Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Amar a Cristo...

Amado Jesus, de coração contrito suplicamos-Te que nos ilumines para nos esvaziarmos do nosso querer e tudo sabe, que na realidade não é mais do que presunção vaidosa, para assim melhor podermos servir o próximo, sobretudo aqueles que nos são mais próximos e tanto necessitam que os ajudemos sem reticências e interrogações.

Ajuda-nos, Mestre e Amigo, a ter sempre presente e interiorizado que servindo-os Te estamos a servir também e que tudo quanto fizermos de bem é de Ti que provem e não da nossa pequenez.

Senhor Jesus que a Tua graça proteja todos os que se encontram debilitados e em final de vida!

JPR

Uma mãe

Uma mãe é um ser praticamente místico. Quando acontece um acidente com um filho, veste a capa, põe a espada, enche-se de uma força sobrenatural, age e reage em piloto automático, como se fosse desprovida de emoções. Uma mãe até pode conseguir ver sangue, assistir a cada ponto que o médico espeta na carne que, não sendo a sua, é profundamente sua. Uma mãe conduz, estaciona, diz frases com sentido, resolve, decide, informa, trata. Uma mãe ri-se, dos nervos, e dá força, dá ânimo, desvaloriza todos os acontecimentos, apoia os que, em redor, estão mais aflitos. Uma mãe pode tudo, mesmo quando juraria não poder nada. Uma mãe é valente, mesmo quando garantiria ser frágil.
Uma mãe em emergência é tudo isto. Depois, quando a emergência passa, uma mãe tira a capa, arruma a espada e sente-se menos que uma mãe, menos que uma mulher, menos que uma pessoa. Sente-se um trapo do chão.

Sónia Morais Santos
http://coconafralda.clix.pt/2012/09/uma-mae.html

Imitação de Cristo, 3, 10, 2 - Como, desprezando o mundo, é doce servir a Deus

Ó fonte perene de amor, que direi de vós? Como poderia eu esquecer-me que vos dignastes lembrar-vos de mim, ainda depois de depravado e perdido? Além de toda esperança, usastes de misericórdia para com vosso servo, e acima de todo mérito me prodigalizastes vossa graça e amizade. Com que poderei agradecer-vos tal mercê? Porque nem a todos é dado deixar tudo, renunciar ao mundo e abraçar a vida religiosa. Será porventura mérito que eu vos sirva, quando toda criatura tem obrigação de vos servir? Não me deve parecer grande coisa que eu vos sirva; antes devo considerar grande e digno de admiração que vos digneis receber-me, pobre e indigno como sou, em vosso serviço e associar-me aos vossos servos prediletos.

O Espírito Santo configura-nos com Cristo

A Missa é comprida, dizes, e eu acrescento: porque o teu amor é curto. (Caminho, 529)

A Santa Missa situa-nos deste modo perante os mistérios primordiais da fé, porque se trata da própria doação da Trindade à Igreja. Compreende-se assim que a Missa seja o Centro e a raiz da vida espiritual do cristão. É o fim de todos os sacramentos. Na Santa Missa, a vida da graça encaminha-se para a sua plenitude, que foi depositada em nós pelo Baptismo, e que cresce, fortalecida pela Confirmação. Quando participamos na Eucaristia, escreve S. Cirilo de Jerusalém, experimentamos a espiritualização deificante do Espírito Santo, que além de nos configurar com Cristo, como sucede no Baptismo, nos cristifica integralmente, associando-nos à plenitude de Cristo Jesus.

A efusão do Espírito Santo, na medida em que nos cristifica, leva-nos a reconhecer como filhos de Deus. O Paráclito, que é caridade, ensina-nos a fundir com essa virtude toda a vida. Por isso, feitos uma só coisa com Cristo, consummati in unum, podemos ser entre os homens o que Santo Agostinho afirma da Eucaristia: sinal de unidade, vínculo de Amor(Cristo que passa, 87)


São Josemaría Escrivá

Clube Alviela em Lisboa - inscrições abertas

Contactos e informações

       Email: c.fontevelha@gmail.com
       Inês Magriço – 912 972 128 / 967 730 583
       Telefone: 217 512 901
       Morada : Azinhaga da Fonte Velha, nº5 Paço do Lumiar 1600-461 Lisboa

OS CONTEÚDOS ESSENCIAIS DA NOVA EVANGELIZAÇÃO – O reino de Deus I (continua)

Está implícito na chamada à conversão, como sua condição fundamental, o anúncio do Deus vivo. O teocentrismo é fundamental na mensagem de Jesus e deve ser também o núcleo da nova evangelização. A palavra-chave do anúncio de Jesus é: reino de Deus.

Mas reino de Deus não é uma coisa, uma estrutura social ou política, uma utopia. O reino de Deus é Deus.

Reino de Deus quer dizer: Deus existe. Deus vive. Deus está presente e actua no mundo, na nossa vida, na minha vida. Deus não é uma longínqua "causa última". Deus não é o "grande arquitecto" do deísmo, que montou a máquina do mundo e depois a abandonou.

Pelo contrário. Deus é a realidade mais presente e decisiva em cada acto da minha vida, em cada momento da História. Na conferência de despedida da sua cátedra na Universidade de Münster, o teólogo Johann Baptist Metz disse coisas que ninguém imaginaria ouvir dos seus lábios. Antes, ensinara o antropocentrismo: o verdadeiro feito do cristianismo teria sido o "giro antropológico", a secularização, a descoberta da secularidade do mundo. Depois passara a ensinar teologia política, a índole política da fé; a "memória perigosa"; e, finalmente, a teologia narrativa. Mas após percorrer esse caminho árduo e difícil, ele nos diz: o verdadeiro problema do nosso tempo é "a crise de Deus", a ausência de Deus, disfarçada de religiosidade vazia. A teologia deve voltar a ser realmente teo-logia, falar de Deus e com Deus.

Metz tem razão. O "único necessário" (unum necessarium) para o homem é Deus. Tudo muda dependendo da existência ou não de Deus. Por desgraça, também nós, cristãos, muitas vezes vivemos como se Deus não existisse (51 Deus non dare-tur). Vivemos segundo o slogan: Deus não existe e, se existe, não conta para nada. Por isso, a evangelização deve falar de Deus antes de qualquer coisa, anunciar o único Deus verdadeiro: o Criador, o Santificador, o Juiz (cfr. Catecismo da Igreja Católica).

Também aqui é preciso ter presente o aspecto prático. Não se pode dar a conhecer Deus unicamente com palavras. Não se conhece uma pessoa quando as únicas referências que se têm a seu respeito são de segunda mão. Anunciar Deus é introduzir na relação com Deus: ensinar a orar. A oração é fé em ato. E é apenas através dessa experiência vivida que encontramos, de maneira evidente, as garantias de que Deus existe. Por isso são tão importantes as escolas de oração, as comunidades de oração. A oração pessoal (no teu quarto, a sós na presença de Deus), a oração comum "paralitúrgica" ("religiosidade popular") e a oração litúrgica são complementares entre si. Sim, a liturgia é principalmente oração: o seu elemento específico consiste em que o seu sujeito primário não somos nós (como na oração privada e na religiosidade popular), mas o próprio Deus. A liturgia é actio divina. Deus age e nós correspondemos à ação divina.

(Cardeal Joseph Ratzinger excerto conferência pronunciada no Congresso de catequistas e professores de religião, Roma, 10.12.2000, e publicada no ‘L’Osservatore romano’ de 19.01.2001)

O Ano da Fé, suplemento de vida espiritual e sobrenatural

Ponhamos sob a sua maternal intercessão – é Mater Ecclésiae, Mãe da Igreja – o Ano da Fé, que começa dentro de poucas semanas, a 11 de outubro, quinquagésimo aniversário do começo do Concílio Vaticano II. E, fazendo eco ao Santo Padre, esforcemo-nos por atuar sempre como cristãos coerentes, dando claro testemunho, com obras e com palavras, da nossa fé católica. A sociedade civil, os ambientes em que vivemos, precisam de um suplemento de vida espiritual, de vida sobrenatural, que procede apenas da Cruz de Cristo. E, sem vitimismos, com paz e constância, procuremos aprender a lição do Mestre, que foi ao encontro do Calvário, declarando: desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco [14]
[14]. Lc 22, 15.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta de mês de setembro de 2012)

A ajuda ao desenvolvimento dos países pobres deve ser considerada como verdadeiro instrumento de criação de riqueza para todos

Que projecto de ajuda pode abrir perspectivas tão significativas de mais valia — mesmo da economia mundial — como o apoio a populações que se encontram ainda numa fase inicial ou pouco avançada do seu processo de desenvolvimento económico? Nesta linha, os Estados economicamente mais desenvolvidos hão-de fazer o possível por destinar quotas maiores do seu produto interno bruto para as ajudas ao desenvolvimento, respeitando os compromissos que, sobre este ponto, foram tomados a nível de comunidade internacional. Poderão fazê-lo inclusivamente revendo as políticas internas de assistência e de solidariedade social, aplicando-lhes o princípio de subsidiariedade e criando sistemas mais integrativos de previdência social, com a participação activa dos sujeitos privados e da sociedade civil. Deste modo, pode-se até melhorar os serviços sociais e de assistência e simultaneamente poupar recursos, eliminando desperdícios e subvenções abusivas, para destinar à solidariedade internacional. Um sistema de solidariedade social melhor comparticipado e organizado, menos burocrático sem ficar menos coordenado, permitiria valorizar muitas energias, hoje adormecidas, em benefício também da solidariedade entre os povos.

Caritas in veritate [60] – Bento XVI

«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»

Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para o Domingo e as festas dos santos 


«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». É por indicação da graça celeste, por inspiração sobrenatural, que se deve lançar a rede da pregação. Senão é em vão que o pregador lança as linhas das suas palavras. A fé dos povos obtém-se, não através de discursos sabiamente compostos, mas pela graça da vocação divina. [...] Ó frutuosa humildade! Quando aqueles que até aí não tinham pescado nada confiam na palavra de Cristo, apanham uma multidão de peixes. [...]

«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». Cada vez que por mim próprio as lancei, quis guardar o que me pertencia. Fui eu que pesquei e não Tu, foram as minhas palavras e não as Tuas. Por isso não pesquei nada. Ou, se pesquei qualquer coisa, não foi peixe, mas rãs, prontas a espalhar lisonjas sobre mim. [...]

«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». Lançar a linha por ordem de Jesus é atribuir-Lhe tudo e não guardar nada para si mesmo: é viver em conformidade com o que se pesca. Nessa altura, apanhamos uma grande quantidade de peixes.

«De futuro, serás pescador de homens»

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo 
Sermões atribuídos a São Máximo de Turim, 39


Quando o Senhor, sentado no barco de pesca, disse a Pedro «faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca», quis aconselhá-lo não tanto a lançar às profundezas da água as redes de pesca, mas a derramar no fundo dos corações as palavras da pregação. Foi neste abismo do coração que São Paulo penetrou quando clamou «oh, que profundidade de riqueza, de sabedoria e de ciência é a de Deus!» (Rm 11,33). [...] Tal como as redes trazem nas suas malhas, para dentro do barco, os peixes que apanharam, assim a fé conduz ao seu seio, para o descanso, todos os homens recolhidos por ela.
 
Para fazer ainda crer que o Senhor estava a referir-Se à pesca espiritual, disse Pedro: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos, mas porque Tu o dizes, lançarei as redes». O Senhor, nosso Salvador, é o Verbo, a Palavra de Deus; [...] e Pedro, ao lançar as redes a esta Palavra, estende a sua eloquência por todo o lado. Assim, Pedro estende as malhas da rede aparelhada segundo as directrizes do seu Mestre, lançando, em nome do Senhor, palavras claras e eficazes que permitem salvar homens e já não criaturas sem razão.
 
«Trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos». Sim, toda a noite trabalhara Pedro [...] mas, assim que brilhou a luz do Senhor, dispersaram-se as trevas e a fé permitiu-lhe distinguir nas profundezas da água aquilo que os seus olhos não podiam ver. Pedro sofreu a noite inteira até que o dia que é Cristo viesse em seu auxílio, conforme as palavras do apóstolo Paulo: «A noite adiantou-se e o dia está próximo» (Rm 13,12).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 6 de setembro de 2012

Um dia, comprimindo-se as multidões em volta d'Ele para ouvir a palavra de Deus, Jesus estava junto do lago de Genesaré. Viu duas barcas acostadas à margem do lago; os pescadores tinham saído e lavavam as redes. Entrando numa destas barcas, que era a de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois, estando sentado, ensinava o povo desde a barca. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo, e lançai as redes para pescar». Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, tendo trabalhado toda a noite, não apanhámos nada; porém, sobre a Tua palavra, lançarei as redes». Tendo feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que as redes se rompiam. Então fizeram sinal aos companheiros, que estavam na outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram tanto ambas as barcas, que quase se afundavam. Simão Pedro, vendo isto, lançou-se aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-Te de mim, Senhor, pois eu sou um homem pecador». Porque, tanto ele como todos os que se encontravam com ele, ficaram possuídos de espanto, por causa da pesca que tinham feito. O mesmo tinha acontecido a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas medo; desta hora em diante serás pescador de homens». Trazidas as barcas para terra, deixando tudo, seguiram-n'O.

Lc 5, 1-11