Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 13 de março de 2012

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, continuamos com as nossas obrigações diárias, as terrenas, será que Te procuramos espiritualmente com a assiduidade e empenho que mereces? Infelizmente nem sempre, facilmente Te deixamos de lado para mais tarde, quando Tu és e serás sempre a prioridade. Que nos interessa resolver um problema pequeno ou grande se não Te fizemos co-participante, ficando a solução vazia de qualquer sentido sobrenatural?

Pedimos-Te de coração contrito e arrependido que nos perdoes por estas falhas recorrentes e que o Teu Espírito nos ilumine sempre.

Louvado sejais para todo sempre!

JPR

O Angelus do dia 11 de Março de 2012 (versão integral)

Imitação de Cristo, 1, 15, 1

Por nenhuma coisa do mundo, nem por amor de pessoa alguma, se deve praticar qualquer mal; mas, em prol de algum necessitado, pode-se, às vezes, omitir uma boa obra, ou trocá-la por outra melhor. Desta sorte, a boa obra não se perde, mas se converte em outra melhor. Sem a caridade, nada vale a obra exterior; tudo, porém, que da caridade procede, por insignificante e desprezível que seja, produz abundantes frutos, porque Deus não atende tanto à obra, como à intenção com que a fazemos.

Penitência é atender os que sofrem

Esta é a receita para o teu caminho de cristão: oração, penitência, trabalho sem descanso, com um cumprimento amoroso do dever. (São Josemaría Escrivá - Forja, 65)
E se agora não te ocorre como responder concretamente aos apelos divinos que se fazem ouvir no teu coração, ouve-me bem. 

Penitência é o cumprimento exacto do horário que te fixaste, mesmo que o corpo resista ou a mente pretenda evadir-se com sonhos quiméricos. Penitência é levantares-te pontualmente. E também, não deixar para mais tarde, sem motivo justificado, essa tarefa que te é mais difícil ou custosa.

A penitência está em saber compaginar as tuas obrigações relativas a Deus, aos outros e a ti próprio, exigindo-te, de modo que consigas encontrar o tempo necessário para cada coisa. És penitente quando te submetes amorosamente ao teu plano de oração, apesar de estares cansado, sem vontade ou frio. (São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 138)

Bispo de Beja lamenta falta de orações a pedir chuva

«Maioria da população não acredita na providência divina, mas somente na previdência de Bruxelas», escreve D. António Vitalino

O bispo de Beja está descontente com a inexistência de orações pelo fim da seca e sublinha que os agricultores têm mais esperança nos subsídios da União Europeia do que em Deus.

“Noutros tempos já se teriam levantado súplicas ao céu a implorar a graça da chuva”, escreve D. António Vitalino na mais recente nota semanal, enviada hoje à Agência ECCLESIA, acrescentando que “algumas pessoas ainda falam da ajuda de São Pedro, mas parece que com pouca convicção”.

Aparentemente os crentes “não se fazem ouvir e a maioria da população não acredita na providência divina, mas somente na previdência de Bruxelas”, assinala o responsável, que constata a pouca importância dada pelos católicos à Bíblia e à Virgem Maria.

“Afinal as recomendações de Jesus no evangelho e de Nossa Senhora aos pastorinhos de Fátima, pedindo oração e sacrifícios pela conversão dos pecadores e pela paz no mundo não encontram eco nos nossos ouvidos”, assinala.

Depois de referir que “os europeus não querem Deus e muito menos o Deus revelado em Jesus Cristo, nem na Constituição europeia nem nos seus hábitos e comportamentos”, o bispo pergunta: “Tudo dependerá apenas da natureza e do acaso, ou haverá a possibilidade de alguma intervenção divina no percurso da nossa história?”.

Referindo-se à oração do Pai-nosso, onde se pede o pão para cada dia, D. António Vitalino frisa que “não basta repetir as palavras”: “É preciso rezá-las, com frequência e intensamente”.

“Isto não é resignação, mas reforço da capacidade de superação dos obstáculos”, salienta o prelado, que descreve a situação de seca no Alentejo e as dificuldades económicas dos agrários.

“Há muitas semanas que a terra não recebe umas pingas de chuva”, pelo que “os campos e montados estão secos e o gado tem de ser alimentado com rações, o que torna a produção agrícola difícil para a maioria dos agricultores”, destaca.

D. António Vitalino lembra que a ministra da tutela pediu ajuda à União Europeia, “segundo alguns um pouco tarde”, e faz votos para que “a seca não seja tão prolongada e calcinante como em 2005”, apesar de a água do Alqueva já estar disponível em “certas partes do território”.

O Instituto de Meteorologia refere que a 29 de fevereiro todo o território continental estava em situação de seca severa (68%) e extrema (32%), os dois níveis mais elevados de severidade.

No relatório publicado no seu site, o organismo indica que a atual estiagem é “mais intensa” do que a última, ocorrida em 2005, e prognostica “como mais provável um não desagravamento na severidade” da seca.

Na mensagem D. António Vitalino realça que a Quaresma é um “tempo propício” para o diálogo com Deus no “silêncio” do quarto, “sem televisão ou internet”.

RJM

Agência Ecclesia 

Ao serviço da paz


A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro teve a iniciativa de colaborar no Dia Internacional da Mulher prestando homenagem às que chamou Mulheres de Paz.


Tudo se baseou no facto de, por numerosas vezes, terem sido distinguidas com o Prémio Nobel da Paz, sendo a primeira vez em 1905. É interessante recordar que tal prémio foi inspirado pela baronesa checoslovaca Bertha von Suttner, que convenceu o próprio Alfredo Nobel à criação dessa espécie entre os prémios que espalharam o seu nome, tendo sido ela quem primeiro o recebeu, em 1905, depois de se notabilizar com um livro chamado Abaixo as Armas (1887), um trabalho que lhe granjeou notoriedade excecional, não apenas nos meios intelectuais e artísticos, mas também entre os políticos que não impediriam a guerra de 1914-1918.


A lista impressionante que se seguiu incluiu Jane Addams (1931), que foi galardoada com a menção de demonstrar "a posse das mais excelentes qualidades femininas, que tornaram possível a paz e a sua extensão a toda a terra", tendo sido presidente da Liga Internacional de Mulheres pela Paz e Liberdade.


Seguiram-se Emily Balch (1946) pelo "melhor trabalho em prol da fraternidade, do entendimento entre as Nações, de abolição ou redução do armamento e da celebração de encontros em favor da paz"; Mairead Corrigan e Betty Williams (1976) pela luta pela paz entre o IRA e o Exército Britânico; a Madre Teresa de Calcutá (1979) "em nome dos famintos, dos pobres e dos que se sentem abandonados"; segue-se Alva Myrdal (1982), devotada à pobreza do então chamado terceiro- -mundo; Aung San Suu Kyi (1991), vítima da opressão militar na Birmânia, sofrendo longos anos de detenção; Rigoberta Menchú (1992), uma trabalhadora das plantações de café na Guatemala, índia submetida de criança à violência contra os nativos e chegando a inspiradora (1993) do Ano dos Povos Indígenas; Jody Williams (1997), coordenadora da Campanha Internacional contra as Minas, uma das mais mortíferas contribuições da indústria dos países do Norte rico para as lutas na geografia da pobreza e que, nessa data, se estimava produzirem 30 mil vítimas por ano, em regra civis; em 2003 Shirin Ebadi foi a primeira iraniana a ser galardoada pela defesa dos direitos humanos; em 2004 a queniana Wangari Maathai, doutora em Anatomia, pela fundação do Movimento Pan-African Green Belt Network; em 2011, Ellen John- son-Sirleaf, 24.ª presidente da Libéria, pelo seu trabalho no governo; em 2011, Ley- mah Gbowee, nascida em Monróvia, em conjunto com a compatriota Sirleaf e a iemenita Tawakel Karman, pelos serviços a favor da paz, incluindo, quanto à última, o Movimento de Mulheres Jornalistas sem Correntes.


Quando se compara a motivação que predominantemente orientou a outorga destes Prémios Nobel a mulheres, com a que orientou a atribuição a homens, muitos deles com altas responsabilidades governamentais, parece evidente que para elas é a segurança dos direitos humanos o valor dominante, enquanto para os restantes é o fim ou prevenção de conflitos militares que domina, servindo de exemplo, em conflitos de qualificação diferente na polemologia, os casos de Churchill e Mandela. Sobretudo o último, pelo trajeto que vai da revolta armada à santidade da pregação da paz entre as etnias numa só república multi étnica e multicultural.


Mas se os conflitos armados não terminaram, e se as ameaças de recorrer às armas, interna ou internacionalmente, se multiplicam, é evidente que a falta de sustentação dos direitos humanos, como a ONU sublinhara já na década de sessenta do século passado, é uma ameaça tão severa como a das armas atómicas.


Nesta viragem do Milénio, em que a fronteira da pobreza se deslocou para o norte do Mediterrâneo, colocar o acento tónico na sustentação de direitos humanos é um serviço urgente e que merece todo o reconhecimento. Sobretudo porque nos países abrangidos pela deslocação da fronteira da pobreza, "os Estados reconhecem o direito fundamental que toda a pessoa tem de estar ao abrigo da fome". O texto é de 1966.


Adriano Moreira in DN online

CATÓLICO E MAÇON? de Gonçalo Portocarrero de Almada

A desmistificação de uma contradição


1. Todas as pessoas são livres de opinar sobre o que quiserem, mas só algumas têm a competência necessária para dirimirem, com autoridade, uma questão polémica. A Maçonaria talvez possa permitir que os seus súbditos sejam católicos, mas não que os cristãos sejam maçons, porque só a Igreja, pela voz autorizada do seu magistério e da sua hierarquia, é apta para decidir se um fiel pode, ou não, pertencer à Maçonaria.


2. Sobre esta matéria, a verdade é que a Igreja não tem sido omissa. Já em 1738, com a Constituição Apostólica In eminenti, de Clemente XII, a Maçonaria foi formal e expressamente proibida aos católicos, sob pena de excomunhão. Desde então, todos os Papas confirmaram a radical e insolúvel incompatibilidade entre as duas instituições. Leão XIII, na Encíclica Humanum genus, de 1884, reafirmou a interdição dos fiéis aderirem à Maçonaria e, em mais 225 documentos, reiterou até à saciedade esta condenação. O diagnóstico foi sempre o mesmo: são duas visões insanavelmente divergentes no que respeita a Deus, ao homem, à verdade e à liberdade. Também os Papas actuais, nomeadamente o Beato João Paulo II e Bento XVI, mantiveram o mesmo veredicto que, portanto, se deve considerar doutrina definitiva e irreformável da Igreja. Pelo menos enquanto a Igreja e a Maçonaria forem o que são.


3. Também, do ponto de vista canónico, não há lugar para dúvidas. O anterior Código, de 1917, previa a pena máxima, ou seja, a excomunhão automática, para o católico que se inscrevesse numa qualquer loja maçónica. O Código actual, de 1983, embora não imponha de forma imediata essa sanção, que contudo também não exclui, esclarece que um cristão que pertença à Maçonaria fica, ipso facto, em situação de pecado grave ou mortal e, em consequência, privado da comunhão sacramental.


4. Como entender, então, que alguém se afirme publicamente como católico e maçon? A expressão, contraditória nos seus termos, só admite duas possíveis explicações. 


A primeira hipótese é a de que o dito crente ignore, de boa-fé, a doutrina da Igreja sobre o particular, bem como a natureza intrinsecamente anticristã da Maçonaria. 


Alguns cristãos – crianças, analfabetos, etc. – talvez desconheçam esta incompatibilidade, mas seria estranho que entre os maçons, uma elite supostamente tão ilustrada, se desse uma tal ignorância. É, no mínimo, curioso que, em pleno séc. XXI, haja ainda intelectuais, como os ditos pedreiros livres, que desconheçam uma doutrina reafirmada repetidamente, há quase três séculos, pela Igreja, e atestada por nada menos do que 598 declarações unânimes do seu magistério! 


Se a boa-fé for autêntica e tão crassa a ignorância, o crente maçon é inocente de uma tal incoerência. Mas deixará de o ser se, esclarecido sobre a impossibilidade de pertencer às duas entidades, não deixar a Maçonaria. 


5. A outra hipótese é a de que o cristão, que publicamente se diz maçon, aja de má-fé. Com efeito, um fiel que, conhecendo minimamente a doutrina cristã, adere consciente e voluntariamente a uma ideologia que sabe ininterrupta e fundadamente proibida por todos os Papas, de fiel só tem o nome. De facto, um soldado, que desobedece a quase seiscentas ordens dos seus legítimos superiores, não é apenas um refractário, mas um desertor, ou um traidor. 


Talvez fosse pensando nestes tais «cristãos» que Paulo VI afirmou que o fumo de Satanás se infiltrou na Igreja de Deus…


Quem, de forma tão acintosa, desrespeita um mandato formal da máxima autoridade religiosa e disso faz público alarde, ofende gravemente a Igreja, que devia amar e servir. Aliás, estes «cristãos», que são tão solícitos no apoio à «sua» Maçonaria, nunca vêm a público defender a Igreja, ou o seu magistério, que amiúde contradizem. Não em vão Cristo disse que é pelas obras que se conhecem os seus verdadeiros discípulos e, ainda, que ninguém pode servir a dois senhores.


6. Talvez seja esta a prova que faltava para poder concluir, na verdade da caridade, que a Maçonaria – não obstante a eventual boa fé, por ignorância invencível, de alguns dos seus membros – continua fiel, apesar das suas campanhas de desinformação e de branqueamento do seu passado, ao seu ideário anticristão e anticlerical.


Afinal de contas, «católico maçon» não é apenas uma contradição, mas uma dupla mentira: nem católico, … nem pedreiro! 


Gonçalo Portocarrero de Almada

O amor

«É bom que tu existas», assim definiu J. Pieper a essência do amor, acertando no alvo. O amante descobre a bondade do ser no amado, sente-se feliz com a sua existência, diz sim a esta existência e confirma-a. Antes ainda de qualquer pensamento sobre si próprio, antes de qualquer desejo está o simples facto de se ser feliz por causa da existência do amado, o sim a este tu. Só num segundo momento (não no sentido temporal, mas real) o amante descobre deste modo (porque a existência do tu é boa) que também a sua própria existência se tornou mais bela, mais valiosa, mais feliz. Por meio do sim ao outro, ao tu, eu recebo-me a mim mesmo novamente e posso agora, dum modo novo, dizer sim também ao meu eu, a partir do tu»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

«Não devias também ter piedade do teu companheiro?»

Beato João Paulo II 
Encíclica «Dives in misericordia» cap. 17, §14 

Se Paulo VI por mais de uma vez indicou que a «civilização do amor» é o fim para o qual devem tender todos os esforços, tanto no campo social e cultural, como no campo económico e político, é preciso acrescentar que este fim nunca será alcançado se, nas nossas concepções e nas nossas actuações, relativas às amplas e complexas esferas da convivência humana, nos detivermos no critério do «olho por olho e dente por dente» (Ex21,24; Mt 5,38) e, ao contrário, não tendermos para transformá-lo essencialmente, completando-o com outro espírito. É nesta direcção que nos conduz também o Concílio Vaticano II quando, ao falar repetidamente da necessidade de «tornar o mundo mais humano» (GS 40), centraliza a missão da Igreja no mundo contemporâneo precisamente na realização desta tarefa. O mundo dos homens só se tornará mais humano se introduzirmos, no quadro multiforme das relações interpessoais e sociais, juntamente com a justiça, o «amor misericordioso» que constitui a mensagem messiânica do Evangelho.

O mundo dos homens só poderá tornar-se «cada vez mais humano» quando introduzirmos, em todas as relações recíprocas que formam a sua fisionomia moral, o momento do perdão, tão essencial no Evangelho. O perdão atesta que, no mundo, está presente o amor que é mais forte que o pecado. O perdão, além disso, é a condição fundamental para a reconciliação, não só nas relações de Deus com o homem, mas também nas relações dos homens entre si. Um mundo do qual se eliminasse o perdão seria apenas um mundo de justiça fria e pouco respeitosa, em nome da qual cada um reivindicaria os direitos próprios em relação aos demais. Deste modo, as várias espécies de egoísmo, latentes no homem, poderiam transformar a vida e a convivência humana num sistema de opressão dos mais fracos pelos mais fortes, ou até numa arena de luta permanente de uns contra os outros.

Com razão a Igreja considera seu dever e objectivo da sua missão assegurar a autenticidade do perdão, tanto na vida e no comportamento concreto, como na educação e na pastoral. Não o protege doutro modo senão guardando a sua fonte, isto é, o mistério da misericórdia de Deus, revelado em Jesus Cristo.

Ter piedade do próximo, como Deus teve de nós

Das liturgias bizantinas e orientais da Grande Quaresma 
Oração de Santo Efrém, o Sírio

Senhor e Mestre da minha vida, não me abandones ao espírito de preguiça, de desencorajamento de dominação e de vã tagarelice.

(Prostramo-nos)

Concede-me a graça de um espírito de castidade, de humildade, de paciência e de caridade, a mim, Teu servo.

(Prostramo-nos)

Sim, meu Senhor e meu Rei, que eu veja as minhas faltas e não condene o meu irmão. 
Tu, que és bendito pelos séculos dos séculos. Ámen. 

(Prostramo-nos e, seguidamente, inclinamo-nos até ao chão e dizemos três vezes)

Ó Deus, tem piedade de mim, pecador. 
Ó Deus, purifica-me que sou pecador. 
Ó Deus, meu Criador, salva-me. 
Perdoa-me os meus numerosos pecados!

Música Bizantina

Perdoar ao nosso irmão de todo o nosso coração

São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra e doutor da Igreja 
Sermão para a Sexta-Feira Santa, 25/03/1622


A primeira palavra que Nosso Senhor pronunciou sobre a cruz foi uma oração por quem O crucificava, fazendo o que diz este texto de São Paulo «Nos dias da Sua vida terrena, apresentou orações e súplicas» (Heb 5,7). Certamente que aqueles que crucificaram o Nosso divino Salvador não O conheciam [...], porque se O tivessem conhecido não O teriam crucificado (1Co 2,8). Por conseguinte, Nosso Senhor, vendo a ignorância e a fraqueza daqueles que O torturavam, começou a desculpá-los e ofereceu por eles esse sacrifício ao Seu Pai Celeste, porque a oração é um sacrifício [...]: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.» (Lc 23,34). Tão grande era a chama de amor que ardia no coração do nosso manso Salvador, que na mais suprema das Suas dores, no momento onde a intensidade dos tormentos parecia impedi-Lo de rezar por Si, pela força do Seu amor, esquece-Se de Si próprio, mas não das Suas criaturas. [...] 


Com isso desejava que compreendêssemos que o amor que nos tem não pode ser enfraquecido por nenhum tipo de sofrimento, e ensinar-nos qual o dever do nosso coração para com o nosso próximo. [...]


Ora, o Divino Senhor que Se empenhou em pedir perdão para os homens foi certamente ouvido e o Seu pedido atendido, porque Seu divino Pai não podia recusar-Lhe nada que Ele Lhe pedisse.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 13 de Março de 2012

Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida. Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»

Mat 18,21-35