Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 5 de junho de 2010

Sinfonia nº40 de Mozart - 1º andamento

“Um mundo sem Cruz seria um mundo sem esperança”

Na tarde deste sábado , o Papa celebrou a Missa na Igreja da Santa Cruz de Nicósia que se encontra a cerca de 200 metros da Nunciatura apostólica . Nesta igreja paroquial latina estiveram presentes cerca de 350 pessoas: padres, religiosos, religiosas, diáconos, catequistas e representantes de movimentos eclesiais de Chipre.

“O mundo precisa da Cruz. Um mundo sem a Cruz seria um mundo sem esperança”. – Palavras de Bento XVI na homilia

A Cruz – sublinhou o Papa – “fala a todos os que sofrem – oprimidos, doentes, pobres, marginalizados, vítimas da violência - e assegura-lhes a esperança de que Deus pode transformar o seu sofrimento em alegria, o isolamento em comunhão, a morte em vida. A Cruz oferece uma esperança ilimitada ao nosso mundo decaído. É por isso que o mundo precisa da Cruz”.

“A Cruz não é um símbolo privado de devoção, não é um distintivo de sócio de um grupo qualquer. No seu significado mais profundo, não tem nada que ver com a imposição pela força de um credo ou de uma filosofia”.

A Cruz – prosseguiu Bento XVI - fala de esperança, fala de amor, fala da vitória da não violência sobre a opressão; fala de Deus que eleva os humildes, dá força aos impotentes, faz superar as divisões, vencer o ódio com o amor.

“Um mundo sem Cruz seria um mundo sem esperança, um mundo em que a tortura e a brutalidade permaneceriam desenfreados, o fraco seria explorado e a avidez teria a última palavra. A desumanidade do homem em relação ao homem manifestar-se-ia de modo ainda mais horrendo e não teria fim o círculo vicioso da violência. Só a Cruz põe um termo a tudo isso”.

A poucos dias do encerramento do Ano Sacerdotal, Bento XVI reservou uma palavra aos sacerdotes, mas especialmente (disse) aos muitos padres e religiosos do Médio Oriente, que neste momento experimentam uma especial chamada a conformarem a vida ao mistério da Cruz do Senhor. Quando muitas famílias, devido às tensões e conflitos vividos na região, são levadas a partir para o estrangeiro, os pastores serão tentados a fazer o mesmo…

“Porém, em situações deste género, um padre, uma comunidade religiosa, uma paróquia que permanece firme e continua a dar testemunho de Cristo, constituem um extraordinário sinal de esperança não só para os cristãos, mas para todos os que vivem na região. Só por si, a sua presença é uma expressão eloquente do Evangelho da paz, da determinação do Bom Pastor de cuidar de todas as ovelhas, do empenho inabalável da Igreja a favor do diálogo, da reconciliação, e da amorosa aceitação do outro”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

A região italiana da Lombardia oferece apoio financeiro expressivo a mulheres que desejam abortar e optem por não fazê-lo (vídeo em espanhol)

Sabes Senhor, qual é, talvez a minha maior fraqueza?

É pensar em demasiado mim, nos meus problemas, nas minhas tristezas, naquilo que me acontece e no que gostaria me acontecesse. Nas voltas e reviravoltas que dou sobre mim mesmo, sobre minha vida.

E os outros?
Sim, os outros que rezam por mim, que se interessam por mim, que têm paciência para comigo, que me desculpam as minhas faltas e as minhas fraquezas, que estão sempre prontos a ouvir-me a atender-me, que não se importam de esperar que eu os compense pelo bem que me fazem, que não me pressionam para que pague o que me emprestam, que não me criticam nem julgam com a severidade que mereço.

Ajuda-me Senhor, a ser, pelo menos reconhecido e a devolver o bem que recebo e, além disso a não julgar, a não emitir opinião, crítica ou conceito, vendo nos outros, a maior parte das vezes os defeitos e fraquezas que eu próprio possuo.

(AMA, meditação, 2002.09.02)

As sociedades ocidentais com um défice de esperança

“Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de pobreza. Cerca de 20% da população é pobre (2 milhões de pessoas); 200 mil pessoas têm apenas uma refeição completa por dia e 35 mil não têm nenhuma refeição completa por dia”.

A afirmação não traz nada de novo. É de Maria Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, e a própria sabe disso. Mas também sabe que é bom alertar e relembrar a grave situação de pobreza que vivem alguns, muitos, portugueses.

Convidada pelo Santuário de Fátima a apresentar no congresso sobre Jacinta Marto o tema “Compaixão e Solidariedade” começou por testemunhar “o extraordinário exemplo e força inspiradora” que nutre pelos Pastorinhos de Fátima, que “depois do Encontro, a humildade e o espírito de serviço, nortearam os seus gestos e as suas vidas, mesmo no sofrimento”.

Disse também que em vez de solidariedade é “mais adepta da caridade”- “A caridade é a solidariedade com amor” - e centrou a sua intervenção naquilo que bem conhece: “para uma grande parte da humanidade que vive na miséria, a procura de comida é um combate quotidiano que mobiliza a maior parte das energias e impede o desenvolvimento da pessoa humana e a procura de um projecto de vida na sociedade”.

Esta questão do direito, consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, que todo o ser humano tem a uma alimentação suficiente, no entender de Isabel Jonet, “abarca todos os domínios da vida do homem e concretizá-lo é essencial para a luta contra a pobreza”.

E é esta a causa e a acção do Banco Alimentar, que assenta “na gratuitidade, na partilha, no voluntariado e no mecenato”.

“O Banco Alimentar é um bom exemplo de união das vontades de empresas, doadores financeiros, voluntários e instituições de solidariedade sociais que, de forma coordenada, geram resultados muito superiores aos que seriam obtidos se cada um desses agentes da solidariedade resolvesse agir isoladamente. O importante é o comprometimento e o reconhecimento de que cada um de nós pode fazer a diferença com a sua forma de estar na vida e com as suas opções”, afirmou esta responsável.

“As sociedades ocidentais têm um défice de sentido e de esperança porque os homens são avaliados pela sua capacidade de produção e de consumo, pelo que os pobres não têm lugar. É um olhar diferente que cada um de nós deve ter sobre os mais desprotegidos. Chegar a cada um deles, comungar com cada um deles e sentir-se solidário: é partilhando estes valores, individualmente e em equipa, que encontraremos a força criadora que tornará a nossa acção forte e credível”, alertou a Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome que também testemunhou que “temos de lutar incessantemente contra a indiferença e a apatia das pessoas, das instituições. Temos de ser mulheres e homens que sobressaem pela esperança de que damos testemunho. Vivendo na Verdade, enquanto valor primordial que guia as nossas vidas”.

Quanto à acção do Banco Alimentar em Portugal, Isabel Jonet destaca: “Temos procurado aumentar e estruturar a rede de Bancos Alimentares: existem já dezassete que contribuem para a alimentação de mais de 280 mil pessoas comprovadamente carenciadas através de mais de 1800 instituições de solidariedade, todas com grande compaixão por quem precisa de ajuda para se alimentar e muita bondade. No ano passado (2009), distribuíram mais de 23 mil toneladas de alimentos, num valor superior a de 36 milhões de euros a maioria dos quais condenados à destruição; por dia saem por armazéns dos 17 Bancos Alimentares 90 toneladas de produtos”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI encoraja a colaboração de todos os cipriotas para que se chegue à paz e à reconciliação


Vídeo em espanhol

Cerca do meio-dia o Papa transferiu-se para o arcebispado ortodoxo de Chipre para uma visita de cortesia a sua Beatitude Chysostomos II.

Recordamos que a Igreja ortodoxa de Chipre manteve sempre a sua independência e desempenhou um papel importante na vida politica da ilha

Neste encontro com o Arcebispo Crisóstomo II, Bento XVI evocou a visita que este realizou a Roma, há três anos. Saudando o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa de Chipre, com todos os padres, diáconos, monges, monjas e leigos, o Papa fez questão de exprimir a sua “gratidão pela hospitalidade que a Igreja de Chipre tão generosamente ofereceu à Comissão Internacional Conjunta para o diálogo teológico” entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa no seu conjunto. E declarou-se também “grato pela apoio que a Igreja de Chipre, através da clareza e abertura das suas intervenções, tem dado à obra do diálogo”.

“Que o Espírito Santo guie e confirme este empenho altamente eclesial a favor do restabelecimento de uma plena comunhão visível entre as Igrejas Orientais e Ocidentais, uma comunhão que deve ser vivida na fidelidade ao Evangelho e à Tradição apostólica , no respeito pelas tradições próprias do Oriente e do Ocidente, e na abertura à diversidade dos dons com os quais o Espírito faz crescer a Igreja na unidade, a santidade e a paz.”

Evocando a ajuda fraterna fornecida pela Igreja Ortodoxa de Chipre às vítimas do terramoto de L’Aquila, no ano passado, também o Papa, numa alusão à divisão da Ilha, quis encorajar a colaboração de todos os cipriotas para que se chegue à paz e à reconciliação:

“Junto-me também eu agora à sua oração para que, com a ajuda de Deus, todos os habitantes de Chipre tenham a sabedoria e a força necessárias para actuar conjuntamente a favor de uma resolução justa dos problemas ainda em aberto, promover a paz e a reconciliação e construir para as gerações futuras uma sociedade caracterizada pelo respeito dos direitos de todos, incluindo os direitos inalienáveis da liberdade de consciência e de culto”

(Fonte: site Radio Vaticana)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Santo Ambrósio (cc 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja
Sobre o Evangelho de S. Lucas, V, 89 (trad. cf SC 45, p. 214)

As lágrimas de uma mãe

A misericórdia divina deixa-se facilmente vergar pelos gemidos desta mãe. Ela é viúva; os sofrimentos ou a morte do seu único filho quebraram-na. [...] Creio que esta viúva, rodeada da multidão do povo, é mais do que uma simples mulher que merece pelas suas lágrimas a ressurreição de um filho, jovem e único. Ela é a própria imagem da Santa Igreja que, com as suas lágrimas, no meio do cortejo fúnebre e até junto do túmulo, obtém que seja devolvido à vida o jovem povo deste mundo. [...]

Porque à palavra de Deus os mortos ressuscitam, reencontram a voz e a mãe recupera o seu filho; ele foi chamado do túmulo, foi arrancado ao sepulcro. Que túmulo é este para vós, senão o vosso mau comportamento? O vosso túmulo é a falta de fé. [...] Desse sepulcro, Cristo vos liberta; saireis do túmulo se escutardes a Palavra de Deus. E, se o vosso pecado for demasiado grave para que o possam lavar as lágrimas da vossa penitência, que intervenham por vós as lágrimas da vossa mãe Igreja. [...] Ela intercede por cada um dos seus filhos, como por outros tantos filhos únicos. Com efeito, ela é plena de compaixão e experimenta uma dor espiritual e materna sempre que vê os seus filhos arrastados para a morte pelo pecado.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 6 de Junho de 2010


São Lucas 7,11-17

11 No dia seguinte foi para uma cidade, chamada Naim. Iam com Ele os Seus discípulos e muito povo.12 Quando chegou perto da porta da cidade, eis que era levado a sepultar um defunto, filho único de uma viúva; e ia com ela muita gente da cidade.13 Tendo-a visto, o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: «Não chores».14 Aproximou-Se, tocou no caixão, e os que o levavam pararam. Então disse: «Jovem, Eu te ordeno, levanta-te».15 E o que tinha estado morto sentou-se, e começou a falar. Depois, Jesus, entregou-o à sua mãe.16 Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo: «Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus visitou o Seu povo».17 Esta opinião a respeito d'Ele espalhou-se por toda a Judeia e por toda a região circunvizinha.

S. Josemaría nesta data em 1939


De 5 a 11 de Junho, prega um retiro a estudantes universitários no colégio do beato Juan de Ribera de Burjasot, em Valência. Anos mais tarde recordaria: “Num dos corredores encontrei um grande letreiro, escrito por algum não conformista, onde se lia “cada caminhante siga o seu caminho”. Quiseram tirá-lo, mas eu detive-os: “deixem-no – disse-lhes – gosto da frase”. Desde então, essas palavras serviram-me muitas vezes como mote para a pregação. Liberdade: cada caminhante siga o seu caminho. É absurdo e injusto procurar impor a todos os homens um critério único, em matérias em que a doutrina de Jesus Cristo não estabelece limites”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

A ÉTICA DA IRRESPONSABILIDADE – Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

O Presidente da República (PR) entendeu promulgar a lei que institucionaliza o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Fê-lo invocando a «ética da responsabilidade» e contra o seu próprio parecer sobre a questão.

A expressão «ética da responsabilidade» é redundante, porque a irresponsabilidade nunca é ética, como é óbvio. «Responsabilidade» significa, etimologicamente, o «peso» (pondus, em latim), da «coisa» (em latim, res), ou seja, ser responsável é acarretar com as consequências das próprias convicções em todos os actos e opções. A «ética da responsabilidade» opõe-se, portanto, à lógica da conveniência, cujo critério decisivo não é pautado por imperativos morais, mas por razões de oportunidade.

Ora o PR, que podia não ser cristão e, não o sendo, até podia ser partidário do casamento entre pessoas do mesmo sexo, fez questão em deixar claro que não concorda com o teor do diploma que promulgou. Ou seja, foi o PR que chamou a atenção para a incoerência da sua atitude: enquanto cidadão supostamente católico, pensa de uma forma; mas enquanto PR, age ao contrário. Mas como a fé se manifesta pelas obras e os princípios também, pois se assim não fosse não seriam princípio de coisa nenhuma, forçoso é concluir que quem procede deste modo não tem fé, nem princípios.

Também por razões de oportunismo, não faltaram políticos, militares, cientistas, juízes, etc., que cederam às exigências do poder, nomeadamente nazi e estalinista, por exemplo. Não restam dúvidas de que o seu acatamento dessas ordens superiores beneficiaram a coesão social dos respectivos regimes, sobretudo em situação de guerra ou de grave crise nacional, mas uma tal vantagem prática os não iliba da correspondente responsabilidade moral: não é uma desculpa, mas uma culpa decorrente da sua irresponsabilidade ética, do seu relativismo moral. Não foram vítimas dessas injustiças, mas cúmplices. O medo pelas consequências necessárias de um acto eticamente exigido não é prudência, é cobardia.

Mas – poderiam objectar alguns politólogos mais manhosos – não seria ineficaz, em termos práticos, a recusa da promulgação do controverso diploma, na medida em que constitucionalmente não poderia deixar de o ser se, de novo, fosse remetido à presidência pelo parlamento, como decerto ocorreria?! De modo algum, porque o PR podia e devia fazer saber a quem de direito que, não podendo agir contra os seus princípios e a sua consciência, ver-se-ia obrigado a demitir-se se essa lei lhe fosse reenviada, ou a dissolver a Assembleia da República. Em qualquer dos casos, a responsabilidade pela crise política decorrente seria única e exclusivamente de quem insistisse nessa questão fracturante. Pelo contrário, promulgando o diploma, o PR não só o faz seu como faz saber à nação e aos outros órgãos de soberania que está disponível para sancionar qualquer lei, mesmo que contrária aos princípios morais que era suposto seguir na sua actividade política.

Outra é a lógica da honra e da fé. Thomas More, ex-chanceler de Henrique VIII, estava disposto a servir o seu país e o seu rei, mas não à custa dos seus princípios morais ou da sua religião. Em termos de estabilidade política ou de conveniência pessoal, poderia ter transigido com o divórcio real mas, como era um homem de fé e de princípios, não o fez. A coerência custou-lhe a vida. João Baptista não teve medo de denunciar a imoralidade de Herodes e a sua não cedência ante o adultério do monarca, que teria sido muito oportuna social e politicamente, dada a grave crise resultante da ocupação romana, teve para o precursor uma consequência trágica: o martírio.
São Thomas More e São João Baptista perderam literalmente a cabeça, mas não a fé, nem a honra, ao contrário dos que vendem a alma e a sua dignidade por mesquinhos interesses conjunturais. Aqueles não foram vencidos da vida, mas vencedores do mundo, ao invés dos que renegam os seus princípios por calculismo eleitoral e oportunismo político. Vae victis
Gonçalo Portocarrero de Almada

Texto publicado com a autorização prévia do seu autor e sublinhados, neste caso 'negrito' da responsabilidade do autor do blogue.

Texto publicado no dis 5 de Junho pelo jornal 'Público'

“O impacto das histórias que os Media contam” – Doutor Paulo Miguel Martins - 16 Junho – 21h30 – Oratório São Josemaría em Lisboa


Tema para reflexão

Esmola

A esmola é defesa da esperança, tutela da fé, remédio do pecado; está ao alcance de quem a quer efectuar, grande e fácil ao mesmo tempo, sem o perigo de que nos persigam por ela, coroa da paz, verdadeiro e máximo dom de Deus, necessária para os débeis, gloriosa para os fortes. Com ela o cristão alcança a graça espiritual, consegue o perdão de Cristo juiz e conta Deus entre os seus devedores.

(S. CIPRIANO, Das boas obras e da esmola, 27)

Agradecimento: António Mexia Alves

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
A Simple Path (a partir da trad. francesa, Plon Mame, 1995, p. 95)

«Todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía»

Tendes de dar aquilo que vos custa um pouco. Não basta dar apenas aquilo de que podeis prescindir, tendes de dar aquilo de que não podeis nem quereis prescindir, as coisas às quais estais presos. Nessa altura, o que dais passa a ser um sacrifício, que tem mérito aos olhos de Deus. [...] É aquilo a que eu chamo o amor em acção. Todos os dias vejo crescer este amor nas crianças, nos homens e nas mulheres.

Certo dia em que ia a descer a rua, aproximou-se de mim um mendigo que me disse: «Madre Teresa, toda a gente lhe oferece presentes e eu também quero dar-lhe um presente. Hoje deram-me apenas vinte e nove cêntimos durante todo o dia e eu quero dar-lhos.» Fiquei a pensar um momento: se eu aceitar estes vinte e nove cêntimos (que não valem quase nada), ele corre o risco de não ter que comer esta noite; mas, se não os aceitar, ofendo-o. Então, estendi a mão e aceitei o dinheiro. E nunca vi, em rosto algum, tanta alegria como a que vi no rosto deste homem, que ficou felicíssimo por ter podido oferecer qualquer coisa à Madre Teresa! Para ele, que tinha mendigado o dia todo ao calor, aquela soma irrisória, que não serviria para quase nada, era um sacrifício enorme. Mas era uma coisa maravilhosa: aquelas moeditas a que ele estava a renunciar valiam uma fortuna, por serem dadas com tanto amor.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 5 de Junho de 2010

São Marcos 12,38-44

38 Dizia-lhes ainda nos Seus ensinamentos: «Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com roupas largas, de serem saudados nas praças39 e de ocuparem as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes,40 que devoram as casas das viúvas, sob o pretexto de longas orações. Serão julgados com maior rigor».41 Estando Jesus sentado defronte do cofre das esmolas, observava como o povo deitava ali dinheiro. Muitos ricos deitavam em abundância.42 Tendo chegado uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que valem um quarto de um asse.43 Chamando os Seus discípulos, disse-lhes: «Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais que todos os outros que deitaram no cofre,44 porque todos os outros deitaram do que lhes sobrava, ela porém deitou do seu necessário tudo o que possuía, tudo o que tinha para viver».