Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Grande Catequista

O Santo Padre a um ritmo, quase que alucinante e diário, proporciona-nos permanente matéria de leitura e reflexão, revelando uma extraordinária capacidade de catequese que nos cumpre absorver no limite das nossas capacidades, mas sempre certos que na sua génese está a solidez inexpugnável da doutrina católica, ou seja, de Jesus Cristo Nosso Senhor.

Façamos um redobrado esforço por acompanhar Bento XVI, pois o esforço, e ao falar em esforço, refiro-me à disponibilidade intelectual e de tempo para ler e mastigar devidamente os riquíssimos conteúdos que nos são propostos e que são comparáveis ao melhor e mais rico legado que nos foi deixado ao longo dos séculos por Santos e Doutores da Igreja.

È óbvio, que as Sagradas Escrituras são a fonte Divina de toda a nossa Fé, mas o contributo para a sua melhor compreensão e vivência dado por inúmeros Santos e Papas, tem sido ao longo da história de grande relevância. Ora sucede, que quis Deus Nosso Senhor, que o sucessor de Pedro neste início do século XXI fosse um teólogo de excepção, e devemos estar-Lhe gratos por tal e não deixarmos escapar esta extraordinária circunstância.

Para quem julgue que o pensamento de Bento XVI é apenas acessível a uma minoria melhor preparada, não tenho vergonha de vos dizer, que o livro “Olhar para Cristo” de Joseph Ratzinger com pouco mais de 100 páginas demorou-me vários meses a ler para o melhor compreender, e certamente ter-me-ão escapado muito detalhes. Dir-vos-ei mais ainda, há dias, tive a necessidade de pedir a um Sacerdote, que me explicasse melhor, do Evangelho de S. Lucas, a parábola do administrador desonesto (Lc 16, 1-13); pois é, a palavra de Deus nem sempre é fácil de se entender, salvo se o nosso objectivo for denegri-la, então aí sim é fácil e infelizmente até é bom negócio, mas quando somos movidos pela fé, então constitui alimento para a boca e para melhor podermos compreendê-Lo e servi-Lo temos ser humildes e insistentes.

Gostaria de terminar, agradecendo ao Senhor o extraordinário Papa que nos ofereceu e pedindo-Lhe que o ilumine e proteja para o bem da Sua e nossa Santa Madre Igreja.


«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho)

“A união com o Papa é união com Pedro”

Ama, venera, reza, mortifica-te – cada dia com mais amor – pelo Romano Pontífice, pedra basilar da Igreja, que prolonga entre todos os homens, ao longo dos séculos e até ao fim dos tempos, aquele trabalho de santificação e governo que Jesus confiou a Pedro.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 134)

A suprema potestade do Romano Pontífice e a sua infalibilidade, quando fala ex cathedra, não são uma invenção humana, pois baseiam-se na explícita vontade fundacional de Cristo. Que pouco sentido tem enfrentar o governo do Papa com o dos bispos, ou reduzir a validade do Magistério pontifício ao consentimento dos fiéis! Nada mais alheio à Igreja do que o equilíbrio de poderes; não nos servem esquemas humanos, por mais atractivos ou funcionais que sejam. Ninguém na Igreja goza por si mesmo de potestade absoluta, enquanto homem; na Igreja não há outro chefe além de Cristo; e Cristo quis constituir um Vigário seu – o Romano Pontífice – para a sua Esposa peregrina nesta terra. (…)

Contribuímos para tornar mais evidente essa apostolicidade aos olhos de todos, manifestando com requintada fidelidade a união com o Papa, que é união com Pedro. O amor ao Romano Pontífice há-de ser em nós uma formosa paixão, porque nele vemos a Cristo. Se tivermos intimidade com o Senhor na nossa oração, caminharemos com um olhar desanuviado que nos permitirá distinguir, mesmo nos acontecimentos que às vezes não compreendemos ou que nos causam pranto ou dor, a acção do Espírito Santo.
(São Josemaría Escrivá - Amar a Igreja; n 13)

Papa celebrou quinto aniversário de eleição rodeado de Cardeais

Decano do colégio cardinalício agradeceu a Bento XVI pelo serviço oferecido à Igreja no seu pontificado

Bento XVI assinalou o quinto aniversário da sua eleição com um almoço, no Vaticano, no qual se juntaram os 60 Cardeais que residem em Roma.

O Papa agradeceu aos presentes pela sua proximidade e pelo apoio que tem sentido no exercício deste ministério.

O decano Cardeais, D. Angelo Sodano agradeceu a Bento XVI pelo seu serviço “à Igreja e ao mundo”, assinalando a “grande generosidade” com que aceitou esta missão e a tem desempenhado.

O antigo Secretário de Estado do Vaticano falou na “mensagem de esperança”
que tem marcado a acção do actual Papa.

Bento XVI foi eleito na tarde de 19 de Abril de 2005, sucedendo a João Paulo II como 265.º Papa da Igreja Católica.

O Conclave que levou à sua eleição tinha-se iniciado no dia anterior, com a presença de 115 Cardeais eleitores. Apenas por duas vezes houve fumo negro e, à terceira, surgiu da chaminé o fumo branco que anunciava a eleição de um novo Papa.

Nas suas primeiras palavras, Bento XVI apresentou-se como um “humilde trabalhador da vinha do Senhor”. A Missa de início de pontificado aconteceu a 24 de Abril, na Praça de São Pedro, diante de quase meio milhão de pessoas.

O Papa já publicou três encíclicas, uma exortação apostólica, uma constituição apostólica, nove “Motu proprio”, o livro “Jesus de Nazaré” e centenas de outros textos, entre discursos, homilias, cartas e mensagens.

Efectuou 14 viagens apostólicas internacionais e 16 visitas à Itália, tendo passado por Auschwitz (2006), a Mesquita Azul (2006), a sede das Nações Unidas (2008) e a terra Santa (2009), entre outros.

Bento XVI convocou dois Sínodos, o primeiro dedicado à Palavra de Deus (2008) e o segundo sobre África (2009), mas ainda este ano irá ser celebrado o terceiro, dedicado ao Médio Oriente.

Por outro lado, o actual Papa já proclamou 573 beatos e 28 santos, tendo presidido a sete cerimónias de canonizações.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Conferência Bento XVI - Universidade Católica

Catolicos pela responsabilidade social entregam carta ao Presidente da República

O Grupo de Leigos Católicos pela Responsabilidade Social convida todos para encontro de oração no dia 22 de Abril, pelas 18.30h na Igreja da Encarnação, em Lisboa, na Baixa. Às 19 horas terá lugar celebração eucarística para reunir todos os interessados em participar neste momento de oração. Posteriormente será entregue uma carta na Presidência da Républica sobre a responsabilidade social dos católicos no âmbito da lei casamento entre pessoas do mesmo sexo. Contactos: Sofia Guedes - 91 721 14 22 

S. Josemaría nesta data em 1943

No hospital de San Fernando, Madrid, com o engenheiro Isidoro Zorzano que viria a falecer quatro meses mais tarde. Anos atrás havia-lhe escrito numa carta: “Se temos de ser o que o Senhor e nós desejamos, temos de nos fundamentar bem, antes de tudo, na oração e na expiação (sacrifício). Orar: nunca deixes, repito, a meditação depois de te levantares; e oferece em cada dia, como expiação, todas os incómodos e sacrifícios do dia”. Isidoro foi uma das primeiras pessoas que pediu a admissão no Opus Dei. O seu processo de canonização teve início no ano de 1948.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Sobre Bento XVI - "Desfazer equívocos e contrariar a complacência da estupidez 'mediática' "

«Em 1936, um historiador alemão que vivia na Catalunha ouviu por acaso um grupo de camponeses que falava sobre a Igreja. Para espanto dele, os camponeses, que tinham assassinado e torturado milhares de católicos, repetiam as críticas dos folhetos contra Roma, distribuídos na Alemanha do século XVI. Se a Igreja não muda, o anticlericalismo também não. De Lutero ao "Iluminismo" e da grande revolução francesa aos pequenos jacobinos de Portugal e Espanha, que há pouco menos de cem anos queriam ainda, como Voltaire, "esmagar a Infame", a Igreja é invariavelmente acusada pela sua presuntiva riqueza e pelo comportamento sexual do clero. Agora chegou a vez da pedofilia, porque na sociedade contemporânea a pedofilia se tornou no último crime sexual. Claro que Bento XVI já disse que a pedofilia era um crime, além de ser um pecado, e acrescentou que os padres pedófilos tinham feito mais mal à Igreja do que mil anos de perseguição. Claro que Bento XVI mandou investigar o caso, removeu bispos, suspendeu padres, castigou culpados. Claro que nem ele, nem a Igreja são responsáveis pelas declarações, de facto ofensivas, de algumas figuras menores do Vaticano ou da Conferência Episcopal Portuguesa. Mas, como de costume, a lógica não abala o anticlericalismo. O anticlericalismo decretou que a Igreja intencionalmente encobre (ou encobriu) a pedofilia e não vai mudar. Quem sabe, mesmo à superfície, alguma história sabe que desde o princípio isto foi assim. Ratzinger, que não nasceu ontem, com certeza que não se perturba. Até porque provavelmente percebe que, por detrás do escândalo do encobrimento, está o ódio ao Papa "reaccionário"; ao Papa que se recusou a transigir com a cultura dominante em matérias como o divórcio, o aborto, a homossexualidade, o celibato do clero e a ordenação de mulheres. Não ocorre ao anticlericalismo que a integridade da Igreja pode exigir essa rigidez, como já mostrou a rápida ruína do anglicanismo. Ratzinger compreende que, sem o apoio do Estado ou influência sobre ele, a Igreja depende essencialmente da convicção e da força com que conseguir conservar a sua doutrina. Qualquer fraqueza a transformará numa instituição vulgar, à mercê da opinião pública e das mudanças do mundo. Isso Bento XVI não quer. Como não quer encobrir a pedofilia.»

Vasco Pulido Valente. Público

«O Papa Bento XVI vem a caminho e já há polémica. Tudo porque o governo decidiu conceder tolerância de ponto nos dias da visita apostólica. O fatal Miguel Vale de Almeida, deputado do PS, considerou a decisão ‘um erro político’. A Associação República e Laicidade também condenou o gesto, acusando o eng. Sócrates de discriminar positivamente uma igreja. E até os sindicatos – os sindicatos! – vieram protestar: a UGT e a CGTP não querem folgas para os trabalhadores; querem que eles fiquem encerrados nos respectivos cubículos, a contribuir para a produtividade da pátria. Se isto não é um milagre, eu gostaria de saber o que é. Não vou gastar o meu latim com divagações teóricas sobre a diferença entre ‘laicismo’ e ‘laicidade’, que os zelotes desconhecem. No meio da histeria, o que impressiona é a intolerância da tribo perante a tolerância do Estado. Um Estado que, apesar de laico, entende a sensibilidade religiosa da população maioritária que governa. O contrário disto é que seria um ‘erro político’. E uma ‘discriminação’ positiva a favor de uma igreja: a igreja do fanatismo laicista.»

João Pereira Coutinho, CM


Nota: Desde que Ratzinger foi escolhido para Papa, faz amanhã (hoje) cinco anos, que este blogue (‘portugal dos pequeninos’) tem dito o que entende que deve ser dito sobre o seu papel no actual momento da Igreja e do mundo. Não o faz por proselitismo nem com qualquer propósito de catequista de ocasião ou de escuteirinho idiota. Fá-lo porque percebe a importância da mensagem deste homem solitário e a distinção do seu pensamento no meio de tanta lixeira intelectual "agradável" ou, no limite, da pura bronquice mais palonça. Por isso aqui verão sempre a espada que Jesus anunciou aos macios e aos crédulos e nunca a transigência malsã e ingénua dos que imaginam que isto não é um combate. É. E uns estão de um lado e outros estão do outro. Muitos dos que deviam estar deste lado infelizmente apreciam "consensualizar" e "conviver" (quase ao nível dos "classificados" dos jornais) com os fariseus da "modernidade" para não perder o lugar na fila para a bem-aventurança terrena imediata. i. e., para a vida videirinha onde a alegada "espiritualidade" normalmente está bem guardada na carteira. Mas desenganem-se. Jamais de vós será o reino dos céus apesar da oportunisticamente manifesta pobreza de espírito.

(Fonte: blogue ‘portugal dos pequeninos’ AQUI)

Agradecimento: 'É o Carteiro!'

Demos graças ao Senhor pelo excepcional Vinhateiro que nos ofereceu há cinco anos

«Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os cardeais elegeram-me – um simples, humilde trabalhador das vinhas do Senhor»

(Palavras dirigidas à multidão reunida na Praça de S. Pedro em 19/IV/2005)



Comentário de Santo Ambósio ao Evangelho de São Lucas 9, 29-30

A vinha é o nosso símbolo, porque o povo de Deus eleva-se acima da terra enraizado na cepa da vinha eterna (Jo 15, 5). Fruto de um solo ingrato, a vinha pode desenvolver-se e florescer, ou revestir-se de verdura, ou assemelhar-se ao jugo amável da cruz, quando cresce e os seus braços estendidos são os sarmentos de uma videira fecunda. [...] É, pois, com razão que chamamos vinha ao povo de Cristo, quer porque ele traça na testa o sinal da cruz (Ez 9, 4), quer porque os frutos da vinha são recolhidos na última estação do ano, quer porque, tal como acontece aos ramos da videira, pobres e ricos, humildes e poderosos, servos e senhores, todos são, na Igreja, de uma igualdade completa. [...]

Quando é ligada, a vinha endireita-se; se é podada, não é para a diminuir, mas para fazê-la crescer. E o mesmo se passa com o povo santo: quando é preso, liberta-se; quando é humilhado, eleva-se; quando é cortado, é uma coroa que lhe é dada. Melhor ainda: tal como o rebento que é retirado de uma árvore velha e enxertado noutra raiz, assim também este povo santo [...] vem a desenvolver-se quando é alimentado na árvore da cruz [...]. E o Espírito Santo, como que expandindo-Se nos sulcos de um terreno, derrama-Se sobre o nosso corpo, lavando tudo o que é imundo e limpando-nos os membros, para os dirigir para o céu.

O Vinhateiro tem por costume mondar esta vinha, ligá-la e apará-la (Jo 15, 2). [...] Ora inunda de sol os segredos do nosso corpo, ora os rega com a chuva. Gosta de mondar o terreno, para que os espinheiros não perturbem os rebentos; e vela para que as folhas não façam demasiada sombra [...], privando-nos de luz as virtudes e impedindo os frutos de amadurecer.

Gloria in Excelsis Deo

Um “Doutor da Igreja” vivo, que privilégio!

Temos por amor humano, para além daquele que nos é próprio e devido em relação ao Vigário de Cristo na Terra e sucessor de Pedro, uma enormíssima gratidão a Deus pelo Papa que nos ofereceu há cinco anos.

Confessamos-vos a nossa enorme ignorância in illo tempore sobre Joseph Ratzinger, mas graças a bons, diríamos mesmo óptimos conselhos, começámos a “devorar” tudo o que havia publicado em português do então Cardeal Ratzinger, e sem exagero de estilo, podemos afirmar, que cada parágrafo sabia-nos a mel, alguns chegámos a lê-los quatro a cinco vezes de seguida para o saborear na sua plenitude.

Esta paixão, que graças a Deus nos arrebatou, e sem pretender antecipar-nos aos tempos próprios da Igreja, leva-nos a considerar Joseph Ratzinger/Bento XVI um “Doutor da Igreja” vivo que nos guia diariamente na Palavra e no Amor do Senhor.

O privilégio que Deus Nosso Senhor nos concedeu a todos, de vermos e ouvirmos Bento XVI, é inquestionavelmente uma grande graça, face à descristianização, secularização e relativismo que grassa na sociedade contemporaneamente, com particular incidência na europeia.

Hoje em particular, mas na verdade diariamente, devemos ter presente esta enorme graça e rezarmos, diríamos mesmo repetidamente em acção de graças por Bento XVI, pedindo que por intercessão de Nossa Senhora, Mãe de Jesus Cristo e nossa Mãe, a sua protecção de todos os males e maledicências e o ajude defender na nossa sempre amada Igreja.

Ouvi-nos Senhor!

JPR

São Josemaría Escrivá fala do Papa (vídeo em espanhol)

A música de Chopin em 3 peças para piano


Frederic Chopin - (1810-1849)

1) Etude #1, Op.25 in A flat - 2'54"
2) Etude #12, Op.25 in C minor -2'47"
2) Etude #3, Op.10 in E major - 4'20"

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Temas para reflexão

Meditação:

Somos infinitamente mais afortunados que aquelas gentes que procuravam Jesus, percorrendo lugares, de barco, a pé, numa ânsia de O encontrar, de estar com Ele, de ouvir as Suas palavras de vida eterna. Para nós, é tão fácil encontrá-lo! O lugar onde Ele está, à nossa espera, é no Sacrário, sob as espécies consagradas. É aí que, seguramente, O encontraremos… sempre!
(AMA, meditação sobre Jo 6, 22-29, 2009.04.27)

Tema: Eucaristia Mistério da Fé

Que evidente se torna o fracasso dos sentidos ante o Santíssimo Sacramento! A experiência sensível, caminho natural para que a nossa inteligência conheça o que são as coisas, aqui não basta. Só o ouvido salva o homem do naufrágio sensível ante a Eucaristia. Só ouvindo a Palavra de Deus que revela o que a mente não percebe através da sensibilidade, e acolhendo-a com a fé, se chega a saber que a substância – ainda que não o pareça – não é pão mas sim o corpo de Cristo, não é vinho mas sim o sangue do Redentor.
(JAVIER ECHEVARRÍA, Carta aos fiéis da Prelatura do Opus Dei, Ano da Eucaristia, Roma, 06.10.2004)

Doutrina: Evangelium Vitae, 43 a

"Uma certa participação do homem no domínio de Deus manifesta-se também na específica responsabilidade que lhe está confiada no referente à vida propriamente humana. Essa responsabilidade atinge o auge na doação da vida, através da geração por obra do homem e da mulher no matrimónio, como nos recorda o Concílio Vaticano II: « O mesmo Deus que disse "não é bom que o homem esteja só" e que "desde a origem fez o ser humano varão e mulher", querendo comunicar uma participação especial na sua obra criadora, abençoou o homem e a mulher dizendo: "crescei e multiplicai-vos"».
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 43 a)

Agradecimento: António Mexia Alves

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Bem-aventurado Henri Suso (c. 1295-1366), dominicano
Vie, cap. 50

À Procura de Jésus

A respeito da pergunta: «O que é Deus?», nenhum dos mestres que alguma vez existiram conseguiu explicá-Lo, porque Ele está acima de todo o pensamento e de todo o intelecto. E, no entanto, um homem zeloso que procura com determinação o conhecimento de Deus consegue responder-lhe, embora de forma muito vaga. [...] Foi assim que alguns mestres pagãos virtuosos O procuraram na antiguidade, em particular o sábio Aristóteles. Ele perscrutou o curso da natureza [...]; procurou com ardor e encontrou. Deduziu que a natureza tinha necessariamente de ter um único Soberano, Senhor de todas as criaturas, e é a Ele que chamamos Deus. [...]

O ser de Deus é uma substância de tal forma espiritual, que o olho mortal não a pode contemplar em si mesma, mas podemos vê-la nas Suas obras; como diz São Paulo, as criaturas são um espelho que reflecte Deus (Rom 1, 20). Detenhamo-nos um instante nesta ideia [...]; olha para cima de ti e à tua volta, vê como o céu é vasto e alto no seu curso veloz, com que nobreza o Seu Senhor o adornou com sete planetas e como o ornamentou com uma multidão incontável de estrelas. Quando o sol brilha alegremente e sem nuvens, no Verão, quantos frutos, quantos benefícios dá à terra! Como é belo o verde dos prados, como são sorridentes as flores, como o doce canto dos passarinhos soa na floresta e nos campos, e todos os animais que se tinham escondido durante o duro Inverno se apressam a sair e rejubilam; como, entre os homens, jovens e velhos se mostram contentes com essa alegria que lhes traz tanta felicidade. Ó Deus terno, pois se és assim tão digno de ser amado nas Tuas criaturas, como deves ser belo e digno de ser amado em Ti mesmo!

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de Abril de 2010

São João 6,22-29

22 No dia seguinte, a multidão, que tinha ficado do outro lado do mar, advertiu que não havia ali mais que uma barca e que Jesus não tinha entrado nela com os Seus discípulos, mas que os Seus discípulos tinham partido sós.23 Entretanto, arribaram de Tiberíades outras barcas perto do lugar onde haviam comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.24 Tendo, pois, a multidão visto que lá não estava nem Jesus nem os Seus discípulos, entrou naquelas barcas e foi a Cafarnaum em busca de Jesus.25 Tendo-O encontrado do outro lado do mar, disseram-lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?». 26 Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Vós buscais-Me não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.27 Trabalhai não pela comida que perece, mas pela que dura até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Porque n'Ele imprimiu Deus Pai o Seu selo».28 Eles, então, disseram-Lhe: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?».29 Jesus respondeu: «A obra de Deus é esta: Que acrediteis n'Aquele que Ele enviou».