Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 1 de março de 2012

‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)

10. A surpresa: as histórias inesperadas são um isco irresistível para os jornalistas. Se o leitor fizer um estudo e descobrir que os fritos têm afinal enormes benefícios para a saúde, pode ter a certeza de que os meios de comunicação lhe darão imenso espaço.
Além disso, fará de mim um homem feliz.

(Fonte: ‘Mr. Media Training’ AQUI)

Visita de João Paulo II ao velório de D. Álvaro del Portillo (vídeo com a voz de D. Javier Echevarría comentando a emoção da ocasião)

Última Missa de D. Álvaro del Portillo (Cenáculo, 22 de março de 1994)

2, 7, 14, 21 e 28 Mar 21h - [Sintra] Filme e Palestras na Quaresma - Salão Paroquial de S.Miguel


Porquê jejuar? - Uma das três “práticas penitenciais” (reflexão de Bento XVI)

No início da Quaresma, que constitui um caminho de treino espiritual mais intenso, a Liturgia propõe-nos três práticas penitenciais muito queridas à tradição bíblica e cristã – a oração, a esmola, o jejum – a fim de nos predispormos para celebrar melhor a Páscoa e deste modo fazer experiência do poder de Deus que, como ouviremos na Vigília pascal, «derrota o mal, lava as culpas, restitui a inocência aos pecadores, a alegria aos aflitos. Dissipa o ódio, domina a insensibilidade dos poderosos, promove a concórdia e a paz» (Precónio pascal). Na habitual Mensagem quaresmal, gostaria de refletir este ano em particular sobre o valor e o sentido do jejum. De facto a Quaresma traz à mente os quarenta dias de jejum vividos pelo Senhor no deserto antes de empreender a sua missão pública. Lemos no Evangelho: «O Espírito conduziu Jesus ao deserto a fim de ser tentado pelo demónio. Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome» (Mt 4, 1-2). Como Moisés antes de receber as Tábuas da Lei (cf. Êx 34, 28), como Elias antes de encontrar o Senhor no monte Oreb (cf. 1 Rs 19, 8), assim Jesus rezando e jejuando se preparou para a sua missão, cujo início foi um duro confronto com o tentador. 

(Fonte: "Bento XVI, 11 de Dezembro de 2008", publicado em www.vatican.va através do site de São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/porquea-jejuar3f)

Ministro da Economia destaca papel do Turismo Religioso para a economia do país

Montagem de logos da responsabilidade do blogue
O ministro português da Economia e do Emprego acredita que o Turismo Religioso pode desempenhar um papel “importantíssimo” na recuperação económica do país  nos “próximos anos”.

Álvaro Santos Pereira falava à Agência ECCLESIA durante a inauguração da 24ª Bolsa de Turismo de Lisboa, que teve lugar esta quarta-feira na FIL.

No certame internacional, que se prolonga até domingo, o representante do Governo teve oportunidade de ficar a par de alguns dos projetos que estão a ser desenvolvidos pelas diversas entidades regionais de turismo, relacionados com o aproveitamento do património religioso e cultural existente.

Uma dessas iniciativas está relacionada com a criação de ‘Caminhos de Espiritualidade’ e foi apresentada pela entidade de Turismo do Centro, em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro.

O principal objetivo é revitalizar, conservar e dinamizar duas das rotas de peregrinação mais emblemáticas que passam por aquele território.

A ‘rota das Carmelitas’, que liga o Carmelo de Coimbra ao Santuário de Fátima, através de um troço de 111 quilómetros que poderá ser feito a pé ou de bicicleta, e o ‘Caminho de Santiago’ que passa por 9 concelhos da região centro, numa extensão de 144 quilómetros.

No caso concreto da rota que segue até Santiago de Compostela, no nordeste de Espanha, está prevista também uma aposta na recuperação ou construção de raiz de vários albergues que possam acolher os milhares de turistas que, todos os anos, percorrem aquele caminho.

Durante a sessão de apresentação dos ‘Caminhos de Espiritualidade’, que vão representar um investimento na ordem dos 500 mil euros, o presidente da entidade de Turismo do Centro, Pedro Machado, destacou a importância do projeto para a “criação de condições de segurança” para os peregrinos.

Por se tratar de um trabalho em rede que envolve diversos municípios, irá contribuir também para “a coesão do território” e “o combate às assimetrias regionais”, sustentou.

Para o ministro da Economia, Portugal “só tem vantagem em criar não só rotas e destinos turísticos mas também estruturas complementares para que os turistas venham e possam ficar o maior tempo possível”.

Aquele responsável aproveitou a sua presença na BTL para anunciar a criação de duas linhas de crédito, no valor de 200 milhões de euros, que se destinam a apoiar todo o setor do Turismo nacional.

JCP

Agência Ecclesia



Nota de JPR: Esta posição do Ministro é uma lufada de ar fresco para um sector que se viu preterido e excluído de qualquer investimento promocional nos últimos anos, tendo havido anos com verba ZERO para promoção específica nesta área.
O sucesso dos Caminhos de Santiago, desde sempre, poderão ser um incentivo a projectos que atraiam novos peregrinos, mas cuidado, não nos fechemos nas nossa capelinhas e alarguemos a concepção a itinerários entre Fátima, Bom Jesus e Santiago desenvolvendo a exegese do conceito de Maria, Mãe de Jesus e Rainha dos Apóstolos, ou seja, Fátima poderá servir de âncora a estes dois destinos e estes a Fátima como corolário de uma peregrinação.

Imitação de Cristo, 1, 12, 1

Bom é passarmos algumas vezes por aflições e contrariedades, porque frequentemente fazem o homem refletir, lembrando-lhe que vive no desterro e, portanto, não deve pôr sua esperança em coisas alguma do mundo. Bom é encontrarmos às vezes contradições, e que de nós façam conceito mau ou pouco favorável, ainda quando nossas obras e intenções sejam boas. Isto ordinariamente nos conduz à humildade e nos preserva da vanglória. Porque, então, mais depressa recorremos ao testemunho interior de Deus, quando de fora somos vilipendiados e desacreditados pelos homens.

Chama cada um à santidade

A oração não é prerrogativa de frades; é incumbência de cristãos, de homens e mulheres do mundo, que se sabem filhos de Deus.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 451)
 

Sentimo-nos tocados, com o coração a bater com mais força, quando ouvimos com toda a atenção este brado de S. Paulo: esta é a vontade de Deus: a vossa santificação. Hoje, mais uma vez o repito a mim mesmo e também o recordo a cada um e à Humanidade inteira: esta é a vontade de Deus, que sejamos santos.

Para pacificar as almas com uma paz autêntica, para transformar a Terra, para procurar Deus Nosso Senhor no mundo e através das coisas do mundo, é indispensável a santidade pessoal. Nas minhas conversas com gente de tantos países e dos ambientes sociais mais diversos, perguntam-me com frequência: – Que diz aos casados? E aos que trabalhamos no campo? E às viúvas? E aos jovens?

Respondo sistematicamente que tenho uma só panela. E costumo fazer notar que Jesus Cristo Nosso Senhor pregou a Boa Nova para todos, sem qualquer distinção. Uma só panela e um único alimento: o meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que me enviou e dar cumprimento à sua obra. Chama cada um à santidade, pede amor a cada um: jovens e velhos, solteiros e casados, sãos e doentes, cultos e ignorantes, trabalhem onde quer que trabalhem, estejam onde quer que estejam. Há um único modo de crescer na familiaridade e na confiança com Deus: a intimidade da oração, falar com Ele, manifestar-Lhe – de coração a coração – o nosso afecto.

Invocar-me-eis e Eu vos ouvirei. Invocamo-lo conversando, dirigindo-nos a Ele. Por isso temos de pôr em prática a exortação do Apóstolo: sine intermissione orate; rezai sempre, aconteça o que acontecer. Não apenas de coração, mas com todo o coração.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 294–295)

Bento XVI nomeia novo Bispo Auxiliar para o Rio de Janeiro

O Papa, cuja habitual audiência geral das quartas-feiras não se realizou ontem por estar em exercícios espirituais com a Cúria do Vaticano, nomeou hoje o sacerdote Luiz Henrique Da Silva Brito como novo Bispo Auxiliar do Rio do Janeiro no Brasil.

O Bispo eleito nasceu em 19 de maio de 1967 no São Gonçalo e foi ordenado sacerdote em 14 de dezembro de 1991. Licenciou-se em Direito Canónico pelo Instituto Superior de Direito Canónico de Rio de Janeiro (1992) e em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz em Roma (2005).

A sua ordenação episcopal será no dia 12 de maio de 2012, sábado, às 8h30, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro.

Segundo informa a página web da arquidiocese do Rio, até a nomeação, monsenhor Luiz Henrique exercia várias funções na Diocese de Campos (RJ), onde era incardinado e, desde 30 de junho de 2010 era pároco da Paróquia São Benedito, em Campos.

Fluminense de São Gonçalo, nasceu no dia 19 de maio de 1967. Depois da formação no Rio de Janeiro, em Teologia, pelo Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese, e em Direito Canónico, pelo Instituto Superior de Direito Canónico, concluiu em 2005 o mestrado em Teologia Moral, pela Pontifícia Università della Santa Croce, em Roma. Foi ordenado presbítero em 14 de dezembro de 1991.

Em nota, Monsenhor Luiz Henrique manifestou a alegria de integrar a Arquidiocese do Rio de Janeiro, unindo-se ao Arcebispo Metropolitano e aos Bispos Auxiliares.

“Existem grandes desafios evangelizadores em uma metrópole tão grande quanto o Rio de Janeiro, contudo, aqui quero doar-me totalmente em estreita comunhão com o caríssimo D. Orani, Bispos Auxiliares e Presbíteros, para que o amor de Deus seja conhecido por todos”, afirmou o bispo eleito.

Por ocasião da publicação da nomeação, D. Orani acolheu o novo Bispo Auxiliar, anunciando aos diocesanos o belo e importante presente recebido do Santo Padre.

D. Da Silva chega a uma arquidiocese que conta com 602 sacerdotes, 1.044 religiosos e 124 diáconos permanentes para o governo pastoral de mais de 3.7 milhões de católicos numa população total de 6.1 milhões de pessoas.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Famoso ateu Richard Dawkins admite que não está seguro da inexistência de Deus

Um dos mais famosos ateus do mundo, o britânico Richard Dawkins, admitiu durante um debate na Universidade de Oxford, que não pode ter certeza de que Deus não existe.

No debate sobre a natureza e a origem do homem, Dawkins disse ao líder anglicano, o arcebispo Rowan Williams, que prefere declarar-se agnóstico em vez de ateu.

O debate, que encerrou uma semana na qual se falou muito sobre a liberdade religiosa e a 
vida pública na Grã-Bretanha, realizou-se no Sir Christopher Wren’s Sheldonian Theatre e foi transmitido em direto através da Internet.

Num momento do diálogo, o arcebispo disse ao catedrático que se sentia "inspirado pela elegância" de sua explicação sobre a origem da vida com a qual concordava em vários aspectos.

Conforme assinala o Daily Telegraph, o professor Dawkins disse ao arcebispo que "o que não posso entender é por que não é capaz de ver a extraordinária beleza da ideia da vida começando de um nada. Isso é algo elegante, formoso. Por que quer poluí-lo com uma ideia confusa como Deus?"

Williams respondeu que estava "de acordo completamente com o elemento da beleza" no argumento de Dawkins mas precisou: "não estou falando de Deus como um extra mas como o centro disso".

Dawkins surpreendeu logo a todos afirmando que não estava 100% seguro de que não existisse um criador. Então o filósofo Sir Anthony Kenny, que mediou o debate perguntou: "por que não diz então que é um agnóstico?", e Dawkins respondeu que assim o era.

Incrédulo Anthony Kenny replicou: "Mas diz-se que você é o ateu mais famoso do mundo...", ao qual Dawkins respondeu que está "6,9 de sete" seguro daquilo em que acreditava.

"Acredito que a possibilidade de que exista um criador sobrenatural é muito, mas muito baixa", acrescentou Dawkins.

De seguida o debate deu-se em torno da possibilidade de que o homem tivesse evoluído de ancestrais não humanos, mas que chegaram à realidade atual de seres "à imagem e semelhança de Deus", conforme afirmou o arcebispo.

(Fonte:’ACI Digital’ com adaptação de JPR)

'A LUZ E AS TREVAS' de Joaquim Mexia Alves

Este tempo da Quaresma, é um tempo particularmente indicado para meditarmos na nossa caminhada com Deus e para Deus.

Assim e mais uma vez me coloquei perante esta incrível constatação, que consiste em que quanto mais caminho, mais me falta caminhar, quanto mais tento resistir ao pecado, mais me parece que o pecado me tenta e ainda, que ao vencer, pela graça de Deus, algumas fraquezas do meu dia-a-dia, logo surgem outras que anteriormente não me parecia importante combater.

E, claro, lembro-me de algumas pessoas que me questionavam por isso mesmo, ou seja, que na caminhada que vão fazendo com Deus e para Deus, aquilo que dantes não lhes aparecia como fraqueza, se torna agora pecado a vencer.

Veio então ao meu pensamento esta imagem de me saber num quarto escuro, sem luz, escolhendo uma peça de roupa para vestir, mas que pretendo “perfeita”, não só na conjugação da cor, mas também numa perfeita qualidade de confecção.

A verdade é que, no meio das trevas, nada consigo distinguir e, portanto, ao toque, a minha sensação é de que aquela peça de roupa será a mais indicada pois parece-me não ter defeitos, e até posso acreditar que a cor é a mais perfeita para o que desejo.

Trago então a peça de roupa para um local com um pouco mais de luz, uma penumbra, e se ainda não consigo distinguir bem a cor, nem qualquer imperfeição, percebo sem dúvida uma mancha, que me parece uma nódoa, pois destoa na uniformidade do tom da peça que consigo ver. Mas não tem problema, julgo eu, pois com uma simples lavagem a nódoa sairá.

Passo então para um lusco-fusco e já me é dado perceber que a nódoa é efectivamente grande, mas mais do que isso detecto um pequeno buraco na peça de roupa que me parece um buraco feito por uma traça.
Ainda não me preocupo em demasia, porque um pequeno ponto de costura dado no sítio certo, fará com que tal buraco desapareça.

Aproximo-a então da luz de um candeeiro, o que já me permite perceber que a cor é de um tom indeterminado, e que talvez existam algumas imperfeições de confecção da peça de roupa.
Ainda não desanimo, porque provavelmente são coisas que não se notarão muito.

Saio então para a luz do dia e aí consigo já ver que o tom da cor não tem grande definição, ou seja, não é uma cor definida que eu possa conjugar com facilidade com o resto da minha roupa.
Confirmo também que se a nódoa é grande, sairá no entanto com facilidade numa lavagem simples e que o buraco da traça não se notará, depois de cosido.
Mas, àquela luz natural, a peça de roupa não me agrada muito, pois parece-me carregada de pequenas imperfeições que eu ainda não tinha conseguido identificar.
Se fosse para usar em ambientes fechados, com luz artificial, até poderia passar, mas para usar assim, à luz do dia, julgo que não me agrada, nem agradará a outros.

Sou então levado pela curiosidade de perceber até que ponto aquela peça de roupa tem defeitos e aproximo-a da luz do sol, para que incida totalmente sobre ela e eu possa descortinar os mais ligeiros defeitos.

Então, sob essa luz, já não ligo sequer à nódoa e ao buraco da traça, que facilmente serão eliminados, mas percebo perfeitamente pequenos defeitos na confecção da peça de roupa, que assim vistos e percebidos, retiram toda a graça, toda a beleza daquela peça de roupa que eu tinha escolhido para vestir.
Aquela peça de roupa que me parecia perfeita nas trevas, foi ganhando defeitos à medida que a luz incidia nela, de tal modo, que agora percebo que a não posso usar todos os dias, porque não só não me agrada, mas também porque com certeza não agradará àqueles que comigo se cruzam.

Connosco, na nossa caminhada com Deus e para Deus, sucede o “mesmo”.

À medida que nos afastamos das trevas para a Luz de Deus, vamos percebendo primeiro os grandes defeitos, os grandes pecados, que por Sua graça, combatemos com êxito.

Mas depois, à medida que nos vamos “examinando” à Luz de Deus, vamos descobrindo os nossos “defeitos”, as nossas fraquezas, que dantes não nos incomodavam, mas que agora, numa caminhada de verdade, percebemos que é necessário combater, para nos “fazermos” mais conformes à imitação de Cristo.

Por isso na nossa caminhada com Deus e para Deus, iremos sempre descobrindo na nossa vida terrena, “montes” para aplanar, “curvas” para endireitar, “espinhos” para aceitar, mas vivendo ao mesmo tempo a certeza inabalável que Ele está sempre connosco, e nos dá forças e “ferramentas” para a caminhada.

Por isso mesmo, ao contrário da peça de roupa que já não quero vestir, porque não a posso emendar de todos os defeitos, nós podemos sempre, pela graça de Deus, ir nascendo de novo pelo seu perdão, e purificando-nos do mal pelo seu amor.

E este é o caminho de conversão que nunca está acabado, enquanto não formos por Ele chamados, e pela sua graça, vivermos no seu gozo, eternamente.

Monte Real, 29 de Fevereiro de 2012

Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2012/02/luz-e-as-trevas.html

“terra-mãe”

«O grão da semente não permanece só, ao grão da semente pertence o mistério maternal da terra – a Cristo pertence Maria, a terra sagrada da Igreja como os Padres da Igreja lhe chamavam de forma tão bela. O mistério de Maria significa precisamente isto: que a palavra de Deus não permaneceu sozinha mas, pelo contrário, assumiu o outro – a terra -, que se tornou ser humano na “terra-mãe” e então, novamente, intimamente ligada à terra de toda a humanidade, pôde voltar a Deus»

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

O homem não é Deus

«Os homens procuram incessantemente, com o seu poder técnico, construir uma ponte para o céu, ou seja, tornar-se Deus pelas suas próprias forças. (…) Mas estas tentativas, que guiam o agir histórico do homem em todos os períodos, baseiam-se na não-verdade, na “repressão de verdade”. O homem não é Deus, é um ser finito e limitado e não pode, de modo nenhum nem por nenhum poder, fazer de si o que não é. Por isso todas estas tentativas, por muito gigantescas que sejam no início, têm de terminar com a queda na destruição. O seu terreno não se sustenta».

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934

Tem uma entrevista com o Bispo de Cuenca, Mons. Cruz Laplana. Daí surge-lhe a ideia de publicar nessa cidade “Consideraciones espirituales”, que, depois, se converterá em Caminho. A Imprenta Moderna, de Cuenca, edita 500 exemplares. “São notas que utilizo para me ajudarem na direcção e formação dos jovens”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

S. José

«Ele entre todos, impõe-se pela sua sublime dignidade, dado que, por disposição divina, foi guardião e, na opinião dos homens, pai do Filho de Deus. Daí se seguia, portanto, que o Verbo de Deus fosse submisso a José, lhe obedecesse e lhe prestasse aquela honra e aquela reverência, que os filhos devem aos próprios pais».

(Papa Leão XIII)

«Pedi, procurai, batei»

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, mais tarde cisterciense 
A Contemplação de Deus, 5

Apressa-Te, Senhor, não Te demores mais; com efeito, a graça da Tua sabedoria tem os seus atalhos: aonde nenhum edifício de argumentação ou de discussão racional pode dar acesso (e refiro-me à completa fruição do Teu amor), ali se encontra de repente aquele que de Ti recebeu toda a graça, aquele que procura com afinco, aquele que bate com insistência. E, se me acontece experimentar qualquer laivo dessa alegria, Senhor ― o que é raro ―, dou por mim a gritar: «Mestre, como é bom estar aqui! Levantemos três tendas (Mt 17, 4): uma para a Fé, outra para a Esperança e outra para a Caridade!»

Saberei eu o que digo quando me ponho a gritar «Senhor, como é bom estar aqui!»? Porque, de repente, caio por terra como morto; olho em volta sem ver nada e volto a dar por mim onde estava dantes: na dor do coração e na aflição da alma. «Até quando, Senhor, até quando?» (Sl 13 (12), 2). Durante quanto tempo ainda guardarei estas ideias no meu íntimo, esta dor no coração todo o santo dia? Durante quanto tempo poderá o Teu Espírito prolongar a Sua morada no homem que é carne, Ele que vem, que vai e que sopra onde quer (Jo 3, 8)? E apesar disso, quando o Senhor resgatar Sião do cativeiro, chegará a nossa consolação e a nossa boca se encherá de júbilo (Sl 126 (125), 2). E a verdade da Tua consolação e a consolação da Tua verdade responderá bem lá no fundo do meu ser: «Há o amor pelo desejo e o amor pela posse; por vezes, o amor pelo desejo merece alcançar a visão, a visão a posse, e a posse a perfeição da caridade».

MISSA DE ANGELIS

«Quem pede recebe»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja 
Homilias sobre a incompreensibilidade de Deus, n° 5


A oração é uma arma poderosa, um tesouro indestrutível, uma riqueza inesgotável, um porto ao abrigo das tempestades, um reservatório de calma; a oração é a raiz, a fonte e a mãe de bens consideráveis. [...] Mas a oração de que falo não é medíocre nem negligente; é uma oração ardente, que brota do sofrimento da alma e do esforço do espírito. Eis a oração que sobe aos céus. [...] Escuta o que diz o escritor sagrado: «Ao Senhor, no meio da angústia, eu clamo e Ele me ouve» (Sl 119,1). Aquele que ora assim na sua angústia poderá, após a oração, desfrutar na sua alma de uma grande alegria. [...]


Por «oração» entendo não aquela que se encontra apenas na boca, mas a que brota do fundo do coração. Como as árvores cujas raízes estão profundamente enterradas não se quebram nem são arrancadas mesmo que os ventos desencadeiem mil assaltos contra elas, porque a suas raízes estão fortemente presas nas profundezas da terra, também as orações que vêm do fundo do coração, assim enraizadas, sobem ao céu com toda a segurança e não são desviadas por nenhum pensamento de falta de segurança ou de mérito. É por isso que o salmista diz: «Do fundo do abismo, clamo a vós, Senhor» (Sl 129,1). [...]


Se o facto de contares aos homens os teus infortúnios pessoais e descreveres as provações por que passaste traz algum alívio à tua desventura, como se através das palavras se exalasse uma brisa refrescante, com muito mais razão se falares ao Senhor dos sofrimentos da tua alma encontrarás consolo e conforto em abundância! De facto, muitas vezes os homens dificilmente suportam aqueles que vêm lamentar-se e chorar para o pé de si: afastam-se e repelem-nos. Mas Deus não age assim; pelo contrário, Ele faz com que te aproximes e abraça-te; e mesmo que passes o dia inteiro a narrar os teus infortúnios, ficará ainda mais disposto a amar-te e a acolher favoravelmente as tuas súplicas.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 1 de Março de 2012

«Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede, recebe, e quem busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-á. Qual de vós dará uma pedra a seu filho, quando este lhe pede pão? Ou se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celeste dará coisas boas aos que lhas pedirem. «Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles; esta é a Lei e os Profetas.

Mt 7, 7-12