Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mozart Piano Concerto No .21 K 467 "Elvira Madigan" Andante

Bento XVI percorre as etapas da sua recente viagem apostólica ao Chipre


Vídeo em espanhol

Um apelo a fundar a lei positiva nos princípios éticos da lei natural, foi reafirmado pelo Papa esta quarta feira percorrendo, durante a audiência geral, as etapas da sua recente viagem apostólica ao Chipre.

“Em Nicósia - afirmou – reafirmei a importância de fundar a lei positiva nos princípios éticos da lei natural para promover a verdade moral na vida publica . Para o Papa trata-se de um apelo á razão exigente para a sociedade de hoje que muitas vezes já não reconhece a tradição cultural na qual está fundada”.

Estas as palavras de Bento XVI falando em português:

Queridos irmãos e irmãs,

Regressei há três dias da minha visita a Chipre, ilha abençoada com a fé cristã pela pregação dos apóstolos Paulo e Barnabé. Lá pude ver a obra apostólica das diversas tradições e ritos da única Igreja de Cristo, quase sentindo pulsar os seus corações em uníssono ou – segundo a leitura proclamada ao início – como se formassem «um só coração e uma só alma». Estas palavras são o lema do Sínodo para o Médio Oriente, que terá lugar no próximo mês de Outubro aqui no Vaticano. Objectivo da minha visita era a entrega do Instrumentum laboris, de certo modo a «ordem de trabalhos» da referida assembleia sinodal, que verá reunida a Comunidade Católica procurando aperfeiçoar a comunhão tanto no seu interior como nas suas relações com os ortodoxos e demais expressões cristãs e fortalecer o seu testemunho do Evangelho no meio do mundo.

Amados peregrinos de língua portuguesa, cordiais saudações para todos vós, de modo especial para o grupo de sacerdotes da diocese de Santo André com o seu Bispo, D. Nélson Westrupp. Agradecido pela visita, desejo que ela reforce a vossa fidelidade sacerdotal reproduzindo a fidelidade de Cristo. Sobre vós e grupos de Brasília, Mação e Santa Cruz e da paróquia de Milagres e Bidoeira, desça a minha Bênção.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Bispo turco cancelou viagem ao Chipre para evitar que seu assassino atentasse contra o Papa

Um vaticanista italiano revelou que D. Luigi Padovese, Vigário de Anatólia e Presidente do Episcopado Turco, cancelou sua viagem ao Chipre diante da suspeita de que seu chofer – agora seu assassino confesso - pudesse atentar contra o Papa Bento XVI durante sua estadia na ilha.

O analista e sacerdote Filippo di Giacomo, que escreve para órgãos de comunicação como o L’Unitá e La Stampa (ambos da Itália) (Nota JPR: ambos com um alinhamento de esquerda), revelou que "umas horas antes que Padovese fora assassinado, o Governo turco ligou-lhe para para o informar que o motorista, que eles mesmos tinham posto a seu serviço quatro há anos, tinha saído do seu controlo. Quer dizer, que tinha abraçado a causa fundamentalista".

Em declarações recolhidas pelo jornal espanhol El Pais, di Giacomo acrescentou que "ao sabê-lo, Padovese cancelou os bilhetes que tinha reservado para ir ao Chipre com Altun (seu motorista). Preferiu ficar em casa antes que realizar a viagem porque temia que este pudesse aproveitar sua proximidade ao Papa para atentar contra ele".

Segundo o diário El Pais, “a morte do bispo franciscano capuchinho, conhecido como um intelectual aberto ao islão que adorava a Turquia, produziu-se num momento dramático para o Médio Oriente, horas depois de que Israel matara nove pessoas (oito turcos e um americano) ao assaltar em águas internacionais a frota humanitária contra o bloqueio israelita a Gaza”.

“Outro facto menos comentado alimentou a inquietude do Vaticano: Marrocos aproveitava a confusão para expulsar do país 28 cristãos que trabalhavam com os pobres aduzindo que ‘perturbavam a mentalidade do bom muçulmano’”, acrescentou o jornal.

Di Giacomo assinalou ao jornal espanhol que a expulsão é consequência "da sentença promulgada por 7.300 doutores marroquinos da lei islâmica que declararam recentemente que a caridade cristã deve ser considerada terrorismo religioso".

Enquanto se celebravam os funerais de D. Padovese, o canal de televisão turco NTV informou que o motorista Murat Altun, de 26 anos de idade, confessou ter assassinado o Bispo – que recebeu 25 punhaladas, oito delas no coração, e quase foi decapitado - por “inspiração divina”.

NTV acrescentou que Altun deu vivas a Alá várias vezes depois do assassinato, apesar de apresentar-se como cristão.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Um vaticanista italiano revelou que D. Luigi Padovese, Vigário de Anatólia e Presidente do Episcopado Turco, cancelou sua viagem ao Chipre diante da suspeita de que seu chofer – agora seu assassino confesso - pudesse atentar contra o Papa Bento XVI durante sua estadia na ilha.

O analista e sacerdote Filippo di Giacomo, que escreve para órgãos de comunicação como o L’Unitá e La Stampa (ambos da Itália) (Nota JPR: ambos com um alinhamento de esquerda), revelou que "umas horas antes que Padovese fora assassinado, o Governo turco ligou-lhe para para o informar que o motorista, que eles mesmos tinham posto a seu serviço quatro há anos, tinha saído do seu controlo. Quer dizer, que tinha abraçado a causa fundamentalista".

Em declarações recolhidas pelo jornal espanhol El Pais, di Giacomo acrescentou que "ao sabê-lo, Padovese cancelou os bilhetes que tinha reservado para ir ao Chipre com Altun (seu motorista). Preferiu ficar em casa antes que realizar a viagem porque temia que este pudesse aproveitar sua proximidade ao Papa para atentar contra ele".

Segundo o diário El Pais, “a morte do bispo franciscano capuchinho, conhecido como um intelectual aberto ao islão que adorava a Turquia, produziu-se num momento dramático para o Médio Oriente, horas depois de que Israel matara nove pessoas (oito turcos e um americano) ao assaltar em águas internacionais a frota humanitária contra o bloqueio israelita a Gaza”.

“Outro facto menos comentado alimentou a inquietude do Vaticano: Marrocos aproveitava a confusão para expulsar do país 28 cristãos que trabalhavam com os pobres aduzindo que ‘perturbavam a mentalidade do bom muçulmano’”, acrescentou o jornal.

Di Giacomo assinalou ao jornal espanhol que a expulsão é consequência "da sentença promulgada por 7.300 doutores marroquinos da lei islâmica que declararam recentemente que a caridade cristã deve ser considerada terrorismo religioso".

Enquanto se celebravam os funerais de D. Padovese, o canal de televisão turco NTV informou que o motorista Murat Altun, de 26 anos de idade, confessou ter assassinado o Bispo – que recebeu 25 punhaladas, oito delas no coração, e quase foi decapitado - por “inspiração divina”.

NTV acrescentou que Altun deu vivas a Alá várias vezes depois do assassinato, apesar de apresentar-se como cristão.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Andrea Bocelli elogia a escolha de sua mãe de não abortá-lo (ver vídeo legendado inglês abaixo)

O cantor italiano Andrea Bocelli contou a história da gravidez de sua mãe, durante a qual os médicos sugeriram que ela abortasse porque ele podia nascer com uma deficiência. Num novo vídeo, ele elogia a sua mãe por ter feito a escolha "certa", dizendo que outras mães devem sentir-se incentivadas pela sua história.

No vídeo no site YouTube intitulado "Andrea Bocelli conta uma "pequena historia" sobre o aborto", o cantor senta-se diante de um piano e conta ao público uma história sobre uma jovem esposa grávida internada por "um ataque de apendicite simples."

"Os médicos tiveram de aplicar gelo no seu estômago e quando terminaram os tratamentos os médicos sugeriram que ela abortasse a criança. Eles disseram que era a melhor solução, porque o bebé nasceria com alguma deficiência.

"Mas a jovem mulher corajosa decidiu não abortar, e a criança nasceu,".

"Essa mulher era minha mãe, e eu era a criança. Talvez eu tenha parte no assunto, mas posso dizer que aquela foi a escolha certa".

Acrescentou ue esperava que esta história possa incentivar muitas mães em "situações difíceis", e que querem salvar a vida aos seus bebés.

Bocelli possui glaucoma congénito e perdeu a visão completamente aos 12 anos de idade, após ser atingido na cabeça durante um jogo de futebol.

O vídeo foi produzido pela www.IamWholeLife.com, uma iniciativa do grupo Human Rights, Education and Relief Organization (Direitos Humanos, Educação e Organização de Auxílio) ou HERO por suas siglas em inglês). A HERO é um parceiro do actor pro-vida Eduardo Verástegui.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1974

“Meus filhos: vós e eu lutaremos, justamente porque somos rebeldes, porque não queremos ser como animais, e temos vontade de viver como filhos de Deus. Ter religião, lutar por praticar os preceitos de Cristo Nosso Senhor, nosso Amor, é uma grande rebeldia. E a isto deveis convidar os vossos amigos. A uns de uma maneira, a outros de outra”, diz em Buenos Aires.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O Pão de Cristo. É lindo e verdadeiro

LÊ EM SILÊNCIO E MEDITA. É MUITO CURTO E INSPIRADOR.

O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Victor.

Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se forçado a recorrer à mendicidade para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito.

Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um restaurante de luxo quando viu chegar um casal.

Victor pediu-lhe algumas moedas para poder comprar algo para comer.

- Não tenho trocos - foi a resposta seca.

A mulher dele, ouvindo a resposta perguntou:
- Que queria o pobre homem?
- Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido encolhendo os ombros.
- Lourenço, não podemos entrar e comer comida farta de que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora!
- Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que ele quer é dinheiro para beber!
- Tenho uns trocos comigo. Vou dar-lhe alguma coisa!

Mesmo de costas para eles, Victor ouviu tudo o que diziam. Envergonhado, queria afastar-se e fugindo dali, mas a voz amável voz da mulher reteve-o:

- Aqui tem qualquer coisa. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. Em algum lugar existe trabalho para si. Faço votos para que o encontre.

- Muito obrigado, minha senhora. A senhora ajuda-me a recobrar o ânimo! Nunca esquecerei a sua gentileza.

- Você vai comer o Pão de Cristo! Partilhe-o - acrescentou ela com um largo sorriso dirigido mais ao homem do que ao mendigo.

Victor sentiu como se uma descarga eléctrica lhe percorreu o corpo.

Foi a um lugar barato para comer um pouco. Gastou só metade do que tinha recebido e resolveu guardar o restante para o dia seguinte, comeria do 'Pão de Cristo' dois dias.

Mais uma vez mais sentiu aquela descarga eléctrica a percorrer-lhe o corpo: O PÃO DE CRISTO!

"Um momento! - pensou - Eu não posso guardar o 'Pão de Cristo' só para mim".

Na sua cabeça parecia-lhe como que escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na catequese. Neste momento, passava um velhote ao seu lado.

- Quem sabe, se este pobre homem também tem fome - pensou - Tenho de partilhar o 'Pão de Cristo'.

- Ouça - chamou Víctor - Quer entrar e comer uma comidinha quentinha?

O velho voltou-se e encarou-o de olhar incrédulo.

- Está a falar sério, amigo? O homem não acreditava em tanta sorte, até que se tivesse sentado à mesa coberta com uma toalha e com um belo prato de comida quente à frente.

Durante a refeição, Víctor reparou que o homem envolveu um pedaço de pão num guardanapo de papel.

- Está a guardar um pouco para amanhã? - Perguntou.

- Não, não. É que vi um miúdo da rua que conheço e que tem passado mal ultimamente, ele estava a chorar com fome quando o deixei. Vou levar-lhe este pão.

- O Pão de Cristo! - Recordou novamente as palavras da senhora e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa.

Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que antes tinha ressoado na sua cabeça.
Os dois homens foram levar o pão ao menino faminto que o começou a devorar com alegria. Subitamente, deteve-se e chamou um cãozinho, um cachorrinho pequeno e assustado.

- Toma lá. Metade é para ti - disse o menino. O Pão de Cristo também chegará para ti.

O catraio tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a correr com alegria.

- Até logo! - disse Vitor ao velho - Em algum lugar encontrará um emprego. Não desespere! Sabe? - sussurrou - Isto que comemos é o Pão de Cristo. Foi uma senhora que me disse quando me deu aquelas moedas para o comprar. O futuro só nos poderá trazer algo de muito bom!

Enquanto se afastava, Vitor reparou melhor no cachorrinho, que lhe farejava as pernas. Abaixou-se para o acariciar quando descobriu que ele tinha uma coleira onde estava gravado o nome e o endereço do dono.

Víctor pegou nele e caminhou um bom bocado até à casa dos donos do cão, e bateu à porta.

Ao ver que o seu cãozinho tinha sido encontrado o homem primeiro ficou todo contente, depois tornou-se mais sério, pensando que se calhar o teriam roubado, mas encarando a cara séria de Victor e vendo no seu rosto um ar de dignidade, disse então:

- Pus um anúncio no jornal oferecendo uma recompensa a quem encontrasse o cão. Tome!

Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse:

- Não posso aceitar. Eu apenas queria fazer bem ao animal.

- Pegue-lhe! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! E olhe, se precisar de emprego vá amanhã ao meu escritório. Faz-me falta, ao pé de mim, uma pessoa íntegra assim.

Victor, ao voltar pela avenida, como que volta a ouvir aquele velho hino que recordava a sua infância e que ressoava na alma. Chamava-se 'REPARTE O PÃO DA VIDA'.

NÃO VOS CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS SOBRAS,
DAI-O COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA'.
QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA
DE TOMAR A NOSSA CRUZ E SEGUÍ-LO,
MESMO QUE DOA!

Bem, agora se o desejares, reparte com os teus amigos.
Ajuda-os a repartir e a reflectir. Eu já o fiz.
ESPERO QUE SIRVA para a tua VIDA...

QUE DEUS NOS BENDIGA SEMPRE...!!!

Jesus: Senhor, eu amo-te muito, e necessito de ti sempre, estás no mais profundo do meu coração, bendizei com o Teu carinho, a minha família, a minha casa, o meu emprego, os meus bens, os meus sonhos, os meus projectos e os meus amigos.

Mandas tanta coisa afinal, por que não mandar uma prece a Deus?

Nossa Senhora da Anunciação, em Nazaré

Frei António das Chagas ao encontro da alma russa

Poemas traduzidos em russo e editados na revista literária e artística

Acabam de ser editados em São Petersburgo, no volume XXI da revista literária e artística “Sfinx” (Esfinge), 13 poemas de Frei António das Chagas, poeta português do século XVII, traduzidos em Russo.

As traduções foram realizadas por Andrei Rodosski, poeta, filólogo e tradutor, professor da Faculdade de História e da Faculdade de Filologia da Universidade Estatal de São Petersburgo. Foi académico correspondente estrangeiro da extinta Academia Internacional da Cultura Portuguesa. Andrei Rodosski é especialista em poesia portuguesa do século XIX, tendo traduzido figuras tão essenciais da nossa cultura como Almeida Garrett e João de Deus. O seu interesse não se limita no entanto a essa época. Traduziu poesia de trovadores medievais galaico-portugueses, e autores do século XX e contemporâneos como Mário de Sá-Carneiro, Egito Gonçalves, Alexandre O´Neill, Fernando Guimarães, Pedro Tamen, Manuel Alegre, Vasco Graça Moura e Joaquim Pessoa, entre outros.

Frei António das Chagas, cujo nome secular era António da Fonseca Soares, foi uma figura extremamente contraditória, a um tempo militar, poeta e eclesiástico. Nascido na Vidigueira, no Alentejo, em 1631, no seio de uma família fidalga, não concluiu os estudos devido à morte do pai e ingressou no exército aos 18 anos, tendo combatido na Guerra da Restauração. Sabe-se que foi neste período que despertou para a poesia. Existe informação que permite descrever o soldado-poeta como homem dado a excessos de vária ordem, levando uma vida desregrada, sendo que, aos 22 anos, foi obrigado a fugir para o Brasil para escapar à justiça, em virtude de, num duelo, ter causado a morte de um rival. Regressou a Portugal três anos depois e retomou a carreira das armas, tendo sido promovido a capitão em Setúbal, sinal de reconhecimento do seu valor.

Contudo, aos 31 anos, abandonou a vida militar e tornou-se monge da Ordem de São Francisco em Évora, e dedicou o resto da sua vida à pregação da Fé e à penitência pelas faltas cometidas enquanto homem mundano. Foi um pregador ardente, apaixonado e empenhado, tendo viajado em pregação por todo o país e também à corte. Em 1680 passou a viver no Convento do Varatojo (Torres Vedras) que, por sua iniciativa, passou a Seminário Apostólico das Missões da Ordem dos Franciscanos. Em 1682, Frei António das Chagas fundou o Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Brancanes, em Setúbal, vindo a falecer nesse mesmo ano, no Varatojo.

Frei António das Chagas escreveu nos mais diversos estilos: romances, sonetos, glosas, madrigais, décimas e poemas heróicos, e também, na segunda fase da sua vida, sermões, elegias, cartas e cânticos espirituais, entre outros. Existe indicação de que, nesta segunda fase, desejava destruir os sonetos, romances e outra poesia da sua juventude. Podendo ser entendida como paradigma da sua época - século XVII, época do Barroco, período de ambiguidade entre fé e razão – a vida de Frei António das Chagas reflecte-se nas várias formas de que se reveste e nos temas de que é composta a sua obra. Os poemas escolhidos por Andrei Rodosski permitem aos leitores russos apreciar esta variedade formal e temática. Encontramos assim nesta selecção, por exemplo, a temática do desencanto com as coisas do mundo (soneto “À vaidade do mundo”), a dúvida e a devoção e exaltação religiosas (sonetos “Se sois riqueza, como estais despido?...”, “A Santa Maria Madalena”), a exortação à bondade (soneto “Et petrae scissae sunt”), assuntos de circunstância tratados de forma estilisticamente requintada (soneto “Ao cavalo do Conde do Sabugal, que fazia grandes curvetas”, em que os movimentos do cavalo são descritos recorrendo a referências musicais e sonoras, exemplo precursor da sinestesia interseccionista de Pessoa e Sá-Carneiro), a incessante procura (“Ao loureiro de João de Saldanha de Sousa, que está com as raízes fora da terra, sobre uma fonte”), a exaltação sensual da beleza feminina (“Romance de uma freira indo às Caldas”) e o conflito entre o espírito e os prazeres sensuais a que o poeta renunciara (romance “Ah, Francisca, vida minha!...”).

Famoso como poeta e também como pregador, Frei António das Chagas fascinou os homens do seu tempo e é capaz de fascinar hoje também – basta (re)descobri-lo.

(A. L. Simões Gamboa, em São Petersburgo) (fonte: ECCLESIA)

"Deus pede estrita conta de meu tempo.
E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta.
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo..."

"Frei António das Chagas" (Pelo século XVII (?!?)

Fonte: ‘Nunc Coepi’
http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/2010/06/frei-antonio-das-chagas.html

Para as famílias: Festa da Primavera - 12 e 13 Junho - Estoril



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Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Tema para reflexão

Educar: A televisão

Os controlos estão baixando. A média de tempo que uma criança passa diante da televisão é de 4 a 6 horas por dia. Essa mesma criança passa só, em média, um quarto de hora com seu pai.
Actualmente, um rapaz antes de chegar à universidade passou mais tempo diante da televisão que diante do professor. O que significa isso? Que a televisão é «o grande educador» da sociedade.
É importante que os pais controlem a televisão pelos baixos valores que ensina aos seus filhos.

(Brent Bozell , 2006.03.17) (citação AMA)

Comentário ao Evangelho do dia:

Catecismo da Igreja Católica, §§ 577-581

O cumprimento da Lei

Jesus fez uma solene advertência no início do sermão da montanha, ao apresentar a Lei dada por Deus no Sinai, aquando da primeira Aliança, à luz da graça da Nova Aliança: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição» (Mt 5, 17-19). [...]

Jesus, o Messias de Israel e, portanto, o maior no Reino dos céus, fazia questão de cumprir a Lei, executando-a integralmente até nos mais pequenos preceitos, segundo as Suas próprias palavras. Foi, mesmo, o único a poder fazê-lo perfeitamente. [...] O cumprimento perfeito da Lei só podia ser obra do divino Legislador, nascido sujeito à Lei na pessoa do Filho. Em Jesus, a Lei já não aparece gravada em tábuas de pedra, mas «no íntimo do coração» (Jr 31, 33) do Servo, o qual, proclamando «fielmente o direito» (Is 42, 3), se tornou «a aliança do povo» (Is 42, 6). Jesus cumpriu a Lei até ao ponto de tomar sobre Si «a maldição da Lei» (Gal 3, 13) em que incorrem «aqueles que não praticam todos os preceitos da Lei» [Gal 3, 10); porque «a morte de Cristo foi para remir as faltas cometidas durante a primeira Aliança» (Heb 9, 15).

Jesus [...] «ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas» (Mt 7, 28-29). N'Ele, era a própria Palavra de Deus, que Se fizera ouvir no Sinai para dar a Moisés a Lei escrita, que de novo Se fazia ouvir sobre a montanha das bem-aventuranças (Mt 5, 1). Esta Palavra de Deus não aboliu a Lei, mas cumpriu-a, ao fornecer, de modo divino, a sua interpretação última: «Ouvistes que foi dito aos antigos [...] Eu, porém, digo-vos» (Mt 5, 33-34). Com esta mesma autoridade divina, desaprova certas «tradições humanas» (Mc 7, 8) dos fariseus, que «anulam a Palavra de Deus» (Mc 7, 13).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 9 de Junho de 2010

São Mateus 5,17-19

17 «Não julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim para os abolir, mas sim para cumprir.18 Porque em verdade vos digo: antes passarão o céu e a terra, que passe uma só letra ou um só traço da Lei, sem que tudo seja cumprido.19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos mesmo dos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será considerado o mais pequeno no Reino dos Céus. Mas o que os guardar e ensinar, esse será considerado grande no Reino dos Céus.