Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Imagem de Nossa Senhora de Fátima recuperada do "Costa Concordia" (Foto retirada do site da RR)

Amar a Cristo...

Saibamos oferecermo-nos com o coração cheio de amor e devoção a Cristo e transformar, mesmo no meio da tormenta e da doença, tudo o que fazemos, do mais simples ao mais complexo ou mesmo quando nos sentíamos incapazes de acção, em actos e meditação de filhos de Deus. Que a ajuda da Nossa Mãe Maria nos leve a atingir este objectivo!


JPR

“Consummati in unum”

Aos que procuram a unidade, temos de colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se filhos do Pai, irmãos. (Cristo que passa, 157)

Pobre ecumenismo o que anda na boca de muitos católicos, que maltratam outros católicos! (Sulco, 643)

Uma vez disse ao Santo Padre João XXIII, movido pelo encanto afável e paterno do seu trato: “Santo Padre, na nossa Obra, todos os homens, católicos ou não, encontraram sempre um ambiente acolhedor: não aprendi o ecumenismo de Vossa Santidade”. Ele riu-se emocionado, porque sabia que, já desde 1950, a Santa Sé tinha autorizado o Opus Dei a receber como associados Cooperadores os não católicos e até os não cristãos.

São muitos, efectivamente – e entre eles contam-se pastores e até bispos das suas respectivas confissões –, os irmãos separados que se sentem atraídos pelo espírito do Opus Dei e colaboram nos nossos apostolados. E são cada vez mais frequentes – à medida que os contactos se intensificam – as manifestações de simpatia e de cordial entendimento, resultantes de os sócios do Opus Dei centrarem a sua espiritualidade no simples propósito de viver com sentido de responsabilidade os compromissos e exigências baptismais do cristão. O desejo de procurar a plenitude da vida cristã e de fazer apostolado, procurando a santificação do trabalho profissional; a vida imersa nas realidades seculares, respeitando a sua própria autonomia, mas tratando-as com espírito e amor de almas contemplativas; a primazia que na organização dos nossos trabalhos concedemos à pessoa, à acção do Espírito nas almas, ao respeito da dignidade e da liberdade que provêm da filiação divina do cristão. (Temas Actuais do Cristianismo, 22)

São Josemaría Escrivá

O Angelus do dia 22 de Janeiro de 2012 (versão integral)

Imagem resgatada do navio Costa Concórdia é de Nossa Senhora de Fátima

À entrada da capela do navio Costa Concórdia

A imagem resgatada intacta este sábado, 21 de janeiro, do navio Costa Concórdia, naufragado junto da ilha de Giglio, Itália, é a de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Em resposta a vários pedidos de informação, confirma-se que efetivamente a imagem recuperada da capela do navio de cruzeiros é a de Nossa Senhora de Fátima, uma réplica da imagem da Capelinha das Aparições do Santuário de Fátima em Portugal.

A imagem resgatada foi entronizada na capela do navio no dia do batismo e inauguração da embarcação, a 7 de julho de 2006, na presença do cardeal D. Stephen Fumio Hamao, então presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

A imagem tinha sido adquirida no Santuário de Fátima pelos empresários proprietários do Costa Concórdia. Em representação do Santuário de Fátima esteve presente na celebração inaugural o Padre Clemente Dotti, sacerdote italiano então ao serviço do Santuário.

O jornal oficial do Santuário de Fátima em português, “Voz da Fátima”, publicou na altura um breve apontamento informativo, na edição 13 de setembro de 2006.

De acordo com a informação transmitida este fim de semana ao Padre Clemente Dotti, a imagem resgatada está agora na igreja paroquial da ilha de Giglio.

Este domingo, em Fátima, durante a recitação do rosário das 10:00, na Capelinha das Aparições, o Padre Luciano Cristino, capelão do Santuário, anunciou com alegria, em português e em italiano, a recuperação da imagem. Antes das três ave-marias finais, o sacerdote saudou os sobreviventes e rezou pelos falecidos. Solidarizou-se sobretudo com todos aqueles que mais sofrem com esta tragédia, em especial os familiares dos passageiros falecidos ou ainda desaparecidos.  

Boletim Informativo do Santuário da Fátima 06/2012, de 22 de Janeiro

O novo mar tenebroso

O passado tem sempre boas lições. Por isso, nestes tempos de crise financeira global há muito a aprender com os erros dos marinheiros da época dos Descobrimentos.

A opinião actual sobre mercados financeiros cai facilmente no mito do "mar tenebroso". Como nos primórdios da aventura marítima, as notícias e comentários económicos estão cheios de monstros míticos, ameaças assombrosas, colossos maléficos. Das bolsas às agências de rating, dos bancos às multinacionais, não faltam candidatos a serpentes marinhas do mundo creditício. Serão essas análises erradas? Como os oceanos, as transacções financeiras incluem muitos dramas e imprevistos. Surgem tormentas e calmarias, ventos e naufrágios, piratas, escorbuto e indígenas hostis. Mas esses graves problemas são sempre acidentes, erros e crimes estritamente humanos, não aberrações acéfalas e perversas, como o Adamastor ou o Mostrengo que a lenda constrói.

Passado o susto, quando chegavam a terras longínquas, um segundo erro dos nossos navegantes era interpretar à portuguesa essa realidade exótica. Muita da incompreensão intercultural vinha de quem queria ver uma aldeia minhota nos aluviões indianos. Também hoje grande parte dos erros crassos nasce da simples confusão entre situações financeiras incomparáveis.

Um exemplo disto está nas conversas sobre o valor das acções na bolsa. Há anos que a minúscula cotação de alguns bancos e grandes empresas de referência é por cá tema de chacota ou preocupação, sem que se coloque a pergunta óbvia: se estão tão baratos, porque não são comprados? De facto, por muitos problemas que tenham, os seus activos devem valer muito mais que o apregoado. Mas quem comprasse todo o capital acessível nunca mandaria na empresa, que tem os estatutos blindados. Isto mostra como na Europa continental as bolsas são muito diferentes das anglo-saxónicas.

Grande parte do desenvolvimento mundial das últimas décadas advém das extraordinárias inovações financeiras, que se espalharam pelo mundo na globalização dos últimos 25 anos. O acesso ao capital é sempre decisivo para as empresas e a tradição bolsista americana não só o facilita muito, mas permite uma afectação eficiente dos activos, punindo quem os desperdiça e desviando o dinheiro para actividades produtivas. As finanças são um instrumento excelente mas, sempre baseadas na confiança, são também muito frágeis. Os ganhos conseguidos foram espantosos, sobretudo nos mais pobres, China, Índia e microcrédito. Mas a crise mostra que o crédito é como os automóveis: grandes vantagens com muitos acidentes.

A Europa acordou tarde para as novidades. Só com o projecto do euro a União veio aproveitar progressos que já eram antigos noutros lados. Mas fê-lo à europeia, sem deixar que os mercados ameaçassem a influência das élites económicas. O resultado é evidente: o euro nunca atingiu o dinamismo da zona dólar e ainda suporta uma instabilidade maior.

Um terceiro erro dos antigos exploradores era o oposto do anterior, pois a estranheza das diferenças culturais ocultava muitas semelhanças de comportamento. Um paralelo actual pode ver-se no drama do endividamento das famílias.

As dificuldades financeiras de bancos, empresas e governos têm sido tratadas através de fundos e outros apoios que aliviam a urgência e permitem um ajustamento razoável. Mas no que toca aos créditos pessoais ninguém apresenta respostas. Nesta questão, que gera enormes dramas familiares e afecta crescentemente o nosso panorama bancário, as coisas são resolvidas a quente e à bruta.

Soluções adequadas, paralelas às usadas nos outros sectores, estão bem analisadas tecnicamente por especialistas (ver, por exemplo, www.bridges-advisors.com/ pt-pt/blogs.asp). Falta apenas vontade dos bancos e autoridades para encontrar mecanismos que permitam gerir e aliviar, de forma equilibrada, a carga de dívidas que afoga tantas famílias.
No meio da confusão da crise mundial renascem velhos erros. Os tempos mudam, mas a natureza humana permanece. Por isso, o passado tem sempre boas lições.

João César das Neves in DN online

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1929

Junto ao leito de uma moribunda com santidade de vida, Mercedes Reyna, Josemaria dá-lhe este encargo: “Peça ao Senhor, lá do céu, que, se não for um sacerdote, não bom, mas santo!, me leve jovem, quanto antes!”


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Onde está Deus?

Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando vêem a terra tremer,
As águas a chover,
E os ventos a rugirem,
Contra as casas,
Contra as árvores.
Onde está Deus?
Perguntam tantos
Quando desperta a dor,
Acontece a adversidade,
Os olhos se enchem de água,
E a morte traz a saudade.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando nos batem e ofendem,
Nos pisam e humilham,
Mesmo que façamos o bem,
Mesmo sem olhar a quem.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando predomina a guerra,
Os homens se dão à morte
E parece que sobre a terra,
Já não há sul, já não há norte.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando a criança tem fome,
E aos olhos suplicantes,
Parece que nada responde,
Nem mesmo por um instante.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Porque têm os olhos fechados,
O coração encarcerado,
Num peito que o aperta,
Os braços sempre cruzados,
Num pensamento encerrado.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Temendo que Ele os ouvisse!
E Ele sempre presente,
Em todo e cada momento,
Em cada um,
Em toda a gente.
Vai-se dando e entregando,
Assim todo e só amor,
Na tempestade
E na bonança,
No vento forte
E na brisa,
Em cada momento de dor,
Em cada morte,
Dando vida.
Sendo batido e ofendido,
Espezinhado e humilhado,
Mas dando sempre a mão
Fazendo-se sempre alcançado.
Está na guerra,
Pela paz,
E ilumina e conduz,
Cada homem sobre a terra.
Está no coração das crianças,
Em cada olhar suplicante,
A todos abraça e conforta,
Sobretudo ao homem errante.
E para O ver e sentir,
É preciso pouca coisa:
Descruzar os braços e sorrir,
Libertar o pensamento,
Deixar o seu coração voar,
Nas asas do eterno amor,
Acolher cada irmã
Abraçar cada irmão,
E amar, amar, amar….

Monte Real, 21 de Janeiro de 2010

Joaquim Mexia Alves

www.queeaverdade.blogspot.com

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1929

Junto ao leito de uma moribunda com santidade de vida, Mercedes Reyna, Josemaria dá-lhe este encargo: “Peça ao Senhor, lá do céu, que, se não for um sacerdote, não bom, mas santo!, me leve jovem, quanto antes!”


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Ofensa a Cristo

“... toda e qualquer divisão na Igreja é uma ofensa a Cristo. É em Cristo, único Chefe e Senhor, que nos podemos reencontrar unidos, pela força da sua graça."


(Bento XVI - Angelus do dia 23.01.2011) 

Vida espiritual

«Todos os dias da vossa vida tende Deus diante dos olhos; ouvi sempre Missa inteira; confessai-vos com frequência, se for possível; não durmais nenhuma em pecado mortal».

(Da carta de S. João de Deus a Luis Baptista)

«Ele expulsa os demónios»

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo 
Homilias sobre o Êxodo, n.º 1, 5

Reconhecei-o: «em ti se levantou um novo rei, um rei do Egipto» (Ex 1, 8). É ele quem te requisita para o trabalho, quem te obriga a fazer para ele os tijolos e a argamassa. É ele quem te impõe capatazes e encarregados, quem te força com a vergasta e o chicote ao trabalho da terra e te obriga a construir cidades. É ele quem te incita a percorrer o mundo e a mover montanhas para satisfazeres os teus apetites. [...]

Este rei do Egipto sabia que uma guerra assim era inevitável, pois pressentiu a vinda d' «Aquele que pode despojar Poderes e Autoridades e triunfar deles com audácia, cravando-os na cruz» (Cl 2, 14-15). [...] Sente próxima a hora da destruição do seu povo e por isso declara: «O povo de Israel é mais poderoso do que nós!» (Ex 1, 9). Pudesse ele dizer o mesmo de nós e achar-nos mais fortes do que ele! Como? Se não acolhermos maus pensamentos e apetites perversos, que ele nos inspira, se repelirmos «as suas setas incendiadas com o escudo da fé» (Ef 6, 16), se, de cada vez que ele fizer qualquer insinuação à nossa alma, lhe dissermos, lembrando-nos de Cristo, Nosso Senhor: «Fora, Satanás! Está escrito: é ao Senhor, teu Deus, que adorarás e só a Ele servirás» (Dt 6, 13/Mt 4, 10).

Com efeito, o Senhor Jesus veio para submeter a Si a «Poderes, Autoridades e Dominações» (Cl 1, 16), para poupar os filhos de Israel à violência dos seus inimigos [...], para nos ensinar de novo a ver o Espírito do Senhor [Is 61, 1-2/Lc 4, 18-22], a abandonar o trabalho do faraó, a sair da terra do Egipto e renunciar aos seus bárbaros costumes, a «despojar-nos completamente do homem velho e das suas obras e a revestir-nos do homem novo criado em conformidade com Deus» (Ef 4, 22-24/Cl 3, 9-10), a «renovar-nos sem cessar, dia após dia» (2Cor 4, 16) à imagem d' Aquele que nos criou, Cristo Jesus, Nosso Senhor, a quem seja dada a glória e o poder pelos séculos dos séculos, Ámen.

MISSA DE ANGELIS, Schola Gregoriana Mediolanensis

A inveja: uma blasfémia contra o Espírito Santo

Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 39, 2-6


«É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios» [...]. O que é próprio das pessoas maldizentes e animadas pela inveja é fechar, tanto quanto possível, os olhos aos méritos de outrem; e quando, vencidos pelas evidências, já não o conseguem fazer, depreciá-los e desvirtuá-los. Assim, quando a multidão exulta de devoção e se maravilha com as obras de Cristo, os escribas e os fariseus, ou fecham os olhos ao que sabem ser verdade, ou rebaixam o que é grande, ou desvirtuam o que é bom. Uma vez, por exemplo, fingindo-se ignorantes, disseram Àquele que tinha feito tantos sinais maravilhosos: «Que sinal realizas Tu, pois, para nós vermos e crermos em ti?» (Jo 6,30). Aqui, não podendo negar os factos com cinismo, depreciam-nos maldosamente [...] e desvalorizam-nos dizendo: «Ele tem Belzebu! [...] É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios».


Eis, queridos irmãos, a blasfémia contra o Espírito, que prende aqueles que envolveu nas cadeias dum pecado eterno. Não é que seja de todo impossível ao penitente receber o perdão de tudo, se produzir «frutos de sincero arrependimento» (Lc 3,8). Só que, esmagado por um tal peso de malícia, ele não tem força para aspirar a essa honrosa penitência merecedora de perdão. [...] Aquele que, vendo à evidência no seu irmão a graça e a obra do Espírito Santo [...], não teme desvirtuar e caluniar, e atribuir insolentemente aos maus espíritos o que sabe pertinentemente ser do Espírito Santo, esse está de tal modo abandonado por esse Espírito de graça, que já não quer a penitência que lhe traria o perdão. Está completamente obscurecido, cego pela sua própria malícia. Com efeito, que poderá haver de mais grave do que ousar, por inveja para com um irmão a quem tínhamos recebido ordem de amar como a nós próprios (cf. Mt 19,19), blasfemar contra a bondade de Deus [...] e insultar a Sua majestade, querendo desacreditar um homem?


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 23 de Janeiro de 2012

Os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam: «Está possesso de Belzebu, e é pelo poder do príncipe dos demónios que expulsa os demónios». Jesus, tendo-os chamado, dizia-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino está dividido contra si mesmo, tal reino não pode subsistir. E se uma casa está dividida contra si mesma, tal casa não pode subsistir. Se, pois, Satanás se levanta contra si mesmo, o seu reino está dividido e não poderá subsistir, antes está para acabar. Ninguém pode entrar na casa dum homem forte, para roubar os seus bens, se primeiro não o amarrar. Então saqueará a sua casa. Na verdade vos digo que serão perdoados aos filhos dos homens todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem; porém, o que blasfemar contra o Espírito Santo, jamais terá perdão; mas será réu de pecado eterno». Jesus falou assim por terem dito: «Está possesso dum espírito imundo».


Mc 3, 22-30