Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Boa noite!

Convence-te: o teu apostolado consiste em difundir bondade, luz, entusiasmo, generosidade, espírito de sacrifício, constância no trabalho, profundidade no estudo, amplitude na entrega, actualização, obediência absoluta e alegre à Igreja, caridade perfeita... Mas ninguém dá o que não tem.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 927)

Não o esqueças: convencemos tanto melhor quanto mais convencidos estivermos.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 929)

"Não se acende a luz para a pormos debaixo de um alqueire, mas sobre um candeeiro, a fim de que ilumine todos os da casa; assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de maneira que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus".

E, no final da sua passagem pela Terra, ordena: "euntes docete", ide e ensinai. Quer que a sua luz brilhe na conduta e nas palavras dos seus discípulos. Nas tuas também.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 930)

Que essa ideia do catolicismo é velha e, portanto, inaceitável?... Mais antigo é o Sol, e não perdeu a sua luz; mais arcaica é a água, e ainda tira a sede e refresca!

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 937)

Alguns não sabem nada de Deus..., porque não lhes falaram d'Ele em termos compreensíveis.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 941)

Acredita em mim: normalmente, o apostolado, a catequese, tem de ser capilar: um a um. Cada crente com o seu companheiro mais próximo.

A nós, filhos de Deus, interessam-nos todas as almas, porque nos interessa cada uma delas.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 943)

Via-Sacra desta noite no Coliseu de Roma vai lembrar sofrimento das crianças. As meditações foram escritas por monja de clausura italiana

O Tríduo pascal prossegue nesta Sexta feira Santa aqui em Roma com duas celebrações presididas pelo Papa Bento XVI.

A partir das 17h00 celebração da “Paixão do Senhor” na basílica de São Pedro, liturgia composta pela escuta de leituras bíblicas, adoração da cruz e comunhão.

Às 21h15, Bento XVI preside no Coliseu de Roma à Via-sacra – onde se evoca espiritualmente o trajecto que Jesus realizou em Jerusalém até à sua morte e sepultura, com momentos de meditação e oração em várias etapas, chamadas estações – finda a qual profere uma alocução e concede a “Bênção Apostólica”.

A Via-Sacra desta noite, no Coliseu de Roma, vai lembrar o sofrimento das crianças, a “infância, por vezes ofendida e explorada”, e a “mentira” na sociedade de hoje.

A oração inicial desta celebração, destaca a "desordem do coração" que "desfigura a ingenuidade dos pequeninos e dos fracos".

O mesmo texto fala ainda das “várias máscaras da mentira” que "ridicularizam a verdade" e sufocam o “apelo íntimo à honestidade”, bem como de um “vazio de sentido e de valores” na educação.

A autora dos textos que vão ser lidos durante a Via-Sacra, Maria Rita Piccione, afirmou que pretende dar espaço “à voz da infância, por vezes insultada, magoada, explorada”, não só devido aos abusos sexuais, “pois o campo é muito amplo e diz respeito a toda a humanidade”.

A monja de clausura italiana referiu à Rádio Vaticano que a redacção dos textos foi inspirada pelos crentes e por “todas as pessoas”, bem como pelo “coração humano”, que descreveu “como um laboratório no qual se decidem o destino do que acontece em nível muito mais amplo”.

“As raízes dos dramas humanos estão nos nossos corações. Ter essa consciência é muito importante porque é abrir-se à consciência de uma responsabilidade e solidariedade para com tudo o que acontece no mundo”, assinalou.

A publicação com os textos a distribuir às pessoas presentes na celebração inclui imagens de Elena Manganelli, que à semelhança da autora das meditações pertence à congregação agostiniana.

No início de cada estação, assinala a apresentação da celebração, publicada pelo Vaticano, “aparece uma frase muito breve que pretende oferecer a chave de leitura da respectiva estação”.

“Idealmente podemos recebê-la como que vinda de uma criança, numa espécie de apelo à simplicidade dos pequeninos que sabem captar o coração da realidade e num espaço simbólico de acolhimento, na oração de Igreja, da voz da infância por vezes ofendida e explorada”, pode ler-se

O Papa pede todos os anos a um autor diferente para redigir as reflexões para cada uma das catorze fases da celebração, seguida por dezenas de milhares de peregrinos com velas na mão que se concentram junto ao Coliseu, na capital italiana.

Esta não é a primeira vez que as meditações são escritas por uma mulher: em 1993 foi escolhida a religiosa beneditina Anna Maria Canopi, e dois anos depois a tarefa foi confiada a Minke de Vries, monja de uma comunidade protestante suíça.

Em 2002 as meditações foram escritas por 14 jornalistas acreditados na sala de imprensa da Santa Sé, incluindo cinco mulheres.

Bento XVI vai presidir à celebração, transmitida por canais de televisão de vários países do mundo, que começa às 21h15 (hora local).

(Fonte: site Rádio Vaticano)

(vídeos legendados em espanhol e inglês)

Bento XVI responde a perguntas de espectadores italianos na RAI (vídeos legendados em espanhol e inglês)

Evangelho segundo o 'twitter'

Hoje!

Senhor tenho vindo desde as primeiras horas da madrugada a tentar reviver todos os Teus passos na Paixão, sentindo-me assim mais próximo de Ti. Mais logo, depois das 15h00, ainda que triste estou convicto que iniciarei um processo de ansiedade pela Vigília Pascal e pela Tua Ressurreição, com o conforto de saber que sairás vitorioso e grato pelo Teu enorme amor por todos nós.

(JPR)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1941



Morre, em Madrid, Dolores Albás, mãe de São Josemaría, enquanto o filho prega um retiro para sacerdotes em Lérida: “Oferece as tuas dores por este trabalho que vou fazer, pedi eu à minha mãe ao despedir-me. Anuiu, embora não tenha podido evitar dizer baixinho: este meu filho!”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio

«A Igreja vive o seu mistério e nele vai haurir sem jamais se cansar, e busca continuamente as vias para tornar este mistério do seu Mestre e Senhor próximo do género humano: dos povos, das nações, das gerações que se sucedem e de cada um dos homens em particular, como se repetisse sempre, seguindo o exemplo do Apóstolo: « Tomei a resolução de não saber, entre vós, outra coisa, a não ser Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado ». A Igreja permanece na esfera do mistério da Redenção, que se tornou precisamente o princípio fundamental da sua vida e da sua missão.» (04-III-1979 in Encíclica Redemptoris hominis)

Via Sacra

«Escola de vida evangélica, onde o discípulo, voltando o olhar para o Crucifixo, aprende como se ama a Deus sobre todas as coisas e se oferece a vida pelos irmãos; como o perdão vence a ofensa e se paga o mal com o bem, como o coração se abre ao amigo e se alivia a pena do aflito.»

(Via-Sacra no Coliseu em 2002 presidida por João Paulo II – texto de meditação preparado por um jornalista acreditado junto da Santa Sé)

Pietà - Michelangelo


Liturgia da Palavra de Sexta-feira da Paixão do Senhor

Liturgia da Palavra


Completas

V/ Deus vinde em nosso auxílio.
R/ Senhor socorrei-nos e salvai-nos.
V/ Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo:
R/ Como era no princípio, agora e sempre. Amen.

Façamos uma paragem e passemos em revista o nosso dia. Façamos um exame de
consciência, sobre o caminho que nos temos dedicado ao serviço dos outros.

Hino

Clara Luz do Cordeiro,
Já a noite me invade,
Mas fique em mim de vela
A tua claridade.
Dia e noite, Senhor,
Teu braço me sustente:
Que todo o mal se afaste
E todo o bem se aumente.
Enquanto os olhos dormem,
Vigie o coração;
Teu Anjo me acompanhe
E arrede a tentação.
Cai a noite; a tua graça
Nas trevas me alumia,
Até que venha a aurora
Trazer-me o eterno dia.

Salmo dia

Antífona 1

Senhor, sede o meu refúgio e a fortaleza da minha salvação.

Salmo 30, 1-6 

Em Vós, Senhor, me refugio, jamais serei confundido,
pela vossa justiça, salvai-me.
Inclinai para mim os vossos ouvidos,
apressai-Vos em libertar-me.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação;
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Livrai-me da armadilha que me prepararam,
porque Vós sois o meu refúgio.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.


Antífona 2

Do abismo profundo chamo por Vós, Senhor.


Salmo 129

Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor:
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.
Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão,
para serdes temido com reverência.
Eu confio no Senhor,
a minha alma confia na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor,
mais do que as sentinelas pela aurora.
Mais do que as sentinelas pela aurora,
Israel espera pelo Senhor,
porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas.


Leitura Breve Ef 4, 26-27

Não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Não deis lugar ao
demónio.

Responsório Breve
V. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Senhor, Deus fiel, meu Salvador.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

Benedictus

Bendito o Senhor, Deus de Israel
Que visitou e redimiu o seu povo
E nos deu um Salvador poderoso
Na casa de David, seu servo,
Conforme prometeu pela boca dos seus santos,
Os profetas dos tempos antigos,
Para nos libertar dos nossos inimigos
E das mãos daqueles que nos odeiam
Para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais,
Recordando a sua sagrada aliança
E o juramento que fizera a Abraão, nosso pai,
Que nos havia de conceder esta graça:
De O servirmos um dia, sem temor,
Livres das mãos dos nossos inimigos,
Em santidade e justiça na sua presença,
Todos os dias da nossa vida.
E tu, Menino, serás chamado Profeta do Altíssimo,
Porque irás à sua frente a preparar os seus caminhos,
Para dar a conhecer ao seu povo a salvação 
Pela remissão dos seus pecados,
Graças ao coração misericordioso do nosso Deus,
Que das alturas nos visita como Sol Nascente,
Para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte
E dirigir os nossos passos no caminho da paz.

Glória ao Pai e ao Filho
E ao Espirito Santo,
Como era no princípio,
Agora e sempre. Amen.

Oração

Senhor Jesus Cristo, que sois manso e humilde de coração e ofereceis aos que Vos
seguem um jugo suave e uma carga leve, aceitai os desejos e as acções deste dia que
terminou, e fazei que possamos descansar durante a noite, para continuarmos fiéis e
constantes no vosso serviço. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Amen.

V. O Senhor omnipotente nos dê uma noite tranquila e no fim da vida uma santa morte.
R. Amen.

Magnificat

A minha alma glorifica o Senhor
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva:
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
E aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais,
A Abraão e à sua descendência para sempre


Glória ao Pai e ao Filho
E ao Espírito Santo,
Como era no princípio,
Agora e sempre. Amen.

Jesus Cristo…

«… veio para nos demonstrar o imenso amor do Seu coração, e deu-Se-nos por completo, submetendo-se primeiro a todas as penalidades desta vida, depois à flagelação, à coroação de espinhos, e a todas as dores e ignominias da paixão; finalmente, terminou a vida abandonado a todos no lenho infame da cruz.»

(Sermões abreviados, 37,1,1 – Santo Afonso Maria de Ligório)

«Situados agora no Calvário, quando Jesus já morreu e não se manifestou ainda a glória do seu triunfo, temos uma boa ocasião para examinar os nossos desejos de vida cristã, de santidade para reagir com um acto de fé perante as nossas debilidades e, confiando no poder de Deus, fazer o propósito de pôr amor nas coisas do nosso dia-a-dia.»

(Cristo que passa, 96 – São Josemaría Escrivá)

Cântico Bizantino - Lamentações junto ao túmulo de Cristo - Louvores

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), religiosa beneditina
Exercícios, VII nono (a partir da trad. SC 127, pp. 281ss., rev.)

«Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos Seus amigos» (Jo 15, 13)

Amor, tu que reténs o meu Jesus, o meu doce Salvador, tão preso e pregado à cruz que, ao expirar por tua mão, Ele morre cheio de ti, Amor, que fazes? Não te poupas nem descansas para vir em auxílio dos infelizes, Amor, nem te impões a ti próprio limites. A tua perícia tocou com tanta força o coração do meu Jesus que, despedaçado por amor, o Seu coração foi chamuscado. E eis-te contente e doravante satisfeito, agora que o meu Jesus foi suspenso e morto diante dos teus olhos — morto, morto de verdade, para que eu tenha vida em abundância; morto para que eu seja uma criança adoptada pelo Pai com ainda mais ternura; morto para que eu viva mais feliz. [...]

Ó Morte que nos trouxeste tantos frutos por graça, que a minha morte seja tranquila e sem medo debaixo da tua protecção. Morte de Cristo que trazes a vida por pura graça, deixa-me desaparecer debaixo das tuas asas (Sl 36 (35), 8). Morte donde sai a vida, faz arder em mim para sempre uma só centelha da tua acção vivificante. Morte gloriosa, morte frutuosa, súmula de toda a salvação, amoroso contrato do meu resgate, pacto inviolável da minha reconciliação, morte triunfal, doce e cheia de vida, em ti brilha para mim tão grande caridade que nada há de comparável no céu e na terra.

Morte de Cristo que amo com todo o coração, és a confiança espiritual da minha alma. Morte amantíssima, em ti estão contidos para mim todos os bens. Só te peço que me guardes sob a tua benevolente protecção, para que na minha morte eu repouse com suavidade à tua sombra (Ct 2, 3). Morte cheia de misericórdia, és a minha vida felicíssima, a melhor porção da minha herança (Sl 16 (15), 5), abundante redenção, preciosíssimo legado.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 22 de Abril de 2011

Evangelho segundo S. João 18,1-40.19,1-42

1 Tendo Jesus dito estas palavras, saiu com os Seus discípulos para o outro lado da torrente do Cédron, onde havia um horto, em que entrou com os Seus discípulos.2 Ora Judas, o traidor, conhecia bem este lugar, porque Jesus tinha ido lá muitas vezes com os Seus discípulos.3 Tendo, pois, Judas tomado a coorte e guardas fornecidos pelos pontífices e fariseus, foi lá com lanternas, archotes e armas.4 Jesus, que sabia tudo que estava para Lhe acontecer, adiantou-Se e disse-lhes: «A quem buscais?».5 Responderam-Lhe: «A Jesus de Nazaré». Jesus disse-lhes: «Sou Eu». Judas, que O entregava, estava lá com eles.6 Quando, pois, Jesus lhes disse: «Sou Eu», recuaram e caíram por terra.7 Perguntou-lhes novamente: «A quem buscais?». Eles disseram: «A Jesus de Nazaré».8 Jesus respondeu: «Já vos disse que sou Eu; se é, pois, a Mim que buscais, deixai ir estes».9 Deste modo se cumpriu a palavra que tinha dito: «Não perdi nenhum dos que Me deste».10 Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu um servo do Sumo Sacerdote, tendo-lhe cortado a orelha direita. Este servo chamava-se Malco.11 Porém, Jesus disse a Pedro: «Mete a tua espada na bainha. Não hei-de beber o cálice que o Pai Me deu?». 12 Então, a coorte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e O manietaram.13 Primeiramente levaram-n'O a casa de Anás, por ser sogro de Caifás, que era o Sumo Sacerdote daquele ano.14 Caifás era aquele que tinha dado aos judeus este conselho: «Convém que um só homem morra pelo povo». 15 Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Este discípulo, que era conhecido do pontífice, entrou com Jesus no pátio do pontífice.16 Pedro ficou de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do Sumo Sacerdote, falou à porteira e fez entrar Pedro.17 Então a porteira disse a Pedro: «Não és tu também dos discípulos deste homem?». Ele respondeu: «Não sou».18 Os servos e os guardas acenderam uma fogueira e aqueciam-se ao lume, porque estava frio. Pedro encontrava-se também entre eles e aquecia-se. 19 Entretanto, o pontífice interrogou Jesus sobre os Seus discípulos e sobre a Sua doutrina.20 Jesus respondeu-lhe: «Eu falei publicamente ao mundo; ensinei sempre na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reunem; nada disse em segredo.21 Porque Me interrogas? Interroga aqueles que ouviram o que Eu falei; eles sabem o que disse».22 Tendo dito isto, um dos guardas que estavam presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: «Assim respondes ao Sumo Sacerdote?».23 Jesus respondeu-lhe: «Se falei mal, mostra o que disse de mal; se falei bem, porque Me bates?».24 Anás enviou-O manietado ao Sumo Sacerdote Caifás. 25 Estava lá Simão Pedro aquecendo-se. Disseram-lhe: «Não és tu também dos Seus discípulos?». Ele negou e respondeu: «Não sou».26 Disse-lhe um dos servos do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: «Não te vi eu com Ele no horto?».27 Pedro negou outra vez, e imediatamente o galo cantou. 28 Levaram então Jesus da casa de Caifás ao Pretório. Era de manhã. Não entraram no Pretório para não se contaminarem, e poderem comer a Páscoa.29 Pilatos, pois, saiu fora para lhes falar, e disse: «Que acusação apresentais contra este homem?».30 Responderam: «Se não fosse um malfeitor não O entregaríamos nas tuas mãos».31 Pilatos disse-lhes então: «Tomai-O e julgai-O segundo a vossa Lei». Mas os judeus disseram-lhe: «Não nos é permitido matar ninguém».32 Para se cumprir a palavra que Jesus dissera, significando de que morte havia de morrer.33 Tornou, pois, Pilatos a entrar no Pretório, chamou Jesus e disse-Lhe: «Tu és o rei dos judeus?».34 Jesus respondeu: «Tu dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de Mim?».35 Pilatos respondeu: «Porventura sou judeu? A Tua nação e os pontífices é que Te entregaram nas minhas mãos. Que fizeste Tu?».36 Jesus respondeu: «O Meu reino não é deste mundo; se o Meu reino fosse deste mundo, certamente os Meus ministros se haviam de esforçar para que Eu não fosse entregue aos judeus; mas o Meu reino não é daqui».37 Pilatos disse-Lhe então: «Portanto, Tu és rei?». Jesus respondeu: «Tu o dizes, sou rei. Nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade; todo aquele que está na verdade ouve a Minha voz».38 Pilatos disse-Lhe: «O que é a verdade?». Dito isto, tornou a sair para ir ter com os judeus e disse-lhes: «Não encontro n'Ele motivo algum de condenação.39 Ora é costume que eu, pela Páscoa, vos solte um prisioneiro; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?».40 Então gritaram todos novamente: «Este não, mas Barrabás!». Ora Barrabás era um assassino. (19) 1 Pilatos tomou então Jesus e mandou-O flagelar.2 Depois, os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-Lha sobre a cabeça e revestiram-n'O com um manto de púrpura.3 Aproximavam-se d'Ele e diziam-Lhe: «Salve, rei dos judeus!», e davam-Lhe bofetadas.4 Saiu Pilatos ainda outra vez fora e disse-lhes: «Eis que vo-l'O trago fora, para que conheçais que não encontro n'Ele crime algum».5 Saiu, pois, Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse-lhes: «Eis aqui o Homem!».6 Então os príncipes dos sacerdotes e os guardas, quando O viram, gritaram: «Crucifica-O, crucifica-O!». Pilatos disse-lhes: «Tomai-O e crucificai-O, porque eu não encontro n'Ele motivo algum de condenação».7 Os judeus responderam-lhe: «Nós temos uma Lei e, segundo essa Lei, deve morrer, porque Se fez Filho de Deus».8 Pilatos, tendo ouvido estas palavras, temeu ainda mais.9 Entrou novamente no Pretório e disse a Jesus: «Donde és Tu?». Mas Jesus não lhe deu resposta.10 Então Pilatos disse-Lhe: «Não me falas? Não sabes que tenho poder para Te soltar e também para Te crucificar?».11 Jesus respondeu: «Tu não terias poder algum sobre Mim, se não te fosse dado do alto. Por isso, quem Me entregou a ti tem maior pecado». 12 Desde este momento, Pilatos procurava soltá-l'O. Porém, os judeus gritavam: «Se soltas Este, não és amigo de César!, porque todo aquele que se faz rei, declara-se contra César».13 Pilatos, tendo ouvido estas palavras, conduziu Jesus para fora e sentou-se no seu tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, em hebraico Gábata.14 Era o dia da Preparação da Páscoa, cerca da hora sexta. Pilatos disse aos judeus: «Eis o vosso rei!».15 Mas eles gritaram: «Tira-O, tira-O, crucifica-O!». Pilatos disse-lhes: «Hei-de crucificar o vosso rei?». Os pontífices responderam: «Não temos outro rei senão César».16 Então entregou-Lho para que fosse crucificado. 17 Tomaram, pois, Jesus que, carregando com a Sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota,18 onde O crucificaram, e com Ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.19 Pilatos redigiu um título, que mandou colocar sobre a cruz. Nele estava escrito: «Jesus Nazareno, Rei dos Judeus».20 Muitos judeus leram este título, porque o lugar onde foi crucificado ficava perto da cidade. Estava redigido em hebraico, em latim e em grego.21 Os pontífices dos judeus diziam, porém, a Pilatos: «Não escrevas: Rei dos Judeus, mas: Este homem disse: Eu sou o Rei dos Judeus».22 Pilatos respondeu: «O que escrevi, está escrito!».23 Os soldados, depois de terem crucificado Jesus, tomaram as Suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. Tomaram também a túnica. A túnica não tinha costura, era toda tecida de alto a baixo.24 Disseram entre si: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver a quem tocará; para que se cumprisse deste modo a Escritura, que diz: “Repartiram entre si as Minhas vestes e lançaram sortes sobre a Minha túnica”. “Os soldados assim fizeram. 25 Estavam, de pé, junto à cruz de Jesus, Sua mãe, a irmã de Sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.26 Jesus, vendo Sua mãe e, junto dela, o discípulo que amava, disse a Sua mãe: «Mulher, eis o teu filho».27 Depois disse ao discípulo: «Eis a tua mãe». E, desde aquela hora, o discípulo recebeu-a na sua casa. 28 Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: «Tenho sede».29 Havia ali um vaso cheio de vinagre. Então, os soldados, ensopando no vinagre uma esponja e atando-a a uma cana de hissopo, chegaram-Lha à boca.30 Jesus, tendo tomado o vinagre, disse: «Tudo está consumado!». Depois, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31 Os judeus, visto que era o dia da Preparação, para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, porque aquele dia de sábado era de grande solenidade, pediram a Pilatos que lhes fossem quebradas as pernas e fossem retirados.32 Foram, pois, os soldados e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro com quem Ele havia sido crucificado.33 Mas, quando chegaram a Jesus, vendo que já estava morto, não Lhe quebraram as pernas,34 mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança e imediatamente saiu sangue e água.35 Quem foi testemunha deste facto o atesta, e o seu testemunho é digno de fé e ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis.36 Porque estas coisas sucederam para que se cumprisse a Escritura: “Não Lhe quebrarão osso algum”.37 E também diz outro passo da Escritura: “Hão-de olhar para Aquele a quem trespassaram”.38 Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, ainda que oculto por medo dos judeus, pediu a Pilatos que lhe deixasse levar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu-o. Foi, pois, e tomou o corpo de Jesus.39 Nicodemos, aquele que tinha ido anteriormente de noite ter com Jesus, foi também, levando uma composição de quase cem libras de mirra e aloés.40 Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-n'O em lençóis com perfumes, segundo a maneira de sepultar usada entre os judeus.41 Ora, no lugar em que Jesus foi crucificado, havia um horto e no horto um sepulcro novo, em que ninguém tinha ainda sido sepultado.42 Por ser o dia da Preparação dos judeus e o sepulcro estar perto, depositaram ali Jesus.