Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 23 de abril de 2011

UNIV "adoça" a Audiência de quarta-feira (vídeos em espanhol e inglês)

Boa noite!

Sendo crianças, não tereis penas: os miúdos esquecem depressa os desgostos para voltar aos seus divertimentos habituais. – Por isso, com o "abandono", não tereis de vos preocupar, pois descansareis no Pai.

(São Josemaría Escrivá - Caminho, 864)

Por volta dos primeiros anos da década de 40, eu ia muito a Valência. Não tinha então nenhum meio humano e, com os que – como vocês agora – se reuniam com este pobre sacerdote, fazia oração onde podíamos, algumas tardes numa praia solitária. (...)

Pois um dia, ao fim da tarde, durante um daqueles pores do Sol maravilhosos vimos que uma barca se aproximava da beira-mar e que saltaram para terra uns homens morenos, fortes como rochas, molhados, de tronco nu, tão queimados pela brisa que pareciam de bronze. Começaram a tirar da água a rede que traziam arrastada pela barca, repleta de peixes brilhantes como a prata. Puxavam com muito brio, os pés metidos na areia, com uma energia prodigiosa. De repente veio uma criança, muito queimada também, aproximou-se da corda, agarrou-a com as mãozinhas e começou a puxar com evidente falta de habilidade. Aqueles pescadores rudes, nada refinados, devem ter sentido o coração estremecer e permitiram que aquele pequeno colaborasse; não o afastaram, apesar de ele estorvar em vez de ajudar.

Pensei em vocês e em mim; em vocês, que ainda não conhecia e em mim; nesse puxar pela corda todos os dias, em tantas coisas. Se nos apresentarmos diante de Deus Nosso Senhor como esse pequeno, convencidos da nossa debilidade mas dispostos a cumprir os seus desígnios, alcançaremos a meta mais facilmente: arrastaremos a rede até à beira-mar, repleta de frutos abundantes, porque onde as nossas forças falham, chega o poder de Deus.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 14)

Noite de alegria

«Nesta Noite Santa, a Igreja enquanto está a vigiar, debruça-se sobre os textos da Sagrada Escritura, que descrevem o desígnio divino do Génesis ao Evangelho e que, graças aos ritos litúrgicos do fogo e da água, conferem a esta celebração singular uma dimensão cósmica. Nesta noite, todo o universo criado está chamado a vigiar, junto ao túmulo de Cristo. Diante dos nossos olhos descortina-se a história da salvação, da criação à redenção, do êxodo à Aliança no Sinai, da antiga à nova e eterna Aliança. Nesta Noite Santa, cumpre-se o eterno projecto de Deus sobre a história do homem e do cosmo.» (João Paulo II a 22-IV-2000 in Vigília Pascal

Mahler: Sinfonia No. 2 (Resurreição)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 36; PL 57, 605 (a partir da trad. coll. Icthus t. 10, p. 262)

«Eis o dia que o Senhor fez» (Sl 117, 24)

Deixemos irromper a nossa alegria, meus irmãos, hoje como ontem. Apesar de as sombras da noite terem interrompido o nosso regozijo, o dia santo não terminou [...]: a claridade que a alegria do Senhor espalha é eterna. Cristo iluminou-nos ontem; ainda hoje a Sua luz resplandece. «Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje» diz o bem-aventurado apóstolo Paulo (Heb 13, 8). Sim, para nós Cristo fez-Se dia. Para nós, Ele nasceu hoje, como o anuncia Deus Seu Pai pela voz de David: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei» (Sl 2, 7). Que significa isto? Que Ele não engendrou o Seu filho um dia, mas que Ele próprio O engendra dia e noite. [...]

Sim, Cristo é nosso hoje: esplendor vivo e sem declínio, Ele não cessa de inflamar o mundo que sustém (Heb 1, 3) e este clarão eterno parece ser apenas um dia. «A Teus olhos, mil anos são como um só dia», exclama o profeta (Sl 89, 4). Sim, Cristo é este dia único, porque única é a eternidade de Deus. Ele é o nosso hoje: o passado, desaparecido, não Lhe escapa; o futuro, desconhecido, não tem segredos para Ele. Luz soberana, Ele tudo abraça, tudo conhece, está presente em todos os tempos e possui-os todos. Perante Ele, o passado não pode ruir nem o futuro esquivar-se. [...] Este hoje não é o tempo em que, segundo a carne, Ele nasceu da Virgem Maria, nem aquele em que, segundo a divindade, Ele sai da boca de Deus Seu Pai, mas sim o tempo em que ressuscitou dos mortos: «Ele ressuscitou Jesus, diz o apóstolo Paulo; conforme está escrito no salmo II: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei»» (Act 13, 33).

Na verdade, Ele é o nosso hoje quando, saído da noite densa dos infernos, incendeia os homens. Na verdade, Ele é o nosso dia, aquele que as negras conspirações dos Seus inimigos não puderam obscurecer. Nenhum dia soube melhor do que este acolher a Sua luz: a todos os mortos, Ele deu o dia e a vida. A velhice tinha atirado os homens para a morte; Ele ergueu-os no vigor do Seu hoje.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 24 de Abril de 2011

Evangelho segundo S. João 20,1-9

1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro.2 Correu então, e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo a quem Jesus amava, e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».3 Partiu, pois, Pedro com o outro discípulo e foram ao sepulcro.4 Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.5 Tendo-se inclinado, viu os lençóis no chão, mas não entrou.6 Chegou depois Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro e viu os lençóis postos no chão,7 e o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus, que não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte.8 Entrou também, então, o outro discípulo que tinha chegado primeiro ao sepulcro. Viu e acreditou.9 Com efeito, ainda não entendiam a Escritura, segundo a qual Ele devia ressuscitar dos mortos.

Hoje!

Amadíssimo Jesus, pode parecer que fugiste, os Sacrários estão vazios, mas na verdade continuas dentro de nós ansiosos pela noite de logo, a noite da Tua glória e vitória sobre as trevas.

A Virgem Maria terá sofrido muito nestes dias, mas também sabe que amanhã rezaremos o Regina caeli ao meio-dia em que convidaremos a Nossa Mãe à alegria, pois o Seu Filho ressuscitou conforme houvera prometido.

(JPR)

Via-Sacra no Coliseu de Roma lembrou o sofrimento das crianças e as perseguições aos cristãos. Bento XVI apresentou a Cruz como «sinal luminoso» do amor

Bento XVI presidiu a noite passada à tradicional Via-Sacra de sexta-feira Santa, no Coliseu de Roma, lembrando o sofrimento das crianças e a “mentira” na sociedade de hoje.

Na oração inicial desta celebração, alertou-se para a "desordem do coração" que "desfigura a ingenuidade dos pequeninos e dos fracos".

O Papa falou ainda das “várias máscaras da mentira” que "ridicularizam a verdade" e "as lisonjas do sucesso" que sufocam o “apelo íntimo à honestidade”, bem como de um “vazio de sentido e de valores” na educação.

Durante a cerimónia, aludiu-se ao "peso da perseguição contra a Igreja de ontem e de hoje, a perseguição que mata os cristãos em nome de um deus alheio ao amor e a que mina a sua dignidade com «lábios mentirosos e palavras arrogantes»".

"Jesus carregou o peso da perseguição contra Pedro, aquela contra a voz clara da «verdade que interpela e liberta o coração». Jesus, com a sua Cruz, carregou o peso da perseguição contra o seus servos e discípulos, contra aqueles que respondem ao ódio com o amor, à violência com a mansidão", assinalava a meditação.

No final da celebração, Bento XVI apresentou um convite a meditar sobre o “silêncio da cruz, o silêncio do amor, que leva o peso da dor”.

A cruz, que parece uma “derrota”, disse, “não é o sinal da vitória da morte, mas o sinal luminoso do amor”.

Fixemos bem aquele homem crucificado entre a terra e o céu, contemplemo-lo com um olhar mais profundo, e descobriremos que a Cruz não é o sinal da vitória da morte, do pecado, do mal, mas o sinal luminoso do amor, mais ainda, da imensidão do amor de Deus, daquilo que não teríamos jamais podido pedir, imaginar ou esperar: Deus debruçou-Se sobre nós, abaixou-Se até chegar ao ângulo mais escuro da nossa vida, para nos estender a mão e atrair-nos a Si, levar-nos até Ele.

A Cruz fala-nos do amor supremo de Deus e convida-nos a renovar, hoje, a nossa fé na força deste amor, a crer que em cada situação da nossa vida, da história, do mundo, Deus é capaz de vencer a morte, o pecado, o mal, e dar-nos uma vida nova, ressuscitada

A autora dos textos lidos durante a Via-Sacra, Maria Rita Piccione, quis dar espaço “à voz da infância, por vezes insultada, magoada, explorada”, não só devido aos abusos sexuais, “pois o campo é muito amplo e diz respeito à toda a humanidade”.

A monja de clausura italiana referiu à Rádio Vaticano que a redacção dos textos foi inspirada pelos crentes e por “todas as pessoas”, bem como pelo “coração humano”, que descreveu “como um laboratório no qual se decidem o destino do que acontece em nível muito mais amplo”.

No início de cada estação, aparecia "uma frase muito breve que pretende oferecer a chave de leitura da respectiva estação”.

“Podemos recebê-la como que vinda de uma criança, numa espécie de apelo à simplicidade dos pequeninos que sabem captar o coração da realidade e num espaço simbólico de acolhimento, na oração de Igreja, da voz da infância por vezes ofendida e explorada”, pode ler-se na apresentação das reflexões.

Correspondendo a um desejo da autora das meditações deste ano, duas crianças leram as introduções a cada estação.

A cruz foi transportada ao longo do percurso, entre outros, pelo cardeal Agostino Vallini, vigário do Papa para a diocese de Roma; uma família romana e outra da Etiópia; duas monjas agostinhas; um franciscano e uma rapariga egípcia; um doente em cadeira de rodas e dois frades da custódia da Terra Santa.

O Papa pede todos os anos a um autor diferente para redigir as reflexões da celebração, seguida por dezenas de milhares de peregrinos com velas na mão que se concentram junto ao Coliseu, na capital italiana, e por milhões de pessoas em todo o mundo, através dos meios de comunicação social.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1912

Faz a Primeira Comunhão: “Tinha eu dez anos. Quem me preparou foi um velho escolápio, homem piedoso, simples e bom. Foi ele que me ensinou a oração da comunhão espiritual”. Diz assim: “Eu quisera, Senhor, receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que vos recebeu a vossa Santíssima Mãe; com o espírito e o fervor dos Santos”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Em memória de D. Álvaro del Portillo

«(…): a luz de Jesus reflecte-se nos santos e irradia novamente deles. Mas “santos” não são somente as pessoas canonizadas propriamente ditas. Há sempre santos ocultos, que em comunhão com Jesus recebem um raio do seu esplendor, uma experiência concreta e real de Deus.»

(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio

«A Igreja, iluminada pela fé, que lhe faz conhecer toda a verdade sobre o precioso bem do matrimónio e da família e sobre os seus significados mais profundos, sente mais uma vez a urgência de anunciar o Evangelho, isto é, a «Boa Nova» a todos indistintamente, em particular a todos aqueles que são chamados ao matrimónio e para ele se preparam, a todos os esposos e pais do mundo.


Ela está profundamente convencida de que só com o acolhimento do Evangelho encontra realização plena toda a esperança que o homem põe legitimamente no matrimónio e na família.» (22-XI-1981 in Exortação Apostólica Familiaris consortio)

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Cromácio de Aquileia (?-407), bispo
1º Sermão para a Grande Noite Pascal (a partir da trad. SC 154, pp. 260ss. rev.)

Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto (Ex 12, 42)


O Evangelho do dia 23 de Abril de 2011

Evangelho segundo S. Mateus 28,1-10

1 Passado o sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, foi Maria Madalena e a outra Maria visitar o sepulcro.2 Eis que se deu um grande terramoto, porque um anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela.3 O seu aspecto era como um relâmpago e o seu vestido branco como a neve.4 Com o temor que tiveram dele, aterraram-se os guardas, e ficaram como mortos.5 Mas o anjo, tomando a palavra, disse às mulheres: «Vós não temais, porque sei que procurais a Jesus, que foi crucificado.6 Ele não está aqui. Ressuscitou como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor esteve depositado.7 Ide já dizer aos Seus discípulos que Ele ressuscitou; e eis que vai adiante de vós para a Galileia; lá O vereis. Eis que eu vo-lo disse».8 Saíram logo do sepulcro com medo e grande alegria e correram para dar a notícia aos discípulos.9 E eis que Jesus lhes saiu ao encontro e lhes disse: «Deus vos salve». Elas aproximaram-se, abraçaram os Seus pés e prostraram-se diante d'Ele.10 Então disse-lhes Jesus: «Não temais; ide dizer aos Meus irmãos que vão para a Galileia; lá Me verão».

Vigília Pascal

«A nova criação realiza-se na Páscoa. No mistério da morte e ressurreição de Cristo, tudo fica redimido, e tudo se torna de novo completamente bom, segundo o desígnio originário de Deus.»

(Homília Vigília Pascal – 11/IV/1998 – João Paulo II)

Sábado Santo - Vigília Pascal

"Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição" (Circ 73). No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio. Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloquente. "Fulget crucis mysterium": "resplandece o mistério da Cruz". O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse o horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús. É um dia de meditação e silêncio. Algo parecido à cena que nos descreve o livro de Job, quando os amigos que o foram visitar, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atónitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem lhe dizer uma palavra, vendo como era atroz o seu sofrimento" (Jb 2, 13). Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-Feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-Feira e a ressurreição do Domingo, detemo-nos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos - não tanto momentos cronológicos - de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus, morto, sepultado, ressuscitado: "...despojou-se de sua posição e tomou a condição de escravo"… "Rebaixou-se até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecer o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".

(Fonte: Evangelho Quotidiano)