Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Aumenta o número de vocações na Austrália (vídeo em espanhol)

Papa aos Bispos irlandeses sobre abuso sexual


Na prática do vosso ministério pastoral tivestes que responder, ao longo destes últimos anos, a muitos e dilacerantes casos de abuso sexual contra menores. E eles são ainda mais trágicos, quando quem abusa é um clérigo. As feridas causadas por tais actos são profundas, e é urgente a tarefa de reconstruir a confidência e a confiança, onde elas foram prejudicadas. Nos vossos esforços permanentes em vista de resolver eficazmente este problema, é importante estabelecer a verdade a respeito daquilo que aconteceu no passado, dar todos os passos que forem necessários para impedir que ele volte a ocorrer, assegurar que os princípios da justiça sejam plenamente respeitados e, sobretudo, dar alívio às vítimas e a todas as pessoas que foram atingidas por estes crimes hediondos. Desta forma, a Igreja que está na Irlanda será fortalecida, tornando-se cada vez mais capaz de dar testemunho do poder redentor da Cruz de Cristo. Rezo a fim de que, mediante a graça do Espírito Santo, este tempo de purificação torne todo o povo de Deus capaz de, "com a ajuda de Deus, conservar e aperfeiçoar na sua vida a santidade que receberam [de Deus]" (Gaudium et spes, 40).

O trabalho excelente e a dedicação altruísta da grande maioria de sacerdotes e religiosos na Irlanda não deveriam ser obscurecidos pelas agressões cometidas por alguns dos seus irmãos. Estou persuadido de que as pessoas compreendem isto e continuam a considerar o seu clero com carinho e estima. Encorajo os vossos presbíteros a buscarem sempre a renovação espiritual e a descobrirem novamente a alegria de exercer o seu ministério em favor dos respectivos rebanhos, no seio da grande família da Igreja.

(Fonte: H2O News)

Papa às vítimas de abusos e às suas famílias


6. Às vítimas de abuso e às suas famílias

Sofrestes tremendamente e por isto sinto profundo desgosto. Sei que nada pode cancelar o mal que suportastes. Foi traída a vossa confiança e violada a vossa dignidade. Muitos de vós experimentastes que, quando éreis suficientemente corajosos para falar de quanto tinha acontecido, ninguém vos ouvia. Quantos de vós sofrestes abusos nos colégios deveis ter compreendido que não havia modo de evitar os vossos sofrimentos. É comprensível que vos seja difícil perdoar ou reconciliar-vos com a Igreja. Em seu nome expresso abertamente a vergonha e o remorso que todos sentimos. Ao mesmo tempo peço-vos que não percais a esperança. É na comunhão da Igreja que encontramos a pessoa de Jesus Cristo, ele mesmo vítima de injustiça e de pecado.

Como vós, ele ainda tem as feridas do seu injusto padecer. Ele compreende a profundeza dos vossos padecimentos e o persistir do seu efeito nas vossas vidas e nos relacionamentos com os outros, incluídas as vossas relações com a Igreja. Sei que alguns de vós têm dificuldade até de entrar numa igreja depois do que aconteceu. Contudo, as mesmas feridas de Cristo, transformadas pelos seus sofrimentos redentores, são os instrumentos graças aos quais o poder do mal é destruído e nós renascemos para a vida e para a esperança. Creio firmemente no poder restabelecedor do seu amor sacrifical – também nas situações mais obscuras e sem esperança – que traz a libertação e a promessa de um novo início.

(Fonte: H2O News)

D. Jacinto Botelho celebra 10 anos à frente da diocese de Lamego

Co-responsabilidade no governo, inventariação do património, vocações sacerdotais e trabalho pastoral foram preocupações para uma década

D. Jacinto Botelho concluiu 10 anos à frente da diocese de Lamego. Num balanço da década, a página oficial da diocese conta do trabalho desenvolvido desde 19 de Março de 2000, data de tomada de posse após a nomeação de João Paulo II.

Em 10 anos, D. Jacinto Botelho ordenou 24 sacerdotes (23 diocesanos e 1 de um Instituto Religioso). Este ano, “cinco diáconos diocesanos preparam-se para receber a ordenação sacerdotal”, explica o comunicado, enviado à Agência ECCLESIA pelo Gabinete de Imprensa.

A visita às paróquias foi uma prioridade. O bispo de Lamego visitou “a sua totalidade e, na maior parte delas, realizou mais do que uma visita pastoral”.

Foi com D. Jacinto Botelho que se deu início à realização de Assembleias Gerais do Clero diocesano. A relação com os Seminários Diocesanos é também manifesta nos encontros periódicos que mantém com as Equipas Formadoras e com os seminaristas.

A co-responsabilidade no governo da diocese foi “revitalizada” através dos encontros do Conselho Episcopal, do Conselho de Presbíteros e do Conselho de Arciprestes.

O património religioso e cultural foi também uma prioridade nos 10 anos. “Realizaram-se inventários no Arciprestado de Foz Côa, de Lamego e de Tarouca, recorrendo a especialistas nessas matérias”. Uma tarefa que não está terminada uma vez que “continua em estudo uma boa parte do património religioso da Diocese, em parceria com outras instituições”, esclarece o comunicado.

A diocese de Lamego, ao assinalar os 10 anos de episcopado de D. Jacinto Botelho, quer ainda sublinhar a preocupação espiritual do seu bispo com os diocesanos. “O recurso constante à oração como principal meio para resolver as dificuldades, a proximidade com os sacerdotes e com todos os fiéis e a contínua disponibilidade para atender todos os que a ele recorrem”, são exemplo do trabalho pastoral que a diocese quer enaltecer e agradecer.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

S. Josemaría nesta data em 1933

“Tem presença de Deus e terás vida sobrenatural”, escreve.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

CONHECER BENTO XVI - O Papa, a razão e o Islão

O que é que se passou para que o discurso mais académico de Bento XVI na sua visita à Baviera, pronunciado na Universidade de Ratisbona, tenha despertado uma inesperada chuva de críticas dos porta-vozes muçulmanos? Como costuma acontecer nestes casos, as primeiras críticas costumam transmitir uma ideia simplificada - o Papa teria dito que o Islão é uma religião violenta - e os que vêm a seguir limitam-se já a atacar quem pronunciou tal «ofensa», sem se preocupar em conhecer o texto e o contexto original.

O discurso pronunciado por Bento XVI a 12 de Setembro não trata das relações entre o cristianismo e o Islão, mas sobre a «Fé, razão e universidade». O tema central é uma questão muito querida na reflexão do teólogo Ratzinger: a racionalidade da fé, o interrogar-se sobre Deus por meio da razão, a convergência entre a fé bíblica e a filosofia grega.

Neste contexto, e com o estilo habitual de um académico que faz uma citação a propósito do desenvolvimento do seu tema, menciona o diálogo entre o imperador bizantino Manuel II Paleólogo (1350-1425) e um erudito persa sobre o cristianismo e o Islão. Manuel II Paleólogo, filho do imperador, tinha sido refém na corte otomana, sofreu a constante pressão turca sobre Constantinopla e foi um erudito, autor de obras teológicas e retóricas.

Os parágrafos incriminados dizem assim: «No sétimo colóquio editado pelo professor Khoury, o imperador toca o tema da "jihad" (guerra santa). Seguramente o imperador sabia que na sura 2, 256 se lê: "Nenhuma constrição nas coisas da fé". É uma das suras do período inicial no qual o próprioMaomé ainda não tinha poder e estava ameaçado. Mas, naturalmente, o Imperador conhecia também as disposições, desenvolvidas sucessivamente e fixadas no Corão, acerca da guerra santa. Sem se deter no particular, como a diferença de tratamento entre aqueles que possuem o "Livro" e os "incrédulos", ele, de modo surpreendentemente brusco, dirige-se ao seu interlocutor simplesmente com a pergunta central sobre a relação entre religião e violência, em geral, dizendo: "Mostra-me também aquilo que Maomé trouxe de novo, e encontrarás somente coisas malvadas e desumanas, como a sua ordem de difundir por meio da espada a fé que ele pregava". O Imperador explica assim minuciosamente as razões pelas quais a difusão da fé mediante a violência é uma coisa irracional. A violência está em contraste com a natureza de Deus e a natureza da alma. "Deus não se alegra com o sangue; não actuar segundo a razão é contrário à natureza de Deus. A fé é fruto da alma, não do corpo. Quem portanto quer conduzir outro à fé necessita de capacidade de falar bem e de raciocinar correctamente, não de violência nem de ameaça».

O que Bento XVI quer destacar aqui não é o «brusco» juízo do imperador sobre a acção de Maomé, mas sim a concepção cristã do modo de actuar de Deus. «A afirmação decisiva - prossegue Bento XVI - nesta argumentação contra a conversão mediante a violência é: não actuar segundo a razão é contrário à natureza de Deus (...). Para a doutrina muçulmana, pelo contrário, Deus é absolutamente transcendente. A sua vontade não está ligada a nenhuma das nossas categorias, inclusivamente à da racionalidade».

Aquilo de que o Papa está a falar é «do encontro entre fé e razão, entre autêntico Iluminismo e religião. Partindo verdadeiramente da íntima natureza da fé cristã e, ao mesmo tempo, da natureza do pensamento helénico unido já com a fé, Manuel II podia dizer: Não actuar "com o logos" é contrário à natureza de Deus». Deus não actua de modo arbitrário, mas sim de acordo com a razão criadora; e o homem, para cumprir o projecto divino, deve actuar conforme a razão.

Dois modos de conceber Deus

Bento XVI contrapõe aqui dois modos de conceber a transcendência divina. Num caso, «a transcendência e a diversidade de Deus são acentuadas de um modo tão exagerado, que também a nossa razão, o nosso sentido do verdadeiro e do bem não são já um verdadeiro reflexo de Deus, cujas possibilidades abissais permanecem para nós eternamente inalcançáveis e escondidas pelas suas decisões efectivas. Em contraste com isso, a fé da Igreja sempre teve a convicção de que entre Deus e nós, entre o seu eterno Espírito criador e a nossa razão criada, existe uma verdadeira analogia».

O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Bertone, declarou num comunicado que ao citar o juízo do imperador Manuel II Paleólogo, o Santo Padre não pretendia assumi-lo, mas sim utilizá-lo para desenvolver num contexto académico «algumas reflexões sobre o tema da relação entre religião e violência em geral e concluir com um claro e radical repúdio da motivação religiosa da violência, independentemente da sua proveniência».
Não se trata de um problema de choque de civilizações. O mesmo comunicado recorda a advertência, dirigida noutro discurso de Bento XVI à cultura secularizada, para que se evite «o desprezo de Deus e o cinismo que considera a troça do sagrado como um direito da liberdade».

No mesmo discurso na Universidade de Ratisbona o Papa afirmou que a dimensão religiosa é essencial para um frutuoso diálogo entre culturas: «As culturas profundamente religiosas do mundo vêem a exclusão do divino da universalidade da razão como um ataque às suas convicções mais íntimas. Uma razão que é surda perante o divino e que relega a religião para o âmbito das subculturas é incapaz de participar no diálogo entre as culturas».

Os porta-vozes islâmicos deveriam compreender que Bento XVI, ao defender a abertura da modernidade a Deus, está abrindo também espaço para todas as religiões. E deveriam pensar se as dificuldades do Islão para encontrar o seu lugar no mundo moderno provêm, não dos inimigos exteriores sempre invocados (os novos «cruzados», o Ocidente agressor, os colonialistas), mas sim de um problema por resolver entre a razão e a fé corânica.

Aceprensa

Um livro sobre o futuro Beato John Henry Newman (vídeo em espanhol)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Temas para reflexão

Jesus veio para perdoar. Ele é o Redentor, o Reconciliador. E não perdoa só uma vez; nem perdoa à humanidade abstracta, no seu conjunto. Perdoa-nos a cada um de nós, tantas vezes quantas, arrependidos, nos aproximamos d’Ele (...). Perdoa-nos e regenera-nos: abre-nos de novo as portas da graça, para que possamos – esperançadamente – prosseguir o nosso caminho.
(G. REDONDO, Razón de la esperanza, EUNSA, Pamplona 1977, pg. 80)

Meditação:

E se o Senhor me fizesse esta pergunta a mim? “Porque atiras essa pedra, acaso não tens nenhum pecado?”
Ai, meu Jesus, quantas pedras atiro aos outros, como sou rápido e eficaz a fazer juízos, conceitos, críticas e reparos! Com que direito, vejo agora, o faço? Em nome de que justiça? «Noverim me! Oh Deus, que me conheces perfeitamente tal como sou, ajuda-me a conhecer-me a mim mesmo (…) (AMA, orações diárias, Penaferrim, 1992).» (AMA, meditação sobre Jo 8, 1-11, 2010.02.10)

Tema: Perdão

Às vezes, quando um homem comete um delito, alguns dos que foram seus amigos afirmam não o conhecer, para não pôr em cheque a sua própria honradez. E se um amigo verdadeiro se atreve a ajudar o delinquente, fá-lo sempre deixando claro que não teve nada a ver com o delito do seu amigo. O Senhor, ao contrário, apresenta-Se a ajudar-nos, delinquentes e pecadores, chamando-nos amigos, Seus irmãos, Seus filhos, chamando-nos até membros do Seu corpo, unidos com Ele; e proclama-o em alta voz diante do tribunal da justiça divina. Roga que sejamos perdoados, negoceia a nossa absolvição, entrega-Se Ele mesmo como malfeitor para pagar a nossa pena. (Luís DE LA PALMA, A Paixão do Senhor, Éfeso, 1991, pg. 72-73)

Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 16)

Sempre no mesmo horizonte cultural, o corpo deixa de ser visto como realidade tipicamente pessoal, sinal e lugar da relação com os outros, com Deus e com o mundo. Fica reduzido à dimensão puramente material: é um simples complexo de órgãos, funções e energias, que há-de ser usado segundo critérios de mero prazer e eficiência. Consequentemente, também a sexualidade fica despersonalizada e instrumentalizada: em lugar de ser sinal, lugar e linguagem do amor, ou seja, do dom de si e do acolhimento do outro na riqueza global da pessoa, torna-se cada vez mais ocasião e instrumento de afirmação do próprio eu e de satisfação egoísta dos próprios desejos e instintos. Deste modo se deforma e falsifica o conteúdo original da sexualidade humana, e os seus dois significados — unitivo e procriativo —, inerentes à própria natureza do acto conjugal, acabam artificialmente separados: assim a união é atraiçoada e a fecundidade fica sujeita ao arbítrio do homem e da mulher. A geração torna-se, então, o "inimigo" a evitar no exercício da sexualidade: se aceite, é-o apenas porque exprime o próprio desejo ou mesmo a determinação de ter o filho "a todo o custo", e não já porque significa total acolhimento do outro e, por conseguinte, abertura à riqueza de vida que o filho é portador. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 23 d)

Agradecimento: António Mexia Alves

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de João, n°34 (a partir da trad. de Véricel, O Evangelho Comentado, p. 223)

A luz do mundo

As palavras do Senhor: «Eu sou a luz do mundo» são claramente, na minha opinião, para aqueles que têm olhos que lhes permitem tomar parte dessa luz; mas aqueles que só têm os olhos do corpo admiram-se de ouvir Nosso Senhor Jesus Cristo dizer: «Eu sou a luz do mundo». Talvez haja mesmo alguns que dizem para si próprios: Não será Cristo este sol que, ao nascer e ao pôr-se, determina o dia? [...] Não, Cristo não é esse sol. O Senhor não é o sol que foi criado, mas Aquele por Quem o sol foi criado. «Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência» (Jo 1, 3). Ele é, pois, a luz que criou esta luz que vemos. Amemos esta Luz, compreendamo-la, desejemo-la, para chegarmos um dia junto dela, conduzidos por ela, e para vivermos nela de forma a nunca mais morrermos. [...]

Vedes, portanto, meus irmãos, vedes, se tendes olhos que vêem as coisas da alma, que luz é esta da qual o Senhor declara: «Quem Me segue não anda nas trevas». Segui este sol e veremos se não caminhareis nas trevas; pois eis que ele se eleva e avança na vossa direcção e, seguindo o seu caminho se dirige-se para ocidente. Mas tu deves caminhar para o sol nascente, que é Cristo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 22 de Março de 2010

São João 8,12-20

Jesus falou-lhes novamente: «Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.»
Disseram-lhe, então, os fariseus: «Tu dás testemunho a favor de ti mesmo: o teu testemunho não é válido.»
Jesus respondeu-lhes: «Ainda que Eu dê testemunho a favor de mim próprio, o meu testemunho é válido, porque sei donde vim e para onde vou. Vós é que não sabeis donde venho nem para onde vou.
Vós julgais segundo critérios humanos; Eu não julgo ninguém.
Mas, mesmo que Eu julgue, o meu julgamento é verdadeiro, porque não estou só, mas Eu e o Pai que me enviou.
Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é válido;
sou Eu a dar testemunho a favor de mim, e também dá testemunho a meu favor o Pai que me enviou.»
Perguntaram-lhe, então: «Onde está o teu Pai?» Jesus respondeu: «Não me conheceis a mim, nem ao meu Pai. Se me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai.»
Jesus pronunciou estas palavras junto das caixas das ofertas, quando estava a ensinar no templo. E ninguém o prendeu, porque ainda não tinha chegado a sua hora.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)