Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Amar a Cristo ...

Amado Jesus, agradecemos-Te com sentida gratidão e emoção pelo sucessor do nosso querido Beato João Paulo II, cuja memória litúrgica hoje celebramos.

O Teu também dileto filho Joseph Ratzinger, como bem sabes, tem sido um extraordinário timoneiro da Tua Igreja e nos últimos anos acrescentou à sua obra enquanto Cardeal para a nossa evangelização e consolidação da Fé e da Tradição, maravilhosos e sólidos textos, que nos levam a tê-lo já hoje como um verdadeiro “Doutor da Igreja”. Perdoa-nos se nos antecipamos aos tempos próprios para tal honra, mas apenas Te expressamos o que nos vai na alma e no coração.

Senhor Jesus, rogamos-Te que protejas Bento XVI de todos os males e que o Teu Espírito continue a inspirá-lo enquanto Pastor da Tua Igreja.

JPR

Alguns dizem: "Sou católico, mas não concordo com o papa..." - da entrevista de Zita Seabra a Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada (agradecimento 'É o Carteiro!')


Imitação de Cristo, 3, 22, 2 - Da recordação dos inumeráveis benefícios de Deus

Tudo o que temos, na alma e no corpo, todos os bens que possuímos, internos e externos, naturais e sobrenaturais, todos são benefícios vossos, e outras tantas provas de vossa bondade, liberalidade e muníficência, que de vós todos os bens recebemos. E ainda que este receba mais e outros menos, tudo é vosso, e sem vós ninguém pode alcançar a menor coisa. E aquele que recebeu mais não pode gloriar-se de seu merecimento, nem elevar-se acima dos outros, nem desprezar o menor; porque só é maior e melhor aquele que menos atribui a si, e é mais humilde e fervoroso em vos agradecer. E quem se considera mais vil e se julga o mais indigno de todos é o mais apto para receber maiores dons.

Deus conduz-nos sem pausas

Enquanto houver luta, luta ascética, há vida interior. Isso é o que o Senhor nos pede: a vontade de querer amá-Lo com obras, nas coisas pequenas de cada dia. Se venceste no pequeno, vencerás no grande. (Via Sacra, 3ª Estação, n. 2)

Devo prevenir-vos contra uma artimanha de que Satanás – ele nunca tira férias! – não desdenha servir-se para nos arrancar a paz. Talvez em algum instante se insinue a dúvida, a tentação de pensar que se retrocede lamentavelmente ou de que mal se avança; até ganha força a convicção de que, apesar do empenho por melhorar, se piora. Garanto-vos que, em regra, esse juízo pessimista só reflecte uma falsa ilusão, um engano que convém repelir. (…) Lembrai-vos de que a Providência de Deus nos conduz sem pausas e não regateia o seu auxílio – com milagres portentosos e com milagres pequenos – para fazer progredir os seus filhos.

Militia est vita hominis super terram, et sicut dies mercenarii, dies eius, a vida do homem sobre a terra é milícia e os seus dias decorrem com o peso do trabalho. Ninguém escapa a este imperativo; nem os comodistas que põem resistência em aceitá-lo: desertam das fileiras de Cristo e afadigam-se noutras contendas para satisfazerem a sua preguiça, a sua vaidade, as suas ambições mesquinhas; são escravos dos seus caprichos. (...).

Renovai todas as manhãs com um serviam decidido – servir-te-ei, Senhor! – o propósito de não ceder, de não cair na preguiça ou na apatia, de enfrentar as tarefas com mais esperança, com mais optimismo, persuadidos de que, se sairmos vencidos em alguma escaramuça, poderemos superar esse desaire com um acto de amor sincero. (Amigos de Deus, 217)

São Josemaría Escrivá

Memória Litúrgica do Beato João Paulo II, †2005

Jesus Cristo que é Deus, é a Ponte para o Pai...

Não nos esqueçamos de recorrer também a intercessão da Virgem Maria, Filha, Mãe e Esposa de Deus, Espírito Santo, pois Ele como bom e misericordioso Pai, Filho e Esposo não é ciumento e ficar-nos-á grato.

JPR

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1946

Reza diante da imagem de Nossa Senhora de la Merced, em Barcelona. Anos mais tarde dirá: “Pouco a pouco vai-se cumprindo o que tanto desejava naqueles anos quarenta, quando ia ajoelhar-me aos pés da Virgem na Basílica de la Merced e não poucas vezes também ante a imagem de Nossa Senhora de Montserrat, na sua Santa Montanha; quando falava então aos meus filhos dessa amadíssima cidade e lhes recordava as palavras de S. João: veritas liberavit vos (Jo 8, 32), a verdade far-vos-á livres”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O que pensa Bento XVI de João Paulo II

Recolhemos a seguir as homilias que Bento XVI pronunciou nas Missas de aniversário do falecimento do seu predecessor, que refletem o afeto que conserva para com João Paulo II e ajudam a celebrar a beatificação.

João Paulo II celebra o Canon Latino da Santa Missa na Festa de S. Pedro e S. Paulo a 29 de junho de 1985 até à aclamação após o que canta o Pai Nosso

A transparência cristã de João Paulo II - D. Javier Echevarría

Qual foi o segredo da eficácia evangelizadora deste Papa extraordinário? É evidente que Wojtyla foi um defensor incansável da dignidade humana

Há anos que se ouvem testemunhos de jovens, e menos jovens, que se sentiram atraídos por Cristo graças às palavras, ao exemplo e à proximidade de João Paulo II. Com a ajuda de Deus, alguns empreenderam um caminho de procura da santidade sem mudar de estado, na vida matrimonial ou no celibato, outros, no sacerdócio ou na vida religiosa. São vários milhares e há quem lhes chame "a geração João Paulo II".

Qual foi o segredo da eficácia evangelizadora deste Papa extraordinário? É evidente que Karol Wojtyla foi um defensor incansável da dignidade humana, um pastor solícito, um comunicador credível da verdade e um pai, para crentes e não crentes. Mas o Papa que nos guiou na transição do segundo para o terceiro milénio foi acima de tudo um homem apaixonado por Jesus Cristo e identificado com Ele. 

"Para saber quem é João Paulo II é preciso vê-lo rezar, sobretudo na intimidade da sua capela privada", escreveu um dos biógrafos deste santo pontífice. E assim é, de facto. Uma das últimas fotografias da sua caminhada terrena retrata-o na capela privada acompanhando, pela televisão, a Via-Sacra que decorria no Coliseu. Naquela Sexta-Feira Santa de 2005, João Paulo II não pôde presidir fisicamente ao evento, como fizera nos anos anteriores. Já não conseguia nem falar nem andar, mas essa imagem espelha a intensidade do momento que vivia. Agarrado a um grande crucifixo de madeira, o Papa abraça Jesus na cruz, aproxima o Crucificado do seu coração e beija-O. A imagem de João Paulo II, ancião e doente, unido à Cruz, é um discurso tão eloquente como as suas palavras vigorosas ou as viagens extenuantes.

O novo beato cumpriu com generosidade heróica o mandato de Cristo aos Seus discípulos: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16, 15). Na ânsia de chegar ao último recanto de África, da América, da Ásia, da Europa e da Oceânia, João Paulo II não pensava em si próprio; tinha o ímpeto de gastar a vida em serviço dos outros, o desejo de mostrar a dignidade do ser humano - criado à imagem e semelhança de Deus e redimido por Cristo - e de transmitir a mensagem do Evangelho.

Certa vez, ao fim da tarde, acompanhei D. Álvaro del Portillo - então prelado do Opus Dei - aos aposentos pontifícios. Enquanto esperávamos a chegada do Papa ouvimos os passos cansados, de alguém que arrastava os pés, aproximar-se por um corredor. Era João Paulo II, muito cansado. D. Álvaro del Portillo exclamou: "Santo Padre, está tão cansado!" O Papa olhou para ele e, com voz amável, explicou: "Se por esta altura não estivesse cansado, seria sinal de que não teria cumprido o meu dever." O zelo pelas almas transportou-o ao último canto da Terra para levar a mensagem de Cristo. Há alguém no mundo que tenha estreitado mais mãos na sua vida, ou tenha cruzado o seu olhar com o de tantas pessoas como ele? Esse esforço, também humano, era outro modo de abraçar e de se unir ao Crucificado.

A universalidade do coração de João Paulo II não o conduzia só a uma actividade que poderíamos chamar exterior: também no seu interior agia operativamente este espírito, assumindo as inquietações do mundo inteiro. Diariamente, a partir da capela privada no Vaticano, percorria o globo. Por isso foi natural a resposta a um jornalista que perguntou como rezava: a oração do Papa - respondeu - é uma "peregrinação pelo mundo inteiro rezando com o pensamento e o coração". 

Na sua oração - explicava - emerge "a geografia das comunidades, das igrejas, das sociedades e também dos problemas que angustiam o mundo contemporâneo", e deste modo o Papa "expõe diante de Deus todas as alegrias e esperanças e ao mesmo tempo as tristezas e preocupações que a Igreja partilha com a humanidade contemporânea".

Esse coração universal e esse impulso missionário levaram-no a dialogar com pessoas de todos os tipos. Isso tornou-se patente durante o Jubileu do ano 2000; quis encontrar-se com crianças, jovens, adultos e idosos; com desportistas, artistas, governantes, políticos, polícias e militares; com trabalhadores do campo, universitários, presos e doentes; com famílias, pessoas do mundo do espectáculo, emigrantes e nómadas... 

A biografia de Karol Wojtyla pode também ler-se como um contínuo levar o Evangelho aos mais variados sectores da sociedade humana: às famílias, à escola e à fábrica, ao teatro e à literatura, às cidades de arranha-céus e aos bairros de barracas. A sua história levou-o a perceber com clareza que é possível tornar presente Cristo em todas as circunstâncias, também nos momentos trágicos da guerra mundial e das dominações totalitárias que imperaram na sua terra natal. Nos cenários mais diversos da modernidade, João Paulo II levou a luz de Jesus Cristo à humanidade inteira. Com a sua existência ensina-nos a descobrir Deus nas circunstâncias em que nos toca viver.

Numa das suas obras, S. Josemaría Escrivá de Balaguer, contempla Jesus na cruz como Sacerdote Eterno, que "abre os seus braços à humanidade inteira". Penso que a caminhada terrena de João Paulo II foi uma réplica fiel desse Senhor a acolher no Seu coração todos os homens e mulheres, derramando amor e misericórdia em cada um, com um acento especial para os doentes e os desvalidos.

A vida do cristão é procurar configurar-se com Cristo; e João Paulo II cumpriu-o de modo sublime: por causa da sua heróica correspondência à graça, da sua alegria de filho de Deus, pessoas de todas as raças e condições sociais viram brilhar nele o rosto do Ressuscitado. 

A fotografia que referi no início destas reflexões parece-me uma síntese visual da vida de João Paulo II: um Papa exausto pelo longo tempo de serviço às almas, que conduz o olhar do mundo para Jesus na cruz, para que cada um e cada uma encontre aí respostas para as suas interrogações mais profundas. A vida do novo beato é pois um exemplo de transparência cristã: tornar visível, através da própria vida, o rosto e os sentimentos misericordiosos de Jesus. Penso que é essa a razão e o segredo da sua eficácia evangelizadora. E estou convencido - assim o peço a Deus - de que a sua elevação aos altares induzirá no mundo e na Igreja uma onda de fé e de amor, de desejos de servir os outros e de gratidão ao Senhor.


No dia 1 de Maio de 2011, na Praça de São Pedro, sob o olhar carinhoso da Mãe da Igreja, poderemos unir-nos a Bento XVI e dizer uma vez mais: "Queremos expressar a nossa profunda gratidão ao Senhor pelo dom de João Paulo II e queremos também agradecer a este Papa tudo o que fez e sofreu" (Audiência geral, 18 de Maio de 2005).

Aos que o conhecemos em vida, cabe-nos agora o gostoso dever de o dar a conhecer às gerações vindouras. 
Javier Echevarría - Prelado do Opus Dei

Pequenos gestos que significam muito…

Karol Wojtyla, desde que o vi no seu primeiro acto público, na cerimónia oficial na Praça de S.Pedro em que todos os Cardeais lhe prestaram reconhecimento individualmente, ganhou o meu coração.

Tenho gravado na minha memória, o seu gesto no momento em que o Cardeal Stefan Wyszyński se ajoelhou, e João Paulo II se levantou de imediato, para ajudar o seu amigo e mentor espiritual a levantar-se o abraçou protocolar mas fraternamente (a foto não corresponde a esse momento), um aparente gesto simples, mas que define desde logo uma humildade e humanidade excepcional.

A sua coragem, o seu amor à vida e ao próximo, transformaram-no num excepcional exemplo perante a humanidade e estou convicto que a História lhe reconhecerá o relevante papel que desempenhou na Igreja e no mundo nos finais do séc. XX e início deste novo século.

JPR

Navarro Valls: João Paulo II ensinou aos jovens o que significa dizer "amo-Te"

O ex-porta-voz da Santa Sé Joaquín Navarro Valls foi o primeiro a dar seu testemunho na vigília celebrada esta noite no Circo Máximo de Roma e declarou que João Paulo II ensinou aos jovens "o que significa de verdade a expressão “amo-Te".

Ante uma pergunta da apresentadora do evento, a jornalista Safiria Leccese sobre as relações pré-matrimoniais e as exigências do Papa aos jovens, Navarro Valls destacou que João Paulo II "sempre defendeu o carácter transcendente da pessoa" e a importância "do seu corpo".

Para o João Paulo II, o amor era "querer o bem que Deus quer para o outro" algo que "os jovens entendiam sem dúvida", conforme acrescentou Navarro Valls, quem também destacou que aprendeu muito de João Paulo II sobre "o respeito à pessoa humana, em quem via a imagem de Deus".

Resgate do pessimismo

Navarro Valls destacou que Karol Wojtyla "resgatou a pessoa humana do pessimismo" e também percebeu que o homem "necessita da misericórdia de Deus".

Por isso, conforme recordou o ex-porta voz, o Papa "procurava a misericórdia de Deus todas as semanas" através da confissão porque "compreendia que os homens não podem ser bons por si próprios, mas necessitam de Deus para isso".

Conforme destacou o antigo colaborador do Pontífice, João Paulo II "disse sim a tudo o que Deus lhe pedia" e sublinhou que para o Papa polaco, a oração "era uma necessidade, porque estava em completa conversação com Deus".

"Quando talvez havia um jantar importante e o esperavam, ia buscá-lo e o via na capela, ajoelhado, com pequenos molhes de papel que passava um por um, durante muitíssimo tempo", acrescentou.

O ex-porta-voz destacou que esses molhes de papel eram "as milhares de cartas que recebia todos os dias" nas que os fiéis "pediam as orações do Papa". Conforme explicou Navarro Valls, "todos as dores do mundo chegavam a ele e nutria sua oração das necessidades de outros".

Navarro Valls destacou também que ao receber o anúncio da beatificação de João Paulo II, sentiu "os mesmos sentimentos que sentiu apenas faleceu" que foi "um sentimento de agradecimento por essa obra de arte que fez com sua vida". 

Além disso, o ex-porta voz sublinhou que o dia do funeral de João Paulo II, quando os peregrinos "gritaram santo súbito" pensou que "o percebiam tarde" porque a Igreja "não faz Santos, mas os mesmos Santos enquanto estão vivos caso contrário não serão nunca". 

A Igreja, conforme destacou Navarro Valls, tão somente "reconhece que a vida desta pessoa era Santa" mas os Santos "já são Santos a priori". Os peregrinos acompanharam o testemunho de Navarro Valls com grandes aplausos, que o obrigaram a parar durante alguns minutos sob as luzes de numerosas velas que iluminaram o Circo Máximo.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

22 de Outubro dia do beato João Paulo II, recordamos em excertos o discurso aos leigos na Sé de Lisboa a 12 de Maio de 1982

["Leigo"? - que é isso?]

E qual é a vossa vocação, responsabilidade e missão de leigos?

Vós bem o sabeis: o leigo está integrado no Povo de Deus, que caminha neste mundo rumo à Pátria celeste.  (...)

E fostes chamados à santidade, tendo por modelo o próprio Cristo, na sua doação integral ao Pai e aos irmãos:
“como Aquele que vos chamou à santidade, sede também vós santos em todas as vossas acções”.

Mas olhai que a santidade, mais que uma conquista, é dom que vos é concedido: o amor de Deus foi derramado em vossos corações pelo Espírito Santo que vos foi dado.

Assim, ser cristão não é, primariamente, assumir uma infinidade de compromissos e obrigações, mas é deixar-se amar por Deus

[Que faz um leigo?] 

Perguntareis: o que é que nos compete fazer, na qualidade de leigos?

O cristão nunca pode limitar-se a uma atitude meramente passiva, de puro receber.

A vossa missão de leigos, portanto, fundamentalmente é a santificação do mundo, pela vossa santificação pessoal, ao serviço da restauração do mundo.

O Concílio Vaticano II, que tanto se debruçou sobre os leigos e o seu papel na Igreja, acentuou bem a sua índole secular.
É o cristão que vive no mundo, responsável pela edificação cristã da ordem temporal, nos seus diversos campos: na política, na cultura, nas artes, na indústria, no comércio, na agricultura...

A Igreja há-de estar presente em todos os sectores da actividade humana e nada do que é humano lhe pode permanecer alheio. E sois vós,principalmente, prezados leigos, que a deveis tornar presente.
Quando se acusasse a Igreja de estar ausente de algum sector, ou de despreocupar-se de algum problema humano, equivaleria lastimar a ausência de leigos esclarecidos ou a não actuação de cristãos naquele determinado sector da vida humana.
Por isso dirijo-vos um apelo caloroso: não deixeis a Igreja ficar ausente de nenhum ambiente da vida da vossa querida Nação.
Tudo deve ser permeado pelo fermento do Evangelho de Cristo e iluminado pela sua luz. É vossa tarefa fazê-lo.
  
Este é o caminho:
  • cristãos no aconchego da intimidade pessoal;
  • cristãos no interior do lar – como esposos, pais e mães e filhos de família, em “igreja doméstica”;
  • cristãos na rua, como homens e mulheres situados;
  • cristãos na vida em comunidade,
  • no trabalho,
  • nos encontros profissionais e empresariais,
  • no grupo,
  • no sindicato,
  • no divertimento,
  • no lazer, etc.;
  • cristãos na sociedade, ocupando cargos elevados ou prestando serviços humildes;
  • cristãos na partilha da sorte de irmãos menos favorecidos;
  • cristãos na participação social e política;
  • enfim, cristãos sempre, na presença e glorificação de Deus, Senhor da vida e da história.
  
[Que "preparação" deve ter um leigo?]

A vivência generosa e testemunho corajoso da vossa identidade, sabemo-lo, transcende meras qualificacões sociológicas; exige algo profundamente pessoal, que insere na comunidade “ontológica” dos discípulos de Cristo
  
Já se deixam entrever, como imperativos indeclináveis:
  • o cultivo da fé e da vida divina,
  • a frequência dos sacramentos e o dever da oração constante;
  • a necessidade, mais do que a simples vantagem,
  • da fidelidade à Cátedra de Pedro,
  • da comunhão profunda com a Hierarquia bem inseridos nas perspectivas da Igreja local,
  • em aderência aos vossos Bispos e
  • em sintonia com as Comissões episcopais nacionais,
  • em união com o clero e com os religiosos;
  • a exigência de associações realisticamente organizadas e informadas pelo amor: “Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros, como eu vos amei”

Agradecimento ‘É o Carteiro!’

Beato João Paulo II

João Paulo II, Karol Józef Wojtyła (18 de Maio de 1920 -2 de Abril de 2005), foi Papa de 16 de Outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história. Foi o único Papa eslavo e polaco até a sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o holandês Adriano VI em 1522.

João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e em toda a Europa, bem como importância significante na melhora das relações da Igreja Católica com o judaismo, o islão e as igrejas ortodoxas e protestantes.

Prosseguindo no caminho já iniciado pelo Papa Paulo VI, a nível mundial foi um dos líderes que mais viajou na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia falar mutíssimos idiomas incluindo o português, além da sua língua materna o polaco. Deu um ênfase especial à vocação universal para a santidade; beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados. Ao final da tarde do dia 2 de Abril de 2005, faleceu devido a sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de Dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato em Roma no dia 1 de Maio de 2011.

Amontoar para si ou ser rico em relação a Deus?

Concílio Vaticano II 
Constituição sobre a Igreja no Mundo Actual «Gaudium et spes», §§ 88-90

Os cristãos cooperem de bom grado e de todo o coração na construção da ordem internacional com verdadeiro respeito pelas liberdades legítimas e na amigável fraternidade de todos; e tanto mais quanto é verdade que a maior parte do mundo ainda sofre tantas necessidades, de maneira que, nos pobres, o próprio Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos Seus discípulos. Não se dê aos homens o escândalo de haver algumas nações, geralmente de maioria cristã, na abundância, enquanto outras não têm sequer o necessário para viver e são atormentadas pela fome, pela doença e por toda a espécie de misérias. Pois o espírito de pobreza e de caridade é a glória e o testemunho da Igreja de Cristo. São, por isso, de louvar e devem ser ajudados os cristãos, sobretudo jovens, que se oferecem espontaneamente para ir em ajuda dos outros homens e povos. [...]

É, portanto, absolutamente necessário que a Igreja esteja presente na comunidade das nações, para fomentar e estimular a cooperação entre os homens; tanto por meio das suas instituições públicas como graças à inteira e sincera colaboração de todos os cristãos. [...] Dedique-se especial cuidado em formar neste ponto a juventude, tanto na educação religiosa como na cívica.

Finalmente, é de desejar que os católicos, para bem cumprirem a sua missão na comunidade internacional, procurem cooperar activa e positivamente, quer com os irmãos separados que com eles professam a caridade evangélica, quer com todos os homens que anelam verdadeiramente pela paz.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 22 de outubro de 2012

Então disse-Lhe alguém da multidão: «Mestre, diz a meu irmão que me dê a minha parte da herança». Jesus respondeu-lhe: «Meu amigo, quem Me constituiu juiz ou árbitro entre vós?». Depois disse-lhes: «Guardai-vos cuidadosamente de toda a avareza, porque a vida de cada um, ainda que esteja na abundância, não depende dos bens que possui». Sobre isto propôs-lhes esta parábola: «Os campos de um homem rico tinham dado abundantes frutos. Ele andava a discorrer consigo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? Depois disse: Farei isto: Demolirei os meus celeiros, fá-los-ei maiores e neles recolherei o meu trigo e os meus bens, e direi à minha alma: Ó alma, tu tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus disse-lhe: Néscio, esta noite virão demandar-te a tua alma; e as coisas que juntaste, para quem serão? Assim é o que entesoura para si e não é rico perante Deus».

Lc 12, 13-21