Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

TCHAIKOVSKY: Piano Concerto No. 1, Op. 23 – RUBINSTEIN

Responder com a penitencia perante os ataques da ditadura do conformismo contra a Igreja, e perante os pecados da mesma Igreja


O primado da obediência a Deus e o significado autêntico da penitência e do perdão, na vida dos cristãos: foi disto que falou Bento XVI na homilia da Missa celebrada na Capela Paulina no Vaticano com os membros da comissão bíblica pontifícia.

A obediência a Deus tem o primado, recordou o Papa, referindo as palavras de São Pedro perante o Sinédrio: “ deve obedecer-se antes a Deus do que aos homens”.

A obediência a Deus, dá portanto a Pedro a liberdade de se opor à suprema instituição religiosa. Da mesma maneira Sócrates, diante do Tribunal de Atenas, que lhe oferece a liberdade a pacto de não voltar a procurar Deus, não deve obedecer a estes juízes, comprar a sua vida perdendo a si mesmo , mas deve obedecer a Deus. Obediência A Deus que dá liberdade. Pelo contrario nos tempos modernos – observou Bento XVI – teorizou-se a libertação do homem, também da obediência a Deus: o homem seria livre, autónomo e nada mais.

Mas esta autonomia - salientou o Papa – é uma mentira, uma mentira ontológica, porque o homem não existe para si mesmo e por si mesmo; é uma mentira politica e pratica, porque a colaboração e a partilha das liberdades é necessária e se Deus não existe, se Deus não é uma instancia acessível ao homem, permanece como suprema instancia somente o consenso da maioria. Depois o consenso da maioria torna-se a ultima palavra á qual devemos obedecer e este consenso - sabemo-lo da história do século passado – pode ser também um consenso no mal. Assim vemos que a chamada autonomia não liberta o homem.

As ditaduras estiveram sempre contra esta obediência a Deus, sublinhou o Papa.

“A ditadura nazi, assim como aquela marxista, não podem aceitar um Deus acima do poder ideológico e a liberdade dos mártires que reconhecem Deus…é sempre o acto da libertação, no qual chega a liberdade de Cristo a nós”.

Hoje, graças a Deus – prosseguiu Bento XVI – não vivemos em ditadura, mas existem formas subtis de ditaduras.

“Um conformismo pelo qual se torna obrigatório pensar como pensam todos, agir como agem todos, e a subtil agressão contra a Igreja, ou também menos subtil, mostram como este conformismo pode realmente ser uma verdadeira ditadura.
Para os cristãos – acrescentou Bento XVI – obedecer antes a Deus do que aos homens, supõe que se conheça verdadeiramente a Deus e querer verdadeiramente obedecer e que Deus não seja pretexto para a própria vontade, mas que seja realmente Deus que convida, em caso necessário, também ao martírio.
“Nós que hoje muitas vezes temos um pouco de medo de falar da vida eterna. Falamos das coisas que são úteis para o mundo, mostramos que o cristianismo ajuda também a melhorar o mundo, mas que a sua meta seja a vida eterna e que da meta venham depois os critérios da vida, não ousamos dizê-lo."

Então – solicitou o Papa – devemos pelo contrario ter a coragem, a alegria, a grande esperança que a vida eterna existe, que é a vida verdadeira e que desta vida verdadeira vem a luz que ilumina também este mundo.

Em tal perspectiva a penitência é uma graça, graça que nós reconheçamos o nosso pecado, que reconheçamos que precisamos de renovação, de mudança, de uma transformação do nosso ser.

“Devo dizer que nós cristãos, também nos últimos tempos - salientou depois Bento XVI – muitas vezes evitamos a palavra penitência , que nos chega demasiado dura.

Agora, sob os ataques do mundo que nos falam dos nossos pecados, vemos que poder fazer penitencia é graça e vemos como é necessário fazer penitência, isto é, reconhecer aquilo que está errado na nossa vida. Abrir-se ao perdão, preparar-se para o perdão, deixar-se transformar. A dor da penitência , isto é da purificação e da transformação, esta dor é graça, porque é renovação, é obra da Misericórdias divina.”

Peçamos, concluiu Bento XVI, que o nosso nome entre no nome de Deus e a nossa vida se torne vida verdadeira, vida eterna, amor e verdade.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Estudantes universitários em Roma para a Semana Santa no 52° Congresso anual da UNIV



www.univforum.org

“Livrai-nos, Senhor, dos nossos amigos…”

É muito “velha” a frase: «Livra-nos Senhor dos nossos amigos, porque com os inimigos podemos nós bem!»

Vem isto a propósito de uma “volta” que dei por diversos blogues cristãos católicos, (alguns de sacerdotes), em que me dei conta de que alguns enveredaram pelo caminho mais fácil, e, utilizando o menor denominador comum, embarcam afinal na campanha de ataque à Igreja Católica que está em curso na comunicação social.

Se juntarmos a isto, alguns textos de alguns sacerdotes, que se consideram “fazedores de opinião”, publicados em diversos jornais, a “velha” frase é perfeitamente compreensível.

Em primeiro lugar, afirmo desde já, que sou totalmente contra o encobrimento de actos ignóbeis, pecados graves, sejam eles pedófilos ou outros, cometidos por membros da Igreja contra a sociedade e sobretudo sobre os mais pequenos, não só em idade, mas também em formação e maturidade espiritual e física.

Mas também sou frontalmente contra a exploração para além dos limites, de uma culpa que é pessoal e não colectiva, e também do permanente “abrir ferida”, mesmo perante a assumpção da culpa e respectivo pedido de perdão e nalguns casos até condenação.

Mesmo na sociedade civil, o indivíduo depois de se reconhecer culpado e cumprir a pena imposta, tem direito a não ser permanentemente julgado na praça pública pelo crime que cometeu, já reconheceu e já pagou.

No ensinamento cristão, o perdão faz parte inalienável da Doutrina e depois de reconhecido, confessado o pecado e perdoado, deve apenas servir de reflexão para o próprio e não para recordação diária e constante dos outros, com o fim de "apedrejarem" o pecador.

Vivemos num tempo em que muitos citam Jesus Cristo, interpretando-O a seu belo prazer e segundo as suas conveniências, tentando que a Doutrina por Ele ensinada esteja de acordo com o pensamento geral do momento em que vivemos, afastado da moral e dos valores.

Compreende-se, é mais fácil assim, não exige luta diária contra o pecado, e, sobretudo, tem-se o elogio da dita sociedade, ganhando-se até um certo protagonismo.

E se esta prática já é condenável naqueles que se dizem cristãos e católicos é totalmente inadmissível naqueles que consagrados na Igreja, se servem até dessa posição para melhor serem ouvidos por toda uma sociedade que quer um deus e uma igreja à medida das suas conveniências.

E é de tal modo inebriante este protagonismo, e os elogios que vão recebendo, estes consagrados na Igreja, que partem às vezes para o insulto gratuito e descabido ao Papa e aos Bispos e até aos seus colegas Sacerdotes, colocando-se numa posição de superioridade que apenas lhe é conferida pelo seu auto-convencimento.

E recebem comentários e elogios ofensivos para a Igreja, para o Papa, para os Bispos, para os Sacerdotes, para os Leigos empenhados, e longe de se colocarem numa posição de bom senso e sobretudo de comunhão cristã, ainda “ajudam à festa”, indo por vezes mais longe que os próprios comentadores ou elogiadores.

Pois é, os tempos são difíceis!

Não é agora tão fácil ser cristão católico, pois para além da luta diária contra uma sociedade que se vai afastando todos os dias dos valores da dignidade da vida, tal como ela foi querida e criada por Deus, tem também de se arrostar com uma enorme quantidade de insultos, incompreensões e até perseguições, não só daqueles que querem “matar” Deus, mas também daqueles que se acham, mesmo dentro da Igreja por Ele fundada, detentores da verdade absoluta, colocando de lado toda a Tradição, todo o Magistério, toda a História da Igreja.

É, realmente é mais fácil assim!

É mais fácil estar em concordância com a “moral” vigente, do que ter de defender o Ensinamento de Cristo, do que ter de defender a Doutrina, do que ter de defender a Igreja e o seu Magistério.

E traz mais protagonismo, mais visibilidade, mais “amigos”, mais reconhecimento agora, claro, nestes tempos, porque como diz outra “velha” frase: «Dos fracos não reza a história!»

E acho extraordinário que estes consagrados não se perguntem porque é que são sempre chamados, escolhidos, para darem a sua opinião acerca dos assuntos da Igreja e da Doutrina?

Não pensam sequer, (muito me espanta com a sua inteligência), que se por acaso tivessem um discurso diferente, ou seja, um discurso coerente com a verdadeira Doutrina, seriam postos de lado tal como são postos de lado a, (graças a Deus), grande maioria dos consagrados fiéis a Jesus Cristo em comunhão de Igreja?

Ou pensam precisamente nisso, e por isso mesmo vão adaptando o seu discurso ao sabor do mundo, ao sabor do pensamento imoral da sociedade em que vivemos.

Mas curiosamente não abandonam a Igreja que eles tanto criticam e na qual só vêem erros e maldades!

Não, isso não fazem, porque sabem bem que perderiam o protagonismo, pois sendo cidadãos comuns já não teriam o mesmo peso as suas declarações e já ninguém os quereria ouvir.

Peço perdão a Deus pelos julgamentos que aqui faço de irmãos meus consagrados na Igreja, mas por vezes a revolta é mais forte que a contenção dos pensamentos e das palavras, e também porque é tempo de aqueles que são fiéis a Cristo em comunhão de Igreja, levantarem a sua voz para dizer que não pensam, nem vivem a Fé como esses “arautos de opinião”, embora saibamos bem que nunca teremos o mesmo “tempo de antena”, nem de projecção mediática, que têm aqueles que alinham com o “pensamento moderno” que julga que o homem pode construir um deus à sua maneira e para servir os seus interesses e conveniências.

Rezo por estes irmãos que induzem em erro tantos que os lêem, rezo pelas vítimas dos pecados de alguns irmãos meus da Igreja, rezo por esses irmãos que cometeram tais actos, rezo pelo Papa, pelos Bispos, pelos Sacerdotes, pelos Leigos, pela Igreja, enfim, e rezo por esta sociedade que se vai perdendo, porque todos os dias se afasta um pouco mais de Deus.

Monte Real, 15 de Abril de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/04/livra-nos-senhor-dos-nossos-amigos.html

NOTA:

O 'Spe Deus' subscreve na integra o texto acima e junat-se à indignação do seu autor.

Aos Bispos brasileiros da Amazónia, Bento XVI falou da centralidade do mistério eucarístico na vida da Igreja...

…e das condições da correcta celebração da Liturgia



A um mês do Congresso Eucarístico Nacional que terá lugar em Brasília, foi sobre o mistério e culto eucarístico na vida da Igreja que Bento XVI centrou a sua alocução a mais um grupo de Bispos brasileiros, na conclusão da respectiva visita “ad limina Apostolorum”. Trata-se da Região Norte II, que abrange, como disse o Papa, “dioceses disseminadas na imensidão da região amazónica”. Nove dioceses e cinco prelaturas territoriais.

Partindo das manifestações do Senhor Ressuscitado, proclamadas na liturgia deste tempo pascal, Bento XVI declarou considerar que “o centro e a fonte permanente do ministério petrino estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e vértice da missão evangelizadora da Igreja”. Razão por que se preocupa com “tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica”.

“…hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados. Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério, como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor. Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber…”

Tal não significa – esclareceu o Papa – adoptar uma atitude de passividade ou desinteresse, mas sim “cooperar… segundo a autêntica natureza da verdadeira Igreja, simultaneamente humana e divina… empenhada na acção e dada à contemplação…”

“Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora. / Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa! O mistério eucarístico é um «dom demasiado grande – escrevia o meu venerável predecessor o Papa João Paulo II – para suportar ambiguidades e reduções», particularmente quando, «despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa». Subjacente a várias das motivações aduzidas, está uma mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade duma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem.”

O Papa advertiu contra o risco de reduzir a celebração litúrgica a “um sinal correspondente a um vago sentimento de comunidade”. Ora – sublinhou – “o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação”. “A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo”.

Bento XVI concluiu as suas palavras aos Bispos da Amazónia referindo o XVI Congresso Eucarístico Nacional que vai ter lugar daqui a um mês na capital, Brasília.

“Jesus Eucaristia. Que Ele seja verdadeiramente o coração do Brasil, donde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos, como membros do Cristo total. Quem quiser viver, tem onde viver, tem de que viver. Aproxime-se, creia, entre a fazer parte do Corpo de Cristo e será vivificado!”

Na saudação ao Papa, em nome deste grupo de bispos brasileiros, D. Jesus Maria Cizaurre, Prelado de Cametá, recordou que são pastores de “Igrejas particulares que, no meio da Amazónia, com todas as limitações de impostas pela geografia e pelo clima” e testemunhou o “admirável trabalho pastoral” dos líderes leigos “que, através das Comunidades Eclesiais de base, movimentos e serviços, com grande espírito missionário se alimentam da Palavra de Deus e a levam a todos os que a não conhecem suficientemente”. Isso sem esquecer da “presença testemunhal, no meio do povo mais pobre, das comunidades de vida consagrada”.

“No âmbito social, estamos empenhados pela preservação do meio ambiente e a defesa da exploração racional e sustentável da floresta amazónica que, por causa da ambição de cunho capitalista, a cada ano vem sofrendo constante redução da área de cobertura florestal.

Olhamos com preocupação a situação de violência urbana alimentada pelo consumo de drogas, pela falta de educação familiar e pela busca de dinheiro fácil. Também nos preocupa a violência rural que tem como pano de fundo a questão da propriedade sobre a terra e é gerada pela ambição daqueles que para consegui-la, mandam matar. Entre os bispos aqui presentes, três deles já foram ameaçados de morte.

Queremos para o nosso povo, que é pobre, um modelo de desenvolvimento sustentável que traga progresso para todos e favoreça a promoção humana. Mas, infelizmente, não é esse o modelo de desenvolvimento que o Governo e as grandes empresas pensaram para a nossa região. Em diversas ocasiões temos nos manifestado contra os grandes projectos na Amazónia que não escutam nem levam em conta a opinião do povo”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Caminhando com a Virgem Santa Maria para a visita de Bento XVI - 15 de Abril





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Agradecimento: António Faure

23 Abril - 21h00 - Lisboa - “Educar o carácter, Educar para amar”

Crianças e jovens: intervenção imediata

No ano de 2009, em Portugal, era de 9563 o número de crianças e jovens acolhidos no sistema de promoção e protecção. Um universo considerável de gente frágil, retirada (ou privada) da sua família biológica, em trânsito (ou estacionada) para um projecto de vida e um novo destino. Que pode chegar, ou não. Uma viagem que se inicia, quase sempre, por um facto degradante ou violento e que, muitas vezes, não tem um final feliz.

Os dados revelados pela análise do Plano de Intervenção Imediata 2009, mostram que é preciso fazer mais, melhor e mais depressa. E isto é assim porque a intervenção, quando se trata de menores, só é eficaz se for célere, mais célere que o tempo útil de que estes dispõem. Mas também porque, nesta análise, não nos confrontamos propriamente com conclusões, mas sim com constatações: tudo já estava à vista. Não é o que se conclui do discurso oficial reproduzido nos media que, à força de querer desdramatizar, tropeça em indicadores tirados do contexto e em explicações pouco fundamentadas.

São exemplos disto os tempos de permanência por resposta de acolhimento que em todos os casos ultrapassam grandemente a média recomendada, para não falar de 12% das crianças acolhidas que estiveram desde que nasceram institucionalizadas (!). A deslocalização de muitas crianças e jovens para outros distritos, antes de o acolhimento se processar, desenraizando-os do seu habitat e dificultando uma eventual reintegração familiar. O fraco incentivo à resposta do acolhimento familiar, que praticamente não se desenvolveu, representando apenas 6,7% da população acolhida. Tudo velhos problemas que, constatamos, permanecem sem resposta.

Mas outros há, mais gravosos, que vale a pena referir. Ficámos a saber que das 3016 crianças e jovens que cessaram o acolhimento em 2009, 472 tinham iniciado o acolhimento nesse mesmo ano. Esta passagem de menos de um ano pelo sistema só pode resultar de uma de duas coisas: ou o diagnóstico não foi correcto e não estavam esgotadas as possibilidades de se manterem em meio natural de vida, ou saíram precipitadamente apenas para que se cumprisse a taxa de desinstitucionalização "recomendada" pelo Governo. Em qualquer caso este indicador só nos pode preocupar.

Também constatámos que 61% das situações que necessitam de acolhimento situam-se na faixa etária dos doze anos ou mais. É uma população com problemas comportamentais, de toxicodependência, de pre-delinquência, de saúde mental ou de deficiência física. Ora as instituições de acolhimento prolongado, que em média acolhem trinta crianças e jovens (entre os 2 e os 21 anos) mantêm em coabitação estas diferentes problemáticas e perfis, comprometendo a possibilidade de elaborar e concretizar os planos individuais de cada um e a satisfação de necessidades tão diferentes. Perante o risco de transformar estas instituições em depósitos humanos é urgente assumir que esta casuística precisa de outras respostas específicas, que exorbitam a Segurança Social, no âmbito da saúde e da justiça.

Este perfil - mais velhos e mais problemáticos - não constitui propriamente uma surpresa. Deve-se a diversos factores, todos conhecidos: pais com poucas competências parentais ou com vidas de trabalho que impossibilitam uma vigilância permanente; uma saúde mental que só agora está a reestruturar-se e que foi deixando sem resposta situações emergentes; reduzidos apoios à deficiência. E também, porque não dizê-lo, a tentação de confundir situações de delinquência com situações de exclusão.

O sistema de promoção e protecção de crianças e jovens não vive por si só e não terá os necessários resultados sem uma forte articulação com outros sistemas como a Justiça, a Saúde e a Educação. Também não será eficaz se não houver um forte investimento nas famílias biológicas e uma mudança de mentalidades no modo como a adopção é vista. É o que se retira da análise do PII. Nada de novo mas igualmente grave.

Maria José Nogueira Pinto

(Fonte: DN online)

S. Josemaría nesta data em 1932

Escreve nos seus Apontamentos íntimos: “Jesus: o teu burrinho crê em ti, ama-te e espera. Faz-me santo, meu Deus, mesmo que seja à custa de pauladas. Não quero ser o estorvo da tua Obra. Quero corresponder, quero ser generoso... Mas, que querer é o meu?”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Difamação contra o Papa e a Igreja Católica está infestada de ideologia, adverte director de jornal italiano

O director agnóstico do jornal italiano IL Foglio, Giuliano Ferrara, assinalou em um recente editorial que a campanha difamatória contra o Papa Bento XVI e a Igreja Católica está infestada de uma ideologia secular que não entende e nem quer entender sua dimensão transcendente.

Depois de explicar que a Igreja não é "uma república moderna, fundada na lei estatal, na acção penal (ou) no controle repressivo dos delitos", Ferrara explica que a Igreja Católica "ocupa-se do pecado, que é algo mais complexo que o delito, que não lhe permite classificá-lo da mesma forma, que tem um aspecto de juízo individual, caso por caso, distinto do igual, do homólogo procedimento padrão da lei".

"Os seus habitantes são almas, não cidadãos", comenta antes de afirmar que a Igreja tampouco pode ser considera como "uma sociedade aberta".

Logo depois de indicar que o direito canónico tem relação com o profundo, "ingressa nas consciências e se refere à área divina do humano", Ferrara assegura que este tipo de lei da Igreja, especialmente em relação aos sacerdotes "administra o ministério sacramental que necessariamente transcende as regras ordinárias com as que se tratam os delitos nos tribunais civis, cuja autoridade a Igreja reconhece".

"Se este dado não for entendido nem reconhecido, com um espírito secular e tolerante, então as acusações contra a Igreja convertem-se em intolerância ideológica", adverte.

Para o director do Il Foglio, o Santo Padre não tem problema em reconhecer "serenamente" a sua responsabilidade, e a das autoridades da Igreja ao proporcionar um "trato misericordioso e precavido… às complexas psicopatologias relacionadas à sexualidade homossexual e pedofilia" de alguns membros do clero.

Contudo, ressalta Ferra, "Bento XVI precisa ser reconhecido por ter gerado uma nova sensibilidade sobre este tema complexo e delicado, assim como por ter feito tudo o que está ao seu alcance para exercer uma responsabilidade pastoral e também canónica muito rigorosa ".

(Fonte: ‘ACI Digital’)

O Movimento Apostólico de Schoenstatt comemora 50 anos de presença em Portugal

O Movimento Apostólico de Schoenstatt, é um movimento internacional da Igreja Católica, nascido na Alemanha no ano de 1914, por inspiração do seu Fundador Padre José Kentenich e que resultou de uma Aliança de Amor entre um grupo de jovens seminaristas com Maria, mãe de Jesus.

Este Movimento procura a educação e formação do Homem novo, no sentido da formação cristã e humana da pessoa e dos cristãos para que em simultâneo, sejam os alicerces de uma nova sociedade.

A mensagem fundamental que procuramos transmitir, é a vivência da Aliança de Amor com Maria, como um caminho de santidade para viver a aliança baptismal, em qualquer estado de vida, seja ele consagrado ou laical.

No ano de 1960 este Movimento chegou a Portugal, começando por Lisboa e posteriormente alargando a sua presença a todo o País.

Tem hoje em Portugal quatro Santuários, nas dioceses de Lisboa, Aveiro, Porto e Braga (no mundo são cerca de 200), todos réplicas do Santuário Original que existe em Schoenstatt na Alemanha, onde este Movimento se iniciou. Schoenstatt traduzido para português, significa lugar bonito.

Neste ano 2010, celebra-se o Jubileu dos 50 anos de presença em Portugal, com o ponto alto destas comemorações (que se iniciaram em Setembro de 2009 e vão terminar em Outubro de 2010) a decorrer neste mês de Abril, no dia 18, em Fátima.
A partir das 15 horas será efectuada uma saudação na capelinha das Aparições e em seguida pelas 16 h 30 m será celebrada Missa na Igreja da Santíssima Trindade.

Será um momento especial, pois vai permitir a reunião das pessoas de todo o país, que pertencem a este Movimento.

Para obter mais informações sobre este Movimento e a comemoração do Jubileu 2010:

www.schoenstatt50aveiro.blogspot.com
www.schoenstatt.pt

(Fonte: site Agência Ecclesia)

A Igreja em Malta, uma “Igreja viva”


Malta: 316 km quadrados, 9 ilhas, das quais quatro habitadas somente por quase meio milhão de habitantes. Em termos de superfície, ocupa o 184° lugar no mundo. Mas Malta é muito mais do que estas cifras: este arquipélago do Mediterrâneo, que faz parte da União Europeia, é também um país onde a Igreja e os cristãos dão prova de impressionante vitalidade.

Com 94,4% de católicos, esta Igreja representa uma excepção na Europa. As duas dioceses de Gozo e de Malta reúnem algo como 850 padres e mais de 60 seminaristas em formação. Um modo para a Igreja em Malta ir ao encontro de outros países, em especial graças aos inúmeros religiosos, como os padres da Sociedade Missionária de São Paulo, fundada na ilha exactamente 100 anos atrás.

Este elo com a missão os cristãos o devem a São Paulo. O arquipélago festeja este ano justamente os 1950 anos da chegada do Apóstolo dos gentios. O episódio do naufrágio de São Paulo em Malta está descrito nos capítulos 27 e 28 dos Actos dos Apóstolos.

A gruta onde o apóstolo teria vivido é, portanto, um local de peregrinação importante para os cristãos da Ilha. O Papa Bento XVI, por ocasião da sua viagem apostólica a Malta nos próximos 17 e 18 de Abril, visitará este local sábado à noite.

O Mons. Francis Bonnici, Director da Pontifícia Obra das Vocações Sacerdotais declarou-nos: “A maior riqueza da Igreja em Malta são os católicos, ou seja, a grande percentagem da população da ilha de Malta, que no total são 450.000 pessoas. Mas a maior parte delas é católica e, por isso, participa da vida da Igreja”.

Por sua vez o Padre Mario Micallef, Vigário-geral da Sociedade Missionária de São Paulo disse-nos: “Este grande número de missionários, sacerdotes, religiosos e religiosas... Há também muitos leigos e freiras. São inúmeros os leigos missionários que dedicam parte de sua vida à missão. Este é um sinal vivo de que a Igreja está viva. Uma Igreja viva não é uma Igreja que é simplesmente concentrada em si mesma, mas que escolhe doar-se aos outros”.

“Foi algo providencial, ninguém tinha programado, pensando antes (...) Lucas diz que, quando chegaram a Malta, os habitantes locais foram muito bons com eles; com uma humanidade rara, afirma ele”.

(Fonte: H2O News com edição de JPR)

Tema para reflexão

Imaginação e debilidade

Uma das características típicas da fraqueza humana é a dramatização. Aumenta-se com a imaginação o contratempo para justificar a própria debilidade.
(Rafael LLANO CIFUENTES, Fortaleza, Quadrante, 1991, pg. 40)

Doutrina: Evangelium Vitae 44a

A vida humana atravessa situações de grande fragilidade, quer ao entrar no mundo, quer quando sai do tempo para ir ancorar-se na eternidade. Na Palavra de Deus, encontramos numerosos apelos ao cuidado e respeito pela vida, sobretudo quando esta aparece ameaçada pela doença e pela velhice. Se faltam apelos directos e explícitos para salvaguardar a vida humana nas suas origens, especialmente a vida ainda não nascida, ou então a vida próxima do seu termo, isso explica-se facilmente pelo facto de que a mera possibilidade de ofender, agredir ou mesmo negar a vida em tais condições estava fora do horizonte religioso e cultural do Povo de Deus.
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 44a)

Agradecimento: António Mexia Alves

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Africa do Norte) e Doutor da Igreja
Confissões XI, 2, 3

«Aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida»

Ó Senhor meu Deus, luz dos cegos e força dos fracos, mas também luz dos que vêem e força dos fortes, escuta a a minha alma; ouve-la gritar o fundo do abismo (Sl 192, 1)? Pois se Tu não nos escutares, mesmo no fundo do abismo, aonde iremos? A quem dirigiremos os nossos apelos?

«Teu é o dia, Tua é também a noite» (Sl 73, 16). A um sinal Teu, todos os instantes desaparecem. Dá aos nossos pensamentos o tempo de que precisam para investigarem os recessos profundos da Tua lei e não feches a porta àqueles que batem (Mt 7, 7). Com razão quiseste que se escrevessem tantas páginas cheias de sombras e de mistérios, belas florestas onde os veados se refugiam e restauram as forças, onde passeiam e pastam, onde se deitam e ruminam. Ó Senhor, conduz-me ao termo e revela-me os seus segredos.

A Tua palavra é toda a minha alegria, a Tua palavra é mais doce que uma torrente de volúpias. Concede-me que Te ame, porque amo e este amor é um dom Teu. Não abandones os Teus dons, não desdenhes deste talo de erva sedento. Que eu proclame tudo quanto descobrir nos Teus livros; faz-me «ouvir a voz dos Teus louvores» (Sl 25, 7). Possa eu beber da Tua palavra e considerar as maravilhas da Tua lei (Sl 118, 18), desde o instante em que criaste o céu e a terra até ao momento em que partilhe Contigo o reino eterno na cidade santa.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 15 de Abril de 2010

São João 3,31-36

31 «Aquele que vem lá de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra, é da terra, e terrestre é a sua linguagem. Aquele que vem do céu, é superior a todos.32 Ele testifica o que viu e ouviu, mas ninguém recebe o Seu testemunho.33 Quem recebe o Seu testemunho certifica que Deus é verdadeiro.34 Aquele a Quem Deus enviou fala palavras de Deus, porque Deus não Lhe dá o Espírito por medida.35 O Pai ama o Filho e pôs todas as coisas na Sua mão.36 Quem acredita no Filho tem a vida eterna; quem, porém, não acredita no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».