Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

While Shepherds Watched Their Flocks (Enquanto os Pastores guardavam os seus rebanhos)



While shepherds watched
Their flocks by night
All seated on the ground
The angel of the Lord came down
And glory shone around


"Fear not," he said,
For mighty dread
Had seized their troubled minds
"Glad tidings of great joy I bring,
To you and all mankind."


"To you in David's
Town this day
Is born of David's line
The Savior who is Christ the Lord
And this shall be the sign."


"The heavenly Babe
You there shall find
To human view displayed
And meanly wrapped
In swathing bands
And in a manger laid."


Thus spake the seraph,
And forthwith
Appeared a shining throng
Of angels praising God, who thus
Addressed their joyful song


"All glory be to
God on high
And to the earth be peace;
Goodwill henceforth
From heaven to men
Begin and never cease!"

Conto de Natal por João César das Neves (2010)

Pedro estava a uma mesa do bar, bebendo uma cerveja e angustiando-se por causa da dívida ao banco. Era como se toda a maldita crise mundial se concentrasse na próxima prestação e na falta de dinheiro para a pagar. Onde arranjá-lo? Então ouviu dizer:


- Porque é que não fazes como na outra?


Pedro levantou os olhos e viu um homem de barba à mesa do lado, que sorria e olhava para ele.
Perante o olhar confuso do jovem, o homem explicou:


- Estás preocupado com a dívida. Porque não fazes como na outra dívida?


- Outra?! Qual outra?


- Tu recebeste dinheiro do banco e, como sabes que não é teu, preocupas-te em pagá-lo. Mas também recebestes dois braços, duas pernas, uma cabeça e um coração, recebestes um chão para pisar, ar para respirar, comida para comer, uma família que te ama, uma carreira e amigos. Um dia recebestes tudo isso, sem saberes de onde, e um dia tudo te vai ser tirado, tal como no dinheiro do banco. A situação é exactamente paralela. Porque é que ligas ao empréstimo da moeda e não ao empréstimo da vida?


Pedro estava mais confuso que nunca.


- Tu, que não acreditas que Deus existe...


- Isso não é verdade! - interrompeu Pedro.


- Ah! Está bem. Há muitos que acham que o banco não existe e têm direito a todo o empréstimo que receberam por causa de umas coisas a que chamam "leis da física e da natureza". Esses agem como se fossem donos disto, sem perceberem que não controlam nada. São os mais tontos de todos. Então tu acreditas que Deus existe mas não te liga nenhuma.


- Também, não é verdade!


- Está bem! É que existem alguns que acreditam na existência do banco, mas pensam que, desde que paguem de vez em quando uma comissãozita, nunca vão precisar de tratar dos juros e devolver o capital. Têm um pacto de não agressão com Deus e vivem respeitosamente à parte. Esses terão uma surpresa ainda mais desagradável que os primeiros. Então tu não pertences a nenhum destes dois grupos. Quer dizer que és do pior dos três: aqueles que acreditam que Deus existe, que Ele liga ao mundo, mas não lhe ligam a Ele. Os piores são os fariseus - disse o homem, com cara enjoada.


Pedro pensou em protestar, mas preferiu ficar calado, a ver o que aconteceria. O homem continuou.


- Tudo o que tu tens, do teu cérebro à tua mulher, passando pelo sistema solar e o teu emprego, não é, nem nunca foi, teu. É do seu verdadeiro dono e foi-te confiado durante um bocadinho de tempo. Mais: como sabes bem, não se trata de um único empréstimo feito ao nascer que se paga na morte, porque estás permanentemente a receber novos benefícios. Mesmo que vás pagando os juros pontualmente, a tua dívida vital aumenta todos os dias exponencialmente. Pior de tudo, a única forma de pagar os juros é com a própria dívida, porque, se pensares bem, vês que nada tens de teu.
Tudo depende de Outro.


- Por isso, a questão central da vida - continuou o homem - não é cumprir regras, ser bonzinho, preocupar-se com os outros. É ser realista e compreender que devemos tudo. Tudo o que somos e temos, devemo-lo a Outrem. A única forma verdadeira de viver é numa total e profunda dependência deste Deus que nos dá tudo. É isso que é ser religioso. Por isso somos bons. Os que vêem a religião como um conjunto de deveres, um código moral ou ritos, costumes, amizades são piores que os ateus honestos. Foi com esses que Ele mais discutiu. Nunca ouviste dizer que antes de tudo deves "amar a Deus sobre todas as coisas"? Amar! Amar mesmo! E sobre todas as coisas. Onde é que leste que bastava "amar o próximo como a si mesmo"? O problema central da vida é a dívida absoluta, esmagadora, totalitária que temos perante o banco divino. Que, felizmente, nos ama mais a nós que nós próprios.


- Não sei se o meu prior gostaria dessa sua comparação de Deus com um banco! - disse Pedro a rir.


- Achas? Nunca ouviste ler: "O reino dos céus é... como um homem que, tendo de viajar para o exterior, chamou os seus escravos e lhes confiou os bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e ao terceiro um, segundo a capacidade de cada um."? (Mt 25, 14-15)


João César das Neves


(Fonte: DN online)

Antífona "O" Sapientia - Gregoriano

Infância Espiritual


A infância espiritual não é idiotice espiritual nem "mimalhice"; é caminho sensato e rijo que, pela sua difícil facilidade, a alma há-de empreender e prosseguir, guiada pela mão de Deus. (Caminho, 856)

Diante de Deus, que é Eterno, tu és uma criança mais pequena do que, diante de ti, um miúdo de dois anos.

E, além de criança, és filho de Deus. - Não o esqueças. (Caminho, 860)

Não esqueças que o Senhor tem predilecção pelas crianças e pelos que se fazem como crianças. (Caminho, 872)

Jesus: nunca Te pagarei, ainda que morra de Amor, a graça que tens prodigalizado para me tornares pequeno. (Caminho, 901)

São Josemaría Escrivá

Papa faz votos de que a celebração do Natal renove, ilumine e transforme as nossas vidas, com a graça da presença de Jesus

Bento XVI lamentou a perda do “valor religioso” da celebração do Natal, convidando a viver esta festa de forma “autenticamente cristã”.


“Na sociedade atual, onde infelizmente as festas que se avizinham estão a perder progressivamente o seu valor religioso, é importante que os sinais exteriores destes dias não nos afastem do significado genuíno do mistério que celebramos”, disse o Papa, na audiência pública desta semana.


Perante milhares de peregrinos reunidos na sala Paulo VI, Bento XVI pediu orações “por aqueles que passam por duras provas”.


“Que nestes dias santos, a caridade cristã se mostre singularmente ativa para com os mais necessitados. Para os pobres não pode haver adiamentos”, assinalou.


O Papa destacou que no Natal não se celebra “o simples aniversário do nascimento de Jesus”, mas “um profundo mistério que continua a marcar a história humana, hoje”.


“A celebração do Natal recorda-nos que, naquele Menino nascido em Belém, Deus se aproximou de todos e cada um dos homens; nós podemos encontrá-lo agora, num ‘hoje’ sem ocaso”, declarou, em português.


“De facto, na liturgia, aquele acontecimento ultrapassa os confins do tempo e do espaço e torna-se presente hoje, o seu efeito perdura no
O Natal, frisou Bento XVI, “celebra a entrada de Deus na história, fazendo-se homem” e aponta “para lá de si mesmo, para a redenção” da humanidade “na cruz e na glória da ressurreição”.


“É verdade que a redenção do homem se deu num período concreto da história, ou seja, na vida de Jesus de Nazaré, mas Jesus é o Filho eterno de Deus; o Eterno entrou no tempo e no espaço, para tornar possível o encontro com Ele ‘hoje’”, observou.


Aludindo à “ternura e amor de Deus” que se celebra nesta quadra, o Papa citou uma expressão da liturgia católica, na qual se afirma ‘hoje nasceu o nosso Salvador’.


“Este termo «hoje» não é uma palavra vazia, mas significa que Deus nos dá a possibilidade de o reconhecer e acolher agora – como fizeram outrora os pastores em Belém –, para que nasça também na nossa vida e a renove, ilumine e transforme com a graça da sua presença”, indicou.


Eis as palavras pronunciadas pelo Papa em língua portuguesa:


"Amados irmãos e irmãs,


A celebração do Natal recorda-nos que, naquele Menino nascido em Belém, Deus Se aproximou de todos e cada um dos homens; e nós podemos encontrá-Lo agora, num «hoje» sem ocaso. É verdade que a redenção do homem se deu num período concreto da história, ou seja, na vida de Jesus de Nazaré. Mas, Jesus é o Filho eterno de Deus; o Eterno entrou no tempo e no espaço, para tornar possível o encontro com Ele «hoje». De facto, na liturgia, aquele acontecimento ultrapassa os confins do tempo e do espaço e torna-se presente hoje; o seu efeito perdura no decorrer dos dias, dos anos, dos séculos. Quando dizemos, na celebração litúrgica, «hoje nasceu o nosso Salvador», este termo «hoje» não é uma palavra vazia, mas significa que Deus nos dá a possibilidade de O reconhecer e acolher agora – como fizeram outrora os pastores em Belém –, para que nasça também na nossa vida e a renove, ilumine e transforme com a graça da sua presença.


Queridos peregrinos de língua portuguesa, desejo a todos vós e às vossas famílias um Natal verdadeiramente cristão, de tal modo que os votos de «Boas Festas», que ides trocar uns com os outros, sejam expressão da alegria que sentis por saber que Deus está no meio de nós e deseja percorrer connosco o caminho da vida. Para todos, um santo Natal e um bom Ano Novo, repleto das bênçãos do Deus Menino!"


Rádio Vaticano

A simplicidade do Natal - Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Nasceu-vos hoje na cidade de David um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 11-12). Com estas singelas palavras, o Anjo comunica aos pastores o sublime acontecimento da Noite de Natal.


Deus acaba de nascer. Vem ao mundo — criado por Ele — e vem para nos salvar. Não vem simplesmente para nos fazer uma visita de cortesia. Isso já seria muito! No entanto, para Deus, isso seria muito pouco. Veio para habitar entre nós. Veio revelar-nos o Seu infinito Amor. Veio para morrer na Cruz e abrir-nos assim as portas do Céu. É que cada um de nós vale muito: sejamos grandes ou pequenos, fortes ou frágeis, nascidos ou ainda por nascer.


E qual foi o sinal escolhido por Deus para nos indicar que já chegou? Um maravilhoso palácio repleto de riquezas e múltiplos confortos? Não, esse não foi o sinal anunciado pelo Anjo aos pastores. O sinal escolhido por Deus, por insólito que pareça, é um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura, porque não havia para ele lugar na pousada.


«O sinal de Deus é a simplicidade» — disse Bento XVI numa Noite de Natal. Sem simplicidade, não conseguimos “sintonizar” com o mistério do Natal. É necessário parar, fomentar o silêncio interior — quanto barulho e ruído à nossa volta! — e contemplar o presépio com simplicidade. Com a simplicidade de uma criança apercebemo-nos de que tudo no Natal é maravilhoso e encantador.


Como Deus é grande! E — ao mesmo tempo e sem nenhuma contradição — como Deus é simples! Porque é que, tantas vezes, complicamos a nossa vida e a dos outros? Porque é que, tantas vezes, procuramos o êxito a todo o custo em assuntos secundários — passageiros e efémeros — e nos esquecemos do principal? Porque é que, tantas vezes, trocamos a luz do Amor que vem do presépio — a luz de que mais necessitamos para viver — pelo brilho fugaz do nosso orgulho e do nosso egoísmo?


Lá está: falta-nos simplicidade! Simplicidade para chamar ‘ao pão, pão e ao queijo, queijo’. Simplicidade para não esquecer que a nossa vida vale muito mais do que o ouro — ela vale uma eternidade! Simplicidade para perguntarmo-nos: se a minha vida não servir para corresponder ao Amor de Deus por mim vai servir para quê? Para ir andando? Andando para onde?


Conta-nos São Lucas que os pastores regressaram para suas casas glorificando e louvando a Deus — cheios de alegria — simplesmente por terem visto o sinal. Mas atenção: eles não viram nenhum milagre! Viram “somente” um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. Mas viram-no — claro está — com simplicidade de coração. Oxalá não nos falte essa simplicidade ao contemplar o presépio na Noite de Natal! Assim, tal como os pastores, receberemos de Deus uma alegria profunda e genuína que tudo o que é passageiro não nos pode dar.


Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Enriquecermo-nos …

«Se não podeis entender que a pobreza enriquece, representai-vos em Jesus Cristo e em seguida dissipar-se-ão as vossas dúvidas. Com efeito se Jesus Cristo não se tivesse feito pobre, os homens não teriam podido enriquecer. Essas riquezas inefáveis, que por um milagre incompreensível para os homens encontrou a sua fonte na pobreza, são: o conhecimento de Deus e da verdadeira virtude, a libertação do pecado, a justiça, a santidade, e outros mil benefícios que Jesus Cristo já nos concedeu e que nos concederá ainda».

(Excerto Homilia sobre 2 Cor, 17 – São João Crisóstomo)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1937

“Humildade, humildade, quanto custa! É falsa humildade a que leva a desistir dos direitos do cargo. Não é soberba, fazer sentir o peso da autoridade agindo, quando assim o exige o cumprimento da santa Vontade de Deus”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O Grande Catequista

Bento XVI a um ritmo, quase que impressionante e quase diário, proporciona-nos permanente matéria de leitura e reflexão, revelando uma extraordinária capacidade de catequese que nos cumpre absorver no limite das nossas capacidades, mas sempre certos que na sua génese está a solidez inexpugnável da doutrina católica, ou seja, Jesus Cristo Nosso Senhor.


Façamos um redobrado esforço por acompanhar Bento XVI, pois o esforço, e ao falar em esforço, refiro-me à disponibilidade intelectual e de tempo para ler e mastigar devidamente os riquíssimos conteúdos que nos são propostos e que são comparáveis ao melhor e mais rico legado que nos foi deixado ao longo dos séculos por Santos e Doutores da Igreja.


É óbvio, que as Sagradas Escrituras são a fonte Divina de toda a nossa Fé, mas o contributo para a sua melhor compreensão e vivência dado por inúmeros Santos e Papas, tem sido ao longo da história de grande relevância. Ora sucede, que quis Deus Nosso Senhor, que o sucessor de Pedro neste início do século XXI fosse um teólogo de excepção, e devemos estar-Lhe gratos por tal e não deixarmos escapar esta extraordinária circunstância.


Para quem julgue que o pensamento de Bento XVI é apenas acessível a uma minoria melhor preparada, não temos vergonha de vos dizer, que o livro “Olhar para Cristo” de Joseph Ratzinger com pouco mais de 100 páginas demorou-nos vários meses a ler para o melhor compreender, e certamente ter-nos-ão escapado muito detalhes. Dir-vos-emos mais ainda, há dias, tivemos a necessidade de pedir a um Sacerdote, que nos explicasse melhor, do Evangelho de S. Lucas, a parábola do administrador desonesto (Lc 16, 1-13); pois é, a palavra de Deus nem sempre é fácil de se entender, salvo se o nosso objectivo for denegri-la, então aí sim é fácil e infelizmente até é bom negócio, mas quando somos movidos pela fé, então constitui alimento para a boca e para melhor podermos compreendê-Lo e servi-Lo temos ser humildes e insistentes.


Gostariamos de terminar, agradecendo ao Senhor o extraordinário Papa que nos ofereceu e pedindo-Lhe que o ilumine e proteja para o bem da Sua e nossa Santa Madre Igreja.


«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho)


JPR

São Pedro Canísio, modelo de pregador e testemunha cristã

O anúncio cristão, e o ministério dos padres e fiéis, “é incisivo e produz nos corações frutos de salvação, só se o pregador for testemunha pessoal de Jesus e souber ser instrumento de vida moral, através da oração incessante e do amor; isto vale para qualquer cristão que queira viver com empenho e fidelidade a sua adesão a Cristo”. Considerações de Bento XVI, na audiência geral desta quarta-feira, dedicada a São Pedro Canísio (1521-1597), “doutor da Igreja”, jesuíta holandês que actuou sobretudo na Alemanha, nos tempos da Reforma protestante. 

“A vida cristã não cresce – sublinhou o Papa – se não for alimentada pela participação na liturgia e pela oração pessoal quotidiana, pelo contacto pessoal com Deus: no meio das mil actividades e dos múltiplos estímulos do dia a dia, é necessário encontrar cada dia momentos de recolhimento perante o Senhor, para O escutar e falar com Ele” – recomendou.

Bento XVI explicou as características de pregador de São Pedro Canísio, cujos catecismos formaram gerações e gerações de católicos, ao longo de séculos. “Em tempos de fortes contrastes confessionais (observou), ele evitava asperezas e a retórica da ira”, expondo a doutrina o mais possível numa linguagem bíblica e sem tons polémicos. Revelando um amplo e penetrante conhecimento da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja, as obras de São Pedro Canísio, de uma austera espiritualidade, visavam propor simplesmente os conteúdos da fé católica, revitalizando a fé da Igreja



(Bento XVI - Audiência geral de 09-II-2011)

S. Pedro Canísio, presbítero, Doutor da Igreja, +1597





Nasceu em 1521, em Nimega (Holanda). Estudou em Colónia e entrou na Companhia de Jesus. Foi ordenado sacerdote em 1546. Destinado à Alemanha,trabalhou denodadamente na defesa da fé católica com seus escritos e pregação. Publicou numerosas obras, entre as quais se destaca o seu Catecismo. Morreu em Friburgo (Suíça), no ano de 1597.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«O senhor fez em mim Maravilhas» (Lc 1, 49)

Como te amo, Maria, quando te dizes serva
do Deus que conquistaste pela tua humildade (Lc 1, 38),
tornou-te omnipotente essa virtude oculta.
Trouxe ao teu coração a Santíssima Trindade 
e quando o Espírito de Amor te cobriu com a Sua sombra (Lc 1, 35),
o Filho, igual ao Pai, em ti encarnou.
Inúmeros serão os Seus irmãos pecadores,
Uma vez que Jesus é o teu primogénito! (Lc 2, 7)

Ó Mãe muito amada, apesar da minha pequenez,
trago em mim, como tu, o Todo-Poderoso,
mas não tremo ao ver em mim tanta fraqueza.
Os tesouros da Mãe pertencem aos filhos
e eu sou tua filha, ó Mãe querida.
As tuas virtudes e o teu amor não me pertencerão também?
E quando ao meu coração chega a Hóstia santa,
Jesus, teu suave Cordeiro, crê repousar em ti!

Fazes-me sentir que não é impossível
seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos,
porque tornaste o trilho do céu visível,
vivendo cada dia as mais humildes virtudes.
A teu lado, Maria, gosto de ser pequena 
para ver como são vãs as grandezas do mundo.
Ao ver-te visitar a casa de Isabel,
aprendo a praticar uma caridade ardente.

Aí escuto arrebatada, doce Rainha dos anjos,
o canto sagrado que jorrou do teu peito (Lc 1, 46 ss.);
ensinas-me a cantar os divinos louvores
e a gloriar-me em Jesus, meu Salvador.
Tuas palavras de amor são rosas místicas
que perfumarão os séculos vindouros.
Em ti, o Todo-Poderoso fez maravilhas,
desejo meditá-las a fim de delas usufruir.



Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, Doutora da Igreja 
Poema «Porque Te amo, ó Maria», estrofes 4-7

Veni Veni Emmanuel

«O menino saltou de alegria no meu seio»

Com o Menino em seu seio, Maria dirigiu-se à pressa para casa de sua prima Isabel. Ao ouvir a saudação de Maria, logo o menino se regozijou, saltando de alegria como que para cantar à Mãe de Deus:
Alegra-te, tu que és botão da flor imortal
Alegra-te, tu que és pomar de onde brota o fruto de vida
Alegra-te, jardim do Senhor, amigo dos homens (Sb 1,6)
Alegra-te, gérmen do crescimento da vida
Alegra-te, tu que és campo onde se produz a abundância da redenção
Alegra-te, mesa santa da reconciliação para o pecado
Alegra-te, tu que nos cultivas um jardim de beleza
Alegra-te, tu que preparas, para a nossa alma, um refúgio de paz
Alegra-te, que és incenso de oferenda agradável a Deus (Gn 8,21)
Alegra-te, pois que em ti o universo inteiro encontra reconciliação
Alegra-te, tu que és graça de Deus para todos os homens
Alegra-te, advogada nossa junto do Senhor
Alegra-te, Esposa não desposada


Ficou o prudente José em extrema perturbação, com a alma sacudida por uma tempestade de pensamentos: ele, que era conhecedor da tua virgindade, agora duvidava de ti, ó mãe imaculada. Mas, quando soube que O que tivera sido gerado em ti provinha do Espírito Santo (Mt 1,20), exclamou: «Aleluia, aleluia, aleluia».


Quando os pastores ouviram os anjos cantar a incarnação de Cristo, correram para junto do seu Bom Pastor, a contemplar o Cordeiro recém-nascido no colo de Maria. Exultaram, cantando:
Alegra-te, mãe do Cordeiro e do Bom Pastor (Jo 1,29; 10,14)
Alegra-te, redil onde as ovelhas se reúnem (Jo 10,16)
Alegra-te, protecção contra os lobos que as arrebatam (v. 12)
Alegra-te, pois tu abres as portas do paraíso
Alegra-te, pois os céus rejubilam com a terra (Lc 2,14)
Alegra-te, pois os homens exultam com os anjos
Alegra.te, pois tu dás segurança à palavra dos apóstolos
Alegra-te, pois tu dás força ao testemunho dos mártires
Alegra-te, coluna firme que nos seguras a fé
Alegra-te, pois tu conheces o esplendor da graça
Alegra-te, pois que por ti os infernos se esvaziaram
Alegra-te, pois, por ti, nos cobrimos de glória
Alegra-te, Esposa não desposada. [...]


Quando contemplamos este singular nascimento, sentimo-nos estranhos no mundo habitual e o espírito volta-se para as realidades do alto, porque foi descendo aqui, humilhando-Se, que o Altíssimo Se revelou aos homens, para elevar todos os que Lhe cantam: «Aleluia, aleluia, aleluia».


Liturgia bizantina
Hino acatista à Mãe de Deus (séc. VII)


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 21 de Dezembro de 2011

Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor».


Lc 1, 39-45