Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 20 de novembro de 2010

Bento XVI - É evidente que a Igreja não considera utilização preservativo uma solução verdadeira e moral

«[…] Em África, Vossa Santidade afirmou que a doutrina tradicional da Igreja tinha revelado ser o caminho mais seguro para conter a propagação da SIDA/AIDS. Os críticos, provenientes também da Igreja, dizem, pelo contrário, que é uma loucura proibir a utilização de preservativos a uma população ameaçada pela SIDA/AIDS.

Em termos jornalísticos, a viagem a África foi totalmente ofuscada por uma única frase. Perguntaram-me porque é que, no domínio da SIDA/AIDS, a Igreja Católica assume uma posição irrealista e sem efeito – uma pergunta que considerei realmente provocatória, porque ela faz mais do que todos os outros. E mantenho o que disse. Faz mais porque é a única instituição que está muito próxima e muito concretamente junto das pessoas, agindo preventivamente, educando, ajudando, aconselhando, acompanhando. Faz mais porque trata como mais ninguém tantos doentes com sida e, em especial, crianças doentes com sida. Pude visitar uma dessas unidades hospitalares e falar com os doentes.

Essa foi a verdadeira resposta: a Igreja faz mais do que os outros porque não se limita a falar da tribuna que é o jornal, mas ajuda as irmãs e os irmãos no terreno. Não tinha, nesse contexto, dado a minha opinião em geral quanto à questão dos preservativos, mas apenas dito – e foi isso que provocou um grande escândalo – que não se pode resolver o problema com a distribuição de preservativos. É preciso fazer muito mais. Temos de estar próximos das pessoas, orientá-las, ajudá-las; e isso quer antes, quer depois de uma doença.

Efectivamente, acontece que, onde quer que alguém queira obter preservativos, eles existem. Só que isso, por si só, não resolve o assunto. Tem de se fazer mais. Desenvolveu-se entretanto, precisamente no domínio secular, a chamada teoria ABC, que defende “Abstinence – Be faithful – Condom” (“Abstinência – Fidelidade – Preservativo”), sendo que o preservativo só deve ser entendido como uma alternativa quando os outros dois não resultam. Ou seja, a mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias. É por isso que o combate contra a banalização da sexualidade também faz parte da luta para que ela seja valorizada positivamente e o seu efeito positivo se possa desenvolver no todo do ser pessoa.

Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por VIH/HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade.

Quer isso dizer que, em princípio, a Igreja Católica não é contra a utilização de preservativos?

É evidente que ela não a considera uma solução verdadeira e moral. Num ou noutro caso, embora seja utilizado para diminuir o risco de contágio, o preservativo pode ser um primeiro passo na direcção de uma sexualidade vivida de outro modo, mais humana.»

In Bento XVI, Luz do Mundo – O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos – Uma conversa com Peter Seewald, Lucerna, 2010

Agradecimento: ‘Infovitae’ sendo que às siglas SIDA e HIV foi adicionada a expressão usada no Brasil no primeiro caso e a correcta em português no segundo

Boa noite!

Vai à direcção espiritual cada vez com mais humildade; e pontualmente, que também é humildade. Pensa (e não te enganas, porque aí é Deus quem te fala) que és como uma criança pequena – sincera! - a quem vão ensinando a falar, a ler, a conhecer as flores e os pássaros, a viver as alegrias e as dores, a equilibrar-se no chão que pisa.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 270)

Volto a afirmar que todos temos misérias. Isso, porém, não é razão para nos afastarmos do Amor de Deus. É, sim, estímulo para nos acolhermos a esse Amor, para nos acolhermos à protecção da bondade divina, como os antigos guerreiros se metiam dentro da sua armadura. Esse ecce ego, quia vocasti me, conta comigo porque me chamaste, é a nossa defesa. Não devemos fugir de Deus quando descobrimos as nossas fraquezas, mas devemos combatê-las, precisamente porque Deus confia em nós.

Perdoai-me a insistência, mas julgo imprescindível que fique gravado a fogo nas vossas inteligências que a humildade e a sua consequência imediata a sinceridade, se ligam com os outros meios de luta e fundamentam a eficácia da vitória. Se a tentação de esconder alguma coisa se infiltra na alma, deita tudo a perder; se, pelo contrário, é vencida imediatamente, tudo corre bem, somos felizes e a vida caminha rectamente. Sejamos sempre selvaticamente sinceros, embora com modos prudentemente educados.

Quero dizer-vos com toda a clareza que me preocupa muito mais a soberba do que o coração e a carne. Sede humildes! Sempre que estiverdes convencidos de que tendes toda a razão, é porque não tendes nenhuma. Ide à direcção espiritual com a alma aberta. Não a fecheis, porque então intromete-se o demónio mudo e é muito difícil expulsá-lo.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 187-188)

O que diz o Papa sobre o uso de profilácticos, vulgo preservativo, na vida sexual (não ligue às interpretações abusivas da imprensa, abaixo apresentamos uma tradução do texto publicado pela Rádio Vaticano)

Será apresentado na próxima terça-feira, na Sala de Imprensa do Vaticano, o livro-entrevista de Peter Seewald com Bento XVI, “Luz do mundo, o Papa, a Igreja e os sinais do tempo”, editado pela ‘Libreria Editrice Vaticana’.
(…)
Bento XVI não deixa depois de responder à pergunta sobre a sexualidade. «Concentrarmo-nos só no profilático (prservativo) – afirma – significa banalizar a sexualidade, e esta banalização é sinónimo da perigosa razão» pela qual muitas pessoas vêem a sexualidade como uma droga em vez de uma expressão do seu amor. Todavia, acrescenta, «poderão existir casos isolados e particulares em que se justifique, por exemplo quando uma prostituta utiliza um profilático e este possa ser o primeiro passo dirigido a uma moralização, um primeiro acto de responsabilidade para desenvolver a consciência e o conhecimento do facto que nem tudo é permitido e não se pode tudo fazer consoante a nossa vontade. No entanto este não é o modo verdadeiro e correcto para vencer a infecção pelo VIH».
(…)

(© copyright Radio Vaticano na sua edição em italiano em http://www.radiovaticana.org/it1/Articolo.asp?c=440810 com tradução da responsabilidade de JPR)

J.S. Bach: Bach to Jazz

A liberdade da verdade

Com o canto do Veni creator Spiritus na Hora terceira teve início na manhã de 19 de Novembro o Consistório para a criação de 24 cardeais.

A libertas Ecclesiae e a liturgia estiveram no centro dos trabalhos da primeira parte do dia de oração e reflexão do Colégio cardinalício convocado pelo Papa. No início do encontro, na nova Sala do Sínodo, o cardeal decano Angelo Sodano saudou o Papa que, em seguida, tomou a palavra para introduzir os dois temas da manhã. No primeiro recordou que, no mandato do Senhor de anunciar o Evangelho está ínsita a exigência da liberdade, embora a ela se oponham muitos poderes parciais. A relação entre verdade e liberdade é essencial, mas hoje enfrenta o desafio do relativismo, que termina por destruir a liberdade, como ditadura intolerante. Quanto ao segundo, o Papa evocou a importância essencial da liturgia na Igreja, como lugar da presença de Deus connosco.

Após esta reflexão foram examinados os dois temas, respectivamente, pelo cardeal Tarcisio Bertone e pelo cardeal Antonio Cañizares Llovera.

O cardeal Bertone traçou um panorama das tentativas de limitar a liberdade dos cristãos no mundo, convidando a meditar sobre a situação da liberdade religiosa no Ocidente: embora estas nações devam ao cristianismo os traços profundos da sua identidade e cultura, assiste-se hoje a um processo de secularização com tentativas de marginalização dos valores espirituais da vida social. Depois, o cardeal discorreu sobre a situação da liberdade religiosa no mundo islâmico. Enfim, falou sobre a actividade da Santa Sé e dos vários episcopados em defesa dos católicos no Ocidente e no Oriente, recordando o empenho contínuo da Santa Sé no campo internacional para promover o respeito pela liberdade religiosa. O cardeal Cañizares Llovera falou sobre o segundo tema, inspirando-se na doutrina do Concílio Vaticano II e no magistério de Bento XVI.

No debate que se seguiu intervieram 19 cardeais, que aprofundaram a problemática da liberdade religiosa e das dificuldades na actividade da Igreja no mundo. Falou-se ainda das graves dificuldades que a Igreja encontra na defesa dos valores fundados no direito natural, como o respeito pela vida e o apoio à família.

Um tema que chamou a atenção foi o diálogo inter-religioso, com várias sugestões para enfrentar os desafios diante da Igreja. Outras intervenções debruçaram-se sobre a liturgia, a centralidade da celebração eucarística na vida da Igreja e o respeito devido à Eucaristia. À tarde houve duas comunicações, respectivamente, do cardeal William Levada sobre as recentes normas da Santa Sé em relação à aceitação na Igreja de sacerdotes e fiéis anglicanos, e à defesa dos menores vítimas de abusos da parte de membros do clero; e de D. Angelo Amato, sobre a actualidade da Dominus Iesus.

Participaram também os 24 prelados que neste sábado são criados cardeais. Na conclusão dos trabalhos da manhã, o Papa ofereceu um almoço em honra dos cardeais.

(© L'Osservatore Romano - 20 de Novembro de 2010)

L'Osservatore Romano edição em língua portuguesa de 20-XI-2010

Estes são os 24 novos Cardeais nomeados por Bento XVI (sem locução)

Estes são os 24 novos C

Critério de grandeza não é o domínio mas sim o serviço: Bento XVI durante o Consistório para a criação de 24 novos Cardeais


Durante uma cerimonia que decorreu na Basílica de S. Pedro, Bento XVI criou neste sábado 24 novos cardeais.

Após a saudação litúrgica o Papa leu a fórmula de criação e proclamou solenemente os nomes dos novos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito à Sé de Pedro”, tornando-se membros do clero de Roma.

Em seguida, o cardeal Angelo Amato, primeiro do elenco, pronunciou um discurso de homenagem a Bento XVI, em nome de todos. Recordou que não obstante os desafios, as dificuldades e as perseguições, a Igreja de Cristo não cessa de proclamar cada dia, em todas as partes do mundo o amor de Deus pelos homens, de irradiar em todo o lado a luz do Evangelho, de insistir no anuncio da Palavra de Deus. E – salientou – não se pode iludir o risco de não ser compreendidos, de ser recusados, e de ter de estar dispostos também ao testemunho extremo.

Depois da proclamação das leituras o Papa proferiu a sua homilia onde recordou que o estilo de vida de Jesus que não veio para ser servido mas para servir, deve estar na base das novas relações no interior da comunidade cristã e de uma nova maneira de exercer a autoridade.

Comentando o trecho do Evangelho Bento XVI sublinhou o facto de diante de Jesus os discípulos terem revelado a sua dificuldade a compreender e a efectuar o necessário êxodo de uma mentalidade mundana para a mentalidade de Deus, continuando a procurar posições de prestigio e a gloria pessoal.

Mas Jesus – recordou o Papa dirigindo-se aos novos cardeais que vestem de cor vermelha porque são chamados a servir a Igreja até ao derramamento do próprio sangue – sintetiza a sua missão sob a categoria do serviço, entendido não em sentido genérico, mas em sentido concreto da Cruz, do dom total da vida como resgate, como redenção para muitos, e indica-o como condição para a sua sequela.

O olhar - acrescentou o Papa – vai para o comportamento que correm o risco de assumir aqueles que são considerados os governantes das nações: dominar e oprimir. Porém na Igreja não é assim, existe um estilo diferente: é uma mensagem – disse ainda o Papa – que vale para os Apóstolos, vale para a Igreja inteira, vale sobretudo para aqueles que têm tarefas de guia do Povo de Deus.

Não é a lógica do domínio, do poder segundo critérios humanos – concluiu Bento XVI – mas a lógica do inclinar-se para lavar os pés, a lógica do serviço, a lógica da cruz que está na base de qualquer serviço de autoridade. Em todos os tempos a Igreja empenhou-se a conformar-se a esta lógica e a testemunhá-la para fazer transparecer a verdadeira Senhoria de Deus, a do amor.

Depois da homilia papal, teve lugar a profissão de fé e o juramento dos novos cardeais, de fidelidade e obediência ao Papa e seus sucessores, “a Cristo e o seu Evangelho”.

Cada um deles aproximou-se do Papa e ajoelhou-se, então, para receber o barrete cardinalício, que Bento XVI impôs pronunciando a fórmula "vermelho como sinal da dignidade do cardinalato, significando que deveis estar prontos a comportar-vos com fortaleza, até à efusão do sangue, pelo aumento da fé cristã, pela paz e a tranquilidade do povo de Deus e pela liberdade e a difusão da Santa Igreja Romana".

Nesta altura, o Papa atribuiu a cada cardeal uma igreja de Roma (título ou diaconia) - simbolizando a participação na solicitude pastoral do Papa na cidade - e a bula de criação cardinalícia. Um abraço de paz selou este momento.

O rito conclui-se com a recitação do Pai-Nosso e a bênção final.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Chant of the Templars - Salve Regina

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo
5.º Sermão da Santa Páscoa (PG 46, 683; Leccionário, p. 367 rev.)

«Pilatos disse: "Aqui está o vosso Rei"» (Jo 19,14)

Bendito seja Deus! Festejemos o Filho único, o Criador dos céus, que lá ascendeu após ter descido às profundezas do inferno, e que envolve a terra inteira com os raios da Sua luz. Festejemos o sepultamento do Filho único e a Sua Ressurreição de vencedor, o júbilo do mundo inteiro e a vida de todos os povos. [...]

Tudo isto nos foi obtido assim que o Criador ressurgiu dos mortos, ao rejeitar a ignomínia e transformando, no Seu esplendor divino, o perecível em imperecível. E qual foi a ignomínia rejeitada? Isaías dá-nos a resposta: «Sem figura nem beleza, vimo-Lo sem aspecto atraente, desprezado e abandonado pelos homens» (53, 2-3). E quando ficou Ele sem a Sua glória? Quando carregou aos ombros a madeira da cruz como troféu da Sua vitória sobre o diabo. Assim que Lhe foi posta na cabeça uma coroa de espinhos, a Ele, que coroa os Seus fiéis. Assim que foi revestido de púrpura Aquele que reveste de imortalidade os que renascem da água e do Espírito Santo. Assim que pregaram à madeira o Senhor da vida e da morte. [...]

Aquele, porém, que ficou sem a Sua glória foi transfigurado na luz, e o júbilo do mundo despertou com o Seu corpo. [...] «O Senhor é Rei, vestido de majestade» (Sl 93 (92), 1). De que majestade Se vestiu Ele? De incorruptibilidade, de imortalidade, do chamamento dos Apóstolos, da coroa da Igreja. [...] São Paulo é disso testemunho, ao dizer: «É, de facto, necessário que este ser mortal se revista de imortalidade» (1Cor 15, 53). E o salmista diz também: «O Teu trono, Senhor, está firme desde sempre, e Tu existes desde a eternidade; o Teu reino é um reino para toda a eternidade, e o Teu domínio estende-se por todas as gerações» (Sl 93 (92), 2; 145 (144), 13). E ainda: «O Senhor é Rei: alegre-se a terra e rejubile a multidão das ilhas!» (Sl 97 (96), 1). A Ele a glória e o poder, amen!

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 21 de Novembro de 2010

São Lucas 23,35-43

35 O povo estava a observar. Os príncipes dos sacerdotes com o povo O escarneciam, dizendo: «Salvou os outros, salve-Se a Si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus».36 Também O insultavam os soldados que, aproximando-se d'Ele e oferecendo-Lhe vinagre,37 diziam: «Se és o rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo!».38 Estava também por cima da Sua cabeça uma inscrição: «Este é o Rei dos Judeus». 39 Um daqueles ladrões que estavam suspensos da cruz, blasfemava contra Ele, dizendo: «Se és o Cristo, salva-Te a Ti mesmo e a nós».40 O outro, porém, tomando a palavra, repreendia-o, dizendo: «Nem tu temes a Deus, estando no mesmo suplício?41 Quanto a nós fez-se justiça, porque recebemos o castigo que mereciam as nossas acções, mas Este não fez nenhum mal».42 E dizia a Jesus: «Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no Teu reino».43 Jesus disse-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no paraíso».

Bom dia! 52



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S. Josemaría nesta data em 1972

“No vosso coração sois como um sacrário em que o Senhor quis refugiar-se. O Senhor ama-nos com o seu amor infinito, e da nossa parte espera amor, desagravo, pelas nossas faltas pessoais de correspondência e pelas de todos os homens”, diz àqueles que estão com ele.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Bento XVI visitará a Alemanha, sua aterra natal, em Setembro de 2011 (vídeos em inglês e espanhol)

Um raio de luz

Cada santo é como um raio de luz que sai da palavra de Deus, afirma Bento XVI. As grandes espiritualidades na história da Igreja surgiram de uma referência explícita à Sagrada Escritura. Entre os mais recentes pensemos também em São Josemaría e na sua pregação sobre o chamamento universal à santidade.

Certamente não é por acaso que as grandes espiritualidades, que marcaram a história da Igreja, nasceram de uma explícita referência à Escritura. Penso, por exemplo, em Santo Antão Abade, que se decide ao ouvir esta palavra de Cristo: «Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que possuíres, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céus; depois, vem e segue-Me» (Mt 19, 21).

Igualmente sugestivo é São Basílio Magno, quando, na sua obra Moralia, se interroga: «O que é próprio da fé? Certeza plena e segura da verdade das palavras inspiradas por Deus. (…) O que é próprio do fiel? Com tal certeza plena, conformar-se com o significado das palavras da Escritura, sem ousar tirar nem acrescentar seja o que for».

São Bento, na sua Regra, remete para a Escritura como «norma rectíssima para a vida do homem». São Francisco de Assis – escreve Tomás de Celano – «ao ouvir que os discípulos de Cristo não devem possuir ouro, nem prata, nem dinheiro, não devem trazer alforge, nem pão, nem cajado para o caminho, não devem ter vários pares de calçado, nem duas túnicas, (…) logo exclamou, transbordando de Espírito Santo: Com todo o coração isto quero, isto peço, isto anseio realizar!».

E Santa Clara de Assis reproduz plenamente a experiência de São Francisco: «A forma de vida da Ordem das Irmãs pobres (…) é esta: observar o santo Evangelho do Senhor nosso Jesus Cristo». Por sua vez, São Domingos de Gusmão «em toda a parte se manifestava como um homem evangélico, tanto nas palavras como nas obras», e tais queria que fossem também os seus padres pregadores: «homens evangélicos».

Santa Teresa de Ávila, nos seus escritos, recorre continuamente a imagens bíblicas para explicar a sua experiência mística, e lembra que o próprio Jesus lhe manifesta que «todo o mal do mundo deriva de não se conhecer claramente a verdade da Sagrada Escritura». Santa Teresa do Menino Jesus encontra o Amor como sua vocação pessoal, quando perscruta as Escrituras, em particular os capítulos 12 e 13 da Primeira Carta aos Coríntios; e a mesma Santa assim nos descreve o fascínio das Escrituras: «Apenas lanço o olhar sobre o Evangelho, imediatamente respiro os perfumes da vida de Jesus e sei para onde correr».

Cada Santo constitui uma espécie de raio de luz que brota da Palavra de Deus: assim o vemos também em Santo Inácio de Loyola na sua busca da verdade e no discernimento espiritual, em São João Bosco na sua paixão pela educação dos jovens, em São João Maria Vianney na sua consciência da grandeza do sacerdócio como dom e dever; em São Pio de Pietrelcina no seu ser instrumento da misericórdia divina; em São Josemaría Escrivá na sua pregação sobre a vocação universal à santidade; na Beata Teresa de Calcutá missionária da caridade de Deus pelos últimos; e nos mártires do nazismo e do comunismo representados, os primeiros, por Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), monja carmelita, e os segundos pelo Beato Aloísio Stepinac, Cardeal Arcebispo de Zagreb.
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Lido em: EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL VERBUM DOMINI DO SANTO PADREBENTO XVI AO EPISCOPADO, AO CLERO ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E AOS FIÉIS LEIGOS SOBRE A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJA http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/apost_exhortations/documents/hf_ben-xvi_exh_20100930_verbum-domini_po.html


(Fonte: site São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/um-raio-de-luz)

Quem é Josemaria Escrivá?

Tema para reflexão - Novíssimos - Inferno (5)

Mas sendo Deus sumamente misericordioso não deveria haver outro tipo de destino para as almas a ele condenadas?
Na verdade Deus é sumamente misericordioso e por isso dá todas as possibilidades ao homem de orientar a sua vida de modo a não merecer este destino, cabendo unicamente a este a possibilidade de evitar esta condenação.

(AMA, comentário sobre Inferno 5, 2010.10.22)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia:

Concílio Vaticano II
A Igreja no mundo actual «Gaudium et spes», § 18

«Deus não é Deus de mortos, mas de vivos»

É em face da morte que o enigma da condição humana mais se adensa. Não são só a dor e a progressiva dissolução do corpo que atormentam o homem, mas também, e ainda mais, o temor de que tudo acabe para sempre. Mas a intuição do próprio coração fá-lo acertar, quando o leva a aborrecer e a recusar a ruína total e o desaparecimento definitivo da sua pessoa. O germe de eternidade que nele existe, irredutível à pura matéria, insurge-se contra a morte. Todas as tentativas da técnica, por muito úteis que sejam, não conseguem acalmar a ansiedade do homem: o prolongamento da longevidade biológica não pode satisfazer aquele desejo duma vida ulterior, invencivelmente radicado no seu coração.

Enquanto, diante da morte, qualquer imaginação se revela impotente, a Igreja, ensinada pela revelação divina, afirma que o homem foi criado por Deus para um fim feliz, para além dos limites da miséria terrena. A fé cristã ensina que a própria morte corporal, de que o homem seria isento se não tivesse pecado, acabará por ser vencida, quando o homem for, pelo omnipotente e misericordioso Salvador, restituído à salvação que por sua culpa perdera. Com efeito, Deus chamou e chama o homem a unir-se a Ele com todo o seu ser na perpétua comunhão da incorruptível vida divina. Esta vitória alcançou-a Cristo ressuscitado, libertando o homem da morte com a própria morte. Portanto, a fé, que se apresenta à reflexão do homem apoiada em sólidos argumentos, dá uma resposta à sua ansiedade acerca do seu destino futuro; e ao mesmo tempo oferece a possibilidade de comunicar, em Cristo, com os irmãos queridos que a morte já levou, fazendo esperar que eles tenham alcançado a verdadeira vida junto de Deus.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 20 de Novembro de 2010

São Lucas 20,27-40

27 Aproximaram-se depois alguns saduceus, que negam a ressurreição, e fizeram-Lhe a seguinte pergunta:28 «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: “Se morrer o irmão de algum homem, tendo mulher, e não deixar filhos, case-se com ela o seu irmão, para dar descendência ao irmão”.29 Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou, e morreu sem filhos.30 Casou também o segundo com a viúva, e morreu sem filhos.31 Casou depois com ela o terceiro. E assim sucessivamente todos os sete; e morreram sem deixar filhos.32 Morreu enfim também a mulher.33 Na ressurreição, de qual deles será ela mulher, pois que o foi de todos os sete?».34 Jesus disse-lhes: «Os filhos deste mundo casam e são dados em casamento,35 mas os que forem julgados dignos do mundo futuro e da ressurreição dos mortos, não desposarão mulheres, nem as mulheres homens,36 porque não poderão jamais morrer; porquanto são semelhantes aos anjos e são filhos de Deus, visto serem filhos da ressurreição.37 Que os mortos hajam de ressuscitar, o mostrou também Moisés no episódio da sarça, quando chamou ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, e o Deus de Jacob.38 Ora Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos são vivos».39 Alguns dos escribas disseram-Lhe: «Mestre, falaste bem».40 Dali em diante, não se atreveram mais a interrogá-l'O.