Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Amar a Cristo...

Obrigado Senhor por nos proporcionares uns dias de repouso num local muito aprazível e de qualidade, sobretudo pelas inúmeras famílias de diversas nacionalidades e dos seus filhos que dão uma nota de alegria e ternura pelos mais pequeninos a todo o ambiente.

Rogamos-Te, querido Jesus, que os protejas, pais e filhos, permitindo-nos salientar aquela mãe britânica que acompanha um filho adolescente com a síndrome de Dow e aquela família com quatro filhas e que se preparam para acolher um quinto elemento.

Pedimos-Te ainda que estes exemplos dêem frutos nesta sociedade secularizada e tão adversa à família e ao seu crescimento.

JPR

Missas na festa de S. Josemaria em vários lugares de Portugal e Angola


Imitação de Cristo, 2, 8, 4 - Da familiar amizade com Jesus

Sê livre e puro no teu interior, sem apego a criatura alguma. É mister desprenderes-te de tudo e ofereceres a Deus um coração puro, se queres sossegar e ver como é suave o Senhor. E, com efeito, tal não conseguirás, se não fores prevenido e atraído por sua graça, de modo que, deixando e despedindo tudo mais, com ele só estejas unido. Pois, quando lhe assiste a graça de Deus, de tudo é capaz o homem; e quando ela se retira, logo fica pobre e fraco, como que abandonado aos castigos. Ainda assim, não deves desanimar nem desesperar, antes resignar-te na vontade de Deus, e sofrer tudo que te acontecer, por honra de Jesus; pois ao inverno sucede o verão, depois da noite volta o dia, e após a tempestade reina a bonança.

Querer a todos, compreender, desculpar

O amor às almas, por Deus, faz-nos querer a todos, compreender, desculpar, perdoar... Devemos ter um amor que cubra a multidão das deficiências das misérias humanas. Devemos ter uma caridade maravilhosa, "veritatem facientes in caritate", defendendo a verdade, sem ferir. (São Josemaría Escrivá - Forja, 559)

Se vos examinardes com valentia na presença de Deus, vós, tal como eu, sentir-vos-eis diariamente carregados de muitos erros. Quando lutamos por arrancá-los com a ajuda divina, carecem de verdadeira importância e podem ser superados, embora pareça que nunca conseguimos desarraigá-los totalmente. Além disso, independentemente dessas fraquezas, tu contribuirás para remediar as grandes deficiências dos outros, sempre que te empenhares em corresponder à graça de Deus. Reconhecendo-te tão fraco como eles – capaz de todos os erros e de todos os horrores – serás mais compreensivo, mais delicado e, ao mesmo tempo, mais exigente, para que todos nos decidamos a amar a Deus com o coração inteiro.

Nós, os cristãos, os filhos de Deus, temos de prestar assistência aos outros, pondo em prática honradamente o que aqueles hipócritas retorcidamente elogiavam ao Mestre: Não olhas à condição das pessoas. Isto é, havemos de rejeitar por completo a acepção de pessoas – interessam-nos todas as almas! – embora, logicamente, devamos começar por ocupar-nos daquelas que, por esta ou aquela circunstância, e até só por motivos aparentemente humanos, Deus colocou ao nosso lado. (São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 162) 

Especial São Paulo - As Cartas aos Tessalonicenses

Todos os estudiosos antigos e modernos estão de acordo em que as duas primeiras cartas de São Paulo foram a 1ª e a 2ª aos Tessalonicenses, escritas em Corinto, nos anos 50-52. Só um ou outro autor propõe a possibilidade, ainda que menos provável, de que tenha sido a Epístola aos Gálatas o primeiro escrito Paulino, redigido, nesse caso, pelo ano 49. As duas cartas aos Tessalonicenses contém o ensino de São Paulo a propósito de algumas questões levantadas pelos cristãos de Tessalónica, que então só há alguns meses se tinham convertido à fé, na primeira fase da segunda viagem missionária.

Fundamentalmente tratam da Parusía ou segunda vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos, acerca das quais os neófitos de Tessalónica tinham ideias pouco claras e inquietações preocupantes. O Apóstolo desconhece o tempo de tais acontecimentos, pois não foi revelado e põe a ênfase na atitude espiritual da vigilância, seguindo os ensinamentos do Senhor, para nos encontre preparados, qualquer que seja o tempo da Sua vinda. Apresenta particular dificuldade a manifestação do «homem da iniquidade», o «Anticristo», sobre o qual também não se sabe, em última análise, quando aparecerá. Os Tessalonicenses não se devem inquietar, nem perder o tempo fazendo elucubrações sobre estas coisas, mas devem procurar viver santamente e trabalhar com honestidade; chega a admoestá-los: «Se alguém não quiser trabalhar, que também não conta».

As Epístolas aos Tessalonicenses, escritas uns vinte anos depois da morte de Nosso Senhor, são seguramente os dois escritos mais antigos do Novo Testamento (uma vez que o Evangelho de São Mateus só se conserva na sua redacção grega posterior) e, além dos seus ensinamentos perenes, abrem-nos o coração daqueles primeiros cristãos, recentes na fé, e da vida daquela comunidade, uma das primeiríssimas Igrejas fundadas por São Paulo no continente europeu.


(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 436-437)



Continua

Cardeal Burke, fala sobre o processo de reconciliação entre a FSSPX e a Santa Sé

Mensagem de Bento XVI para encerramento do 50º Congresso Eucarístico Internacional reunido em Dublin


Amados Irmãos e Irmãs,

Com grande afecto no Senhor, saúdo a todos vós que estais reunidos no 50º Congresso Eucarístico Internacional em Dublin, nomeadamente o Cardeal Brady, o Arcebispo Martin, o clero, os religiosos e os fiéis leigos da Irlanda, e todos vós que viestes de longe para sustentar a Igreja da Irlanda com a vossa presença e as vossas orações.

O tema do Congresso – Comunhão com Cristo e entre nós – leva-nos a reflectir sobre a Igreja como mistério de comunhão com o Senhor e com todos os membros do seu Corpo. Desde os primeiros tempos da Igreja, a noção de koinonia ou communio esteve no centro da compreensão que ela tem de si mesma, no centro da sua relação com Cristo, seu fundador, e dos sacramentos que celebra, sobretudo a Eucaristia. Através do Baptismo, somos inseridos na morte de Cristo e renascemos na grande família dos irmãos e irmãs de Jesus Cristo; pela Confirmação, recebemos o sigilo do Espírito Santo; e, pela nossa participação na Eucaristia, entramos em comunhão com Cristo e entre nós, de maneira visível, aqui na terra e recebemos também a promessa da vida eterna que virá.

O Congresso realiza-se também num período em que a Igreja se prepara, em todo o mundo, para celebrar o Ano da Fé, que assinalará o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, um evento que lançou a mais extensa renovação que o Rito Romano já conheceu. Com base numa apreciação cada vez mais profunda das fontes da Liturgia, o Concílio promoveu a participação plena e activa dos fiéis no Sacrifício Eucarístico. Hoje, olhando os desejos então expressos pelos Padres Conciliares sobre a renovação litúrgica à luz da experiência da Igreja universal no período transcorrido, é claro que uma grande parte foi alcançada; mas vê-se igualmente que houve muitos equívocos e irregularidades. A renovação das formas externas, desejada pelos Padres Conciliares, visava tornar mais fácil a penetração na profundidade íntima do mistério; o seu verdadeiro objectivo era levar as pessoas a um encontro pessoal com o Senhor presente na Eucaristia, e portanto com o Deus vivo, de modo que, através deste contacto com o amor de Cristo, o amor mútuo dos seus irmãos e irmãs também pudesse crescer. Todavia, não raro, a revisão das formas litúrgicas manteve-se a um nível exterior e a «participação activa» foi confundida com o agitar-se externamente. Por isso, ainda há muito a fazer na senda duma real renovação litúrgica. Num mundo em mudança, obcecado cada vez mais com as coisas materiais, precisamos de aprender a reconhecer de novo a presença misteriosa do Senhor Ressuscitado, o único que pode dar respiração e profundidade à nossa vida.

A Eucaristia é o culto da Igreja inteira, mas requer também pleno empenho de cada cristão na missão da Igreja; encerra um apelo a sermos o povo santo de Deus, mas chama também cada um à santidade individual; deve ser celebrada com grande alegria e simplicidade, mas também de forma quanto possível digna e reverente; convida-nos a arrepender dos nossos pecados, mas também a perdoar aos nossos irmãos e irmãs; une-nos a todos no Espírito, mas também nos ordena, no mesmo Espírito, de levar a boa nova da salvação aos outros.

Além disso, a Eucaristia é o memorial do sacrifício de Cristo na Cruz, o seu Corpo e Sangue oferecidos na nova e eterna aliança pela remissão dos pecados e a transformação do mundo. A Irlanda foi plasmada, ao nível mais profundo, por séculos e séculos de celebração da Santa Missa; e, pelo seu poder e graça, gerações de monges, mártires e missionários viveram heroicamente a fé na pátria e espalharam a Boa Nova do amor e perdão de Deus muito para além das suas praias. Vós sois os herdeiros duma Igreja que foi uma poderosa força de bem no mundo, e que transmitiu a muitos e muitos outros um amor profundo e duradouro a Cristo e à sua Mãe Santíssima. Os vossos antepassados na Igreja da Irlanda souberam como lutar pela santidade e a coerência na vida pessoal, como proclamar a alegria que vem do Evangelho, como promover a importância de pertencer à Igreja universal em comunhão com a Sé de Pedro, e como transmitir às gerações seguintes o amor pela fé e as virtudes cristãs. A nossa fé católica, imbuída dum sentido profundo da presença de Deus, maravilhada pela beleza da criação que nos rodeia, e purificada pela penitência pessoal e a certeza do perdão de Deus, é uma herança que seguramente se aperfeiçoa e alimenta quando regularmente é colocada sobre o altar do Senhor no Sacrifício da Missa. A gratidão e a alegria por uma história tão grande de fé e amor foram recentemente abaladas de maneira horrível pela revelação de pecados cometidos por sacerdotes e consagrados contra pessoas confiadas aos seus cuidados. Em vez de lhes mostrar o caminho para Cristo, para Deus, em vez de dar testemunho da sua bondade, abusaram delas e minaram a credibilidade da mensagem da Igreja. Como se pode explicar o facto de pessoas, que regularmente receberam o Corpo do Senhor e confessaram os seus pecados no sacramento da Penitência, terem incorrido em tais transgressões? Continua um mistério. Evidentemente, porém, o seu cristianismo já não era alimentado pelo encontro jubiloso com Jesus Cristo: tornara-se meramente uma questão de hábito. A obra do Concílio tinha realmente a intenção de superar esta forma de cristianismo e redescobrir a fé como uma profunda relação pessoal com a bondade de Jesus Cristo. O Congresso Eucarístico tem um objectivo semelhante. Nele desejamos encontrar o Senhor ressuscitado. Peçamos-Lhe para nos tocar profundamente. Ele que, na tarde de Páscoa, soprou sobre os Apóstolos, comunicando-lhes o seu Espírito, possa de igual modo conceder-nos também nós o seu sopro, a força do Espírito Santo, ajudando-nos assim a tornar-nos verdadeiras testemunhas de seu amor, testemunhas da sua verdade. A sua verdade é amor. O amor de Cristo é verdade.

Amados irmãos e irmãs, rezo para que o Congresso possa ser para cada um de vós uma frutuosa experiência espiritual de comunhão com Cristo e com a sua Igreja. Ao mesmo tempo, desejo convidar-vos a implorar comigo a bênção de Deus para o próximo Congresso Eucarístico Internacional, que terá lugar em 2016 na cidade de Cebu! Ao povo das Filipinas, envio calorosas saudações e a certeza da minha proximidade na oração, durante o período de preparação para este grande encontro eclesial. Estou certo de que vai trazer duradoura renovação espiritual não apenas para eles, mas também para todos os participantes que lá acorrerem de todo o mundo. Entretanto, recomendo todos e cada um dos que tomam parte no actual Congresso à protecção amorosa de Maria, Mãe de Deus, e a São Patrício, o grande padroeiro da Irlanda; e, como penhor de alegria e paz no Senhor, de coração concedo a Bênção Apostólica.


Mensagem original em inglês

«Eu digo-vos: [...] orai por aqueles que vos perseguem»

Bem-aventurado Tito Brandsma, mártir, carmelita holandês (1881-1942)  Convite ao heroísmo, na fé e no amor


Muitas vezes ouvimos dizer que vivemos tempos maravilhosos, tempos de grandes homens. [...] É compreensível que haja quem deseje que se erga um chefe forte e capaz. [...] Essa espécie de neo-paganismo [o nazismo] considera toda a natureza como uma emanação do divino [...]; acredita que há raças mais puras e mais nobres que outras. [...] Daí vem o culto da raça e do sangue, o culto dos heróis do próprio povo.


Partindo de uma ideia tão errónea, essa maneira de ver pode conduzir a erros capitais. É triste ver quanto entusiasmo e quantos esforços são postos ao serviço dum tal ideal, falso e sem fundamento! Contudo, podemos aprender com o nosso inimigo. Com a sua filosofia mentirosa, podemos aprender a purificar o nosso próprio ideal e a melhorá-lo; podemos aprender a desenvolver um grande amor por esse ideal, a suscitar um imenso entusiasmo e mesmo a disponibilidade para viver e morrer por ele; a fortalecer a coragem para o incarnar, em nós próprios e nos outros. [...]


Quando falamos da vinda do Reino e quando rezamos para que ele venha, nunca pensamos numa discriminação com base na raça ou no sangue, mas na fraternidade de todos os homens, uma vez que todos os homens são nossos irmãos — sem excluir mesmo aqueles que nos odeiam e nos atacam —, em ligação estreita com Aquele que faz nascer o sol sobre os bons e sobre os maus (cf Mt 5,45).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Sede santos porque Eu sou santo» (Lv 19,2)

Beata Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
No Greater Love, p. 50


Todos sabemos que há um Deus que nos ama e que nos fez. Podemos voltar-nos para Ele e pedir-Lhe: «Meu Pai, ajuda-me agora. Quero ser santo, quero ser bom, quero amar». A santidade não é um luxo destinado a uma elite; ela não está reservada só a alguns. Estamos destinados a ela, tu, eu e toda a gente. É uma tarefa simples porque, se aprendermos a amar, aprendemos a ser santos.


A primeira etapa é querê-lo. Jesus quer que nós sejamos santos como o Seu Pai é santo. A minha santidade consiste no cumprimento da vontade de Deus na alegria. Dizer : «Quero ser santo» significa: «Vou despojar-me de tudo o que não é Deus. Vou despojar-me e esvaziar o meu coração de todas as coisas materiais. Vou renunciar à minha vontade, aos meus gostos, às minhas fantasias, à minha inconstância; tornar-me-ei um escravo generoso da vontade de Deus. Com toda a minha vontade vou amar Deus, vou escolher em Seu favor, vou correr para Ele, vou chegar até Ele e vou possuí-Lo». Mas tudo depende destas palavrinhas: «Eu quero» ou «Eu não quero». Devo aplicar toda a minha energia nestas palavras: «Eu quero».


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de Junho de 2012

«Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. Deste modo sereis filhos do vosso Pai que está nos céus, o qual faz nascer o sol sobre maus e bons, e manda a chuva sobre justos e injustos. Porque, se amais somente os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo? E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de especial? Não fazem também assim os próprios gentios? Sede, pois, perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito.


Mt 5, 43-48