Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)

9. A incompetência: o gestor, o político ou a celebridade que só faz asneiras atrai quase sempre o olhar crítico da imprensa.

(Fonte: ‘Mr. Media Training’ AQUI)

Porque é bom recordar - D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, sobre a convocação por Bento XVI do Ano Sacerdotal (vídeo em espanhol)

Trailer oficial de ‘Lux in Arcana’ sobre os arquivos secretos do Vaticano (vídeo só imagem com som ambiente)

Mais de 500 líderes religiosos e intelectuais nos Estados Unidos assinam declaração contra o mandato abortista de Obama


Mais de 500 líderes religiosos dos Estados Unidos assinaram a declaração com o título: “Inaceitável” (Unacceptable) na qual repudiam  o mandato abortista da administração Obama que obriga os empregadores a pagar planos de saúde que cobrem a anticoncepção, a esterilização e pílulas abortivas.

A declaração que leva a assinatura de líderes de todo o território norte americano, critica também a tentativa de Barack Obama de "remendar" o mandato para fazê-lo mais “adequado” à liberdade religiosa.  

Entre os líderes que assinaram está o, recentemente nomeado Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova Iorque e o Presidente da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), além de diversos líderes protestantes, ortodoxos, judeus, muçulmanos entre outros, incluindo vários liberais e catedráticos.

O texto, divulgado pelo Fundo Becket para a Liberdade Religiosa, aponta, entre outras coisas, que a tentativa de “remendo” de Obama “não muda o conteúdo moral da proposta em nada e fracassa ao tentar revogar o assalto à liberdade religiosa e ao direito à objeção de consciência que originaram essa controvérsia.”

Segundo a norma modificada, "o governo ainda obriga as instituições religiosas e seus indivíduos a comprarem planos de saúde que incluem os mesmos serviços” que promovem a cultura de morte.

Os líderes lembram a necessidade de anular essa norma e reiteram à administração que as instituições religiosas “estão comprometidas na sua missão religiosa e como tais, gozam das proteções da Primeira Emenda” que garante a liberdade de culto.

A declaração foi redigida pela professora Mary Ann Glendon, da Escola de Leis da Universidade de Harvard, o professor Robert P. George da Universidade de Princeton; Yuval Levin e Hertog Fellow do Ethics and Public Policy Center; o professor O. Carter Snead de Notre Dame; e John Garvey, Presidente da Catholic University of America.

Entre os assinantes estão o rabino David Novak da Universidade de Toronto, o catedrático muçulmano Shaykh Hamza Yusuf; o catedrático da Universidade de Chicago, Jean Bethke Elshtain;o famoso catedrático em liberdade Religiosa e conhecido litigante,  Michael McConnell da Stanford Law School; e o Arcebispo Joseph Kurtz, Vice-presidente da USCCB.

Thomas Pangle da Universidade do Texas; o rabino Meir Soloveichik da Yeshiva University; o Arcebispo da Filadelfia, Dom Charles J. Chaput; o líder evangélico Charles Colson; o arcebispo  Peter Akinola, ex-primaz anglicano da Nigéria; Paige Patterson, ex-presidente da Southern Baptist Convention; entre muitos outros também figuram como assinantes no documento.

Para ler a declaração (em inglês), visite AQUI

(Fonte ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)

O futuro do Opus Dei (vídeo com São Josemaría legendado em inglês)

Imitação de Cristo, 1, 11, 5

Custoso é deixar nossos costumes; mais custoso, porém, contrariar a própria vontade. Mas, se não vences obstáculos pequenos e leves, como triunfarás dos maiores? Resiste no princípio à tua inclinação e rompe com o mau costume, para que te não metas pouco a pouco em maiores dificuldades. Oh! Se bem considerasses quanta paz gozarias e quanto prazer darias aos outros, se vivesses bem, de certo cuidarias mais do teu adiantamento espiritual.

Fundação católica apresenta sete projetos de desenvolvimento para a África

Na Pontifícia Universidade da Santa Cruz foram apresentados sete projetos que a Fundação Harambee (Todos juntos) para a África Internacional, nascida dentro do seio da Igreja, impulsionará este ano para promover o desenvolvimento do continente africano.

Harambee tem sua sede em Roma e está espalhada por vários países do mundo como Estados Unidos, Espanha, Itália, Irlanda, Portugal, França, Áustria ou Suíça. Busca exercer um trabalho de sensibilização entre os mais favorecidos mediante iniciativas como fóruns, exposições e conferências.

Em entrevista concedida ao grupo ACI, Rosella Miranda, responsável de comunicação da fundação, explicou que o projeto nasceu "no ano 2002 durante a canonização de São Josemaría Escrivá de Balaguer para ajudar a África sempre com o objetivo de aprofundar no seu desenvolvimento mediante o reforço da educação".

A fundação Harambee está presente em África através de uma campanha de recolhimento de recursos, que posteriormente são investidos em distintos projetos escolhidos em concurso e tendo como base ao seu máximo rendimento e alcance.

Para o ano 2012 foram escolhidos sete projetos que serão destinados ao Benin, Quénia, Nigéria, R.D. do Congo, São Tomé, Camarões e Costa do Marfim, e servirão para reforçar a educação nas escolas, a formação profissional de jovens, a criação de escolas de ensino fundamental, e a formação das mulheres.

Desde sua fundação, até o momento, Harambee financiou 39 projetos desempenhados em 17 países distintos da África: Angola, Benin, Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Guiné Bissau, Quénia, Madagáscar, Moçambique, Nigéria, República Democrática do Congo, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, África do Sul, Sudão e Uganda.

Em declarações ao grupo ACI, o jornalista nigeriano membro da Harambee, Eugene Ohu, explicou a maior contribuição da Harambee para a África é "mostrar a verdadeira realidade do continente. Se eu pedir cinco conceitos que descrevam África apareceriam: corrupção, caos, guerra, fome, ódio entre religiões…mas eu quero dar a conhecer outros cinco: alegria, laços familiares fortes, solidariedade, companheirismo, e irmandade".

Denunciou por fim o grave problema da corrupção que se vive na África, "os políticos não têm interesse em eliminar a pobreza", e por isso "investir em educação é o melhor modo para ajudar a África, e possivelmente o único", concluiu.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)

Durante a Quaresma

Tempo de penitência e de oração mais intensas, a nossa Mãe Igreja prescreve que todos os fiéis devem ser mais sacrificados e mais rezadores. Por exemplo: guardando jejum e abstinência em dias determinados. Assim mortificaremos o nosso corpo que, de duas uma: ou é bem dominado por nós, ou nos domina, reclamando para si compensações e tratos que enfraquecem as nossas capacidades superiores, como a inteligência, a vontade, a afectividade, a memória e a imaginação.

Nesta ordem de ideias, a Quaresma convida-nos a ser mais humildes nos nossos juízos, mais determinados para o bem com a nossa vontade, mais cuidadosos na aplicação dos nossos afectos, que só devem orientar-se para as coisas boas consentâneas com a dignidade de seres humanos, purificar a memória de recordações inúteis ou que destilam fel ou sensualidade perniciosa, e ter a imaginação bem estruturada e apoiada no que é real e devido e não no deletério, no criativo sem fundamento, no que nos é aprazível momentaneamente, etc..

(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Março de 2010, selecção do título da responsabilidade do autor do blogue)

«Assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração»

São Romano, o Melodista (c. 560), compositor de hinos 
Hino «Nínive»; SC 99 


Tu previste o desespero de Nínive, desviaste a ameaça já profetizada, e a Tua misericórdia venceu a Tua cólera, Senhor. Tem piedade, também nos dias de hoje, do Teu povo e da Tua cidade; derruba os nossos adversários com a Tua mão poderosa, por intercessão da Mãe de Deus, acolhendo o nosso arrependimento.

O hospital do arrependimento está aberto a todas as doenças morais: vinde, apressemo-nos a recorrer a ele e a tomar vigor para as nossas almas. Foi pelo arrependimento que a pecadora encontrou a salvação, que Pedro foi libertado das suas negações, que David pôs fim ao sofrimento do seu coração, e foi por ele que os ninivitas foram curados (Lc 7,50; 2S 12,13). Portanto, não hesitemos, levantemo-nos, mostremos a nossa ferida ao Salvador e deixemos que Ele nos cure. Porque Ele ultrapassa todo o nosso desejo, tal é o acolhimento que faz do nosso arrependimento.

Nunca são exigidos honorários aos que O procuram, porque eles nunca poderiam oferecer um presente do mesmo valor da cura. Recuperaram a saúde gratuitamente, mas deram o que podiam dar: em vez de presentes, lágrimas, que são, para este Libertador, objectos preciosos de amor e desejo. Disso são testemunhas a pecadora, Pedro, David e os ninivitas, pois levaram apenas os seus gemidos quando foram ter aos pés do Libertador, e Ele acolheu o seu arrependimento.

As lágrimas são muitas vezes mais fortes que Deus, se assim podemos dizer, e fazem violência sobre Ele; porque o Misericordioso Se deixa alegremente acorrentar pelas lágrimas, pelo menos pelas lágrimas do espírito (cf. 2Cor 7,10). [...] Choremos, portanto, com o coração, à maneira dos ninivitas que, graças à contrição, abriram o céu e chamaram a atenção do Libertador, que recebeu o seu arrependimento.

«Eles converteram-se em resposta à proclamação feita por Jonas»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja 
Homilias sobre a conversão pronunciadas no seu regresso do campo, nº1


Evitemos perder toda a esperança, mas evitemos igualmente ceder facilmente à indolência. [...] O desespero impede quem cai de se voltar a levantar, e a indolência faz cair quem está de pé. [...] Se a presunção nos faz cair do alto dos céus, o desespero lança-nos no abismo infinito do mal, enquanto que basta um pouco de esperança para nos arrancar a ele. [...]

Foi assim que Ninive foi salva. Contudo, a sentença divina pronunciada contra os Ninivitas era de natureza a mergulhá-los no desalento, porque ela não dizia: «Se vos arrependerdes, sereis salvos», mas simplesmente: «Dentro de três dias, Ninive será destruída» (Jon, 3, 4). Mas nem as ameaças do Senhor, nem as imposições do profeta, nem a própria severidade da sentença [...] fizeram dobrar a sua confiança. Deus quer que tiremos uma lição desta sentença imposta sem condições a fim de que, instruídos por este exemplo, resistamos tanto ao desespero como à passividade. [...] Por outro lado, a benevolência divina não Se manifesta apenas pelo perdão concedido aos Ninivitas arrependidos [...]: o prazo concedido atesta igualmente a Sua bondade inexprimível. Parece-vos que três dias seriam suficientes para apagar tanta iniquidade? A benevolência de Deus brilha por trás destas palavras; de resto, não é ela o artífice principal da salvação de toda a cidade?

Que este exemplo nos preserve de todo o desespero. Porque o diabo considera esta fraqueza como a sua arma mais eficaz e, depois de termos pecado, não saberíamos dar-lhe maior prazer do que perdendo a esperança.

"Laudamus te" - Mozart - Kiri te Kanawa

O sinal de Jonas

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 37; PL 52, 304-306


Toda a história de Jonas no-lo revela como uma prefiguração perfeita do Salvador. [...] Jonas desceu a Jafa para apanhar um barco com destino a Tarsis [...]; o Senhor desceu do céu à terra, a divindade à humanidade, a Potestade soberana desceu até à nossa miséria [...], para embarcar no navio da Sua Igreja [...].


É o próprio Jonas que toma a iniciativa de se deitar ao mar: «Pegai em mim e lançai-me ao mar»; anuncia, assim, a paixão voluntária do Senhor. Quando a salvação de uma multidão depende da morte de um só, essa morte está nas mãos do homem que tem o poder de a atrasar, ou, pelo contrário, de a apressar, antecipando-se ao perigo. Todo o mistério do Senhor está aqui prefigurado. Para Ele, a morte não é uma necessidade; releva da Sua livre iniciativa. Escutai-O: «Ninguém Ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar» (Jo 10,18) [...]


Reparai no enorme peixe, imagem horrível e cruel do inferno. Ao devorar o profeta, sente a força do Criador [...] e oferece com medo, a este viajante vindo do alto, a permanência nas suas entranhas. [...] E, três dias depois, [...] dá-o à luz, para o dar aos pagãos. [...] Foi este o sinal, o único sinal, que Cristo consentiu em dar aos escribas e aos fariseus (Mt 12,39), para lhes fazer compreender que a glória que esperavam lhes viesse de Cristo iria também voltar-se para os pagãos: os ninivitas são o símbolo das nações que creram n'Ele. [...] Que felicidade para nós, meus irmãos! Nós veneramos, vemos e possuímos, face a face e em toda a Sua verdade, Aquele que tinha sido anunciado e prometido simbolicamente.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 29 de Fevereiro de 2012

Concorrendo as multidões, começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas. Porque, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem será um sinal para esta geração. A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo contra os homens desta geração, e condená-los-á, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está Quem é mais do que Salomão. Os ninivitas levantar-se-ão no dia do juízo contra esta geração, e condená-la-ão, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas; e aqui está Quem é mais do que Jonas!

Lc 11, 29-32

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)

8. David e Golias: em muitas histórias, há um «grandalhão» e um «pequenino»; dado que muitos meios de comunicação consideram que têm a missão de proteger os explorados, o pequenino é geralmente mais bem tratado que o grandalhão.

(Fonte: ‘Mr. Media Training’ AQUI)

Fidel Castro poderia voltar à Igreja Católica?


A possibilidade de que o líder cubano Fidel Castro deseje retornar ao seio da Igreja Católica durante a próxima visita do Papa Bento XVI à Ilha converteu-se em tema de intensa especulação na imprensa italiana.

Segundo alguns meios de comunicação, como os jornais La Repubblica e La Stampa, Castro estaria preparando-se para ser readmitido na Igreja Católica. Em declarações ao primeiro jornal, Alina Fernández, filha de Fidel, indicou que ultimamente seu pai "aproximou-se da religião e a Deus".

Fernández, assinalam as notícias da imprensa, é uma católica devota e visita Roma com certa frequência.

Outro dos factos que sugeririam a volta de Fidel à Igreja é o possível encontro do líder cubano com o Santo Padre, que o governo de Cuba não descarta "apesar de não estar no programa", conforme disse faz uns dias o embaixador cubano na Itália, Eduardo Delgado.

Delgado disse que o governo de Cuba vê a visita do Papa como uma "oportunidade para aprofundar ainda mais nas relações entre Igreja e Estado no país comunista", que melhoraram "enormemente" desde a histórica visita do João Paulo II em 1998.

Embora a reunião com Fidel Castro não esteja assegurada, o Santo Padre tem previsto reunir-se com o seu irmão, o presidente Raúl Castro, que receberá ao Pontífice na cidade de Santiago de Cuba no dia 26 de março, e depois para conversações privadas na capital Havana no dia 27 e, por último, à despedida no aeroporto a 28 de março.

No dia 3 de janeiro de 1962, há pouco mais de 50 anos, o Papa João XIII aplicou a pena de excomunhão ao Castro após o líder cubano se haver declarado marxista-leninista e anunciar que conduziria Cuba ao comunismo, no seu histórico discurso de 2 de dezembro de 1961, além de mostrar sua hostilidade para com a Igreja expulsando 131 sacerdotes da ilha e fechando escolas religiosas.

João XXIII teve como base para esta medida o decreto do Papa Pio XII, elaborado pela Congregação para a Doutrina da Fé, que estabeleceu a pena de excomunhão para todo aquele que difundisse o comunismo.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
«A novidade do anúncio cristão é a possibilidade de dizer agora a todos os povos: Ele mostrou-se. Ele em pessoa. E agora está aberto o caminho para Ele.»

(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)

O silêncio

«…recomendo-vos que não descureis este aspecto – o silêncio – nas recolecções mensais e nos retiros anuais, com a necessária adaptação às circunstâncias concretas dos que assistem a esses meios de formação. Efectivamente, não é a mesma coisa que estejam pessoas que têm uma certa familiaridade com as coisas do espírito, ou pessoas que estão a dar os primeiros passos na vida cristã. Como o administrador fiel e prudente de que o Evangelho fala, é preciso saber dar, a seu tempo, a ração de trigo» [Lc 12, 42].

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, na carta do mês de Março 2011)

Entrevista ao vigário regional de Portugal do Opus Dei, Monsenhor José Rafael Espírito Santo

Imitação de Cristo, 1, 11, 4

Se cada ano extirpássemos um só vício em breve seríamos perfeitos. Mas agora, pelo contrário, muitas vezes experimentamos que éramos melhores, e nossa vida mais pura, no princípio da nossa conversão que depois de muitos anos de profissão. O nosso fervor e aproveitamento deveriam crescer, cada dia; mas, agora, considera-se grande coisa poder alguém conservar parte do primitivo fervor. Se no princípio fizéramos algum esforço, tudo poderíamos, em seguida, fazer com facilidade e gosto.

Fortes e pacientes: serenos

Se, por teres o olhar fixo em Deus, souberes manter-te sereno no meio das preocupações; se aprenderes a esquecer as ninharias, os rancores e as invejas; pouparás muitas energias, que te fazem falta para trabalhar com eficácia, em serviço dos homens. (Sulco, 856)

Quem sabe ser forte não se deixa invadir pela pressa de conquistar logo o fruto da sua virtude; é paciente. A fortaleza leva-nos realmente a saborear a virtude humana e divina da paciência. Mediante a vossa paciência, possuireis as vossas almas (Lc XXI, 19). A posse da alma exprime-se na paciência, que, na verdade, é raiz e custódia de todas as virtudes. Nós possuímos a alma com a paciência, porque, aprendendo a dominar-nos a nós mesmos, começamos a possuir aquilo que somos . E é esta paciência que nos leva também a ser compreensivos com os outros, persuadidos de que as almas, como o bom vinho, melhoram com o tempo.

Fortes e pacientes: serenos. Mas não com a serenidade daquele que compra a tranquilidade pessoal à custa de se desinteressar dos seus irmãos ou da grande tarefa, que corresponde a todos, de difundir ilimitadamente o bem por todo o mundo. Serenos, porque há sempre perdão, porque tudo tem remédio, menos a morte, e, para os filhos de Deus, a morte é vida. Serenos, ainda que seja só para poder actuar com inteligência: quem conserva a calma está em condições de reflectir, de estudar os prós e os contras de cada problema, de examinar judiciosamente os resultados das acções previstas. E depois, sossegadamente, pode intervir com decisão. (Amigos de Deus, 78–79)

São Josemaría Escrivá

O Pilar da minha vida terrena

Há 42 anos nesta data, o Senhor, pensava eu então do alto da minha soberba que tinha sido eu, perdoa-me Jesus por tamanha arrogância, ofereceu-me quem foi e é o Pilar da minha família e da minha vida terrena, união que concretizámos perante Deus muitos anos mais tarde no dia da Imaculada Conceição.

Com o passar dos anos e perante as dificuldades da vida tem-me aumentado este sentimento de gratidão para conTigo e para com ela, pelo que Te rogo a protejas e faças aproximar-se todavia mais de Ti e da Tua Igreja.

JPR

Maridos...

«Não és seu amo mas seu marido; não te foi dada como escrava, mas como mulher (…). Devolve-lhe as suas atenções para contigo e sê agradecido por ela e pelo seu amor»

(Exameron, V, 7,19 – Santo Ambrósio)

«Maridos, amai as vossas mulheres e não as trateis com aspereza».

(Col 3, 20 – S. Paulo)

Ignorar as Escrituras significa ignorar Cristo

Hoje como ontem, muitos são os que ainda não O encontraram e se encontram à espera do primeiro anúncio do Evangelho. Outros, embora tenham recebido formação cristã, perderam o entusiasmo e mantêm com a Palavra de Deus um contacto superficial. Outros ainda, afastaram-se da prática da fé e têm necessidade de uma nova evangelização. Finalmente, há pessoas de recta consciência que se colocam perguntas essenciais sobre o sentido da vida e da morte. Torna-se, pois, indispensável para os cristãos de todos os continentes estar prontos a responder a quem quer que peça razão da esperança que está neles, anunciando com alegria a Palavra de Deus e vivendo sem compromissos o Evangelho.

(Bento XVI na abertura do Sínodo dos Bispos em Outubro de 2008)

S. Josemaría Escrivá - Aconteceu nesta data em 1919

Nasce Santiago Escrivá. “A meu pedido, e apesar de haver bastantes anos que meus pais não tinham filhos, e de já não serem jovens, a meu pedido – repito – Deus Nosso Senhor (precisamente nove ou dez meses depois de lho pedir) fez com que nascesse o meu irmão (...). Um rapaz, pedi eu”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

A Santa Missa

D. Javier, colocar a Missa no centro da jornada é um formoso desafio. Porque é que vale a pena dar prioridade à Missa e qual é o segredo para a viver bem? 

A Missa é acção de Deus, que nos permite participar na paixão, morte e ressurreição de Cristo, não como espetadores ou observadores, mas como co-protagonistas. Por isso, no título do livro quis usar a expressão “viver” a Santa Missa, que expressa bem o envolvimento total, humano e espiritual, que a Missa exige.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, em entrevista ao semanário ‘Famiglia Cristiana’ no mês de Março 2011)

A nossa participação no sacrifício de Jesus Cristo Nosso Redentor ao celebrarmos a Sagrada Eucaristia

«Toda esta cidade resgatada, ou seja, a assembleia e sociedade dos santos, é oferecida a Deus como um sacrifício universal pelo Sumo-Sacerdote que, sob a forma de servo, foi ao ponto de Se oferecer por nós na sua paixão, para fazer de nós corpo duma tal Cabeça [...] Tal é o sacrifício dos cristãos: "Nós que somos muitos, formamos em Cristo um só corpo" (Rom 12, 5). E este sacrifício, a Igreja não cessa de o renovar no sacramento do altar bem conhecido dos fiéis, em que lhe é mostrado que ela própria é oferecida naquilo que oferece»

(De Civitate Dei 10, 6 - Santo Agostinho)

«(…): o episódio do fariseu e do publicano que rezam no templo de modo muito diferente (Lc 18, 9-14)»

«O fariseu pode gloriar-se de virtudes consideráveis; fala a Deus apenas de si mesmo e, louvando-se, crê que louva a Deus. O publicano está ciente dos seus pecados, dá-se conta de não poder gloriar-se diante de Deus e consciente da sua culpa, pede a graça. (…) No fundo, um não olha para Deus, mas apenas para si mesmo; no fim de contas, ele não precisa de Deus, porque por si mesmo faz tudo justo. (…) O outro, pelo contrário, vê-se a partir de Deus; tem o olhar voltado para Deus e, fazendo-o, abriu-se-lhe o olhar sobre si mesmo. Assim ele sabe que tem necessidade de Deus e de viver da sua bondade que não pode obter pela força, que sozinho não a pode alcançar».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

«Pai Nosso»

Beata Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
Oração: Frescura de uma Fonte, com o Ir. Roger de Taizé 

Só há uma voz que se eleva à face da terra: a voz de Cristo. Esta voz reúne e coordena, em Si mesma, todas as vozes que se elevam em oração. Rezar: muitas pessoas não sabem como fazer. Muitas não ousam fazê-lo e muitas não o querem fazer. Na comunhão dos santos, nós agimos e rezamos por elas.

Rezamos em nome daqueles que não rezam. A oração deveria tornar-se a nossa «profissão». Os Apóstolos compreenderam-no na perfeição: quando se aperceberam de que se arriscavam a perder-se na multiplicidade de actividades, decidiram dedicar-se à oração contínua e ao ministério da Palavra (Act 6, 4). [...]

[Deus] permite que falhemos, mas não quer o desânimo. Quer que sejamos cada vez mais como crianças, mais humildes, mais reconhecidos na oração e que não tentemos rezar sós, pois todos pertencemos ao Corpo místico de Cristo, que está sempre em oração. Não se trata de «eu rezo» mas de, em mim e comigo, Jesus rezar e, assim, é o Corpo de Cristo que reza.

Pater Noster




PATER NOSTER, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum. Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra. Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo.

«Rezai, pois, assim: 'Pai Nosso'»

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja 
Manuscrito autobiográfico C, 25 r°-v°


Fora do serviço divino, que sou muito indigna de recitar, não tenho coragem para me obrigar a procurar nos livros belas orações; isso faz-me doer a cabeça, há tantas..., e todas tão belas, tanto umas como as outras...


Não quereria, contudo, a minha Madre, que pensásseis que recito sem devoção as orações feitas em comum no coro ou nas ermidas. Pelo contrário, gosto muito das orações em comum, pois Jesus prometeu estar no meio daqueles que se reúnem em Seu nome (Mt 18,19-20). Sei que então o fervor das minhas irmãs faz as vezes do meu; mas rezar o terço sozinha (envergonho-me de o confessar) custa-me mais do que pôr um instrumento de penitência... Reconheço que o rezo tão mal! Por mais que me esforce por meditar os mistérios do rosário, não consigo concentrar a atenção... Durante muito tempo desolei-me por essa falta de devoção que me surpreendia, pois amo tanto a Santíssima Virgem que me deveria ser fácil rezar em sua honra orações que lhe são agradáveis. Agora desolo-me menos, pois penso que a Rainha dos Céus, sendo minha Mãe, verá a minha boa vontade e contentar-se com ela.


Algumas vezes, quando o meu espírito está numa secura tão grande que me é impossível arrancar-lhe algum pensamento para me unir a Deus, recito muito devagarinho um Pai Nosso e depois a saudação angélica [«Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Lc 1,28]. Então estas orações encantam-me, alimentam muito mais a minha alma do que se as tivesse recitado precipitadamente uma centena de vezes...


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de Fevereiro de 2012

Nas vossas orações não useis muitas palavras como os gentios, os quais julgam que serão ouvidos à força de palavras. Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós Lho peçais. «Vós, pois, orai assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome. «Venha o Teu reino. Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso supersubstancial nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. «Porque, se vós perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas.

Mt 6, 7-15

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bento XVI iniciou ontem o Retiro Espiritual (vídeo só imagem com som ambiente)

‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)

7. O escândalo: o deputado que guarda o dinheiro no frigorífico, o corretor que engana os clientes, o músico de sucesso que assassina a companheira são quase de certeza notícia.

(Fonte: ‘Mr. Media Training’ AQUI)

3 Março 15h15 - Conferência "Silêncio dos inocentes..." - Clube Darca em Lisboa


Quaresma 2012: Mensagem de Bento XVI

«O mais profundo do pensamento e do sentimento humanos sabe, de algum modo, que Ele deve existir. Que na origem de todas as coisas deve estar não a irracionalidade, mas a Razão criativa; não o ocaso cego, mas a liberdade.»

(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)

Retiros quaresmais

«Retiros já os primeiros cristãos os faziam. Depois da Ascensão de Cristo ao Céu, encontramos os Apóstolos e um numeroso grupo de fiéis reunidos dentro do Cenáculo, na companhia da Santíssima Virgem, esperando a efusão do Paráclito que Jesus lhes tinha prometido.»

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, na carta do mês de Março 2011)

Imitação de Cristo, 1, 11, 3

Se nos esforçássemos por ficar firmes no combate, como soldados valentes, por certo veríamos descer sobre nós o socorro de Deus. Pois ele está sempre pronto a auxiliar os combatentes confiados em sua graça: Aquele que nos proporciona ocasiões de peleja para que logremos a vitória. Se fizermos consistir nosso aproveitamento espiritual tão somente nas observâncias exteriores, nossa devoção será de curta duração. Metamos, pois, o machado à raiz, para que, livre das paixões, goze paz nossa alma.

Todos somos irmãos!

Escreveu também o Apóstolo que "não há distinção de gentio e judeu, de circunciso e incircunciso, de bárbaro e cita, de escravo e livre, mas Cristo que é tudo em todos". Estas palavras valem hoje como ontem: para o Senhor não existem diferenças de nação, de raça, de classe, de estado... Cada um de nós renasceu em Cristo para ser uma nova criatura, um filho de Deus; todos somos irmãos, e temos de conviver fraternalmente! (Sulco, 317)

Perante a fome de paz, teremos de repetir com S. Paulo: Cristo é a nossa paz, pax nostra. Os desejos de verdade hão-de levar-nos a recordar que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Aos que procuram a unidade, temos de colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se filhos do Pai, irmãos.

Paz, verdade, unidade, justiça. Que difícil parece por vezes o trabalho de superar as barreiras, que impedem o convívio entre os homens! E contudo nós, os cristãos somos chamados a realizar esse grande milagre da fraternidade: conseguir, com a graça de Deus, que os homens se tratem cristãmente, levando uns as cargas dos outros,vivendo o mandamento do Amor, que é o vínculo da perfeição e o resumo da lei. (Cristo que passa, 157)

São Josemaría Escrivá

O Angelus do dia 26 de Fevereiro de 2012 (versão integral)

Aristocracia ortográfica

Nesta coluna nunca se comentou o Acordo Ortográfico. Em tema muito específico, com reputados especialistas envolvidos em polémicas violentas, recomenda-se silêncio respeitoso. Mas ultimamente o jornal inclui no fundo do artigo a referência: "Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico", o que merece explicação.

Esta opção não implica tomada de posição na contenda. Sobre o tema, permaneço perplexo e expectante. Tenho por princípio cumprir a lei e fiz esforços sérios para aprender as novas regras. Mas confesso a dificuldade em "escrever com erros" e, existindo ainda escolha, prefiro manter a situação.

No que toca às partes em confronto, vejo erros dos dois lados. Os que tomam o novo Acordo como atentado à cultura nacional esquecem que a nossa escrita não é a de Gil Vicente, nem sequer de Eça. O que hoje usamos vem do Formulário Ortográfico de 1911, resultado da ânsia legalista da Primeira República, cuja arrogância ingénua aspirava a regulamentar tudo. O século XX viu atribulada história de acordos na lusofonia, todos falhados (ver www.portaldalinguaportuguesa.org/acordo.php).

Os que apregoam a nova regulamentação como indispensável exageram o significado de pequenos detalhes. Existem importantes diferenças regionais em todas as línguas dominantes, sem que tal prejudique a sua influência. Basta abrir o Thesaurus do editor Word para ver 21 alternativas de Spanish, 16 de English, seis de French e duas de Portuguese convivendo pacificamente.

Em toda a questão, tenho uma única ideia clara. O projecto de regulamentação legal da ortografia é, em si mesmo, manifestação de um dos traços mais fortes da nossa cultura. Não seríamos portugueses se não gastássemos tempo e recursos numa discussão deste tipo. Apesar de alterarem a escrita, são os defensores das novas regras ortográficas quem realmente manifesta o fundo da nossa tradição. Este aspecto merece atenção, até por se relacionar com a origem da crise económica.

Portugal é um país culturalmente aristocrata. A atitude nacional típica é de confiança em elites, especialistas, leis e políticas. Desconfiamos instintivamente da gente comum, de mercados e forças sociais livres. A nossa direita é naturalmente oligárquica, e a esquerda também, na elite progressista do partido. Ambas consideram o povo incapaz, necessitando de orientação. O próprio povo está de acordo, ansiando por chefes salvadores ou acusando os líderes de todo o mal.

A atitude cultural nem sempre coincide com a estrutura social. A Inglaterra é uma sociedade aristocrata, onde perdura a nobreza e a Câmara dos Lordes, mas com uma cultura de abertura e fair play, apostada na iniciativa, na liberdade e no vigor das dinâmicas populares. A França, pelo contrário, afirmando-se democrática e abominando tirania e desigualdade, prefere planeamento e regras impostas de cima, desconfia visceralmente de liberais e movimentos espontâneos e confia em intelectuais e especialistas.

Portugal, apesar da multissecular aliança britânica, é culturalmente francês. A ideia espantosa de a escrita, manifestação por excelência da vida de um povo, ser negociada por academias e imposta por lei só poderia surgir num país de atitude aristocrata, hoje como na Primeira República. A simples concepção de um Estado intrometido nas nossas cartas e recados nasce de um traço cultural básico. Foi a mesma atitude estatizante que nos trouxe à emergência financeira.

A solução razoável para a questão seria elencar e classificar as diferentes ortografias como variantes vivas e aceitáveis de uma língua dinâmica e florescente. Mas nesse caso o académico seria servidor da língua, não seu juiz. Além disso, evitava-se a oportunidade de criar estruturas burocráticas, com funcionários, comissões e ajudas de custo. As editoras escolares perderiam a pequena fortuna que sai da substituição de toda a bibliografia lectiva e, acima de tudo, desaparecia um belo debate ocioso, abstrato e inútil, excelente para ocultar as verdadeiras dificuldades nacionais.

João César das Neves in DN online

“Relativismo” inibidor da verdadeira liberdade

«Mas a liberdade é um valor delicado. Pode ser mal-entendida ou usada mal, acabando por não conduzir à felicidade que todos dela esperamos, conduzindo pelo contrário a um cenário sombrio de manipulação, em que a nossa compreensão de nós próprios e do mundo se torna confusa ou é até mesmo distorcida por aqueles que têm segundas intenções.

O maior risco é o de separar a liberdade da verdade: hoje em dia há quem, em nome do respeito pela liberdade do indivíduo, considere errado procurar a verdade, mesmo a verdade sobre o que é bem. É o que se chama “relativismo”, que pretende libertar a consciência dando a tudo o mesmo valor. Tal confusão moral leva a perder o respeito por si mesmo, podendo levar ao desespero, e mesmo ao suicídio».

(Encontro com jovens e seminaristas no Seminário de S. José / Nova Iorque em 19/IV/2008 - Bento XVI)

'Podemos ser felizes fora da realidade?' pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Depois de algum tempo de ansiosa espera, a criança nasceu. Foi uma grande alegria. O pai estava radiante. Pegou no telemóvel e comunicou a notícia aos familiares. Deram-lhe os parabéns e perguntaram-lhe se era um rapaz ou uma rapariga. É a pergunta mais natural numa situação destas. O pai da criança, ainda com a voz emocionada, respondeu do corredor do hospital: «Nasceu rapaz. Já temos um nome para ele. Vai-se chamar Fernando. No entanto, tanto eu como a Cristina respeitamos desde já a sua liberdade. Se mais tarde ele decidir mudar de género, passará a ser ela, e chamar-se-á Fernanda».

Se observarmos com calma, veremos que é cada vez mais habitual utilizar a palavra "género" para substituir a palavra "sexo". Fala-se com frequência da igualdade de género, da violência de género, do direito a escolher o próprio género. Pretende-se instaurar uma sociedade na qual todas as pessoas sejam radicalmente iguais e radicalmente livres. Na qual cada um possa escolher a sua identidade de género e a sua orientação sexual com total independência da biologia.

A natureza com a qual nascemos é vista, por alguns, como um limite à nossa liberdade. Porque é que uma pessoa tem de aceitar nascer rapaz ou rapariga? Porque é que não pode livremente escolher? Quem é que escolheu por mim? Tenho ou não o direito de ser aquilo que quero ser? Quem me pode impedir?

Em nome desta "liberdade", promovem-se leis para o "matrimónio" entre pessoas do mesmo sexo ou para a "mudança" de sexo no Registo Civil. Todos aqueles que não concordam com isto são vistos como homófobos e intolerantes. São vistos como pessoas arcaicas que querem impor os seus valores aos outros e não respeitam o valor supremo da liberdade sem limites.

O problema é que quando nos esquecemos da verdade, a liberdade perde o seu norte e o seu sentido. E a verdade é que o sexo com o qual nascemos não depende da nossa liberdade de escolha. Para a grande maioria das pessoas isto é evidente. No entanto, em nome de um falso conceito de tolerância, existe um medo no ambiente de fazer tais afirmações. São consideradas intolerantes, homófobas e politicamente incorrectas.

Mas a realidade continua a ser a mesma. Nós só podemos escolher de verdade, com verdadeira liberdade, a partir daquilo que somos. Nenhum de nós escolheu existir, ser pessoa, ser livre, ser homem ou ser mulher. Nenhum de nós escolheu o dia do seu nascimento nem os seus pais. Estas condições iniciais da nossa biografia não foram escolhidas por nós. São a "natureza" com a qual nascemos. Podemos revoltar-nos contra a realidade das coisas. Podemos procurar viver como se ela não fosse assim. O que não podemos é evitar que essa revolta passe a sua "factura". Uma factura que nos impede de sermos genuinamente felizes. Porque a própria vida nos demonstra que não há verdadeira felicidade fora da realidade.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Harambee (Todos juntos) celebra o 10º aniversário com novos projectos em África (vídeos em espanhol e inglês)

A dignidade da consciência moral

“Na consciência moral Deus fala a cada um e convida a defender a vida humana em cada momento. Nesta ligação pessoal com o Criador está a dignidade profunda da consciência moral e a razão da sua inviolabilidade.

(Bento XVI in discurso à Academia Pontifícia para a Vida em 26.02.2011)