa fé e nossa Igreja precisa, nos tempos que correm, é de fracos, que se escondam atrás de uma falsa humildade ou do receio de parecerem soberbos.

Perguntar-se-ão, a que propósito vem esta conversa agora?

Como provavelmente tereis reparado, envolvi-me recentemente na defesa intransigente do Santo Padre no que à polémica sobre o uso do preservativo diz respeito e visando credibilizar, mas correndo o risco da exposição pública, seja a nível pessoal, seja no que se refere à minha família, assumi a minha condição de seropositivo em VIH e de abstinente. É certo, que além de haver defendido o Papa, também ataquei posições, que considero e interpreto como de pertensa humildade, de um sacerdote que contestou o Bispo de Viseu, e reconheço, que as minhas palavras foram no mínimo truculentas, no entanto, asseguro-vos que o não fiz por qualquer tipo de vaidade pessoal, mas tão-somente, porque procuro exercer a minha fé no meio do mundo e infelizmente aos fundamentalismos tem de se reagir com firmeza, simultaneamente rezando por eles., «O acto de fé é um acto profundamente pessoal, ancorado na mais íntima profundeza do ser humano. Mas, precisamente porque é inteiramente pessoal, é também um acto de comunicação. Na sua essência mais profunda, o eu relaciona-se com o tu e vice-versa, a relação real, que se torna “comunhão”, só pode nascer na profundeza da pessoa» (Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger).

Receio que para muitos, ou alguns, não sei quantificar, as minhas posições tenham sido tidas como excessivas, fruto de vaidade e desejo de projectar uma determinada imagem pessoal. Sinceramente interrogo-me, vaidade em quê, em ser pecador, e imagem pessoal com que objectivos, arriscar-me à incompreensão e rejeição? «A outra face do mesmo vício é o pelagianismo dos piedosos. Estes não querem ter perdão algum e, de um modo geral, nenhum verdadeiro dom de Deus. Querem estar em ordem, não querem perdão, mas justa recompensa. Quereriam não esperança, mas segurança. Com um duro rigorismo de exercícios religiosos, com orações e acções, querem ter direito à beatitude. Falta-lhes a humildade essencial para qualquer amor, a humildade de receber dons que ultrapassam a nossa acção e o nosso merecimento. A negação da esperança a favor da segurança, diante da qual nos encontramos agora, baseia-se na incapacidade de viver a tensão do que está para vir e de se abandonar à bondade de Deus. Assim, este pelagianismo é uma apostasia do amor e da esperança e em profundidade também da fé» (“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger).

Ainda assim, podendo estar equivocado, porque lá diz o povo na sua provecta sabedoria, «é-se mau juiz em causa própria», e apesar de já ter levado este tema aprofundadamente à oração, com sincera humildade e de coração contrito, apresento as minhas desculpas e peço perdão, se de alguma forma feri as vossas convicções ou pequei perante as Leis Divinas; ao escrever no condicional, sei que infelizmente incorro no risco de me acusarem de soberbo, mas a verdade é, que se o não fizesse estaria a ser hipócrita.

Bem hajam!

JPR

P.S. – como haveis verificado e contrariamente ao que é habitual, não citei neste texto nenhuma passagem das Sagradas Escrituras e nem invoquei o nome do Senhor apesar d’ Ele ser a razão de todo o meu ser, ou seja, não desejo ser acusado de interpretar abusivamente a Sua Palavra ou de cometer o pecado de invocar o Seu Santo Nome em vão.

Mozart Missa Requiem em D Menor VI - Confutatis and Lacrimosa

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja

«Por que obra boa Me quereis apedrejar?»

«Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus» (Rom 12, 1): Paulo faz um pedido, ou antes, através de Paulo, Deus faz um pedido, Ele que mais do que ser temido quer ser amado. Deus faz um pedido porque quer ser menos Senhor que Pai. [...] Ouve o Senhor pedir [através do Seu Filho]: «Dizia: Estendia constantemente as mãos» (Is 65,2). Não é estendendo as mãos que habitualmente se pede? «Estendia as mãos.» Para quem? «Para o povo.» Para que povo? Um povo não apenas indócil, mas «rebelde». «Estendia as mãos»: abre os Seus braços, dilata o Seu coração, apresenta o Seu peito, oferece o Seu seio, faz de todo o Seu corpo um refúgio para demonstrar por meio desta súplica a que ponto é Pai. Escuta Deus perguntar ainda: «Meu povo, que te fiz, ou em que te contristei?» (Mi 6,3) Não diz Ele: «Se a Minha divindade vos for desconhecida, não reconhecereis a Minha carne? Vede, vede em Mim o vosso corpo, os vossos membros, as vossas entranhas, os vossos ossos, o vosso sangue! E, se temeis o que é de Deus, porque não amais o que é vosso? Se fugis do Senhor, porque não correis para o Pai?»

Mas a grandeza da Paixão, de que sois a causa, talvez vos encha de confusão. Não temais! Esta cruz não é o Meu cadafalso, mas o da morte. Estes pregos não fixam a dor em Mim, mas cravam mais profundamente em Mim o amor que tenho por vós. Estas feridas não Me arrancam gritos, elas introduzem-vos ainda mais no Meu coração. O esquartejamento do meu corpo dá-vos um lugar ainda maior no Meu seio, não aumenta o Meu suplício. Não perco o Meu sangue, antes o verto para pagar o vosso.

Vinde então, tornai a vir, reconhecei em Mim um Pai que vedes pagar o mal com bem, a injustiça com o amor, grandes ferimentos com uma tão grande ternura.


(Fonte: “Evangelho Quotidiano”)

O Evangelho do dia 3 de Abril de 2009

São João 10, 31-42

Naquele tempo,
os judeus agarraram em pedras para apedrejarem Jesus,
Então Jesus disse-lhes:
«Apresentei-vos muitas boas obras, da parte de meu Pai.
Por qual dessas obras Me quereis apedrejar?»
Responderam os judeus:
«Não é por qualquer boa obra que Te queremos apedrejar:
é por blasfémia,
porque Tu, sendo homem, Te fazes Deus».
Disse-lhes Jesus:
«Não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?
Se a Lei chama ‘deuses’ a quem a palavra de Deus se dirigia
— e a Escritura não pode abolir-se —,
de Mim, que o Pai consagrou e enviou ao mundo,
vós dizeis: ‘Estás a blasfemar’,
por Eu ter dito: ‘Sou Filho de Deus’!»
Se não faço as obras de meu Pai,
não acrediteis.
Mas se as faço,
embora não acrediteis em Mim,
acreditai nas minhas obras,
para reconhecerdes e saberdes
que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai».
De novo procuraram prendê-l’O,
mas Ele escapou-Se das suas mãos.
Jesus retirou-Se novamente para além do Jordão,
para o local onde anteriormente João tinha estado a baptizar
e lá permaneceu.
Muitos foram ter com Ele e diziam:
«É certo que João não fez nenhum milagre,
mas tudo o que disse deste homem era verdade».
E muitos ali acreditaram em Jesus.