Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 14 de outubro de 2012

Amar a Cristo ...

Amado Jesus, na Tua bondade facultaste aos homens da medicina e das ciências o desenvolvimento de terapias paliativas que aliviam a dor física e psíquica aos doentes terminais e seus familiares, damos-Te graças no momento particularmente difícil na nossa família e colocamo-nos todos debaixo do manto protector da Virgem Santíssima, a Mãe das Mães dos Pais, dos filhos e dos netos e bisnetos.

Tenhamos sempre o coração contrito e saibamos ver e reconhecer como sois infinitamente bom e caridoso, facultando-nos, desde logo a Tua presença na Sagrada Eucaristia, o amor maternal da Tua e Nossa Mãe e os meios humanos, técnicos e científicos que ajudam aqueles que necessitam de serem aliviados e confortados. Rogamos-Te ainda assim, que ajudes a que estes cuidados se estendam a todos os que deles necessitam.

Obrigado Meu Deus e Meu Senhor por Ti que és o nosso Bom Pastor em todas as ocasiões!

JPR

Nossa Senhora de Lourdes, Saúde dos enfermos


Dia Mundial dos Cuidados Paliativos celebrado ontem publiamos notícia hoje da TVE (televisão espanhola) sobre o Hospital Centro de Cuidado de Laguna e vídeo com testemunhos

Fonte: site do Opus Dei – Espanha AQUI

"Deus pode levar o rico a compartilhar" (vídeos em espanhol e italiano)



A riqueza na dá felicidade na terra nem a vida eterna: foi o que disse o Papa no Angelus deste domingo dirigindo-se aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

Bento XVI comentou o Evangelho da liturgia dominical exortando a usar a riqueza de modo evangélico.

O Evangelho deste domingo (Mc 10,17-30) é o do "jovem rico" que exteriormente observa todos os mandamentos de Deus, mas ainda "não encontrou a verdadeira felicidade" e, por isso, pergunta a Jesus o que fazer para "herdar a vida eterna". Eis a reflexão do Pontífice:

"De um lado ele é atraído, como todos, pela plenitude da vida; de outro, sendo habituado a contar com as próprias riquezas, pensa que também de certo modo possa "adquirir" a vida eterna, quem sabe observando um mandamento especial."

Jesus colhe o desejo profundo que há naquela pessoa, e fixa no jovem "um olhar repleto de amor: o olhar de Deus":

"Mas Jesus entende também qual é o ponto fraco daquele homem: é justamente o seu apego a seus muitos bens; e por isso lhe propõe dar tudo aos pobres, de modo que o seu tesouro – e, portanto, o seu coração, - não mais esteja na terra, mas no céu, e acrescenta: <> (v. 22). Ele, porém, ao invés de acolher com alegria o convite de Jesus, vai embora entristecido (cfr v. 23), porque não consegue desapegar-se de suas riquezas, que jamais poderão dar-lhe a felicidade e a vida eterna."

Jesus ensina que é muito difícil, para um rico, entrar no Reino de Deus, mas não impossível:

"De facto, Jesus pode conquistar o coração de uma pessoa que possui muitos bens e impeli-la à solidariedade e à partilha com quem é necessitado, com os pobres, ou seja, a entrar na lógica da doação."

"A história da Igreja está repleta de exemplos de pessoas ricas que usaram seus bens de modo evangélico, alcançando inclusive a santidade", observou, como São Francisco, Santa Isabel da Hungria ou São Carlos Borromeu. Em seguida, citou São Clemente de Alexandria:

"A parábola ensine aos ricos que não devem negligenciar a sua salvação como se já estivessem condenados, nem devem lançar ao mar a riqueza nem condená-la como insidiosa e hostil à vida, mas devem aprender de que modo usar a riqueza e assim buscar a vida."

Ao término da oração mariana, o Santo Padre recordou que neste sábado, em Praga, na República Checa, foram proclamados Beatos Federico Bachstein e treze co-irmãos da Ordem dos Frades Menores assassinados em 1611 por causa de sua fé:

"São os primeiros Beatos do Ano da Fé, e são mártires: recordam-nos que crer em Cristo significa estar dispostos também a sofrer com Ele e por Ele."

Por fim, dentre as saudações em várias línguas aos diversos grupos de fiéis presentes na Praça São Pedro, saudou os peregrinos provenientes da Polónia, onde neste domingo se celebra "o Dia do Papa", com o lema: "João Paulo II – Papa da Família".

O Santo Padre concedeu, a todos, a sua Bênção apostólica.

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com adaptação de JPR

Imitação de Cristo, 3, 20, 5 - Da confissão da própria fraqueza, e das misérias desta vida

Infelizmente, o vil deleite vence a alma mundana, que julga delícia o estar em meio dos espinhos (30,7), porque nunca viu nem provou a doçura de Deus, nem a intrínseca suavidade da virtude. Mas aqueles que perfeitamente desprezam o mundo e procuram viver para Deus, em santa disciplina, experimentam a doçura divina, e mais claramente conhecem os erros grosseiros do mundo e seus vários enganos.

Não basta seres bom; tens de parecê-lo

Não basta seres bom; tens de parecê-lo. Que dirias tu de uma roseira que não produzisse senão espinhos? (Sulco, 735)         

Compreendeste o sentido da amizade quando te sentiste como pastor de um pequeno rebanho, que tinhas abandonado, e que procuras agora reunir novamente, disposto a servir cada um. (Sulco, 730)

Não podes ser um elemento passivo. Tens de converter-te em verdadeiro amigo dos teus amigos: ajudá-los! Primeiro, com o exemplo da tua conduta. E, depois, com o teu conselho e com o ascendente que a intimidade dá. (Sulco, 731)

Pensa bem nisto, e age em conformidade: essas pessoas, que te acham antipático, deixarão de pensar assim quando repararem que as amas deveras. Depende de ti. (Sulco, 734)

Consideras-te amigo porque não dizes uma palavra má. É verdade; mas também não vejo em ti uma obra boa de exemplo, de serviço...
– Estes são os piores amigos. (Sulco, 740)

São Josemaría Escrivá

O Matrimónio Natural, Património Mundial – Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

O casamento é, na actualidade, objecto de discussão nos fóruns políticos, onde se reclama, em nome da liberdade, o direito ao que alguns entendem como novas formas de matrimónio. Para os que defendem tal equiparação, o casamento monogâmico, ordenado à procriação e educação dos filhos, seria apenas um modelo de matrimónio, sendo de admitir outros, nomeadamente o que institucionalizaria a união afectiva entre duas pessoas do mesmo sexo, mesmo que, por este motivo, ficasse excluída a priori a eventualidade da geração.

É razoável que o matrimónio conheça, no ordenamento jurídico positivo, outros contornos que não os da família tradicional, mas importa não esquecer que, em termos conceptuais, o casamento é, de per si, uma instituição que obedece necessariamente a certos requisitos essenciais. O matrimónio tradicional corresponde a um modelo histórico de casamento e, como tal, é discutível, mas há certamente alguma coisa que caracteriza a união esponsal e a distingue de todas as outras uniões. É essa essência da união matrimonial que se pode designar, com propriedade, o casamento natural. É portanto necessário identificar o que é essencial no casamento, por ser natural, e o que no seu regime jurídico é acidental, por ser meramente histórico ou circunstancial.

Mesmo os sistemas legais mais modernos não outorgam o estatuto de união matrimonial às relações existentes entre parentes próximos – como seria o caso de irmãos, pais e filhos, avós e netos, etc. – não porque ignorem que entre essas pessoas possa existir um autêntico amor, mas porque entendem que esse sentimento não é susceptível de constituir um verdadeiro casamento. É também pacífico admitir que uma união poligâmica ou poliândrica é inaceitável, não por razões de ordem ideológica ou confessional, mas porque uma tal associação é contrária à essência do matrimónio natural. Uma razão análoga é a que obriga à disparidade de sexos entre os nubentes, não por uma questão religiosa ou cultural, mas por uma exigência natural que decorre, com necessidade, da própria essência do pacto nupcial e que, por isso, não é reformável. Com efeito, o matrimónio natural é a união de um só homem com uma só mulher, em igualdade de dignidade e diversidade de funções.

A diferenciação sexual exige-se em função da complementaridade que é essencial ao casamento, mas também da sua fecundidade, porque o matrimónio não é dissociável da finalidade procriativa, apenas realizável quando a união se estabelece entre pessoas de diferente sexo. O casamento, mais do que amor ou união, é o pacto em virtude do qual a mulher se capacita para ser mãe, isto é «mater», a palavra latina que, muito significativamente, é a raiz etimológica do termo «matrimónio».

Os gregos e os romanos, que conheciam e toleravam as uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo, nunca tiveram a veleidade de lhes reconhecer o estatuto jurídico do casamento: seria absurdo considerar matrimonial a união homossexual, na medida em que esta, por se estabelecer entre pessoas do mesmo sexo, não é apta para a geração. Portanto, a aptidão da união matrimonial para a prole não decorre de uma histórica intromissão religiosa ou cultural, mas da mesma essência natural do matrimónio. Seria aberrante, não só juridicamente mas também em termos lógicos, considerar que dois homens possam constituir um matrimónio. Aliás, também na linguagem popular, um casal não são dois machos ou duas fêmeas, mas um de cada, precisamente porque só essa união é prolífica.

Admitir um direito subjectivo universal ao matrimónio é um contra-senso: se é verdade que todos os cidadãos têm, em princípio, direito a optar pelo estado matrimonial, é evidente que o exercício dessa sua faculdade só é pertinente quando observam os requisitos essenciais do matrimónio. Qualquer pessoa é livre de comprar ou de doar, mas não pode pretender comprar sem se obrigar à entrega do preço do bem adquirido, nem querer doar a troco de uma compensação pecuniária, porque qualquer uma destas exigências contraria a essência do respectivo contrato, na medida em que a compra pressupõe sempre uma contra-prestação e a doação é, por definição, gratuita.

Discuta-se, se se quiser, o que há de histórico e cultural e até religioso na configuração jurídica da instituição civil do matrimónio, mas não se esqueça o que neste instituto é essencial, por ser natural. Admita-se, no limite, a institucionalização de uma sui generis união de pessoas do mesmo sexo, mas não à custa da perversão da instituição matrimonial.

O casamento cristão é, talvez, uma modalidade discutível, nomeadamente numa sociedade que já não se pauta pelos princípios evangélicos e, pelo contrário, faz questão em se afirmar laica e multicultural. O casamento tradicional é certamente um modelo respeitável, mas é legítimo que uma sociedade pós-moderna não se reveja em figurinos de outras eras. Mas o casamento natural não é mais um tipo de união matrimonial, mas a essência de todo e qualquer casamento e, por isso, um bem universal que, como a natureza ambiental, faz parte do património da humanidade.

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

“Se não O deixares, Ele não te deixará”, anota nesse dia.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

“terra-mãe”

«O grão da semente não permanece só, ao grão da semente pertence o mistério maternal da terra – a Cristo pertence Maria, a terra sagrada da Igreja como os Padres da Igreja lhe chamavam de forma tão bela. O mistério de Maria significa precisamente isto: que a palavra de Deus não permaneceu sozinha mas, pelo contrário, assumiu o outro – a terra -, que se tornou ser humano na “terra-mãe” e então, novamente, intimamente ligada à terra de toda a humanidade, pôde voltar a Deus»

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

Livres em Deus

O poder deste mundo odeia a religiosidade. E porquê? Porque tudo o que dá glória a Deus incomoda quem tem pretensões de dominar a vida dos outros.

A razão é óbvia: é que a raiz da verdadeira liberdade dos homens está na ligação ao Absoluto, ao Mistério de Deus que define o rosto, a memória e identidade daqueles que O seguem.
  
Por isso, o poder tenta arrancar da nossa vida essa raiz, tenta cortar Deus da nossa consciência, especialmente, quando a dimensão religiosa está ligada à nossa História. 
  
O alerta do Arcebispo de Moscovo, que esteve ontem (13.10.2011) em Fátima, não se aplica só aos russos, nem perdeu actualidade: também nós, hoje, quanto mais enraizados em Deus estivermos mais livres seremos em tudo na vida. Até mesmo para ir contra-corrente, se for caso disso.


Aura Miguel

Rádio Renascença 14.10.2011