Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 17 de junho de 2012

Amar a Cristo...

Senhor, ajuda-nos a ser sempre apaixonados e a aumentar a paixão que sentimos por Ti, pela Virgem Maria, pelos Teus Santos e Santas e pela Tua Santa Madre Igreja, porque a nossa paixão por Ti e por eles mais não é que a nossa racionalidade na fé, sem ela entraríamos certamente em esmorecimento e num vazio tal que a nossa existência deixaria de fazer sentido.

Preferimos nem imaginar o que seria não podermos dialogar permanentemente conTigo, amado Jesus, através da oração, tantas e tantas vezes repetindo-nos e receber-Te na Sagrada Eucaristia pois estas são-nos vitais, sim vitais, fundamentais para a nossa existência.

Que o nosso pobre coração bata sempre ao ritmo do nosso amor por Ti, pelo Pai e pelo Espírito Santo!

JPR

Festa de São Josemaria - 26 de Junho de 2012 Missas em todo o mundo (Mapa mundi interactivo, clique neste título para aceder)


Perseverar, apesar das dificuldades e dos sofrimentos

Agir como se tudo dependesse de nós, sabendo que, na verdade, tudo depende de Deus. Essas palavras de Santo Inácio de Loyola foram citadas por Bento XVI na alocução que antecedeu a oração mariana do Angelus, na Praça S. Pedro.

A liturgia deste domingo propõe duas breves parábolas de Jesus: a da semente que cresce sozinha e a do grão de mostarda. Através de imagens extraídas do mundo da agricultura, o Senhor apresenta o mistério da Palavra e do Reino de Deus, e indica as razões da nossa esperança e do nosso empenho. 

Na primeira parábola, a atenção é colocada no dinamismo da sementeira: a semente que é jogada na terra, seja que o agricultor durma ou não, germina e cresce sozinha. Esta parábola evoca o mistério da criação e da redenção, da obra fecunda de Deus na história. É Ele o Senhor do Reino, o homem é o seu humilde colaborador, que contempla e exulta com a ação criadora divina e aguarda com paciência os seus frutos. O tempo presente é tempo para semear, e o crescimento da semente é garantido pelo Senhor. Todo cristão, então, sabe bem que deve fazer tudo o que puder, mas que o resultado final depende de Deus: essa consciência o sustenta nas dificuldades de cada dia, especialmente nas situações difíceis. 

Também a segunda parábola utiliza a imagem da sementeira. Aqui, porém, trata-se de uma semente específica, o grão de mostarda, considerado a menor de todas as sementes. Mesmo assim minúsculo, porém, este grão é repleto de vida, do seu partir nasce um broto capaz de romper o terreno, de sair à luz do sol e de crescer até se tornar “a maior de todas as hortaliças da horta»: a fraqueza é a força da semente, o partir-se é a sua potência. 

Assim é o Reino de Deus: uma realidade humanamente pequena, composta por quem é pobre no coração, por quem não confia na própria força, mas na força do amor de Deus, por quem não é importante aos olhos do mundo; e mesmo assim, justamente através deles irrompe a força de Cristo e transforma o que é aparentemente insignificante. 

A imagem da semente é particularmente importante para Jesus, porque expressa bem o mistério do Reino de Deus. Nas duas parábolas de hoje, ela representa um «crescimento» e um «contraste»: o crescimento que acontece graças a um dinamismo presente na própria semente, e o contraste que existe entre a pequenez da semente e a grandeza daquilo que produz. A mensagem é clara: o Reino de Deus, mesmo que exija a nossa colaboração, é antes de tudo dom do Senhor, graça que precede o homem e as suas obras. 

É o milagre do amor de Deus, que faz brotar e crescer toda semente de bem espalhada sobre a terra. E a experiência deste milagre de amor faz com que sejamos otimistas, apesar das dificuldades, dos sofrimentos e do mal que encontramos. Que Nossa Senhora, que acolheu como «terra boa» a semente da Palavra divina, reforce em nós esta fé e esta esperança.

(BF)

Rádio Vaticano na sua edição online para o Brasil com adaptação de JPR

Imitação de Cristo, 2, 8, 2 - Da familiar amizade com Jesus



Que te pode dar o mundo sem Jesus? Estar sem Jesus é terrível inferno, estar com Jesus é doce paraíso. Se Jesus estiver contigo, nenhum inimigo te pode ofender. Quem acha a Jesus acha precioso tesouro, ou, antes, o bem superior a todo bem; quem perde a Jesus perde muito mais do que se perdesse a todo o mundo. Paupérrimo é quem vive sem Jesus, e riquíssimo quem está bem com Jesus.

Constância, que nada te desoriente

O desalento é inimigo da tua perseverança. – Se não lutares contra o desalento, chegarás ao pessimismo, primeiro, e à tibieza, depois. – Sê optimista. (S. Josemaría Escrivá - Caminho, 988)

Constância, que nada desoriente. – Faz-te falta. Pede-a ao Senhor e faz o que puderes para a obter; porque é um grande meio para te não separares do fecundo caminho que empreendeste. (
S. Josemaría Escrivá - Caminho, 990)


Não podes "subir". – Não é de estranhar: aquela queda!...

Persevera e "subirás". – Recorda o que diz um autor espiritual: a tua pobre alma é um pássaro que ainda tem as asas empastadas de lama.

É preciso muito calor do céu e esforços pessoais, pequenos e constantes, para arrancar essas inclinações, essas imaginações, esse abatimento, essa lama pegajosa das tuas asas.

E ver-te-ás livre. – Se perseverares, "subirás". (
S. Josemaría Escrivá - Caminho, 991)


Dá graças a Deus, que te ajudou, e rejubila com a tua vitória. - Que alegria tão profunda, a que sente a tua alma depois de ter correspondido! (S. Josemaría Escrivá - Caminho, 992) 

Bom Domingo do Senhor!

Procuremos ser como o homem de que nos fala o Senhor no início do Evangelho de hoje (Mc 4, 26-34) e cuidemos com esmero e fé da nossa vida cristã ambicionando alcançar o Reino dos Céus que nos é oferecido, bastando para tal na plenitude da nossa liberdade desejá-lo e tudo fazermos para sermos chamados ao gozo da Jerusalém Celeste.

Senhor, levai as Tuas almas para junto de Ti e socorre sobretudo as que mais precisarem!

Especial São Paulo, Apóstolo dos gentios - IX

Cronologia da vida de São Paulo

Conhecemos algumas datas exactas ou muito aproximadas na vida do Apóstolo pela referência cronológicas que faz São Lucas nos Actos, pelas conexões de alguns episódios com a história profana e, finalmente, pelos dados que extrair-se das epístolas paulinas. Tudo isso permite situar os outros episódios menos conhecidos cronologicamente dentro de limites de aproximação que, no pior dos casos, não excedem os cinco anos. Segundo isto, pode dar-se o seguinte quadro cronológico (o hífen entre duas datas indica o tempo em que se deve situar o acontecimento. A barra entre duas datas indica que há uma alternativa entre ambas, segundo o sistema de datação):

Ano d.C. // Acontecimento

7-12
Nascimento em Tarso da Cicilia

Depois do ano 30
Estada em Jerusalém: estudos para rabino

34/36
Vocação para a fé cristã. estada em Damasco e retiro na Arábia

37/39
Primeira visita aos Apóstolos de Jerusalém

43-44
Estada em Tarso

44-45
Estada em Antioquia da Síria

Primavera 45 – Primavera 49
Primeira viagem missionária

49-50
Concílio de Jerusalém. Incidente de Antioquia

Fim do ano 49 ou começo do ano 50, até Outono do ano 52
Segunda viagem missionária

50-52
1ª e 2ª Epístola aos Tessalonicenses (Corinto)

Primavera de 53 - Primavera de 58
Terceira viagem missionária

Outono de 54 – Primavera do ano 57
Estada em Éfeso

54
Epístola aos Gálatas (Éfeso?)

Primavera de 57
1ª Epístola aos Corintios (Éfeso)

57
Visita a Corinto

Verão de 57
Viagem à Macedónia

Outono de 57
2ª Epístola aos Corintios

Inverno 57-58
Estada em Corinto
Epístola aos Romanos (Corinto)

Páscoa de 58
Estada em Filipos

Pentecostes de 58
Prisão em Jerusalém

58- 60
Prisão em Cesareia

Outono de 60 – Primavera de 61
Viagem marítima de Cesareia a Roma

Primavera de 61 – Primavera de 63
Primeiro cativeiro romano

62/54-57
Epístola aos Filipenses (Roma) (Éfeso?)

62
Epístola a Filémon e aos Colossenses (Roma)

Fins de 62 ou primeiros meses de 63
Epístola aos Efésios (Roma)

63-64
Viagem à Espanha (?)

64-67
Viagem à Ásia Menor, Creta e à Macedónia

65
Epístola 1ª a Timóteo. Epístola a Tito (Macedónia)

64-66
Epístola aos Hebreus (?) (Roma ?, Atenas ?)

66-67
2ª Epístola a Timóteo (Roma)

66-67
Segundo cativeiro romano e morte por martírio

(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – Introdução às Cartas de São Paulo – Vida de São Paulo – pág. 433-434)

A semente lançada à terra dá muito fruto (Jo 12, 24)

São Cromácio de Aquiléia (? – 407), bispo 
Sermão 30, 2 (a partir da trad. SC 164, p.137)

O Senhor comparou-Se a Si mesmo a um grão de mostarda: ainda que fosse o Deus da glória e da majestade eterna, tornou-Se muito pequeno, porque quis nascer de uma virgem com um corpo de criança pequena. Foi lançado à terra quando o Seu corpo foi posto no túmulo. Mas, depois de Se ter elevado de entre os mortos pela Sua gloriosa ressurreição, cresceu sobre a terra até Se tornar uma árvore em cujos ramos habitam os pássaros do céu.

Esta árvore significa a Igreja que a morte de Cristo ressuscitou na glória. Os seus ramos só se podem entender como sendo os apóstolos porque, tal como os ramos são o ornamento natural da árvore, assim os apóstolos são o ornamento da Igreja de Cristo pela beleza da graça que receberam. E diz-se que nestes ramos habitam os pássaros do céu. Alegoricamente, os pássaros do céu designam-nos a nós que, vindo à Igreja de Cristo, descansamos sobre o ensino dos apóstolos, como os pássaros sobre os ramos.

Semeados em terra

Carta a Diogneto (c. 200)
§ 6

O que a alma é para o corpo, os cristãos são-no no mundo. A alma está difundida por todos os membros do corpo, tal como os cristãos pelas cidades do mundo. A alma habita no corpo e, no entanto, não é do corpo, tal como os cristãos habitam no mundo, mas não são do mundo (Jo 17, 16). Invisível, a alma está prisioneira num corpo visível. Assim os cristãos: vivem no mundo, mas o culto que prestam a Deus é invisível. A carne detesta a alma e combate-a, sem dela ter recebido qualquer dano, mas porque ela a impede de gozar de todos os prazeres; assim também, o mundo detesta os cristãos, que nenhum mal lhe fazem, mas se opõem aos seus prazeres. A alma ama essa carne que a detesta, e os seus membros, tal como os cristãos amam aqueles que os detestam.

A alma está fechada no corpo; contudo, é ela que mantém o corpo. Os cristãos estão como cativos na prisão do mundo; contudo, são eles que mantêm o mundo. Imortal, a alma habita uma tenda mortal; assim também, os cristãos montam a sua tenda no que é corruptível, mas na esperança da incorruptibilidade celeste (1Cor 15, 50). [...] E é tão nobre o posto que Deus lhes destinou, que não lhes é permitido desertar.