Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 12 de abril de 2009

Bento XVI na Mensagem "Urbi et Orbi"

Vídeo legendado em português


“Uma Páscoa feliz com Cristo Ressuscitado”. Estes os votos do Papa em português, na Páscoa 2009, dirigindo-se, da varanda central da Basílica de São Pedro, sobre a respectiva Praça, completamente repleta, a todos os que o seguiam através da Rádio e da televisão, na conclusão da Missa da Ressurreição. Nas saudações em italiano, Bento XVI não esqueceu “todos os que sofrem por causa do terramoto” de há oito dias atrás, na região do Abruzzo. “Que Cristo ressuscitado – foram os seus votos – guie a todos pelos caminhos de justiça, de solidariedade e de paz, inspirando a cada um a sabedoria e a coragem necessárias para prosseguirem unidos na construção de um futuro aberto à esperança”.

Na sua mensagem Urbi et Orbi, “aos amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro”, Bento XVI, para formular os votos de Páscoa, recorreu às palavras de Santo Agostinho: «Resurrectio Domini, spes nostra – a ressurreição do Senhor é a nossa esperança». Isto é, explicou: “Cristo ressuscitou para nos dar a esperança”.

“Uma das questões que mais angustia a existência do homem (observou o Papa) é precisamente esta: o que há depois da morte? A este enigma, a solenidade de hoje permite-nos responder que a morte não tem a última palavra, porque no fim quem triunfa é a Vida. E esta nossa certeza não se funda sobre simples raciocínios humanos, mas sobre um dado histórico de fé: Jesus Cristo, crucificado e sepultado, ressuscitou com o seu corpo glorioso. Jesus ressuscitou para que também nós, acreditando n’Ele, possamos ter a vida eterna”.

“Desde a alvorada de Páscoa, uma nova primavera de esperança invade o mundo; desde aquele dia, a nossa ressurreição já começou, porque a Páscoa não indica simplesmente um momento da história, mas o início duma nova condição: Jesus ressuscitou, não para que a sua memória permaneça viva no coração dos seus discípulos, mas para que Ele mesmo viva em nós, e, n’Ele, possamos já saborear a alegria da vida eterna”.

“A ressurreição não é uma teoria (sublinhou o Papa), mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua «páscoa», da sua «passagem», que abriu um «caminho novo» entre a terra e o Céu. Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, filho de Maria, que ao pôr do sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo”. E este “anúncio da ressurreição do Senhor ilumina as zonas escuras do mundo em que vivemos”.

“Refiro-me de modo particular ao materialismo e ao niilismo, àquela visão do mundo que não sabe transcender o que é experimentalmente constatável e refugia-se desconsolada num sentimento de que o nada seria a meta definitiva da existência humana. É um facto que, se Cristo não tivesse ressuscitado, o «vazio» teria levado a melhor. Se abstraímos de Cristo e da sua ressurreição, não há escapatória para o homem, e toda a sua esperança permanece uma ilusão”.

Referindo o “Ano Paulino” em curso, Bento XVI recordou a experiência do grande Apóstolo”: “o renhido perseguidor dos cristãos, a caminho de Damasco encontrou Cristo ressuscitado e foi por Ele «conquistado».” Aconteceu em Paulo aquilo que ele há-de escrever mais tarde aos cristãos de Corinto: «Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. O que era antigo passou: tudo foi renovado!»

“Olhemos para este grande evangelizador que, com o audaz entusiasmo da sua acção apostólica, levou o Evangelho a muitos povos do mundo de então. Que a sua doutrina e o seu exemplo nos estimulem a procurar o Senhor Jesus; nos animem a confiar n’Ele, porque o sentido do nada, que tende a intoxicar a humanidade, já foi vencido pela luz e a esperança que dimanam da ressurreição”.

Mas, “se é verdade que a morte já não tem poder sobre o homem e sobre o mundo (advertiu o Papa), restam ainda muitos, demasiados sinais do seu antigo domínio”.

“Se, por meio da Páscoa, Cristo já extirpou a raiz do mal, todavia precisa de homens e mulheres que, em todo o tempo e lugar, O ajudem a consolidar a sua vitória com as mesmas armas d’Ele: as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor. Tal foi a mensagem que, por ocasião da recente viagem apostólica aos Camarões e a Angola, quis levar a todo o Continente Africano, que me acolheu com grande entusiasmo e disponibilidade de escuta.

De facto, a África sofre desmedidamente com os cruéis e infindáveis conflitos – frequentemente esquecidos – que dilaceram e ensanguentam várias das suas Nações e com o número crescente dos seus filhos e filhas que acabam vítimas da fome, da pobreza, da doença.

A mesma mensagem repetirei com vigor na Terra Santa, onde terei a alegria de me deslocar daqui a algumas semanas. A reconciliação difícil mas indispensável, que é premissa para um futuro de segurança comum e de pacífica convivência, não poderá tornar-se realidade senão graças aos esforços incessantes, perseverantes e sinceros em prol da composição do conflito israelita-palestiniano.

Da Terra Santa, o olhar do Papa estendeu-se depois aos países limítrofes, ao Médio Oriente, ao mundo inteiro:

“Num tempo de global escassez de alimento, de desordem financeira, de antigas e novas pobrezas, de preocupantes alterações climáticas, de violências e miséria que constringem muitos a deixar a própria terra à procura duma sobrevivência menos incerta, de terrorismo sempre ameaçador, de temores crescentes perante a incerteza do amanhã, é urgente descobrir perspectivas capazes de devolverem a esperança. Ninguém deserte nesta pacífica batalha iniciada com a Páscoa de Cristo, o Qual – repito-o – procura homens e mulheres que O ajudem a consolidar a sua vitória com as suas próprias armas, ou seja, as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor.

Resurrectio Domini, spes nostra

“A ressurreição de Cristo é a nossa esperança! É isto que a Igreja proclama hoje com alegria: anuncia a esperança, que Deus tornou inabalável e invencível ao ressuscitar Jesus Cristo dos mortos; comunica a esperança, que ela traz no coração e quer partilhar com todos, em todo o lugar, especialmente onde os cristãos sofrem perseguição por causa da sua fé e do seu compromisso em favor da justiça e da paz; invoca a esperança capaz de suscitar a coragem do bem, mesmo e sobretudo quando custa. Hoje a Igreja canta «o dia que o Senhor fez» e convida à alegria”.

“Hoje (concluiu o Papa) a Igreja suplica, invoca Maria, Estrela da Esperança, para que guie a humanidade para o porto seguro da salvação que é o coração de Cristo, a Vítima pascal, o Cordeiro que «redimiu o mundo», o Inocente que «nos reconciliou a nós, pecadores, com o Pai».

“A Ele, Rei vitorioso, a Ele crucificado e ressuscitado, gritamos com alegria o nosso Aleluia!”

A meio da tarde deste domingo de Páscoa, Bento XVI transferir-se-á de helicóptero para a residência de Castelgandolfo, onde amanhã, segunda-feira de Páscoa, feriado em Itália, deverá, como é tradição, rezar ao meio-dia, com os fiéis, a antífona mariana do tempo pascal “Regina Coeli”, precedida da costumada alocução e de saudações nas diversas línguas dos peregrinos presentes.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Meditação de D. Javier Echevarría - Domingo da Ressurreição: Jesus venceu

Passado o Sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para irem embalsamar Jesus. Partindo no primeiro dia da semana, de manhã cedo, chegaram ao sepulcro quando o sol já era nascido. Assim começa São Marcos a narração do sucedido naquela madrugada de há dois mil anos, na primeira Páscoa cristã.

Jesus tinha sido sepultado. Aos olhos dos homens, a Sua vida e a Sua mensagem tinham terminado com o mais rotundo fracasso. Os Seus discípulos, confusos e atemorizados, tinham-se dispersado. As próprias mulheres que vão fazer um gesto piedoso, perguntam umas às outras: quem nos tirará a pedra da entrada do sepulcro? "No entanto, faz notar São Josemaría, continuam... Tu e eu, como andamos de vacilações? Temos esta decisão santa, ou temos de confessar que sentimos vergonha ao contemplar a decisão, a intrepidez, a audácia destas mulheres?".

Cumprir a Vontade de Deus, ser fiéis à lei de Cristo, viver coerentemente a nossa fé, pode parecer às vezes muito difícil. Apresentam-se obstáculos que parecem insuperáveis. No entanto, não é assim. Deus vence sempre.

A epopeia de Jesus de Nazaré não termina com a Sua morte ignominiosa na Cruz. A última palavra é a da Ressurreição gloriosa. E os cristãos, no Baptismo, morremos e ressuscitamos com Cristo; mortos para o pecado e vivos para Deus. «Oh Cristo! — dizemos com o Santo Padre João Paulo II — como não Lhe agradecer pelo dom inefável que nos ofereces esta noite! O mistério da Tua Morte e Ressurreição infunde-se na água baptismal que acolhe o homem velho e carnal e o torna puro com a própria juventude divina» (Homilia, 15-IV-2001).

Hoje a Igreja, cheia de alegria, exclama: este é o dia que o Senhor fez: alegremo-nos e rejubilemos! Grito de júbilo que se prolongará durante cinquenta dias, ao longo do tempo pascal, como um eco das palavras de São Paulo: posto que ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo sentado à direita de Deus. Ponde todo o coração nos bens do céu, não nos da terra; porque morreram e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.

É lógico pensar — e assim o considera a Tradição da Igreja — que Jesus Cristo, uma vez ressuscitado, apareceu em primeiro lugar à Sua Santíssima Mãe. O facto de que não apareça nos relatos evangélicos, com as outras mulheres, é — como assinala João Pulo II — um indício de que Nossa Senhora já se tinha encontrado com Jesus.

«Esta dedução ficaria confirmada também — acrescenta o Papa — pelo dado de que as primeiras testemunhas da ressurreição, por vontade de Jesus, foram as mulheres, as que permaneceram fiéis ao pé da Cruz e, portanto, mais firmes na fé» (Audiência, 21-V-1997). Só Maria tinha conservado plenamente a fé, durante as horas amargas da Paixão; por isso é natural que o Senhor Lhe aparecesse em primeiro lugar.

Temos que permanecer sempre junto da Virgem, mas mais ainda no tempo de Páscoa, e aprender d’Ela. Com que ânsias tinha esperado a Ressurreição! Sabia que Jesus tinha vindo salvar o mundo e que, portanto, devia padecer e morrer; mas sabia também que não podia ficar sujeito à morte, porque Ele é a Vida.

Uma boa forma de viver a Páscoa consiste em esforçarmo-nos por fazer os outros participantes da vida de Cristo, cumprindo com primor o mandamento novo da caridade, que o Senhor nos deu na véspera da Sua Paixão: nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. Cristo ressuscitado repete-no-lo agora a cada um. Diz-nos: amai-vos de verdade uns aos outros, esforçai-vos todos os dias por servir os outros, estai pendentes dos mais pequenos pormenores, para fazer a vida agradável aos que convivem convosco.

Mas voltemos ao encontro de Jesus com a Sua Santíssima Mãe. Que contente estaria a Virgem, ao contemplar aquela Humanidade Santíssima — carne da Sua carne e vida da Sua vida — plenamente glorificada! Peçamos-Lhe que nos ensine a sacrificarmo-nos pelos outros sem o fazermos notar, sem esperar sequer que nos agradeçam; que tenhamos fome de passar inadvertidos, para assim possuir a vida de Deus e comunicá-la a outros. Hoje dirigimos-Lhe o Regina Caeli, saudação própria do tempo pascal. Rainha do céu alegrai-vos, aleluia. / Porque Aquele que mereceste trazer em vosso ventre, aleluia. / Ressuscitou como disse, aleluia. / Rogai por nós a Deus, aleluia. / Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria, aleluia. / Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia.


(Fonte: site do Opus Dei / Portugal em http://www.opusdei.pt/art.php?p=33158 )

Alleluia

Cantemos ao Senhor um cântico novo

Somos os trabalhadores de Deus e construímos o templo de Deus. A dedicação deste templo já teve lugar na sua Cabeça, uma vez que o Senhor ressuscitou dos mortos, após ter triunfado da morte; tendo destruído n'Ele o que era mortal, subiu ao céu [...]. E agora, construímos este templo pela fé, de modo a que aconteça também a sua dedicação aquando da ressurreição final. É por isso que [...] há um salmo intitulado: «quando se reconstruía o Templo, após o cativeiro» (95, 1 Vulg). Recordai-vos do cativeiro onde estivemos outrora, quando o diabo tinha o mundo inteiro em seu poder, como um rebanho de infiéis. Foi por causa deste cativeiro que o Redentor veio. Ele derramou o Seu sangue para nos resgatar; pelo Seu sangue derramado, suprimiu o bilhete da dívida que nos mantinha cativos (Colo 2, 14). [...] Outrora vendidos ao pecado, fomos libertados pela graça.

Após este cativeiro, construímos agora o templo; para o edificar, anunciamos a Boa Nova. É por isso que este salmo começa assim: «Cantai ao Senhor um cântico novo.» E para que não penses que se construiu este templo num pequeno recanto, como o constroem os hereges que se separam da Igreja, presta atenção ao que segue: «Cantai ao Senhor terra inteira». [...]

«Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor terra inteira.» Cantai e construí! Cantai e «bendizei o Seu nome» (v. 2). Anunciai o dia nascido do dia da salvação, o dia nascido do dia de Cristo. Quem é, com efeito, a salvação de Deus se não Seu Cristo? Para a salvação, nós rezamos o salmo: «Mostrai, Senhor, a vossa misericórdia, e dai-nos a vossa salvação.» Os antigos justos desejavam esta salvação, eis o que dizia o Senhor aos seus discípulos: «Muito quiseram ver o que vedes, e não o viram» (Lc 10, 24). [...] «Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor.» Vede o ardor dos construtores! «Cantai ao Senhor e bendizei o Seu nome.» Anunciai a Boa Nova! Qual boa nova? O dia nasceu do dia [...]; a Luz nasceu da Luz, os Filhos nascidos do Pai, a Salvação de Deus! Eis como se constrói o templo após o cativeiro.


(Sermão 163, 5 – Santo Agostinho)

Ressuscitou, alegrem-se os nossos corações



(Foto: site do Santuário de Fátima - Via Lucis)

Messias, Aleuia de Haendel