Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 15 de outubro de 2011

Bento XVI usará pela 1ª vez uma plataforma móvel amanhã dentro da Basílica de S. Pedro

Bento XVI utilizará pela primeira vez neste domingo uma plataforma móvel para se deslocar na Basílica de São Pedro, anunciou neste sábado o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi.

Segundo o porta-voz, o uso da plataforma não é por indicação médica, mas apenas para poupar o Papa do cansaço.

Bento XVI usará a plataforma durante a procissão que fará desde a sacristia, atravessando toda a nave central da Basílica de São Pedro até chegar ao altar maior, o que totaliza cerca de 100 metros.

A plataforma móvel já foi usada por João Paulo II nos últimos anos de seu Pontificado, e Lombardi não descarta que Bento XVI passe a utilizá-la com mais frequência.

O porta-voz explicou que a plataforma representa também maior segurança, pois o Papa, durante o percurso, permanece no centro da nave central. Já houve vários casos de pessoas que pularam as grades de proteção e tentaram se aproximar do pontífice, como em 2009, quando a jovem suíço-italiana Susanna Maiolo fez Bento XVI cair.

(Fonte: ‘Fratres in Unum’)

Verdi - La Forza del Destino Overture and Beethoven - Symphony No. 5 - Vanderbilt Orchestra

“Que nunca deixe de praticar a caridade”

Não é compatível amar a Deus com perfeição e deixar-se dominar pelo egoísmo – ou pela apatia – na relação com o próximo. (Sulco, 745)

A verdadeira amizade implica também um esforço cordial por compreender as convicções dos nossos amigos, mesmo que não cheguemos a partilhá-las nem a aceitá-las. (Sulco, 746)

Nunca permitas que a erva ruim cresça no caminho da amizade: sê leal. (Sulco, 747)

Um propósito firme na amizade: que no meu pensamento, nas minhas palavras, nas minhas obras para com o próximo – seja ele quem for –, não me comporte como até agora, quer dizer, nunca deixe de praticar a caridade, nunca dê entrada na minha alma à indiferença. (Sulco, 748)

A tua caridade deve ser adequada, ajustada, às necessidades dos outros...; não às tuas. (Sulco, 749)

Filhos de Deus! Uma condição que nos transforma em algo mais transcendente do que em simples pessoas que se suportam mutuamente... Escuta o Senhor: "Vos autem dixi amicos!" – somos seus amigos, que, como Ele, dão gostosamente a vida pelos outros, tanto nas horas heróicas como na convivência corrente. (Sulco, 750)

São Josemaría Escrivá

Os sinais da terra sísmica

O frio, a lama, o cansaço não conseguiram apagar a luz dos sinais contidos nas onze horas transcorridas por Bento XVI na Calábria. O Papa foi esperado de manhã em Lamezia Terme, à tarde na Serra San Bruno e na célebre Cartuxa. Ao povo de Lamezia, a braços com uma difícil luta quotidiana pelo resgate social, como quase toda a região do Sul, a sua breve passagem pareceu já em si um sinal desejado para voltar a ter confiança. Na Serra, onde São Bruno, originário da Alemanha, deixou uma marca indelével, o encontro do Papa conterrâneo do santo monge serviu de estímulo e renovada determinação para sair da grave crise de emprego sobretudo juvenil. Bento XVI pôs-se em sintonia com o povo que o aguardava desde o alvorecer depois de uma noite de chuva torrencial e pronunciou palavras claras dirigidas a todos os habitantes da Calábria, "uma terra sísmica - assim a definiu - não só sob o ponto de vista geológico, mas também estrutural, comportamental e social". Da emergência do desemprego e da criminalidade "muitas vezes cruel", sai-se unicamente juntos, de modo solidário, crescendo na capacidade de colaborar, de ocupar-se do próximo e de todos os bens públicos. Em particular aos católicos, recordou a necessidade de um trabalho pastoral "moderno e orgânico", na unidade de todas as forças cristãs em volta do bispo, difundindo a prática da Lectio divina e divulgando o conhecimento da doutrina social. Destas duas iniciativas o Papa espera o nascimento de "uma nova geração de homens e mulheres capazes de promover não tanto interesses privados, mas o bem comum". A etapa em Lamezia não foi para o Pontífice uma pausa no seu peregrinar rumo à Cartuxa, lugar simbólico que encerra o segredo para a solução dos problemas humanos. De facto, chegou ali sem descuidar alguma das perguntas das pessoas que encontrou. Levou-as consigo alargando o horizonte para entrever melhor pelo menos uma solução para os problemas do território. O desejo constante em Bento XVI de permanecer ligado ao carisma da vida contemplativa nasce da convicção de que o mosteiro não esgotou a sua função de beneficiador. Só mudou o contexto. Em vez de pântanos, hoje os mosteiros servem para beneficiar um clima que se respira nas nossas sociedades, "poluído por uma mentalidade que não é cristã e nem sequer humana". De facto, permanecem modelo "de uma sociedade que coloca no centro Deus e a relação fraterna". Foi interessante o diálogo que se estabeleceu entre o Papa e o prior da Cartuxa durante a celebração das vésperas. Um intercâmbio singular e profundo sobre o amor de Deus que se torna universal, talvez um dos momentos simbólicos, na sua simplicidade despojada, do pontificado de Bento XVI.

O prior expressou a consciência humilde de si que os monges cultivam, certos de que ocupam um lugar secundário na Igreja e depois falou da vida monástica como experiência de amor que abraça o mundo inteiro, da solidão que se abre a uma comunhão universal. O Papa respondeu dirigindo-se aos monges mas com a intenção de falar a toda a Igreja, ressaltando o "vínculo profundo que existe entre Pedro e Bruno, entre o serviço pastoral à unidade da Igreja e a vocação contemplativa na Igreja". Eles, "agarrados" pelo amor a Deus, testemunhas do essencial, ajudam a Igreja e o mundo a reencontrar a própria alma, estimulam as cidades dos homens a libertar-se do ruído e do vazio espiritual para voltar a experimentar "a Realidade mais real que existe". Por isso, um pouco de espírito de clausura nunca é prejudicial.  

CARLO DI CICCO

(© L'Osservatore Romano - 15 de Outubro de 2011)

Antonio Vivaldi - Salve Regina RV 617

O Evangelho de Domingo dia 16 de Outubro de 2011

Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como O surpreenderiam no que falasse. Enviaram seus discípulos juntamente com os herodianos, a dizer-Lhe: «Mestre, nós sabemos que és sincero, e que ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, sem dar preferência a ninguém, porque não olhas às condições das pessoas. Diz-nos, pois, o Teu parecer: é lícito ou não dar o tributo a César?». Jesus, conhecendo a sua malícia, disse: «Porque Me tentais, hipócritas? Mostrai-Me a moeda do tributo». Eles apresentaram-Lhe um denário. E Jesus disse-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Responderam: «De César». Então disse-lhes: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».


Mt 22, 15-21

Medidas do OE 2012 devem ser olhadas com esperança

Bispo de Viseu alertou que estas «são necessárias para um futuro melhor»

O bispo de Viseu considera que as medidas apresentadas sobre o Orçamento de Estado de 2012 devem “ser olhadas com esperança” e que “são necessárias para um futuro melhor”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, à margem do Congresso sobre os 500 anos da Ordem da Imaculada Conceição, em Fátima, D. Ilídio Leandro realça que as normas divulgadas “poderão ser a luz no fundo túnel “para que “os tremendos esforços de austeridade não se venham a repetir nos anos futuros”.

Como as famílias “têm um instinto de sobrevivência muito grande”, o elemento da Comissão Episcopal do Laicado e Família sublinha que estas são capazes “de acreditar que o futuro será risonho”.

Os momentos são críticos, mas a Igreja não tem poupado esforços e “continua a ajudar as pessoas que mais sofrem” e pede-lhes para que “criem laços e elos de ligação”.

Nesta lógica de solidariedade, D. Ilídio Leandro pede aos cristãos que “olhem para o lado e para trás” para que ninguém fique de fora da carruagem.

Sendo a diocese de Viseu uma zona eminentemente agrícola, por motivos diversos “abandonou-a, mas agora está a retorná-la” – frisou.

O retomar desta atividade é motivo de elogios por parte do prelado porque “os valores da terra e o olhar para a natureza como fonte de riqueza” passa “pelo esforço e pela austeridade dos portugueses”.

Segundo o bispo de Viseu, a austeridade pode fazer renascer nas pessoas “alguns valores de que não é um orçamento meramente financeiro e economicista que resolve os problemas da sociedade”.

LFS

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Jovem revela que o Papa rejeitou três vezes deixar o aeródromo de Quatro Ventos na JMJ Madrid

Uma jovem hondurenha que esteve muito perto de Bento XVI na vigília de oração no aeródromo de Quatro Ventos durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Madrid, revelou ao grupo ACI que em três ocasiões, cada uma mais firme que a anterior, o Santo Padre recusou-se a deixar o lugar durante a tormenta desta noite.

Desde Roma aonde foi para participar de uma ordenação diaconal no Pontifício Colégio Norte-americano, a jovem jornalista e anfitriã em vários eventos da JMJ, Erika Rivera, explicou ao grupo ACI que na noite do sábado 20 de agosto "os mestres de cerimónia perguntavam (ao Papa) se queria retirar-se porque estava chovendo muito e havia um forte vento. Ele dizia-lhes que não iria embora de lá. De facto por duas vezes moveu o dedo indicando ‘não, não, não’".

À terceira vez os colaboradores mais próximos a Bento XVI perguntaram-lhe se queria retirar-se. Desta vez a resposta do Papa foi mais firme ainda, assinalando ao milhão de jovens empapados depois de um fortíssimo dia de sol que superou os 40 graus: "se eles ficarem, eu ficarei também".

"E quando disse isso, nós que estávamos perto dele, ficamos muito contentes do ter como Santo Padre. Assim foi fantástico, uma experiência única", disse a jovem Erika.

Em meio das cadeiras plásticas voando, sob os trovões e relâmpagos, empapados, cantando e fazendo coro "Esta é a juventude do Papa!" e "Be-NE-dic-to!", os jovens esperavam que o Pontífice reiniciasse o seu discurso. "Não tínhamos medo de nada porque podíamos ver que ele era o que mais sereno estava", disse Rivera.

"Transmitia muita serenidade, muita calma e por isso, sabe, perguntamo-nos confidencialmente: que mais poderia suceder-nos?", acrescentou.

Quando a chuva parou depois de 15 minutos, o Papa agradeceu aos jovens reunidos e disse: "obrigado, obrigado por essa alegria. Obrigado por essa alegria e resistência. Nossa força é maior que a chuva, obrigado. O Senhor com a chuva nos manda muitas bênçãos. Vocês são um exemplo".

Depois de ler as saudações que tinha preparado em distintos idiomas veio a adoração eucarística. O Santíssimo Sacramento foi colocado em uma jóia de ourivesaria de Toledo, uma custódia do ano 1600 de um metro oitenta de altura.

"Foi fantástico, surpreendente. Como uma obra de arte. A Eucaristia estava ali, o Santo Padre também e o futuro da Igreja, os jovens, também faziam parte de tudo. Foi maravilhoso", recorda Rivera.

Passados dois meses da JMJ Madrid 2011, a jovem hondurenha acredita que este inesquecível episódio deixa uma cara lição do Papa para o mundo: "a sociedade moderna toma o caminho fácil. Ver o Papa Bento disposto a ficar ali, a sacrificar-se como Cristo que morreu na cruz por nós, foi algo verdadeiramente inspirador".

(Fonte: ‘ACI Digital’)

"Rock in Rio e o orgulho dos porcos" – Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Jr.

Construir um casamento sólido - Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Penso assim desde os meus 14 anos. Já nessa altura, pude observar – na escola em que estudava – onde conduzia a frivolidade sexual de muitas amigas minhas. Mesmo estando em plena adolescência e sentindo dentro de mim uma certa “tendência hormonal” para a rebeldia, sempre pensei que a liberdade sexual que mais desejava era estar um dia felizmente casada e bem casada. Graças a Deus, é o que acontece hoje em dia».


São palavras de uma jovem e brilhante advogada durante um debate televisivo há uns anos atrás. Falava de um modo natural, claro, sem pretensões de impor a ninguém os “seus” valores. Simplesmente respondia – com um estilo um pouco introvertido, talvez devido à delicadeza do tema e à consciência de estar a falar diante das câmaras de televisão – às perguntas que lhe fazia o moderador desse debate.


«Pensava – embora tivesse uma certa vergonha de comunicar a qualquer pessoa esta minha convicção – que devia guardar-me para o matrimónio. Era um pensamento íntimo e livre. Não era nenhum tabu. Nem me sentia “reprimida” por não dar rédea solta às minhas tendências mais instintivas. Entendia – e continuo a pensar assim – que orientar essas tendências para o fim natural que elas possuem (a constituição de uma família) não me tornava uma pessoa anormal. Não me sentia menos mulher do que as outras que actuavam de um modo diferente, muito pelo contrário».


«Exigiu esforço manter-me fiel aos meus princípios? Sim, exigiu. Sobretudo o esforço de nadar contra a corrente. Algumas vezes, até tive a impressão de ser um pouco “exagerada”, fora de moda. Mas, agora, com o passar dos anos, não tenho dúvidas em afirmar que valeu a pena. Tenho a sensação de ter construído – também com a ajuda do meu namorado, que hoje é meu marido – um casamento sólido».


Viver um namoro de um modo genuinamente cristão não é uma questão de segunda categoria. E o problema não se reduz à “gravidez indesejada”. O verdadeiro problema é trivializar ou proteger a capacidade de amar. É verdade que, nos dias de hoje, está ‘na moda’ defender exactamente o contrário, mesmo entre pessoas que se dizem “cristãos coerentes”. No entanto, como a própria História não nos cansa de mostrar, nem sempre aquilo que ‘toda a gente diz ou defende’ corresponde à verdade, à visão “ecológica” do ser humano.


Não é muito difícil verificar que, quando se separa o exercício da sexualidade do matrimónio, perde-se facilmente a noção da diferença entre estar casado e não estar. E o casamento não é uma “simples e hipócrita cerimónia exterior que não acrescenta nada ao nosso amor” – declaração que, recentemente, ouvi a um par de pombinhos.


Casar-se é comprometer-se por amor. É evitar, entre outras coisas, que a entrega da mútua capacidade de amar seja uma aventura provisória, sem compromissos, enquanto se está à espera de que apareça alguém “melhor”. Desejar uma pessoa não é a mesma coisa que amá-la. Por isso, quem ama de verdade uma pessoa deseja casar-se – comprometer-se para sempre – com ela. Penso que não é necessário ser cristão para entender estas afirmações. Elas estão inscritas no coração dos homens e mulheres de boa vontade.


Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Encontro com o Senhor

Quem conhece o Senhor no Sacrário, reconhece-O nos que sofrem e nos indigentes. Ele faz parte daqueles a quem o Juíz Universal há-de dizer: «Tive fome e deste-Me de comer; tive sede e deste-Me de beber; estava nu e vestiste-Me; estava enfermo e visitaste-Me; estava na prisão e vieste até Mim» (Mt 25,35-36).



(Excerto artigo apresentado em 2002 no Congresso Eucarístico de Benevento – Joseph Ratzinger)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

É capelão do patronato de Santa Isabel, Madrid, e atende as religiosas Agostinhas recolectas do Real Mosteiro. Um dia como o de hoje, escreve: “Ao sair da clausura, na portaria, mostraram-me um Menino Jesus que era um Sol. Nunca vi um Jesus mais bonito! Encantador: despiram-no: está com os bracinhos cruzados sobre o peito e os olhos entreabertos. Lindo: comi-o com beijos e... de boa vontade o teria roubado”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)





§ 1758. O objecto escolhido especifica moralmente o acto da vontade, conforme a razão o reconhece e o julga bom ou mau.

Vivo sin Vivir en mi - Santa Teresa de Ávila

Santa Teresa de Ávila, doutora da Igreja

Nasceu em Ávila, a 28 de Março de 1515. Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila. Espanhola, de família nobre, bela e inteligente, foi uma criatura que lutou contra as suas contradições internas, contra as mentiras e hipocrisias de uma vida espiritual vazia. Santa Teresa ocupa um lugar especial dentro da mística cristã; é considerada um dos grandes mestres espirituais que a história da Igreja já conheceu. Entretanto, ela não pode ser esquecida como reformadora do Carmelo, como aquela que conseguiu devolver à Ordem Carmelita o seu primitivo vigor espiritual. Tinha como conselheiro espiritual São João da Cruz.


É chamada Teresa, a Grande, por sua grandeza de mulher. Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher. Com a graça de Deus, uma graça. Em 1970, o papa Paulo VI, proclamou-a “Doutora da Igreja”, (tal como Santa Catarina de Sena) pela profunda mística e espiritualidade. Foram as duas primeiras mulheres a quem se reconheceu esta qualidade pelos méritos dos escritos doutrinários que deixaram. Muitas das obras de Teresa d’Ávila continuam sendo lidas e produzindo abundantes frutos espirituais: “O caminho da perfeição”, “Pensamentos sobre o amor de Deus”, “Castelo interior”. Morreu em 1582.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

The Life-giving Spring

«O Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer»

Aqueles homens santos foram presos e levados ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino [...]: «Que doutrina professas?» Justino disse: «Procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a doutrina verdadeira dos cristãos». [...] O prefeito Rústico inquiriu: «Que verdade é essa?» Justino explicou: «Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como o único Criador, desde o princípio, e autor de toda a Criação, das coisas visíveis e invisíveis, e o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, de Quem foi anunciado pelos profetas que viria ao género humano como mensageiro da Salvação e Mestre da boa doutrina. E eu, porque sou homem e nada mais, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a Sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias [...] e sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a Sua vinda ao meio dos homens». Rústico perguntou: «Onde vos reunis? [...] Diz-me [...] em que lugar juntas os teus discípulos». Justino respondeu: «Eu vivo em casa de um certo Martinho, nos banhos de Timiotino. [...] Ali, se alguém queria ir ver-me, comunicava as palavras da verdade». Rústico perguntou: «Portanto, tu és cristão?» Justino confirmou: «Sim, sou cristão». O prefeito Rústico perguntou a Caritão: «Diz-me tu agora, Caritão, também és cristão?» Caritão respondeu: «Sou cristão por graça de Deus». [...] Rústico perguntou a Evelpisto: «E tu, de quem és, Evelpisto?» Evelpisto, escravo de César, respondeu: «Também sou cristão, libertado por Cristo, e por graça de Cristo participo da mesma esperança que estes». [...] O prefeito Rústico perguntou: «Foi Justino que vos fez cristãos?» Hierax respondeu: «Eu sou cristão há muito tempo e cristão continuarei a ser». E Peão, pondo-se de pé, disse: «Também eu sou cristão». [...] Evelpisto disse: «Eu gostava de ouvir os discursos de Justino, mas a ser cristão aprendi-o de meus pais». [...] O prefeito Rústico disse a Liberiano: «E tu, que dizes? Também és cristão? Também tu não tens religião?» Liberiano respondeu: «Também eu sou cristão e, quanto à minha religião, só adoro o Deus verdadeiro». O prefeito disse a Justino: «Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao Céu?» Justino respondeu: «Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até ao fim dos séculos». O prefeito Rústico perguntou: «Então tu supões que hás-de subir ao Céu para receber algum prémio em retribuição?» Justino disse: «Não suponho, sei-o com toda a certeza».


Actas do Martírio de São Justino e dos seus companheiros (ano 163); PG 6, 1565-1572
Antologia Litúrgica do Primeiro Milénio, trad. de José de Leão Cordeiro, SNL, Fátima, 2004)


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 15 de Outubro de 2011

Digo-vos: Todo aquele que Me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem Me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus.  «Todo aquele que falar contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado. Quando vos levarem às sinagogas e perante os magistrados e autoridades, não estejais com cuidado de que modo respondereis, ou que direis, porque o Espírito Santo vos ensinará, naquele mesmo momento, o que deveis dizer».


Lc 12, 8-12