Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mais vale tarde…

Os custos passarão, por inteiro, para o Governo seguinte. Mas ao contrário de outras medidas que não devem ser tomadas em final de legislatura, esta agradece-se.

Um estudo recente do Banco de Portugal confirma que a educação é uma das armas mais eficazes de combate à pobreza. Uma quase vacina. Em contrapartida, uma baixa escolaridade constitui um dos mecanismos mais eficientes na sua transmissão. Pais pobres e poucos escolarizados são um dos principais factores explicativos do abandono escolar precoce. Vítimas desse abandono, os seus filhos chegam ao mercado de trabalho desqualificados, ocupando empregos mal remunerados e prolongando, desta forma, a situação de pobreza das gerações passadas nas gerações seguintes.

Em Portugal, há, hoje, quase sessenta mil jovens entre os 16 e os 18 anos que deixaram a escola sem concluir o ensino secundário. Destes, mais de 40 mil não frequentam, sequer, nenhum tipo de formação. É o melhor indicador do fracasso do nosso sistema educativo e um dos mais preocupantes sobre o futuro do país.

É por isso que é bem-vinda a medida, anunciada pelo Governo, de aumento da escolaridade obrigatória para doze anos. Prevista no programa deste Governo como no programa de Governos anteriores.

Depois de anunciado, o aumento da escolaridade para nove anos, foram precisos dez anos para o assegurar. Neste caso, adianta-se, desde já, que só em 2012 a nova meta será realidade. Os custos passarão, por inteiro, para o Governo seguinte. Mas ao contrário de outras medidas que não devem ser tomadas em final de legislatura, esta agradece-se. Mais vale tarde do que nunca.


Graça Franco


(Fonte: site RR)

A Jordânia não é um lugar de passagem na visita do Papa


“A Jordânia viveu 3 visitas papais na sua História moderna: o Papa Paul VI visitou a Jordânia em 1964, o Papa João Paulo II em 2000 e agora o Papa Bento XVI iniciará a sua peregrinação apostólica à Terra Santa pela Jordânia. Mas a Jordânia não é um lugar de passagem, pelo contrário é um destino sagrado, um estado com uma viva comunidade cristã.”

Há muita expectativa à volta da visita de Bento XVI à Terra Santa. Qual é a sua importância? Quais são os objectivos? Qual será o impacto e consequências para Médio Oriente e a situação nesta região?Uma série de entrevistas procurará responder a estas perguntas que dizem respeito à visita papal de 8 a 15 de Maio. Nesta entrevista, o porta-voz oficial da Igreja católica na Jordânia para a comunicação social, e editor do site católico abouna.org, fala da importância da visita do Papa à Jordânia.

“A visita do Papa é importante desde muitos pontos de vista. Primeiro, para confirmar a presença cristã na Jordânia. Nós temos, graças a Deus, um bom número de cristãos de várias denominações. A maioria pertence à Igreja Ortodoxa mas existe também a Igreja Católica, que em todos os seus ramos tem mais de 80 ou 90 mil cidadãos católicos. Mas o Papa não vem apenas para os católicos, mas também para unir os cristãos.

Em segundo lugar, existe uma relação formal entre a Jordânia e o Vaticano desde 1994, e estas relações podem ser descritas como boas e amigáveis. Este ano, 2009, celebramos o 15º aniversário da criação das relações diplomáticas entre a Jordânia e a Santa Sé, uma relação que está destinada a uma maior cooperação para construir a paz, especialmente tendo em conta que a Jordânia é uma voz moderada no processo de paz do Médio Oriente, particularmente nos dois focos principais: o Iraque e a Palestina.”


(Fonte: H2O News)

Amar a Igreja e descobrir a sua beleza, foi o convite de Bento XVI durante a audiência geral

O Papa Bento XVI pede aos católicos, muitas vezes levados a ver na Igreja talvez mais o pecado e o que é negativo, que amem a Igreja e descubram a sua beleza. O pedido foi feito durante a audiência geral desta quarta-feira na Praça de São Pedro, perante cerca de 30 mil fiéis, ilustrando-lhes a figura de São Germano de Constantinopla, patriarca que se demitiu e se auto exilou em polémica com o Imperador Leão III, nos tempo da crise iconoclasta no século VIII.

O imperador tinha limitado o culto dos ícones, considerando-o idolatra.Entre os três elementos pelos quais, a tantos séculos de distância é útil conhecer São Germano, Bento XVI indicou o convite a amar a Igreja. Da Igreja - observou – vemos talvez mais o pecado e o que é negativo, mas com a luz da fé podemos também hoje e sempre redescobrir na Igreja a beleza divina, é na Igreja que Deus se torna presente e permanece presente na adoração, é na Igreja – acrescentou – que fala connosco e que recebemos o perdão de Deus, que aprendemos a perdoar.

"Peçamos a Deus que nos ensine a ver na Igreja a sua beleza e a sua esperança no mundo, e nos ajude a ser também nós transparentes para a sua luz."

Bento XVI a concluir reafirmou a importância de redescobrir a beleza e a dignidade da liturgia e de a celebrar conscientes da beleza e dignidade de Deus, e fazer ver na liturgia um pouco do esplendor de Deus.

Esta a saudação do Papa em língua portuguesa:

Amados peregrinos de língua portuguesa, uma saudação afectuosa para todos, especialmente para os grupos do Brasil e de Portugal! Que a vossa amorosa adesão a Cristo e à Sua Igreja se robusteça ao professardes a fé nestes lugares santificados pelo testemunho dos Apóstolos Pedro e Paulo, que serviram Cristo e amaram a Igreja até ao martírio. A todos sirva de estímulo e conforto a Bênção que vos dou a vós, aos vossos familiares e comunidades eclesiais.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Um telefonema especial (não percam pois é o depoimento extraordinário de um jovem de 13 anos)

São Josemaría Escrivá nesta data:

Santa Catarina de Sena. “Esta Igreja Católica é romana. Eu saboreio esta palavra: romana! Sinto-me romano porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a querer carinhosamente o Papa, “il dolce Cristo in terra”, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena, a quem tenho como amiga amadíssima”.


Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1441)

Comunicar as próprias convicções - II

Ensaio de Ángel Rodríguez Luño – publicação subdividida em V partes

Verdade e liberdade

Em mais de uma ocasião, João Paulo II destacou que o conflito entre verdade e liberdade está presente em boa parte dos problemas que afectam a cultura do nosso tempo (2). A esse mesmo assunto se referiu Bento XVI com o conceito de relativismo (3). Diante das posições relativistas, tem-se a tentação de responder mostrando a sua contradição interna: quem considera que toda a verdade é relativa faz, na realidade, uma afirmação absoluta e, por isso, contradiz-se a si mesmo. Trata-se de uma crítica verdadeira, mas culturalmente pouco eficaz, porque não procura entender os pontos de apoio que sustentam os fundamentos relativistas, nem parece compreender a questão que tentam solucionar.

A partir de uma perspectiva ético-social, as posições relativistas têm o seu ponto de partida baseado no facto de que na sociedade actual existe uma pluralidade de projectos de vida e de concepções do bem, que parece propor uma disjuntiva: ou se renuncia à ideia de julgar os diferentes projectos de vida, ou há que abandonar o ideal ou o modus vivendi caracterizado pela tolerância. Por outras palavras, um modo de vida tolerante requereria admitir que qualquer concepção de vida tem o mesmo valor ou, pelo menos, tem o mesmo direito de existir como qualquer das outras; se isto não se admite, cai-se num fundamentalismo ético e social.

O raciocínio é bastante enganador, mas apresenta-se com aparência de verdade por causa de um facto inegável, que constitui o seu ponto de apoio: ao longo da história e, inclusive, na actualidade, não faltou quem oprimisse violentamente a liberdade das pessoas e dos povos em nome da verdade. Por isso, para que a mensagem evangélica seja rectamente entendida, torna-se necessário evitar qualquer palavra, raciocínio ou atitude que possa fazer pensar que um cristão coerente sacrifica a liberdade em nome da verdade. Se fosse dada esta impressão, ainda que involuntariamente, contribuir-se-ia para consolidar o pressuposto fundamental do relativismo: a ideia de que o amor à verdade e o amor à liberdade são incompatíveis, pelo menos na prática.

A comunicação de convicções cristãs e de conteúdos éticos necessita que seja demonstrada com obras, e não somente com palavras, que entre verdade e liberdade existe uma verdadeira harmonia; isto requer, por um lado, estar profundamente convencido do valor e do significado da liberdade pessoal. Mas, por outro, obriga a distinguir cuidadosamente o terreno ético do terreno político e jurídico. Em primeiro lugar, toda a chamada da autoridade se dirige à liberdade; em segundo lugar, o recurso à coação pode ser legítimo.

2 - Cf. por exemplo: Litt. enc. Redemptor hominis, 4-03-1979, n. 12; Litt. enc. Centesimus annus, 1-05-1991, nn. 4, 17 y 46; Litt. enc. Veritatis splendor, 6-08-1993, nn. 34, 84, 87 y 88; Litt. enc. Fides et ratio, 14-09-1998, n. 90.

3 - Cf. por exemplo: Discurso ao Convênio diocesano promovido pela diocese de Roma sobre o tema “Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão da fé”, 7-6-2005; Discurso ao Corpo Diplomático acreditado diante da Santa Sé, 8-01-2007; Discurso a uma Delegação da “Académie des Sciences Morales et Politiques” de Paris, 10-02-2007; Discurso inaugural da V Conferência do Episcopado Latinoamericano, 13-5-2007.


(Fonte: site Opus Dei - Portugal)

Santa Catarina de Sena

Santa Catarina de Sena - "Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa"

"Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa". A antífona de ingresso da Missa em honra de Santa Catarina de Sena faz clara referência à parábola das dez virgens, cinco sábias e sensatas e cinco néscias, que São Mateus nos propõe numa página evangélica tão rica de advertências espirituais. O evangelista coloca esta parábola, juntamente com a dos talentos, imediatamente antes da majestosa descrição do juízo universal, quase para nos recordar o que verdadeiramente vale na nossa vida, o que devemos fazer para orientar a nossa existência para o encontro definitivo com o Senhor, meta última e comum dos homens de todos os tempos. O nosso itinerário "cá em baixo" é uma peregrinação para o "alto".

Observava Santo Agostinho: "Nesta vida és um emigrante, a pátria está no alto; aqui és um hóspede, estás de passagem sobre esta terra e, então, canta e caminha". Caminhar cantando significava para Agostinho amar o Senhor reconhecendo o Seu rosto no rosto dos nossos companheiros de viagem. Santa Catarina fez isto e segundo as palavras do Canto ao Evangelho foi a "virgem sábia que o Senhor encontrou diligente: à chegada do Esposo entrou com ele para a sala das núpcias".

Os santos vivem na glória de Deus e são para nós intercessores para invocar e testemunhas para imitar. Com esta profunda convicção aproximamo-nos hoje de Santa Catarina de Sena, no dia da sua festa. Catarina é a "virgem sábia" que voltou para a casa do Pai com a jovem idade de 33 anos, depois de uma existência marcada pela incessante contemplação e pela intensa actividade apostólica. Desde os sete anos, na presença espiritual de Maria Santíssima, deu-se em esposa para sempre a Jesus, plenamente consciente do valor que o voto de virgindade e de amor exclusivo a Cristo comportava, como ela mesma confirmará em seguida ao seu confessor. Tanto é verdade que quando os pais, para a dissuadir do seu propósito, a submeteram a pesados trabalhos domésticos, a pequena Catarina "fabricou na sua alma uma cela interior da qual aprendeu a nunca mais sair". E íntima com Cristo manteve-se até ao último dos seus dias, que foram marcados pelo sofrimento e por provações quer físicas quer morais e místicas. Ao passar deste mundo para o Pai a 29 de Abril de 1380, foi recebida no triunfo das bodas celestes pelo seu Esposo, por Cristo crucificado e ressuscitado, por quem unicamente tinha vivido. Conservar, mesmo no alarido dos eventos humanos, um íntimo e incessante contacto com o seu Esposo divino era o empenho da sua vida.

Empenho que exortou também aos seus discípulos, imersos nas múltiplas actividades terrenas, a assumir, ao recomendar-lhes: "Construí uma cela na mente da qual nunca possais sair". Queridos irmãos e irmãs no Senhor, como seria diferente a nossa vida, quanta paz poderíamos difundir ao nosso redor se nos esforçássemos para nos manter sempre na presença de Deus "na cela interior do nosso coração"!

O segredo da santidade de Catarina de Sena está em ter sido "inflamada de amor divino", como nos recorda a hodierna liturgia, e em ter "unido a contemplação de Cristo crucificado e o serviço à Igreja": uma vida de contemplação e de fervor apostólico. Precisamente porque estava imersa em Deus pôde desenvolver uma enorme quantidade de actividades com iniciativas num amplo raio e intervir com coragem e decisão em situações delicadas; por isso pôde escrever e deixar-nos obras de elevada espiritualidade e mística, que ocupam um lugar significativo na história da literatura com o maravilhoso Diálogo da Divina Providência e, sobretudo, com as 381 Cartas que ela mesma, com impressionante capacidade e velocidade, ditou aos seus secretários. Ela pôde realizar tudo isto somente porque caminhava na luz de Deus, seguindo as pegadas de um grande mestre, São Domingos, do qual se diz como se sabe que falava com Deus ou falava de Deus. "Se caminharmos na luz rezaremos na antífona da comunhão como Deus está na luz, nós estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado". Esta é a santidade: dom e obra de Cristo e do seu Espírito, e esforço incessante para não deixar "arrefecer" em nós e ao nosso redor aquele amor pelo Senhor do qual brota a autêntica comunhão e a verdadeira paz entre os homens na Igreja e no mundo. Santa Catarina recorda-nos com o seu testemunho que definitivamente a santidade é Amor.

Catarina de Sena, que viveu num período histórico cheio de controvérsias, foi chama ardente de amor por Cristo crucificado e pela Igreja. De facto, era a Idade Média tardia e tanto no campo civil como eclesiástico a Europa parecia dilacerada pelas lutas internas, por guerras entre Estados e cidades, por carestias e pestilências. Referem-nos os historiadores que Sena, cidade da santa, em 1347 passou de cerca de oitenta mil habitantes para quinze mil devido à peste negra. Na Igreja registavam-se divisões e cismas que punham em risco a própria sobrevivência da civilização católica diante do perigo cada vez mais urgente das invasões dos saracenos. O Papa, ausente de Roma, residia em Avinhão e este drama fez dizer ao sumo poeta Dante que a Igreja "casou com o reino da França". Neste clima de particular angústia para a Igreja, Catarina, tocada por uma graça especial, entreviu a sua vocação. Lê-se na sua biografia que a sua infância foi marcada por uma visão de Cristo, de cujo coração saía um raio luminoso que a alcançou e feriu. Outro episódio que a marcou de modo determinante, aos vinte anos, quando já tinha escolhido viver como as terciárias dominicanas. Numa noite de carnaval de 1367, continuava a pedir incessantemente a Jesus: "Casa comigo na fé!". E eis que lhe aparece o Senhor e lhe diz: "Agora que os outros estão a divertir-se eu estabeleço celebrar contigo a festa da tua alma". Improvisamente, narram os biógrafos, a corte do céu, com os Santos que Catarina mais amava, estava presente ali: Maria, a Virgem Mãe, pega na mão da jovem e une-a à do Filho. Jesus coloca-lhe um anel luminoso no dedo (que Catarina verá, ela somente, por toda a vida) e diz-lhe: "Eu te esposo a Mim na fé, a Mim o teu Criador e Salvador. Conservarás ilibada esta fé enquanto não vieres para o céu celebrar Comigo as bodas eternas". Jesus doa a esta jovem de vinte anos uma das experiências místicas mais intensas que uma criatura possa viver. O Amante divino para Catarina torna-se assim uma presença constante, e por este grande amor ela desafiará o mundo, inclusive quando ele parece surdo e distraído.

Depois dessa experiência, Catarina viverá somente outros treze anos dedicando-se e consumindo-se fisicamente na missão de reforma da Igreja e do mundo, encontrando Papas, Cardeais, Reis e Príncipes. Escreverá cartas pungentes nas quais usa frequentemente a expressão "Eu quero", com a conclusão: "Jesus doçura, Jesus amor" denominado em seguida como o "código de amor da cristandade". O desejo de fazer regressar o Papa a Roma concretiza-se em Gregório XI, mas eclode o grande cisma e Catarina continuará a trabalhar activamente contra o antipapa em favor do legítimo Pontífice Urbano VI. O seu amor pelo Papa por ela chamado "o meigo Cristo na terra" era tão grande que Catarina fez voto, na quaresma de 1380, de ir todas as manhãs a São Pedro para fazer companhia ao Esposo, permanecendo diante do mosaico desenhado por Giotto para o frontão da antiga basílica, no qual está representada a barca da Igreja no meio da tempestade. E a Santa continuava a exortar o Papa: "guiai a barca da santa Igreja" (Carta 357).

Queridos irmãos e irmãs no Senhor! Da vida e dos escritos de Catarina de Sena chega até nós todos um ensinamento muito actual nesta nossa época, isto é, a prioridade de rezar e trabalhar para a salvação das almas. Não foram estas porventura a finalidade e a paixão de toda a sua existência?

Às vezes, influenciados excessivamente pela cultura moderna, temos a sensação de que a nossa pastoral corre o risco de parecer preocupada, dizendo de maneira paradoxal, mais de fazer com que as pessoas estejam bem sobre esta terra do que orientar as almas decididamente para o encontro com Cristo, o único Redentor do homem. No Diálogo da Divina Providência, Catarina escreve que querendo remediar aos muitos males da humanidade Deus Pai misericordioso nos deu "a Ponte" do seu Filho, "para que ao passares pelo rio não afogues, este rio é o mar agitado desta tenebrosa vida". Consequentemente, o que nos deve interessar mais do que qualquer outra coisa é "agradar a Deus" e ficarmos unidos a Ele, como ela fez com o "seu celeste Esposo". Quem habita em Cristo, o Amigo, o Mestre, o Esposo, não conhece esmorecimento nem medo; antes, torna-se sólido na fé, fervoroso no amor e perseverante na esperança. Assim aconteceu para a nossa Santa; primeiramente ocorreu aos Apóstolos, às mulheres que no sepulcro, surpreendidas, viram o Senhor ressuscitado, aos discípulos de Emaús, que desconsolados repetiam: "pensávamos que fosse Ele a salvar-nos". Só o Senhor nos salva e nos redime. Ao longo dos séculos, Ele associa à obra da sua redenção os santos, ou seja, aqueles que aceitam a sua vontade e seguem fielmente o seu Evangelho. Como esta jovem, Catarina de Sena, que sonhava com uma Igreja santa, da qual se sentia "filha" e "mãe", com bispos e sacerdotes cheios de zelo. Queria a Igreja desse modo, não por uma visão triunfalista da cristandade, mas para que pudesse ser "fermento" de renovação social, ao comunicar aos homens "o sangue" de Cristo que gera a paz. Santa Catarina, intrépida reformadora dos frades e das monjas da Ordem de São Domingos, à qual era ligada como terciária, nos conduza a uma contemplação cada vez mais íntima dos mistérios insondáveis da vida divina; nos ajude a amar a Igreja com coração grande e apaixonado; nos apoie no nosso empenho quotidiano ao serviço do Evangelho, sempre atentos aos "sinais dos tempos" e à suprema vontade de Deus na qual se encontra a nossa paz. Assim seja.


Cardeal Tarcisio Bertone

Excerto homilia por ocasião de recorrência Litúrgica de Santa Catarina de Sena na Basílica de Santa Maria “sopra Minerva” no Domingo dia 29 de Abril de 2007

(Fonte: site da Santa Sé em http://www.vatican.edu/roman_curia/secretariat_state/card-bertone/2007/documents/rc_seg-st_20070429_santa-caterina_po.html , título da responsabilidade de JPR)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo

Santa Catarina de Sena, virgem e Doutora da Igreja

O casamento é bom [...]; tu que és consagrada a Deus, honra também a mãe da qual nasceste. E tu, que és casada, honra aquela que nasceu de uma mãe sem ser ela própria mãe; não é mãe, mas é esposa Cristo. Que também a mulher casada pertença a Cristo; mas que a virgem consagrada seja totalmente d'Ele. Que a primeira não se prenda ao mundo; mas que a segunda se liberte totalmente dele. [...] «Nem todos compreendem esta linguagem, mas apenas aqueles a quem isso é dado», disse Jesus (Mt 19, 11).

Compreendeis a profundidade do pensamento Cristo? [...] Se transferes para Deus todo o fogo da tua alma, sem te deixares balançar entre o amor que passa e o amor que permanece, entre o amor visível e o invisível, é porque o próprio Deus te feriu com as setas da escolha; conheces a beleza do teu Esposo e podes cantar este hino: «Senhor, Tu és a minha alegria, o objecto de todos os meus desejos!» (Ct 5,16). Permanecerás totalmente em Cristo, até contemplares Cristo teu Esposo. [...] Mas, quando ouves Cristo declarar que «Nem todos compreendem esta linguagem, mas apenas aqueles a quem isso é dado», pensa que isso é dado àqueles que Ele escolheu e que abriram o seu coração a estas coisas. «Portanto, isto não depende daquele que quer, nem daquele que se esforça por alcançá-lo, mas de Deus, que é misericordioso» (Rm 9, 16).


(Fonte: “Evangelho Quotidiano”)

O Evangelho do dia 29 de Abril de 2009

São Mateus 11, 25-30

Naquela ocasião, Jesus tomou a palavra e disse:
«Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.»
«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito.
Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»

(Fonte: “Evangelho Quotidiano”)