Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

VERGONHA - “New York Times” baseou-se em tradução automática para acusar Bento XVI

O documento utilizado pelo jornal “New York Times” para ligar o actual Papa e o Cardeal Bertone a um caso de abusos sexuais, nos EUA, é uma tradução feita online, com erros e omissões que alteram o sentido do original. O caso vem divulgado em vários jornais católicos.

Ao longo das últimas semanas, numa série de artigos, editoriais e textos de opinião, o “New York Times” procurou imputar ao Vaticano, e nomeadamente ao então Cardeal Ratzinger, a responsabilidade de ter tentado encobrir um caso de abusos na diocese de Milwaukee, nos Estados Unidos.

O jornal baseou-se em documentação cedida por advogados das vítimas do Padre Murphy, que é acusado de ter abusado sexualmente de centenas de jovens numa escola para surdos do qual era director, durante cerca de duas décadas, até 1974. O caso só foi remetido à Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) em 1996 e o sacerdote em causa morreu em 1998, sem que fosse iniciado um processo canónico.

Inicialmente, o “New York Times” procurou responsabilizar o então prefeito da CDF, Cardeal Ratzinger, por pressões no sentido de não se avançar com um processo e lidar com o assunto em segredo.

Há dias, e com base na mesma documentação, o jornal alemão “Die Zeit” chegou a uma conclusão diferente, sublinhando o facto do nome de Ratzinger não aparecer em qualquer documento, e de não haver nenhuma indicação de que tivesse estado presente nas reuniões que decorreram no Vaticano sobre este caso, apontando o dedo ao então secretário da CDF, Cardeal Bertone.

Tradução feita no Yahoo

Contudo, um dos documentos chave que os jornais utilizam, e que o “New York Times” reproduz no seu site, é uma tradução automática das minutas de uma reunião no Vaticano entre representantes da CDF, chefiados por Bertone, e uma delegação da diocese de Milwaukee.

A tradução foi enviada pelo procurador judicial do caso do Padre Murphy, em Milwaukee, ao seu Bispo.

Na nota que acompanha o documento, também reproduzida pelo “New York Times”, o Padre Brundage explica que se trata de uma tradução “muito grosseira”, feita apenas para auxiliar a compreensão do original “para aqueles entre nós que não falam italiano”, e que não detecta “as subtilezas do direito canónico”.

Aparentemente o jornal nunca encomendou uma tradução profissional das minutas, baseando-se na dita tradução grosseira. Daí decorreram uma série de erros de interpretação que, sustentando, de facto, algumas das acusações que o jornal faz à CDF, contrariam uma leitura real do documento original. A primeira pessoa a detectá-lo foi Lori Pieper, uma tradutora profissional que se deu conta das discrepâncias ao analisar a documentação que o jornal disponibiliza no seu site:
http://documents.nytimes.com/reverend-lawrencec-murphy-abuse-case?ref=europe#document/p69 .

Lori produziu, então, uma tradução profissional e fiel ao original, que remeteu para o jornalista Jimmy Akin, do jornal norte-americano “National Catholic Register”, antes de escrever sobre o assunto no seu blogue pessoal (http://subcreators.com/blog/2010/04/01/what-really-happened-at-the-cdf/ ).

Akin escreveu um artigo extenso (http://www.ncregister.com/blog/smoking_gun_memo_in_murphy_paedophilia_case/ ) sobre o assunto que, entretanto, foi analisado também no “Catholic News Agency (http://www.catholicnewsagency.com/news/ny_times_ap_criticism_of_pope_based_off_mistranslaed_vatican_memo/).
Assim, e ao contrário do que diz o “New York Times”, a CDF em nenhuma altura põe de parte a possibilidade de avançar com um processo canónico que possa resultar na laicização do Padre Murphy. Contudo, o Cardeal Bertone chama atenção para as tremendas dificuldades que haverá para concluir tal processo, tendo em conta o tempo que tinha passado desde os crimes em si, e as dificuldades inerentes à recolha de provas.

Torna-se claro, ainda, que o caso chegou à CDF não por envolver abusos sexuais, que antes de 2001 não estavam sob a alçada deste dicastério, mas por envolver solicitações no confessionário, uma violação da dignidade dos sacramentos que, essa sim, devia ser tratada na CDF. A natureza desses crimes levantava uma dificuldade acrescida, avisa Bertone, uma vez que o Padre Murphy estaria impedido de fazer a sua defesa, estando impedido pelo direito canónico de violar o segredo do confessionário sob pena de excomunhão automática.

Sentido, não segredo

Longe de procurar encobrir o caso, o Cardeal Bertone mostra-se chocado pelo facto da diocese ter deixado passar tanto tempo desde que foi alertado para os factos, em 1974, até contactar a CDF.

Lamenta, ainda, o facto de, na altura das primeiras queixas contra o Padre Murphy, a diocese não ter mantido registos dos procedimentos, outra falha que dificulta em muito um eventual processo.

Apesar de não recomendar, sem contudo proibir, um processo canónico, Bertone diz que os Bispos se devem assegurar que o Padre Murphy não volte a ter qualquer contacto com a comunidade surda, e que apenas celebre sacramentos com autorização por escrito do Bispo.

Recomenda, ainda, que o Padre Murphy seja acompanhado e obrigado a fazer um retiro até mostrar genuíno arrependimento pelos seus crimes. Caso não o faça, ou caso viole qualquer das limitações pastorais que lhe foram impostas, deve-se avançar com um novo caso, independentemente da idade e estado de saúde débil do acusado.

Outro erro grosseiro na versão utilizada pelo jornal é a tradução do termo “no sentido estrito” para “em estrito segredo”, dando ideia de que a CDF estaria a recomendar segredo na abordagem do caso quando, na verdade, se aludia a uma norma do direito canónico, de que as leis que acarretam penas efectivas devem ser interpretadas no sentido mais estrito.

(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença, na sua edição de hoje dia 8.04.2010)

Cardeal Herranz apoia Bento XVI: Defende valores, sobre tudo a vida

O Cardeal Julián Herranz, manifestou seu apoio ao Papa Bento XVI e assegurou que ele é atacado não só pelos casos de pedofilia cometidos por alguns membros do clero, mas também "porque defende a vida".

Numa entrevista publicada pelo jornal italiano La Repubblica, o Cardeal Herranz destacou a "profunda continuidade" que emerge entre os Pontificados de João Paulo II e Bento XVI. "Uma continuidade no nome de Cristo e de sua verdade evangélica que não diminui nem sequer em momentos de grande dificuldade como os actuais, em que também os meios de comunicação internacionais atacam a Igreja e o Papa seja pelos sacerdotes pedófilos ou pela defesa dos valores éticos, a partir do 'não' ao aborto".

Segundo o Cardeal, "o escândalo de pedofilia por parte de alguns sacerdotes que traíram sua promessa sacerdotal" produz em Bento XVI um "sofrimento inexprimível, atroz, profundo".

"Mas precisamente frente a este sofrimento, o Papa está oferecendo ao mundo inteiro um grande exemplo de firmeza e coerência na busca da verdade", que traduzida em "acções sociais" significa, "entre outras coisas", "a defesa da vida desde a concepção, com o consequente 'não' ao aborto; a defesa da dignidade da pessoa humana, especialmente da mais pobre e indefesa; a promoção da família fundamentada no matrimónio entre um homem e uma mulher; a educação ao amor que não se deve reduzir à mera prática sexual", especificou.

Do mesmo modo, tampouco se pode esquecer o impulso que este Pontífice está dando ao "diálogo entre as religiões e as culturas; o 'não' à guerra e a qualquer forma de injustiça social. O Papa Ratzinger fala-nos de tudo isso incansavelmente, inclusive nos momentos de profunda tristeza", destacou o Cardeal Herranz.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição de JPR)

S. Josemaría nesta data em 1932

“Se visse quantos desejos tenho eu de solidão! – escreve ao Pe. José Pou de Foxá, sacerdote amigo -. Mas o mel não está feito para boca de burro e tenho de me contentar com uma vida de alvoroço e movimento, andando o dia inteiro daqui para ali.
Bendita seja a Vontade de Deus”
.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Bento XVI nomeia Bispo Auxiliar de Los Angeles D. José Horacio Gómez, Bispo de total fidelidade ao Romano Pontífice e à Igreja

Está prevista a substituição do actual Cardeal Arcebispo de Los Angeles, D. Roger Mahony, dentro de dez meses por atingir o limite de idade e o Papa nomeia um Bispo com uma sólida formação e experiência para vir a ser o seu substituto. Recorde-se que a Arquidiocese de Los Angeles é a maior dos E.U.A. e das primeiras a ser manchada por escândalos de pedofilia, tendo já pago em indemnizações avultadas verbas às vítimas.

Gómez é definitivamente uma escolha de descontinuidade em relação a uma linha mais liberal do actual responsável da Arquidiocese. Líder dos católicos hispânicos norte-americanos - em 2005, quando era Arcebispo de San Antonio, foi nomeado como um dos hispânicos mais influentes pela revista Time - deve muito ao período em que trabalhou como auxiliar do Arcebispo de Denver, Charles Chaput. Facto que contribuiu para o seu melhor conhecimento em Roma. Mas importante foi igualmente o apoio do Cardeal Justin Francis Rigali, Arcebispo da Filadélfia, um dos mais influentes Cardeais norte-americanos. Após a sua nomeação tornar-se-á Cardeal, e seu peso no mundo hispânico será um factor a ter em conta no futuro da Igreja.

O novo Arcebispo Auxiliar de Los Angeles, D. José Horacio Gómez, assinalou em conferência de imprensa depois do anúncio de sua nomeação que deseja entregar-se "totalmente à nova chamada de Deus. Também pedi a fortaleza para aceitar esta nova responsabilidade, que sem dúvida é muito grande".

O Prelado expressou sua gratidão ao "Santo Padre por me dar a oportunidade de servir à Igreja com um mestre e líder como o Cardeal Roger Mahony. Também agradeço ao Núncio Apostólico, D. Pietro Sambi, por confirmar a confiança que o Santo Padre pôs em mim. Tratarei com todas minhas forças de merecer essa confiança".

Seguidamente comentou que "quando recebi a notícia de minha nomeação, fui à Capela imediatamente para rezar diante do Santíssimo Sacramento. Pedi a graça de ser generoso para me entregar totalmente à nova chamada de Deus. Também pedi a fortaleza para aceitar esta nova responsabilidade, que sem dúvida é muito grande. Dá-me paz saber que é uma chamada de Deus e que Ele, Deus misericordioso, ajudar-me-á a ser fiel e servir a Seu povo na Arquidiocese de Los Angeles".

"Nunca esquecerei que quando terminei minha conversa com o Arcebispo Pietro Sambi, Núncio Apostólico nos Estados Unidos, o primeiro que vi foi uma imagem de Nossa Senhora do Guadalupe que estava no corredor do edifício. Senti o amor e amparo da Santíssima Virgem de Guadalupe, que como em todo momento em meu ministério, acompanhou-me. Eu encomendo a Ela meu novo ministério na Arquidiocese de Los Angeles".

"Aos fiéis e religiosos da arquidiocese, obrigado por me acolherem no seu coração, e por favor, nunca se esqueçam de mim nas vossas orações. Um bispo pode viver com as críticas do mundo. Como todo bispo descobre rapidamente, isso vai virtualmente unido à descrição do posto, dos 12 Apóstolos originais. Mas nenhum bispo pode viver sem o amor e as orações de seu povo. Então, peço-lhes que por favor nunca se esqueçam do Cardeal Mahony, de meus irmãos bispos ou de mim em suas orações", prosseguiu.

"Que Deus os abençoe a todos e nos renove em Jesus Cristo", concluiu o novo Arcebispo Auxiliar de Los Angeles.

(Notícia redigida e editada por JPR tendo como base num artigo no ‘Il Foglio’ do jornalista Vaticanista Paolo Rodari e a ‘ACI Digital’)


Papa nomeou próximo bispo da diocese mais importante dos EUA

D. José Gomez, de 58 anos, será o próximo arcebispo de Los Angeles, a arquidiocese mais importante dos Estados Unidos, com 4,3 milhões de fiéis, 70% dos quais hispânicos.

O prelado foi designado pelo Papa coadjutor do arcebispo actual, o cardeal D. Roger Mahony, que a 27 de Fevereiro de 2011 atingirá o limite de idade, fixado em 75 anos.

Nascido em Monterrey, no México, D. José Horácio Gomez vai ser o primeiro arcebispo hispânico de Los Angeles.

A missa de acolhimento na arquidiocese deste membro do Opus Dei e até agora arcebispo de San Antonio, no Sul dos Estados Unidos, está marcada para 26 de Maio.

“É com entusiasmo que dou as boas-vindas ao arcebispo Gomez à arquidiocese de Los Angeles”, referiu o cardeal D. Roger Mahony em comunicado.

“Os bispos auxiliares e eu próprio esperamos ansiosamente trabalhar estreitamente com ele nos próximos meses até se tornar arcebispo no início de 2011”, sublinhou.

Por seu lado, D. José Gomez agradeceu a Bento XVI ter-lhe dado a “oportunidade de servir a Igreja com um mentor e líder como o Cardeal Roger Mahony” e acrescentou: “Vou tentar com todas as minhas forças ser merecedor da confiança [do Papa]”.

A arquidiocese de Los Angeles, que esteve envolvida em casos de abusos sexuais de menores, aceitou em 2006 pagar 660 milhões de dólares para pôr fim aos processos judiciais movidos por mais de 500 vítimas.

“Penso que a minha nomeação é uma prova do interesse do Santo Padre pela situação da comunidade hispânica na Igreja católica após estes casos”, declarou D. José Gomez numa conferência de imprensa.

O prelado reconheceu que os escândalos contribuíram para que a Igreja tenha perdido muitos fiéis, designadamente de origem latino-americana.

No encontro com os jornalistas, o cardeal D. Roger Mahony, que foi acusado por algumas vítimas de ter encoberto os padres pedófilos, afirmou que “o arcebispo Gomez partilha [com ele] o compromisso de fazer da Igreja católica um espaço seguro para todos, especialmente para as crianças e jovens”.

“Na minha opinião, estamos a realizar um trabalho muito positivo para proteger as crianças da nossa diocese. Estou seguro de que o que aconteceu não voltará a suceder”, referiu D. Roger Mahony.

A arquidiocese de Los Angeles, que cobre uma área de 22.430 km2 (cerca de um quarto de Portugal continental), tem 288 paróquias e 278 escolas do ensino básico e secundário, nas quais estudam 95 mil alunos.

Com AFP

(Fonte. site Agência Ecclesia)

17 Abril – Sábado – 17h30 – Conferência “Viagem ao centro do pensamento de Bento XVI” – Dr. Pedro Gil – Oratório São Josemaría

Regensburger Domspatzen: Christus vincit

“O celibato não é a causa da pedofilia”

O Prof. Hans-Ludwig Kröber, director do Instituto de Psiquiatria Forense da Universidade Livre de Berlim, é um dos mais prestigiados académicos da sua especialidade na Alemanha. Interrogado sobre os abusos de menores cometidos por clérigos ou religiosos, dos quais se fala nas últimas semanas, nega que o problema tenha a sua origem no celibato. A probabilidade de que um celibatário cometa um abuso sexual é de um contra 40, disse. O problema está mais em que os culpados são homossexuais incontinentes.

Kröber ensina e investiga na "Charité", que é uma clínica em parceria com a Universidade Livre de Berlim e da Universidade Humbold. Mais de metade dos prémios Nobel alemães procedem desta instituição.

As suas declarações têm particular interesse porque Kröber, que na sua juventude militou na juventude comunista, intitula-se ateu, ainda que as suas investigações sejam altamente apreciadas na Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano. O Instituto Kröber leva a cabo estudos permanentes sobre antigos casos de pedofilia, todos os anos publica pareceres sobre os autores e as vítimas de delitos de abuso sexual de menores. O professor ocupou-se pessoalmente da problemática dos eclesiásticos quando fez parte em 2003 de uma comissão de peritos criada pelo Vaticano.

No decurso das suas declarações, Kröber assegura que "o verdadeiro problema da Igreja Católica são sobretudo os sacerdotes homossexuais que não são capazes de viver ou que não querem viver a abstinência sexual e que aos mesmo tempo tentam dissimulá-lo, de forma que às vezes mantêm relações com homossexuais de sectores socialmente marginalizados". As investigações levadas a cabo pelo professor convenceram-no também de que "outra fonte de problemas são os sacerdotes que mantém relações heterossexuais", se bem que reconheça que as comunidades paroquiais da Alemanha tendam a ter mais compreensão face aos sacerdotes que têm uma concubina.

"Naturalmente que sempre é possível combater o celibato e defender o ponto de vista de Lutero; mas, uma vez que os delinquentes de abusos sexuais com menores são extraordinariamente raros entre pessoas celibatárias, de modo algum se pode dizer que o celibato é a causa da pedofilia". "O pedófilo típico não é em nenhum caso uma pessoa que se esforça por viver a abstinência sexual", conclui Kröber.

"Depois de oito semanas de debate público, nenhum meio de comunicação apresentou um só caso dos últimos anos".

A atenção centra-se nos menos perigosos

O que mais preocupa o professor alemão, que emitiu pareceres em julgamentos famosos - por exemplo, sobre o terrorista Christian Klar da Rote Armee Fraktion (RAF) - é que se chame a atenção da opinião pública para o sector menos perigoso para os menores, pelo menos na Alemanha. "Postos a emitir hipóteses de suspeita teríamos que ter em conta que o risco é maior num clube desportivo e que o novo companheiro de uma mãe solteira ou divorciada pode ser um perigo maior para o menor, tanto pelo que se refere à violência como ao abuso sexual".

"Não seria necessário demonstrar estatisticamente que o celibato não causa a pedofilia (se bem que, naturalmente, alguns pedófilos optem pelo celibato), da mesma maneira que também não é necessário fazê-lo no caso de um treinador de futebol ou de um cabeleireiro" diz Kröber, argumentando que "se trata de um facto provado pela medicina do sexo, do mesmo modo que o beijar não causa a gravidez e a masturbação não produz um enfraquecimento da coluna vertebral".

Os autênticos pedófilos são pessoas que tiveram já uma actividade sexual precoce e viva e não pessoas adultas com uma "superprodução hormonal" por falta de companheiro. A crença que a falta de companheiro tarde ou cedo resulta na perda de orientação sexual original é "cientificamente uma tolice".

Segundo Kröber, que baseia as suas afirmações em estatísticas procedentes dos tribunais alemães e da Igreja, ninguém se torna pedófilo por não ter contactos sexuais com uma pessoa adulta. "Depois de uma fase de abstinência sexual, um homem não começa de repente a sonhar com menores e deixa de sonhar com mulheres atraentes: para um homem heterossexual as crianças não têm nem terão interesse". Num minucioso estudo estatístico, Kröber demonstra que a probabilidade de que um celibatário cometa um abuso sexual na Alemanha é de 1 para 40. Desde 1995 só 0,045 dos autores em casos de suspeita por abusos sexuais registados na Alemanha são sacerdotes ou religiosos. Em concreto e no caso de abusos sexuais de menores, o estudo demonstra que a proporção de delinquentes celibatários eclesiásticos em comparação com pessoas não celibatárias é de um para 40 (partindo da suspeita de delito) e de um contra 22 no caso de casos sentenciados.

Kröber fica surpreendido porque, depois de oito semanas de debate público não se tenha verificado nenhuma suspeita de delito registado nos últimos anos. O facto de que agora se documentem factos ocorridos em 1952 demonstra as dificuldades com que se debatem os que falam de um epidemia de pedofilia (actual) de eclesiásticos. No Colégio de S. Pedro Canísio da Alemanha foi preciso recuar vinte anos para detectar três casos suspeitos. De 9.500 delitos deste tipo registados em Berlim desde 1995 não há nenhum caso relacionado com colégios de jesuítas.

Ricardo Estarriol, correspondente em Viena

Aceprensa

Tema para reflexão

Ressurreição 5

CCIC: 129. Qual é o estado do corpo ressuscitado de Jesus?
CIC: 645-646

A Ressurreição de Cristo não foi um regresso à vida terrena. O Seu corpo ressuscitado é Aquele que foi crucificado e apresenta os vestígios da Sua Paixão, mas é doravante participante da vida divina com as propriedades dum corpo glorioso. Por esta razão, Jesus ressuscitado é soberanamente livre de aparecer aos seus discípulos como Ele quer, onde Ele quer e sob aspectos diversos.

Agradecimento: António Mexia Alves

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para o domingo e as festas dos santos (a partir da trad. Eds. Franciscaines 1944, p. 139)

«Tocai-Me e olhai»

«Vede as Minhas mãos e os Meus pés: sou Eu mesmo». A meu ver, são quatro as razões pelas quais o Senhor mostra o lado, as mãos e os pés aos apóstolos. Em primeiro lugar, para mostrar que tinha ressuscitado verdadeiramente e afastar qualquer espécie de dúvida do nosso espírito. Em segundo lugar, para que «a pomba», ou seja, a Igreja ou a alma fiel, fizesse o ninho nas Suas chagas como «nos recessos dos rochedos» (Ct 2, 14) e aí encontrasse abrigo contra o gavião que a espreita. Em terceiro lugar, para imprimir no nosso coração, quais insígnias, as marcas da Sua Paixão. Em quarto lugar, para nos advertir e nos pedir que tivéssemos piedade Dele e não O trespassássemos de novo com os cravos dos nossos pecados.

Ele mostra-nos as mãos e os pés: «Eis as mãos que vos formaram», diz-nos (cf Sl 118, 73): vede os cravos que as trespassaram. Eis o Meu coração, onde nascestes, vós, os fiéis, vós, a Minha Igreja, como Eva nasceu do lado de Adão: vede a lança que o abriu, a fim de que vos fosse aberta a porta do Paraíso, que o Querubim de fogo mantinha encerrada. O sangue que correu do Meu lado afastou este anjo, embotou-lhe a espada: a água extinguiu o fogo (cf Jo 19, 34). [...] Escutai com atenção, ouvi estas palavras, e tereis paz em vós.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 8 de Abril de 2010

São Lucas 24, 35-48

35 E eles contaram também o que lhes tinha acontecido no caminho, e como O tinham reconhecido ao partir o pão. 36 Enquanto falavam nisto, apresentou-Se Jesus no meio deles e disse-lhes: «A paz seja convosco!».37 Mas eles, turbados e espantados, julgavam ver algum espírito.38 Jesus disse-lhes: «Porque estais turbados, e porque se levantaram dúvidas nos vossos corações?39 Olhai para as Minhas mãos e os Meus pés, porque sou Eu mesmo; apalpai e vede, porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que Eu tenho».40 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.41 Mas, estando eles, por causa da alegria, ainda sem querer acreditar e estupefactos, disse-lhes: «Tendes aqui alguma coisa que se coma?».42 Eles apresentaram-Lhe uma posta de peixe assado.43 Tendo-o tomado comeu-o à vista deles.44 Depois disse-lhes: «Isto é o que Eu vos dizia quando ainda estava convosco; que era necessário que se cumprisse tudo o que de Mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos».45 Então abriu-lhes o entendimento, para compreenderem as Escrituras,46 e disse-lhes: «Assim está escrito que o Cristo devia padecer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia,47 e que em Seu nome havia de ser pregado o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.48 Vós sois as testemunhas destas coisas.