Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Boa noite!

Dir-me-ás talvez: e porque havia eu de me esforçar? Não sou eu quem te responde, mas S. Paulo: o amor de Cristo urge-nos. Todo o espaço de uma existência é pouco para alargar as fronteiras da tua caridade. Desde os primeiríssimos começos do Opus Dei, manifestei o meu grande empenho em repetir sem cessar, para as almas generosas que se decidam a traduzi-lo em obras, aquele grito de Cristo: nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Conhecer-nos-ão precisamente por isso, porque a caridade é o ponto de arranque de qualquer actividade de um cristão. (…)

Queria fazer-vos notar que, após vinte séculos, ainda aparece com toda a pujança de novidade o Mandato do Mestre, que é uma espécie de carta de apresentação do verdadeiro filho de Deus. Ao longo da minha vida sacerdotal, tenho pregado com muitíssima frequência que, desgraçadamente para muitos, continua a ser novo, porque nunca ou quase nunca se esforçaram por praticá-lo. É triste, mas é assim. E não há dúvida nenhuma de que a afirmação do Messias ressalta de modo terminante: nisto vos conhecerão, que vos amais uns aos outros! Por isso, sinto a necessidade de recordar constantemente essas palavras do Senhor. S. Paulo acrescenta: levai os fardos uns dos outros e, desta maneira, cumprireis a lei de Cristo. Momentos perdidos, talvez com a falsa desculpa de que te sobra tempo... Se há tantos irmãos, amigos teus, sobrecarregados de trabalho! Com delicadeza, com cortesia, com um sorriso nos lábios, ajuda-os, de tal maneira que se torne quase impossível que o notem; e que nem se possam mostrar agradecidos, porque a discreta finura da tua caridade fez com que ela passasse inadvertida.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 43–44)

D. Manuel Clemente defende Estado «de todos para todos»

Causas da crise devem ser procuradas em razões mais profundas, diz Bispo do Porto

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, defendeu a necessidade de se promover um “melhor Estado”, cada vez mais “de todos para todos, na promoção e motivação de cada um”.

O prelado falava num encontro promovido pelo Fórum para a Liberdade de Educação, intitulado “Humanidades, Ciência e Religião: Educar porquê e para quê?”, em Coimbra, a 29 de Setembro.

Segundo o Bispo do Porto, “não deve estar em causa o lugar e o papel do Estado como primeiro responsável do bem comum de cada povo”, mas “parece necessário retomá-lo de modo mais aberto, na relação internacional e intercultural”.

“Reconheceu-se geralmente que, na «crise» sobrevinda, os Estados, mesmo os mais fortes, revelaram grandes limitações na capacidade de prever e tutelar a actividade financeira e não só”, recordou.

D. Manuel Clemente espera, por isso, um “acolhimento e estímulo da colaboração dos corpos intermédios (famílias e instituições não públicas), dentro dos princípios que as declarações universais têm afirmado quanto aos direitos humanos a promover”.

A “crise”, admite o prelado, “sentiu-se mais no campo financeiro, mas rapidamente alastrou à economia e à sociedade em geral, repercutindo-se na vida das famílias, tão atingidas por inesperadas restrições do crédito ou perdas de emprego”.

Neste contexto, o Bispo do Porto defende a importância de procurar “razões mais profundas, como são sempre as que se referem às pessoas e aos valores que as sustentam ou não: pessoas particulares, certamente, mas também públicas e administrativas, que pouco farão fora dos sentimentos gerais”.

D. Manuel Clemente lamenta que Estados e instituições hesitem “quanto ao lugar da religião – ou das religiões – no âmbito não individual, familiar ou confessional”.

“O verdadeiro desenvolvimento, como cabal e progressiva realização das inestimáveis capacidades humanas, só pode acontecer a partir da oferta de pessoas e grupos, no que tenham de mais mobilizador e sugestivo”, defende.

A intervenção do Bispo do Porto assinalou ainda que “cada aluno – como cada professor que continua sendo aluno – parte do que recebeu duma herança cultural e colectiva, que antes de mais deve conhecer no essencial dos diversos campos em que se manifesta”.

“A partir daqui, progredirá por si e com os outros, e tanto mais quanto crescer em humanidade e serviço”, observa.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

A limpeza e a santidade - G. K. Chesterton (original escrito em 1909)

De todos os sinais de modernidade que se parecem traduzir em algum tipo de decadência, nenhum é mais ameaçador e perigoso do que a exaltação de normas de conduta pequenas e secundárias, à custa das grandes e primárias, à custa dos laços eternos e da trágica moralidade humana.

Desse modo, costuma considerar-se mais injurioso acusar um homem de mau gosto do que de má ética. Hoje em dia, já não se associa a limpeza à santidade, visto que a limpeza se converteu em algo essencial, ao passo que a santidade se converteu em algo ofensivo.

(...) O grande perigo para a nossa sociedade está em que todo o seu mecanismo se possa tornar cada vez mais fixo, à medida que o espírito se torna mais inconstante.

Os pequenos actos de um homem deveriam ser livres, flexíveis, criativos; o que deveria permanecer inalterado são os seus princípios, os seus ideais.

Mas connosco o contrário é que é a verdade: os nossos pontos de vista alteram-se constantemente,mas o nosso almoço permanece inalterado.

"Tremendas trivialidades" p. 61
ALETHEIA Editores, 2010

Agradecimento 'É o Carteiro'

Bento XVI lamenta intolerância e discriminação contra os cristãos, numa mensagem ao CCEE, apelando à defesa da vida e da família

Bento XVI enviou uma mensagem ao Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) na qual lamenta a “intolerância e discriminação” contra os cristãos.

No telegrama dirigido ao cardeal Péter Erdö, presidente do CCEE, o Papa fala num “compromisso necessário para libertar os fiéis” dessas realidades e promover a “família e a defesa da vida humana”.

As questões familiares e demográficas estão no centro da assembleia plenária daquele organismo, em Zagreb, que decorre de 30 de Setembro a 3 de Outubro.

A mensagem papal, enviada através do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, envia uma “saudação fraterna” aos participantes, desejando que o encontro “contribua para fortalecer vínculos de unidade e comunhão”.

Bento XVI apela a um “corajoso impulso de nova evangelização do Continente”.

Para além dos membros do CCEE, a assembleia plenária vai contar com a presença de alguns peritos nos campos da família e da demografia, como Lola Velarde, presidente da Rede Europeia do Instituto de Política Familiar, e D. Carlos Símon Vázquez, subsecretário do Conselho Pontifício para a Família.

O CCEE vai ainda aproveitar para debater matérias como o diálogo entre a Igreja e a União Europeia; o trabalho que tem vindo a ser efectuado pelo Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra os cristãos; e as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, que vão decorrer em Madrid, entre 16 e 21 de Agosto de 2011

(Fonte: site Rádio Vaticano)

S. Josemaría nesta data em 1931

Escreve: “Tenho uma verdadeira monomania de pedir orações: a religiosas e sacerdotes, a leigos piedosos, aos meus doentes, a todos peço a esmola de uma oração, pelas minhas intenções, que são, naturalmente, a Obra de Deus e vocações para ela”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

"Vai doer"

Sócrates atirou, finalmente, a toalha ao chão. À sua maneira, anunciou medidas, tornadas inevitáveis, como se tivesse sido uma decisão sua e não contradissessem o que tem anunciado.

A necessidade que Teixeira dos Santos sentiu de clarificar que o corte salarial era para durar, e não apenas para 2011, como havia dito o PM, é elucidativa de quem fez as contas. Mais coisa menos coisa, estas nem eram muito difíceis de fazer. Exigiam cortes na despesa e aumentos de impostos.

A redução dos vencimentos dos funcionários públicos, tinha-se tornado obrigatória em função da incapacidade do governo de reformar a administração pública e controlar o despesismo latente na miríade de serviços e instituições que a constituem ou dela emanam. Agora, na medida em que contribuem para corrigir o défice, acelerar as reformas passará a ser uma prioridade para os funcionários públicos, a sua rede de segurança. Às vezes, nem tudo o que parece é.

Quanto às restantes medidas, sabem da minha predilecção: garantir a rede social que assegure um mínimo de subsistência digno; não abdicar de tentar crescer. Não ouvi referências a incentivos fiscais ao investimento e à exportação. Não gosto de aumentos do IVA por penalizarem as famílias de rendimentos mais baixos, forçadas a gastar o que ganham. Percebo que é um dos impostos que produz efeito mais depressa.

Estas medidas não são perfeitas. Como disse o ministro, há espaço para negociar. Como já avisei, isto vai doer. Doeria menos se tivéssemos agido mais cedo. Assim, teve de ser!

ALBERTO CASTRO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

(Fonte: JN online)

A COMUNIDADE MODELO (2)

«Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um.
Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.» Act 2, 42-47


«à união fraterna»

Ao lermos e percebermos esta «união fraterna», tão bem descrita uns versículos mais à frente, «Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um», percebemos como estamos tão longe desta realidade de então.

E não é preciso levar “à letra” o que estes versículos nos narram, para reflectirmos sobre o tanto que nos falta, para vivermos a «união fraterna».

Não, com certeza que não é necessário «possuir tudo em comum», nem sequer «vender as terras e os bens, distribuindo o dinheiro por todos», mas é preciso percebermos que tudo o que temos nos vem de Deus e que, se só damos o que nos sobra, damos muito pouco.

Sim, é verdade que se possuímos muito ou pouco, tudo pode ser fruto do nosso trabalho, mas não podíamos nós como tantos outros não ter trabalho, não ter saúde para trabalhar, não ter sequer oportunidade de alcançar um trabalho?
E não é o nosso trabalho e a nossa capacidade para trabalharmos, uma graça de Deus, um colocarmo-nos ao serviço dos outros na construção do mundo que o próprio Deus colocou nas nossas mãos?
Ou queremos nós responder a Deus, quando Ele nos perguntar: «Onde está o teu irmão?»*, como respondeu Caim: «Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?»*

É que podemos não ter morto o nosso irmão, mas se o desprezámos, se não o ajudámos quando ele precisou de nós, se não fomos com ele «união fraterna», como queremos nós ser cristãos, como queremos nós ser Igreja?

Claro que aqueles cristãos naqueles tempos viviam assim em «união fraterna», com certeza não só entre eles, mas abrindo a porta a todos os que chegavam, ajudando e sendo irmãos daqueles que “andavam fora”, e por isso, sem dúvida, é que tinham «a simpatia de todo o povo.»

Temos nós hoje, cristãos em Igreja, «a simpatia de todo o povo»?

Claro que não, sabemos bem que não!

Então, e se procedêssemos como aquelas primeiras comunidades, e em vez de nos fecharmos em nós próprios, nos abríssemos verdadeiramente aos outros, não só naquilo que nos sobra, mas também naquilo que nos faz falta, seja em bens, seja em tempo, seja em amor, não teríamos nós também, nos nossos tempos em Igreja, «a simpatia de todo o povo»?

Ontem ouvia numa homilia de um Padre amigo esta reflexão:
Uma pessoa sai de casa, entra no seu carro, abre o seu portão com um comando, vai até ao centro comercial, estaciona na cave, sobe de elevador, ou escada rolante, entra no super mercado, faz as suas compras, paga nas caixas de pagamento automático, desce de elevador ou escada rolante, entra no seu carro, vai para casa, abre novamente o seu portão com o comando, estaciona o seu carro, entra em casa e … em tudo isto não falou com ninguém, se calhar não deu um bom dia a ninguém, muito provavelmente não mostrou um sorriso a quem quer fosse!
Que mundo é este em que vivemos, ou melhor, em que nos deixamos viver?

Transportemos este exemplo para o nosso trabalho, para a nossa vizinhança e até para a nossa família e podemos perceber quanto andamos nós neste mundo fechados em nós próprios, nas “nossas vidas”, nos “nossos mundos criados por nós, para nós”.

São os idosos que colocamos nos lares e nos “esquecemos” de visitar; são as crianças que colocamos em tudo quanto seja “tempos livres” e nos “esquecemos” de amar; são as nossas mulheres e os nossos maridos que cansados do trabalho nos “esquecemos” de beijar e acarinhar; são os nossos vizinhos, que preocupados com as “nossas vidas” nos “esquecemos” de cumprimentar; são os que precisam de nós e encontramos pelo caminho, e, aliviando as nossas consciências com os “deveres e obrigações” do Estado, nos “esquecemos” de ajudar; são os que se aproximam de nós para um abraço, uma palavra, e pela nossa “falta de tempo”, nos “esquecemos” de ouvir e abraçar; são os excluídos, os desprezados, os injustiçados pela sociedade, aos quais nós muito “pragmáticos”, encontramos razão para o serem, e assim nos “esquecemos” de incluir, de considerar, de confortar na justiça do amor.

E praticaremos nós a «união fraterna», até mesmo em Igreja, com os divorciados, com os homossexuais, e tantos outros, ou pelo contrário, achamos que não têm lugar à mesa da Igreja?
É que o pecador é bem diferente do pecado.
O pecado deve ser condenado, mas o pecador deve ser acolhido, ou não somos todos nós pecadores?
Ajudamo-los nós a entenderem a Doutrina verdadeira da Igreja, para que acolhidos caminhem caminho de conversão como todos nós devemos caminhar, ou pelo contrário, condenamo-los com base em falsas doutrinas, dimanadas por aqueles que não conhecem minimamente a Igreja, ou dadas como notícia na comunicação social?

E mesmo em Igreja, e até nas celebrações, vivemos nós e passamos aos outros essa imagem de «união fraterna»?
Ou pelo contrário, vivemos a Igreja e as celebrações como “espaço nosso”, como espaço da “nossa fé”, e que assim sendo é só “fezada”, é só rotina, é só até talvez superstição, porque é apenas coisa nossa onde os outros não têm lugar, o que é totalmente contrário ao Deus comunhão e serviço que Jesus Cristo nos revelou.

A lista é tão longa e verdadeira, que ao escrevê-la me sinto tão pequeno, tão ínfimo, tão pecador, tão envergonhado, por tantas vezes aparentar aquilo que verdadeiramente ainda não sou: um cristão católico!

Como queremos nós, ao não vivermos a «união fraterna», que «o Senhor aumente, todos os dias, o número dos que entram no caminho da salvação»?

Comecemos hoje, não deixemos para amanhã, o mudar das nossas atitudes, das nossas prioridades, do nosso viver cristão, para que possamos fazer caminho ao encontro da «união fraterna», que era característica das primeiras comunidades, alicerces desta Igreja que amamos e somos todos nós, os que acreditamos que o amor de Deus nos é dado, para o darmos ao nosso próximo, que são todos os que se cruzam nas nossas vidas, seja em que circunstância for, para que «o Senhor aumente, todos os dias, o número dos que entram no caminho da salvação», também hoje nos nossos dias.

* Gn 4, 9

Monte Real, 29 de Setembro de 2010
(continua)

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/09/comunidade-modelo-2.html

‘AIS’ obsequeia livro a Bento XVI com milhares de orações por sua intenção

A organização internacional católica Ajuda à Igrejaque Sofre (AIS) obsequiou o Papa durante a sua viagem ao Reino Unido um livro que contém as notas de orações que mais de 7 mil pessoas ofereceram por suas intenções.

Graham Hutton da ‘AIS’ entregou este presente ao Santo Padre na Nunciatura Apostólica em Wimbledon no último 17 de Setembro. Ali estão citados os nomes dos 7,224 benfeitores que ofereceram rezar pelo Papa ante sua visita a Inglaterra e Escócia.

Patricia Hatton da AIS, que organizou a oração pelo Papa, comentou que "estamos contentes por tanto apoio espiritual da ‘AIS’ a Bento XVI. Os benfeitores ofereceram 32.148 dezenas do Terço e um equivalente a 137 dias de adoração ao Santíssimo Sacramento. Além disso foram oferecidas 11.485 Missas pelo Pontífice e suas intenções", reunidas todos no Livro Comemorativo da Fé.

"Isto permitiu que muitos façam um presente muito pessoal e espiritual ao Santo Padre, algo que provavelmente não teriam podido obter individualmente", acrescentou.

Hatton disse também que "o Papa Bento expressou sua satisfação por este presente único e queremos agradecer a todos os que rezaram e aos que mostraram sua boa vontade pelo êxito de sua visita" ao Reino Unido.

Mais informação (em inglês) www.acnuk.org/pope

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

O Divine Redeemer de Charles Gounod

Tema para reflexão - Eucaristia (5)

A participação nos benefícios da Eucaristia depende mais da qualidade das disposições interiores, pois os Sacramentos da nova lei, actuam ao mesmo tempo ex opere operato, produzem um efeito tanto maior quanto mais perfeitas são as condições em que se recebem.

(S. PIO X, Decreto Sacra Tridentina Synodus, Roma, 20.12.1905, trad do castelhano por AMA)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas 7, 45.59 (a partir da trad. de cf. SC 52, pp. 23ss. rev.)

«Como cordeiros para o meio de lobos»

Enviando discípulos para a messe que tinha sido bem semeada pelo Verbo do Pai, mas que clamava por ser trabalhada, cultivada, cuidada com solicitude para que os pássaros não roubassem a semente, Jesus declara-lhes: «Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos». [...] O Bom Pastor não teme que os lobos Lhe ataquem o rebanho; enviou os Seus discípulos, não para se tornarem presas deles, mas para difundirem a graça. A solicitude do Bom Pastor faz com que os lobos não consigam atentar contra os cordeiros que Ele envia. E envia-os para que se realize a profecia de Isaías: «O lobo e o cordeiro pastarão juntos» (Is 65, 25). [...] Além do mais, não têm os discípulos ordem de nem sequer levarem um cajado na mão? [...]

Portanto, aquilo que o humilde Senhor prescreveu, também os discípulos o realizam através da prática da humildade. Porque Ele enviou-os a semear a fé, não pela coacção, mas pelo ensino; não através da ostentação da força do seu poder, mas pela exaltação da doutrina da humildade. E considerou que era bom juntar a paciência à humildade, tendo em conta o testemunho de Pedro: «ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava» (1Pe 2, 23).

O que remete para o que foi dito: «Sede Meus imitadores: abandonai o desejo de vingança, não respondais aos ataques da arrogância retribuindo o mal, mas com a paciência que perdoa. Ninguém deve imitar aquilo que recebe dos outros; a mansidão atinge os insolentes de uma forma muito mais forte».

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de Setembro de 2010

São Lucas 10,1-12

1 Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir.2 Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe.3 Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos.4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho.5 Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa.6 Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós.7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa.8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante;9 curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.10 Mas, em qualquer cidade em que entrardes e não vos receberem, saindo para as praças, dizei:11 Até o pó da vossa cidade, que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós; não obstante isto, sabei que o reino de Deus está próximo.12 Digo-vos que, naquele dia, haverá menos rigor para Sodoma que para essa cidade.