Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Encontro das Famílias no México continua


No contexto do Ano Internacional da Família e do VI Encontro Mundial das Famílias na Cidade do México, foram organizadas as “Jornadas da Família 2009” na Universidade Pan-americana, campus de Guadalajara. Com os objectivos de aprofundar o papel da família, tornar activa a vida familiar e reforçar o papel formador dos pais, um grupo interdisciplinar do país com expoentes internacionais buscaram soluções concretas diante dos desafios da família cristã no contexto global mundial.

“Vendo tantas posições contra a instituição familiar por parte de tantos organismos internacionais, de tantas fundações, de tantos grupos de poder e de pressão que estão combatendo o conceito mesmo da família e a instituição familiar partindo da instituição matrimonial creio que a universidade tem uma responsabilidade muito grande em promover este tipo de eventos.”

“Não somente é dirigido a pais de família mas também foram convidados académicos, alunos, empresários e sobretudo funcionários governamentais de modo que a influência que se exerce por cada um dos conferencistas e que nos dão ideias concretas do que pode ser o papel da família no futuro se possa aproveitar em vários âmbitos”.

“Essas conferências muitas vezes elevam a nossa auto-estima de pais e mães que necessitamos em uma sociedade que está continuamente tentando transmitir a mensagem de que não servimos para nada e que devemos ser mudados.”

“Estamos falando do amor humano, o amor humano é universal isso não é somente para os cristãos e de fato a proposta da Igreja Católica está aberta a todo o mundo está ajudando muita gente que não é cristã, é uma mensagem universal e o amor humano é universal”.


(Fonte: H2O News)

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades – António Barreto (sociólogo)

Senhor Presidente da República,
Senhor Presidente da Assembleia da República,
Senhor Primeiro-ministro,
Senhores Embaixadores,
Senhor Presidente da Câmara de Santarém,
Senhoras e Senhores,

Dia de Portugal... É dia de congratulação. Pode ser dia de lustro e lugares comuns. Mas também pode ser dia de simplicidade plebeia e de lucidez.

Várias vezes este dia mudou de nome. Já foi de Camões, por onde começou. Já foi de Portugal, da Raça ou das Comunidades. Agora, é de Portugal, de Camões e das Comunidades. Com ou sem tolerância, com ou sem intenção política específica, é sempre o mesmo que se festeja: os Portugueses. Onde quer que vivam.

Há mais de cem anos que se celebra Camões e Portugal. Com tonalidades diferentes, com ideias diversas de acordo com o espírito do tempo. O que se comemora é sempre o país e o seu povo. Por isso o Dia de Portugal é também sempre objecto de críticas. Iguais, no essencial, às expressas por Eça de Queirós, aquando do primeiro dia de Camões. Ele afirmava que os portugueses, mais do que colchas às varandas, precisavam de cultura.

Estranho dia este! Já foi uma "manobra republicana", como lhe chamou Jorge de Sena. Já foi "exaltação da raça", como o designaram no passado. Já foi de Camões, utilizado para louvar imperialismos que não eram os dele. Já foi das Comunidades, para seduzir os nossos emigrantes, cujas remessas nos faziam falta. E apenas de Portugal.

Os Estados gostam de comemorar e de se comemorar. Nem sempre sabem associar os povos a tal gesto. Por vezes, quando o fazem, é de modo desajeitado. "As festas decretadas, impostas por lei, nunca se tornam populares", disse também Eça de Queirós. Tinha razão. Mas devo dizer que temos a felicidade única de aliar a festa nacional a Camões. Um poeta, em vez de uma data bélica. Um poeta que nos deu a voz. Que é a nossa voz. Ou, como disse Eduardo Lourenço, um povo que se julga Camões. Que é Camões. Verdade é que os povos também prezam a comemoração, se nela não virem armadilha ou manipulação.

Comemora-se para criar ou reforçar a unidade. Para afirmar a continuidade. Para reinterpretar o passado. Para utilizar a História a favor do presente. Para invocar um herói que nos dê coesão. Para renovar a legitimidade histórica. São, podem ser, objectivos decentes. Se soubermos resistir à tentação de nos apropriarmos do passado e dos heróis, a fim de desculpar as deficiências contemporâneas.

Não é possível passar este dia sem olharmos para nós. Mas podemos fazê-lo com consciência. E simplicidade.

Garantimos com altivez que Camões é o grande escritor da língua portuguesa e um dos maiores poetas do mundo, mas talvez fosse preferível estudá-lo, dá-lo a conhecer e garantir a sua perenidade.

Afirmamos, com brio, que os portugueses navegadores descobriram os caminhos do mundo nos séculos XV e XVI e que os portugueses emigrantes os percorreram desde então. Mais vale afirmá-lo com o sentido do dever de contribuir para a solidez desta comunidade.

Dizemos, com orgulho, que o Português é uma das seis grandes línguas do mundo. Mas deveríamos talvez dizê-lo com a responsabilidade que tal facto nos confere.

Quando se escolhe um português que nos representa, que nos resume, escolhe-se um herói. Ele é Camões. Podemos festejá-lo com narcisismo. Mas também com a decência de quem nele procura o melhor.

Os nossos maiores heróis, com Camões à cabeça, ilustraram-se pela liberdade e pelo espírito insubmisso. Pela aventura e pelo esforço empreendedor. Pela sua humanidade e, algumas vezes, pela tolerância. Infelizmente, foram tantas vezes utilizados com o exacto sentido oposto: obedientes ou símbolos de uma superioridade obscena.

Ainda hoje soubemos prestar homenagem a Salgueiro Maia. Nele, festejámos a liberdade, mas também aquele homem. Que esta homenagem não se substitua, ritualmente, ao nosso dever de cuidar da democracia.

As comemorações nacionais têm a frequente tentação de sublinhar ou inventar o excepcional. O carácter único de um povo. A sua glória. Mas todos sentimos, hoje, os limites dessa receita nacionalista. Na verdade, comemorar Portugal e festejar os Portugueses pode ser acto de lucidez e consciência. No nosso passado, personificado em Camões, o que mais impressiona é a desproporção entre o povo e os feitos, entre a dimensão e a obra. Assim como esta extraordinária capacidade de resistir, base da "persistência da nacionalidade", como disse Orlando Ribeiro. Mas que isso não apague ou esbata o resto. Festejar Camões não é partilhar o sentido épico que ele soube dar à sua obra maior, mas é perceber o homem, a sua liberdade e a sua criatividade. Como também é perceber o que fizemos de bem e o que fizemos de mal. Descobrimos mundos, mas fizemos a guerra, por vezes injusta. Civilizámos, mas também colonizámos sem humanidade. Soubemos encontrar a liberdade, mas perdemos anos com guerras e ditaduras.

Fizemos a democracia, mas não somos capazes de organizar a justiça. Alargámos a educação, mas ainda não soubemos dar uma boa instrução.

Fizemos bem e mal. Soubemos abandonar a mitologia absurda do país excepcional, único, a fim de nos transformarmos num país como os outros. Mas que é o nosso. Por isso, temos de nos ocupar dele. Para que não sejam outros a fazê-lo.
Há mais de trinta anos, neste dia, Jorge de Sena deixou palavras que ecoam. Trouxe-nos um Camões humano, sabedor, contraditório, irreverente, subversivo mesmo.

Desde então, muito mudou. O regime democrático consolidou-se. Recheado de defeitos, é certo. Ainda a viver com muita crispação, com certeza. Mas com regras de vida em liberdade.

Evoluiu a situação das mulheres, a sua presença na sociedade. Invisíveis durante tanto tempo, submissas ainda há pouco, as mulheres já fizeram um país diferente.

Mudou até a constituição do povo. A sociedade plural em que vivemos hoje, com vários deuses e credos, com dois sexos iguais, com diversas línguas e muitos costumes, com os partidos e as associações que se queira, seria irreconhecível aos nossos próximos antepassados.

A sociedade e o país abriram-se ao mundo. No emprego, no comércio, no estudo, nas viagens, nas relações individuais e até no casamento, a sociedade aberta é uma novidade recente.

A pertença à União Europeia, timidamente desejada há três décadas, nem sequer por todos, é um facto consumado.

A estes trinta anos pertence também o Estado de protecção social, com especial relevo para o Serviço Nacional de Saúde, a segurança social universal e a escolarização da população jovem. É certamente uma das realizações maiores.

Estas transformações são motivo de regozijo. Mas este não deve iludir o que ainda precisa de mudança. O que não foi possível fazer progredir. E a mudança que correu mal.

A Sociedade e o Estado são ainda excessivamente centralizados. As desigualdades sociais persistem para além do aceitável. A injustiça é perene. A falta de justiça também. 0 favor ainda vence vezes de mais o mérito. O endividamento de todos, país, Estado, empresas e famílias é excessivo e hipoteca a próxima geração. A nossa pertença à União Europeia não é claramente discutida e não provoca um pensamento sério sobre o nosso futuro como nacionalidade independente.

Há poucos dias, a eleição europeia confirmou situações e diagnósticos conhecidos. A elevadíssima abstenção mostrou uma vez mais a permanente crise de legitimidade e de representatividade das instituições europeias. A cidadania europeia é uma noção vaga e incerta. É um conceito inventado por políticos e juristas, não é uma realidade vivida e percebida pelos povos. É um pretexto de Estado, não um sentimento dos povos. A pertença à Europa é, para os cidadãos, uma metafísica sem tradição cultural, espiritual ou política. Os Estados e os povos europeus deveriam pensar de novo, uma, duas, três vezes, antes de prosseguir caminhos sem saída ou falsos percursos que terminam mal. E nós fazemos parte desse número de Estados e povos que têm a obrigação de pensar melhor o seu futuro, o futuro dos Portugueses que vêm a seguir.

É a pensar nessas gerações que devemos aproveitar uma comemoração e um herói para melhor ligar o passado com o futuro.

Não usemos os nossos heróis para nos desculpar. Usemo-los como exemplos. Porque o exemplo tem efeitos mais duráveis do que qualquer ensino voluntarista.

Pela justiça e pela tolerância, os portugueses precisam mais de exemplo do que de lições morais.

Pela honestidade e contra a corrupção, os portugueses necessitam de exemplo, bem mais do que de sermões.

Pela eficácia, pela pontualidade, pelo atendimento público e pela civilidade dos costumes, os portugueses serão mais sensíveis ao exemplo do que à ameaça ou ao desprezo.

Pela liberdade e pelo respeito devido aos outros, os portugueses aprenderão mais com o exemplo do que com declarações solenes.

Contra a decadência moral e cívica, os portugueses terão mais a ganhar com o exemplo do que com discursos pomposos.

Pela recompensa ao mérito e a punição do favoritismo, os portugueses seguirão o exemplo com mais elevado sentido de justiça.

Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo. Exemplo dos seus maiores e dos seus melhores. O exemplo dos seus heróis, mas também dos seus dirigentes. Dos afortunados, cujas responsabilidades deveriam ultrapassar os limites da sua fortuna. Dos sabedores, cuja primeira preocupação deveria ser a de divulgar o seu saber. Dos poderosos, que deveriam olhar mais para quem lhes deu o poder. Dos que têm mais responsabilidades, cujo "ethos" deveria ser o de servir.

Dê-se o exemplo e esse gesto será fértil! Não vale a pena, para usar uma frase feita, dar "sinais de esperança" ou "mensagens de confiança". Quem assim age, tem apenas a fórmula e a retórica. Dê-se o exemplo de um poder firme, mas flexível, e a democracia melhorará. Dê-se o exemplo de honestidade e verdade, e a corrupção diminuirá. Dê-se o exemplo de tratamento humano e justo e a crispação reduzir-se-á. Dê-se o exemplo de trabalho, de poupança e de investimento e a economia sentirá os seus efeitos.

Políticos, empresários, sindicalistas e funcionários: tenham consciência de que, em tempos de excesso de informação e de propaganda, as vossas palavras são cada vez mais vazias e inúteis e de que o vosso exemplo é cada vez mais decisivo. Se tiverem consideração por quem trabalha, poderão melhor atravessar as crises. Se forem verdadeiros, serão respeitados, mesmo em tempos difíceis.

Em momentos de crise económica, de abaixamento dos critérios morais no exercício de funções empresariais ou políticas, o bom exemplo pode ser a chave, não para as soluções milagrosas, mas para o esforço de recuperação do país.

António Barreto

Bento XVI - Para "compreender" a Palavra de Deus não basta uma rigorosa análise do texto, requer-se também a disponibilidade à conversão


Para descobrir o sentido escondido no texto sagrado, é preciso um particular exercício interior graças ao qual a razão se abre ao caminho seguro em direcção à verdade: observação de Bento XVI, na audiência geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, com um elevado número de peregrinos provenientes de variados países.

O Papa dedicou a sua catequese a (disse) “um importante pensador do Ocidente cristão”: João Scoto Erigene. Nascido provavelmente na Irlanda, no princípio do século IX, deslocou-se depois para o continente, tomando parte no renascimento carolíngio no reino de Carlos o Calvo.

“Distinguia-se por um grande conhecimento dos Padres da Igreja, tanto latinos como gregos, com uma particular predilecção pelo chamado Pseudo-Dionísio, que classificava de “autor divino” por excelência e cujas intuições tentou prolongar, traduzindo para latim as suas obras escritas em grego.

Toda a teologia deste Duns Scoto do século IX tende à contemplação e à adoração silenciosa de Deus. Em toda a sua produção ele se esforça por exprimir o inefável de Deus, baseando-se no mistério do Verbo feito carne em Jesus de Nazaré.

Embora o seu pensamento não tenha feito escola, ele continua ainda hoje a oferecer interessantes perspectivas, em especial no que diz respeito à leitura da Sagrada Escritura. Esta – sublinha ele – foi-nos dada por misericórdia divina, depois do pecado, para o homem possa reencontrar tudo o que se encontrava inscrito no seu coração no momento em que foi criado “à imagem e semelhança de Deus”.

Isto quer dizer que para a compreensão da Palavra de Deus requer-se ao mesmo tempo uma análise rigorosa do texto bíblico e uma disponibilidade permanente à conversão. A clarividência da inteligência nunca se pode separar da purificação do coração.

Presentes nesta audiência geral um certo número de peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os “Pequenos Cantores” de Amorim, no norte de Portugal, que o Papa saudou expressamente:

“Dirijo agora uma cordial saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente ao grupo brasileiro de Santa Catarina e aos «pequenos cantores» de Amorim, Portugal, pedindo à Virgem Mãe que guarde a vida e a família de cada um como um canto de louvor perene a Deus e de bênção generosa para quantos cruzam o seu caminho. Obrigado pela vossa jubilosa participação neste encontro com o Sucessor de Pedro. Sobre vós e vossos entes queridos, desça a minha Bênção!”


(Fonte: site Radio Vaticana)

D. António Vitalino, Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana saúda os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo

Os portugueses celebram hoje, 10 de Junho, o “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”. Uma celebração que, para além do grande cantor épico das glórias da nação, se alarga às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Numa Nota intitulada “Identidade dos portugueses no mundo”, D. António Vitalino, Bispo de Beja e presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, de Portugal, recorda que “cerca de um terço dos portugueses, uns cinco milhões, está espalhado pelos cinco continentes, muitas vezes organizados em comunidades significativas e orgulhosas do nome, da língua e da cultura portuguesa”. Observando que os emigrantes portugueses são “os grandes embaixadores de Portugal… no mundo, o prelado evoca o seu contributo “em tornar o mundo uma pátria comum, onde nunca nos sentimos estrangeiros”.

E prossegue a Nota de D. António Vitalino (citamos ainda): “Diz-se que Deus criou o mundo e as diferentes raças, mas os portugueses criaram os mestiços. A mestiçagem é um fenómeno que muito contribuiu para ultrapassar as divergências e lutas racistas, dando origem à afirmação da unidade do género humano, onde não há raças superiores e inferiores, senhores e escravos, mas semelhantes, próximos, irmãos. / Mas esta mentalidade fraterna tem dificuldade em espelhar-se em todas as dimensões do ser e da acção de todas as pessoas e sociedades, também no que diz respeito às relações económicas e financeiras. Ainda há uns que são mais iguais que outros. / Precisamente aqui intervém a fé dos cristãos, radicada na fé bíblica, sobretudo na pessoa de Jesus de Nazaré, que fez do amor ao próximo, sem acepção de pessoas, com especial atenção aos doentes e aos pobres, sacramento, sinal do amor e do conhecimento de Deus”.

Neste Ano Paulino (recorda o bispo de Beja), “Bento XVI dedicou a sua mensagem para o Dia mundial do migrante e refugiado a S. Paulo, visto como migrante e apóstolo das gentes, isto é, de todos os povos além fronteiras e limites do seu povo. Ele tornou visível a mensagem universalista e humanitária de Jesus, confrontando-se com mentalidades nacionalistas, fechadas, farisaicas. Isto transmitiu-nos na sua acção missionária e nos seus escritos, que bem podemos considerar a magna carta dos direitos fundamentais do homem e da liberdade religiosa”.

É na sequência desta mensagem papal que a Igreja portuguesa irá celebrar toda uma semana dedicada aos migrantes, de 9 a 16 de Agosto e uma peregrinação internacional a Fátima, a 12 e 13 do mesmo mês, tendo como tema: “viver o amor fraterno sem distinções nem discriminações”.

Como Bispo de Beja e também Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, D. António Vitalino conclui com um apelo a todos os emigrantes espalhados pelo mundo: “que não esmoreçam na construção duma sociedade mais fraterna e mais universalista”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1971

Celebra-se a solenidade do Corpo de Deus, e comenta: “Hoje dá-me uma particular alegria agradecer aos Anjos a corte que fazem a Jesus Sacramentado, em todos os Sacrários, faça-se festa ou não se faça festa em honra de Jesus Sacramentado. É um costume meu de sempre, mas hoje dá-me contudo mais presença de Deus (…). Quando celebrava a Missa esta manhã, disse a Nosso Senhor com o pensamento: eu Te acompanho em todas as procissões do mundo e em todos os Sacrários onde Te honram, e em todos os lugares onde estejas e não te honrem”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1835 )

Teologia do Corpo para jovens

Tempo de prudência e fortaleza para as famílias com filhos jovens

Com o mês de Junho, no nosso país, dá-se a particular situação contrastante de se iniciarem, para muitos que estudam, as suas férias e para outros, que também estudam, de se verem obrigados a aplicar-se mais nas suas obrigações escolares, porque iniciam a sua época de exames ou a realizam integralmente nestes 30 dias.

As famílias, que acompanham com especial atenção este período, têm, muitas vezes, de repartir os seus esforços de atenção entre as duas situações assinaladas, procurando ocupar utilmente o tempo dos que acabaram as aulas e se encontram desocupados e sem tarefas rotineiras e os que se sentem nervosos e mais sensíveis com os exames que devem enfrentar.

Duas virtudes cardeais entram em jogo nestes lares de uma forma mais incisiva; a prudência e a fortaleza. A primeira para planear os tempos dos que podem cair no ócio, que é um vício improdutivo e nefasto, porque pode deitar por terra todo o esforço educativo, perseverante e oportuno, de um ano escolar. O regresso de férias de muitos estudantes, nomeadamente se entraram na adolescência, manifesta com frequência os vícios adquiridos por um lazer inoperante, onde se habituaram a nada fazer. Tratam o tempo como um bem material de um novo-rico, que o expõe sem medida e sem decoro, como se fosse seu dono absoluto. Recordo dos tempos já longínquos de infância os volframistas super e rapidamente enriquecidos, com várias canetas ostensivas no bolso exterior do casaco (sem saberem escrever) e os anéis de oiro em vários dedos da mão como afirmação da sua pujança económica. Eram ridículos!

A fortaleza para exigir que se cumpra o que se estabeleceu para os que terminaram as actividades escolares. Deixá-los ao abandono, ou melhor, sem quaisquer exigências quanto aos deveres que assumiram de realizar as actividades em que se inscreveram ou que se comprometeram a executar é um convite para a desordem e a falta de sentido de responsabilidade. E também para acalentar positivamente os que se encontram imersos nos seus exames, facilitando-lhes um ambiente de serenidade e de rigor. Interessar-se por eles, pelo modo como decorrem, animar à sua boa preparação com estudo aturado, eis um panorama educativo que as famílias podem desenvolver com proveito.

É este mês também um tempo para concretizar as férias familiares, que se efectuam entre Julho e Agosto de um modo habitual. Lembrar-se de que são momentos de maior intimidade entre os pais e os filhos, onde todos podem realizar tarefas de ajuda mútua, de partilha e de amizade em circunstâncias únicas que une todos os membros de uma forma agradável.

Ter consciência de que nem todos os ambientes são próprios para uma vivência cristã. E há deveres que não podem esquecer-se nem pôr de parte. Por exemplo, o cumprimento do preceito dominical de participar na Santa Missa. Deus não pode ser o grande esquecido do período de férias, como se não existisse ou fosse uma referência incómoda para quem pretende descansar. Descansar sem Deus é um falso descanso, porque é pôr de parte o que o fiel confessa no primeiro mandamento: "Adorar e amar a Deus sobre todas as coisas".

É este mês ainda um tempo que a Igreja dedica a sua atenção ao Coração de Jesus, pelo que Ele significa de exemplo para todos nós. "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de Coração", disse o Senhor. No Amor que se derrama do Coração de Cristo, de Nazaré ao Calvário, nós entendemos melhor como Deus nos ama. E compreendemos também que a nossa atitude de vida deve fundamentar-se na humildade e na mansidão do coração, que tantas vezes se impacienta com ninharias, se irrita com o comportamento alheio e se fecha sobre si mesmo, não querendo compartilhar com os outros as nossas alegrias e tristezas. Não esqueçamos ainda que entre o Coração de Jesus e o de Maria existe a relação de um Filho com a sua Mãe. Quantas vezes, a mansidão e a humildade do Coração de Jesus não reflectirão o modelo de conduta que Ele descobriu na simplicidade da vida de Maria Santíssima.

Lembramos ainda que neste mês se encerram as comemorações do Ano Paulino, com que toda a Igreja quis sublinhar a importância da vida e da doutrina que S. Paulo, o Apóstolo das gentes, legou a toda a humanidade e, em particular, ao mundo cristão.


(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Junho, selecção do título da responsabilidade do autor do blogue)

Santo Anjo da Guarda de Portugal – 10 de Junho

Os Anjos que fazem parte desse mundo invisível, a que se estende também a acção criadora de Deus, vivem inteiramente dedicados ao louvor e ao serviço de Deus. A inteligência humana tem dificuldade em exprimir a natureza dessas criaturas espirituais. A sua missão, porém, é-nos mais conhecida através da Bíblia, que, em tantos passos, dá testemunho acerca da existência dos Anjos.

Mensageiros de Deus, em momentos decisivos da História da Salvação, os Anjos estão encarregados da Guarda dos homens (Mt. 18, 10: Act. 12,3) e da protecção da Igreja (Ap. 12, 1-9). A fé cristã crê também que cada nação em particular tem um Anjo encarregado de velar por ela.

Em Portugal a devoção ao Anjo da guarda é muito antiga. Tomou, porém, um incremento especial com as Aparições do Anjo, em Fátima, aos Pastorinhos.

Pio XII mandou inserir esta comemoração no nosso Calendário.


(Fonte: Secretariado Nacional de Liturgia)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Melitão de Sardes (?-c. 195), bispo

«Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição»

A imolação do cordeiro, o rito da Páscoa e a letra da Lei desembocaram em Cristo Jesus, em vista de Quem tudo aconteceu na Lei antiga, e ainda mais na ordem nova. Porque a Lei se fez o Verbo e, de antiga, se tornou nova [...], o mandamento transformou-se em graça, a figura em verdade, o cordeiro veio a ser o Filho, a ovelha veio a ser homem e o homem veio a ser Deus. [...]

Sendo Deus, o Senhor revestiu-Se de homem, sofreu por aquele que sofria, foi preso por aquele que se encontrava cativo, foi julgado pelo culpado, foi sepultado por aquele que estava sepultado. Ressuscitou dos mortos e proclamou: «Quem ousará atacar-Me? Apresentemo-nos juntos!» (Is 50, 8). Fui Eu que libertei o condenado; fui Eu que dei vida ao morto; fui Eu que ressuscitei o sepultado. «Quem ousaria condenar-Me?» Fui Eu, diz Ele, que sou o Cristo, que destruí a morte, que triunfei do adversário, que prendi o poderoso inimigo, que conduzi o homem às alturas dos céus; sou Eu, diz Ele, que sou o Cristo.

Vinde, pois, ó famílias dos homens, sobrecarregadas de pecados, e recebei o perdão dos pecados. Porque Eu sou o vosso perdão, Eu que sou a Páscoa da salvação, Eu que sou o cordeiro imolado por vós, o vosso resgate, a vossa vida, a vossa ressurreição, a vossa luz, a vossa salvação, o vosso rei. Serei Eu que vos conduzirei às alturas dos céus; serei Eu que vos ressuscitarei; serei Eu que vos farei ver o Pai, que existe desde toda a eternidade, serei Eu que vos ressuscitarei com a Minha mão poderosa.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 10 de Junho de 2009 - Santo Anjo da Guarda de Portugal

São Mateus 5, 17-19

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas;
não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo:
Antes que passem o céu e a terra,
não passará da Lei a mais pequena letra
ou o mais pequeno sinal,
sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos,
por mais pequenos que sejam,
e ensinar assim aos homens,
será o menor no reino dos Céus.
Mas aquele que os praticar e ensinar
será grande no reino dos Céus».