Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 24 de novembro de 2012

O protesto dos magos (Editorial)

No início dos anos sessenta do século XX nalguns ambientes exegéticos também católicos começou a reforçar-se uma vaga de cepticismo, ou até de suficiência, em relação às narrações evangélicas canónicas da infância (os primeiros dois capítulos de Mateus e de Lucas). As consequências recaíam principalmente sobre o episódio dos magos, dos quais se chegava a proclamar sem hesitações que nunca tinham existido. Por reacção difundiu-se uma história, referida com argúcia por Raymundo E. Brown no seu vastíssimo estudo The Birth of the Messiah. Nos Estados Unidos um destes "denegridores dos magos" tinha recebido um postal de Natal pintado à mão que representava precisamente estas personagens evangélicas as quais, zangadíssimas, batiam à porta do estudioso que as tinha sumariamente liquidado chamando-lhe por nome e pedindo que os recebesse.

A anedota é emblemática da situação dos evangelhos da infância. Textos fascinantes, muito conhecidos no seu conjunto mas na realidade muito difíceis, constituem um desafio e um encanto para quem os lê e estuda. Assim como encanto e desafio constitui o livro - terceiro e último de uma trilogia única na história do papado - que Bento XVI dedicou expressamente a estas páginas evangélicas, tão escarnas quanto densas de significado, cada uma delas "narração em miniatura, mas substancial, do Evangelho", segundo a definição de Brown. Desde a promessa da primeira parte da obra dedicada a Jesus de Nazaré e publicada em 2007, o Papa tinha anunciado a segunda sobre as narrações da infância, que então esperava incluir no segundo volume e que ao contrário, quando ele foi publicado em 2010, foi adiada para um "pequeno fascículo".

  
Menor por extensão, a terceira parte agora confiada aos leitores é sem dúvida essencial mas não menos exigente das precedentes. A reflexão do autor, nalguns aspectos só mencionada, faz-se mais radical e exigente. E torna-se agora claro o sentido da dupla assinatura (Joseph Ratzinger e Bento XVI): sem dúvida para ressaltar que não se trata de "um acto magisterial" mas da "expressão da minha pesquisa pessoal", como indicava o Pontífice no prefácio. Contudo, uma pesquisa que não se limita ao último decénio - o cardeal Ratzinger começou a trabalhar na obra no Verão de 2003 - mas que é fruto de uma vida inteira. Que o Papa quis tenazmente concluir, não obstante a imensa carga de trabalho que todos os dias deve enfrentar como sucessor do primeiro dos apóstolos. Definida pelo autor "sala de entrada dos dois precedentes volumes", a terceira parte constitui na realidade o seu remate, no esforço de compreensão do texto. O que pretendiam dizer os autores? E é verdadeira a sua narração? Diz-me respeito? Face a escrituras consideradas inspiradas por Deus - afirma com convicção Bento XVI - "a pergunta acerca da relação do passado com o presente faz inevitavelmente parte da mesma interpretação.

Com isto a seriedade da pesquisa histórica não é diminuída, mas aumenta". E a pergunta fundamental que abre a terceira parte é a que Pilatos dirigiu a Jesus (Jo 19, 9) e em volta da qual se desenrola toda a obra do Papa; "De onde és tu?". Pergunta que estimula o caminho dos magos, nos quais o Pontífice vê "a expectativa interior do espírito humano, o movimento das religiões e da razão humana em direcção a Cristo". O bater à porta dos magos do exegeta incrédulo evoca então o que é descrito no Apocalipse (3, 20): "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo".

GIOVANNI MARIA VIAN - Diretor

(© L'Osservatore Romano - 24 de Novembro de 2012)

Amar a Cristo ...

Meu Senhor, Meu Deus e Meu Rei, amanhã amado Jesus a Tua Igreja celebrará a Solenidade do Cristo Rei que és Tu na Tua divindade e simplicidade. O Teu Reino Senhor, que não terá fim, não é rico em ouro ou prata, mas em muitíssimo mais do que isso, é de uma riqueza inesgotável de amor e carinho por nós.

De facto tanto que nos ensinaste e doaste, ao ponto de dares a vida por nós pecadores e nos teres servido em total entrega ao Pai.

Nem sempre, queridíssimo Rei do Universo, sabemos sair da pequenez deste mundo para nos entregarmos totalmente a Ti. Eis porque, é nosso dever e obrigação imitar-Te na humildade e entrega, rogando-Te que nos conduzas sempre na alegria e consolo da Tua Palavra.

Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo Rei do Universo!

JPR

Canto Gregoriano (51'13" de grande tranquilidade)

A Igreja é de todos os povos e culturas, uma polifonia de vozes

A Igreja é de todos os povos e é por isso que se exprime nas várias culturas, numa polifonia de vozes: sublinhou o Papa, na celebração do Consistório que teve lugar, neste sábado de manhã, na basílica de São Pedro, para a criação de seis novos cardeais: James Harvey, dos Estados Unidos, novo arcipreste da basílica de São Paulo fora de muros; o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Béchara Boutros Raï, libanês; o arcebispo maior de Trivandrum dos Siro-Malankareses, União Indiana; o arcebispo de Abuja, na Nigéria, John Onauyekan; o arcebispo de Bogotá, Colômbia, Ruben Salazar Gómez; e o arcebispo de Manila, Filipinas, Luís Antonio Tagle

Comentando, na homilia, as palavras do Credo “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”, Bento XVI centro sobre o aspeto da catolicidade da Igreja, desenvolveu “algumas considerações” sobre esse “traço essencial da Igreja e da sua missão”. As notas caraterísticas da Igreja – sublinhou o Papa – correspondem a um desígnio divino. “É Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja o ser una, santa, católica e apostólica, e é Ele que a chama a realizar cada uma destas qualidades”.

“a Igreja é católica, porque Cristo, na sua missão de salvação, abraça toda a humanidade. Embora a missão de Jesus na sua vida terrena se tivesse limitado ao povo judeu, «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24) todavia desde o início estava orientada para levar a todos os povos a luz do Evangelho e fazer entrar todas as nações no Reino de Deus”.

Aludindo ao título de “Filho do Homem”, usado no Livro de Daniel, o Papa sublinhou que esta uma imagem “preanuncia um reino totalmente novo, sustentado não por poderes humanos, mas pelo verdadeiro poder que vem de Deus”. “Jesus serve-Se desta expressão rica e complexa, aplicando-a a Si mesmo, para manifestar o verdadeiro carácter do seu messianismo, como missão destinada a todos e cada um dos homens, superando todo o particularismo étnico, nacional e religioso.”

E é precisamente seguindo Jesus, deixando-se atrair para dentro da sua humanidade e, portanto, na comunhão com Deus que se entra neste novo reino, que vence toda a fragmentação e dispersão. “Jesus envia a sua Igreja, não a um grupo, mas à totalidade do género humano para, na fé, o reunir num único povo a fim de o salvar, como justamente se exprime o Concílio Vaticano II na Constituição dogmática Lumen gentium: «Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus» (n. 13).

A universalidade da Igreja – fez notar o Papa - deriva da universalidade do único desígnio divino de salvação do mundo. Carácter universal que aparece claramente no dia do Pentecostes, quando o Espírito Santo cumula da sua presença a primeira comunidade cristã, para que o Evangelho se estenda a todas as nações e faça crescer em todos os povos. “E a missão universal da Igreja não parte de baixo, mas desce do alto, do Espírito Santo e, desde o primeiro instante, está orientada para se exprimir em todas as culturas e assim formar o único Povo de Deus. Não se trata tanto de uma comunidade local que cresce e se alarga lentamente, como sobretudo de um fermento que abre para o universal, para o todo, trazendo em si mesmo a universalidade.”

“Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda criatura»; «fazei discípulos de todos os povos»: com estas palavras (observou o Papa), Jesus envia os apóstolos a todas as criaturas, para que chegue a todo o lado a acção salvadora de Deus. E no momento da ascensão, aos Apóstolos, ainda limitados a uma visão fechada da restauração de um novo reino davídico, Jesus abre os horizontes, confiando-lhes uma promessa e uma tarefa: serão cumulados da força do Espírito Santo, para O testemunharem em todo o mundo, superando as fronteiras culturais e religiosas em que estavam habituados a pensar e viver. Eles partem, assim, sem nenhuma segurança humana, mas unicamente com a força do Espírito Santo, do Evangelho e da fé - o fermento que se espalha pelo mundo, nas diferentes vicissitudes e nos mais variados contextos culturais e sociais, permanecendo uma única Igreja. "Quando os Apóstolos falam de Igreja, não falam de uma comunidade própria, falam da Igreja de Cristo e insistem sobre esta identidade única, universal e total da Catholica, que se realiza em cada Igreja local. A Igreja é una, santa, católica e apostólica, reflectindo em si mesma a fonte da sua vida e do seu caminho: a unidade e a comunhão da Trindade.”

É nesta perspectiva da unidade e universalidade da Igreja que se situa o Colégio Cardinalício: uma variedade de rostos, em que se exprime o rosto da Igreja universal.

“Desejo, com este Consistório, pôr em evidência de modo particular que a Igreja é Igreja de todos os povos, e por conseguinte exprime-se nas várias culturas dos diversos Continentes. É a Igreja de Pentecostes, que, na polifonia das vozes, ergue um canto único e harmonioso ao Deus vivo.”

Rádio Vaticano

Excerto da homilia em italiano



Imitação de Cristo, 3, 31, 1 - Do desprezo de toda criatura, para que se possa achar o Criador

A alma: Senhor, muita graça ainda me é necessária para chegar a tal ponto, que nenhum homem nem criatura alguma me possa estorvar. Pois, enquanto me detém alguma coisa, não posso voar à vós livremente. Aspirava a esta liberdade o profeta, quando dizia: Quem me dera asas como a pomba, para poder voar e descansar! (Sl 54,7). Que há de mais sereno que o olhar singelo, e quem é mais livre que o homem sem desejo terrestre? Por isso importa elevares-te acima de todas as criaturas, e renunciares totalmente a ti mesmo, e naquele arroubo da alma perseverares e compreenderes que o Autor de todas as coisas não tem semelhança com as criaturas. E quem não estiver desprendido das criaturas, não poderá livremente atender às coisas divinas. Por isso se encontram tão poucos contemplativos, porque raros são os que sabem desapegar-se de todo das coisas perecedoras.

O teu trabalho deve ser oração

Antes de começar a trabalhar, põe sobre a tua mesa, ou junto dos utensílios do teu trabalho, um crucifixo. De vez em quando, lança-Lhe um olhar... Quando a fadiga chegar, fugir-te-ão os olhos para Jesus, e encontrarás nova força para prosseguir no teu empenho. Porque esse crucifixo é mais do que o retrato de uma pessoa querida – os pais, os filhos, a mulher, a noiva... – ; Ele é tudo: o teu Pai, teu Irmão, teu Amigo, teu Deus e o Amor dos teus amores. (Via Sacra, Estação XI. n. 5)

Costumo dizer com frequência que, nestes momentos de conversa com Jesus, que nos vê e nos ouve do sacrário, não podemos cair numa oração impessoal. E observo também que, para meditar de modo a que se inicie imediatamente um diálogo com o Senhor, não é preciso pronunciar palavras. Precisamos, sim, de sair do anonimato e de nos pôr na sua presença tal como somos, sem nos escondermos na multidão que enche a igreja, nem nos diluirmos num palavreado oco, que não brota do coração mas de um costume desprovido de conteúdo.

Posto isto, acrescento agora que também o teu trabalho deve ser oração pessoal e há-de converter-se numa grande conversa com o Nosso Pai do Céu. Se procuras a santificação na tua actividade profissional e através dela, terás necessariamente de te esforçar para que ela se converta numa oração sem anonimato. E nem sequer estes teus afãs podem cair na obscuridade anódina de uma tarefa rotineira, impessoal, porque nesse mesmo instante teria morrido o aliciante divino que anima o teu trabalho quotidiano. (Amigos de Deus, n. 64)

São Josemaría Escrivá

«A Minha realeza não é deste mundo»

Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja
Caminho de Perfeição, 22


Tu és rei eternamente, meu Deus [...]; quando dizemos no Credo que o Teu «reino não terá fim», sinto quase sempre uma alegria muito especial. Eu Te louvo, Senhor, bendigo-Te para sempre! No fim, o Teu reino durará eternamente! Não permitas nunca, Mestre, que os que Te dirigem a palavra julguem poder fazê-lo só com os lábios. [...] Certamente, quando vamos ao encontro de um príncipe, não lhe falamos com o mesmo à-vontade que a um aldeão ou a uma pobre religiosa como nós: seja qual for a maneira como nos falarem estará sempre bem.

Sem dúvida que a humildade do nosso Rei é tal que, apesar da minha ignorância das regras da linguagem, Ele não deixa de me escutar e de me permitir aproximar-me d'Ele. Os Seus guardas não me afastam, pois os anjos que O rodeiam não ignoram que o seu Rei aprecia mais a simplicidade de um humilde pastor que, se pudesse, diria mais que todos os belos raciocínios dos maiores sábios e letrados, se não forem humildes.

Mas se o nosso Rei é bom, não é razão para nos mostrarmos grosseiros. Nem que seja apenas para Lhe testemunhar a minha gratidão por Ele Se dignar suportar junto a Ele uma pessoa tão repugnante como eu, é justo que eu reconheça a Sua nobreza e grandeza. Na verdade, basta aproximarmo-nos d'Ele para compreendermos isso. [...] Sim, aproximai-vos d'Ele minhas filhas, mas pensai e compreendei a Quem ides falar, ou com Quem falais já. Nem em mil vidas como a nossa chegaremos a compreender as deferências que merece um tal Senhor, diante de Quem tremem os anjos. Ele tudo comanda, tudo pode; para Ele, querer é operar. É justo, minhas filhas, que procuremos alegrar-nos com as grandezas do nosso Esposo, que compreendamos de Quem somos esposas e, assim, saibamos que santidade deve ser a da nossa vida.    

O Evangelho de Domingo dia 21 de novembro de 2012

Tornou, pois, Pilatos a entrar no Pretório, chamou Jesus e disse-Lhe: «Tu és o rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de Mim?». Pilatos respondeu: «Porventura sou judeu? A Tua nação e os pontífices é que Te entregaram nas minhas mãos. Que fizeste Tu?». Jesus respondeu: «O Meu reino não é deste mundo; se o Meu reino fosse deste mundo, certamente os Meus ministros se haviam de esforçar para que Eu não fosse entregue aos judeus; mas o Meu reino não é daqui». Pilatos disse-Lhe então: «Portanto, Tu és rei?». Jesus respondeu: «Tu o dizes, sou rei. Nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade; todo aquele que está na verdade ouve a Minha voz».

Jo 18, 33-37

Santo André Dung Lac e companheiros, presbíteros, mártires vietnamitas, séc. XVIII e XIX

No dia 9 de Junho de 1988, João Paulo II canonizou 116 mártires vietnamitas pertencentes à Igreja do Vietname. Desses, 96 eram de origem vietnamita e os demais missionários provenientes da Espanha e da França. Desde 1624, quando os primeiros jesuítas fundaram ali as bases do cristianismo, os cristãos sofreram contínuas e sangrentas perseguições. Eram acusados de destruir, com sua pregação, os valores culturais e religiosos do país. Durante a perseguição de 1843, um deles, Paulo Le Bao-Tinh escrevia da prisão:

"O meu cárcere é verdadeiramente uma imagem do fogo eterno. Aos cruéis suplícios de todo género, como grilhões, algemas e ferros, juntam-se ódio, vingança, calúnias, palavrões, acusações, maldades, falsos testemunhos, maldições e, finalmente, angústia e tristeza. Mas Deus, tal como outrora libertou-me dessas tribulações, que se tornaram suaves, porque a sua misericórdia é eterna!"

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Oração do humilde

Salmo 86

Oração de David.

Inclina, SENHOR, os teus ouvidos e responde-me,
porque estou triste e necessitado.
Protege a minha vida, porque te sou fiel;
salva o teu servo, que em ti confia.
Senhor, tem compaixão de mim,
que a ti clamo todo o dia.
Alegra o espírito do teu servo,
pois para ti, Senhor, elevo a minha alma.Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente,
cheio de misericórdia para quantos te invocam.
Senhor, ouve a minha oração,
atende os gritos da minha súplica.
Por ti clamo, no dia da minha angústia,
na certeza de que me responderás.
Não há entre os deuses quem se compare a ti, Senhor;
nada há que se compare às tuas obras.Todas as nações, que criaste, virão adorar-te, Senhor,
e darão glória ao teu nome.
Porque só Tu és grande
e realizas maravilhas.

Ensina-me, SENHOR, o teu caminho
e caminharei na verdade.
Dirige o meu coração, para que honre o teu nome.
Senhor, meu Deus, de todo o coração hei-de louvar-te
e glorificar o teu nome para sempre.
Pois a tua misericórdia foi grande para comigo;
livraste a minha vida das profundezas da morte.
Ó Deus, os soberbos levantam-se contra mim,
a turba dos prepotentes atenta contra a minha vida,
sem fazer nenhum caso de ti.
Mas Tu, Senhor, és um Deus misericordioso e compassivo,
paciente e grande em bondade e fidelidade.
Volta-te para mim e tem compaixão;
dá a tua força ao teu servo
e salva o filho da tua serva.
Dá-me uma prova da tua bondade,
para que os meus inimigos sejam confundidos
ao verem que Tu, SENHOR, me ajudas e confortas.

Trabalho

Que dignidade, que segurança nos trás ao sentirmo-nos úteis ao próximo e à sociedade, e se o fizermos com e por amor além de dedicado ao próximo, à nossa auto-estima e a Deus sobretudo, asseguro-vos, que mesmo no mais árduo, se fica aliviado e a nossa consciência tranquila, ainda que o físico ou mente estejam cansados.

JPR



«Feito à imagem e semelhança de Deus (cfr Gen 1,26) (…) o homem está por isso, desde o princípio, chamado ao trabalho. (…) o trabalho leva em si um sinal particular do homem e da humanidade (…); este sinal determina a sua característica interior e constitui em certo sentido a sua própria natureza»

«(…) o trabalho humano é uma chave, talvez a chave essencial, de toda a questão social, se procurarmos vê-la verdadeiramente do ponto de vista do bem do homem.»

«(…) o trabalho é um bem do homem - é um bem da humanidade - , porque mediante o trabalho o homem não só transforma a natureza adaptando-a às próprias necessidades, mas se realiza a si mesmo como homem, mais ainda, num certo sentido ‘torna-se mais homem’»

(Laborem exercens, prólogo, nº’s 3 e 9 – João Paulo II)


«É a hora de nós, os cristãos, dizermos bem alto que o trabalho é um dom de Deus e que não tem nenhum sentido dividir os homens em diversas categorias segundo os tipos de trabalho, considerando umas tarefas mais nobres do que outras. O trabalho, todo o trabalho, é testemunho da dignidade do homem, do seu domínio sobre a criação. É um meio de desenvolvimento da personalidade. É um vínculo de união com os outros seres»

(Cristo que passa, 47 – São Josemaría Escrivá)

Que relação teve Jesus com Maria Madalena? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

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Verdadeiro arrependimento

«Entrar na Igreja e honrar as imagens sagradas e as veneradas cruzes, não basta por si só para agradar a Deus, como tão-pouco lavar as mãos é suficiente para estar completamente limpo. O que verdadeiramente é grato a Deus, é que o homem fuja do pecado e limpe as suas manchas pela confissão e pela penitência. Que quebre as cadeias das suas culpas com humildade do coração.»


(Sermo de Sancta Synaxis – Santo Atanásio Sinaita)

Haverá diferentes tipos de Cardeais? Veja a resposta do Cardeal Saraiva Martins (vídeos em espanhol e inglês)

Crer

«Crer é o acto da inteligência que presta o seu assentimento à verdade divina, por determinação da vontade, movida pela graça de Deus»

(Summa theologiae II-II. q. 2. a. 9. C - São Tomás de Aquino)


Que alegria sabermo-nos seguros da nossa fé, não há lugar a angústias e a dúvidas; que maravilha sabê-Lo junto de nós, é enorme a segurança que nos transmite, saibamos pois, ser dignos das Suas promessas, sem nunca nos esquecermos, que amá-Lo verdadeiramente significa, assumirmos riscos e não nos acomodarmos burguesmente.

JPR

O caminho de S. Josemaria Escrivá através dos Pirenéus em Novembro de 1937 (legendado em português)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932


Escreve: “Um amigo é um tesouro. – Quanto mais... um Amigo! Onde está o teu tesouro, aí está o teu coração”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

«Creio na ressurreição da carne»

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 996-1000


Desde o início que a fé cristã na ressurreição tem sido alvo de incompreensões e oposições. «Não há nenhum outro tema da fé cristã que seja objecto de mais contradição do que a ressurreição da carne» (Santo Agostinho). É muito comummente aceite que, após a morte, a vida da pessoa humana continue de forma espiritual. Mas como acreditar que este corpo tão manifestamente mortal possa ressuscitar para a vida eterna?

O que é «ressuscitar»? Na morte, a separação da alma e do corpo, o corpo do homem entra em corrupção enquanto a sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser reunida com o seu corpo glorificado. Deus Todo-Poderoso dará definitivamente a vida incorruptível ao nosso corpo, unindo-o à nossa alma através do poder da ressurreição de Jesus.

Quem ressuscitará? Todos os homens que morreram: «Os que tiverem praticado boas obras sairão, ressuscitando para a vida, e os que tiverem praticado o mal hão-de ressuscitar para a condenação» (Jo 5,29).

Como? Cristo ressuscitou com o Seu próprio corpo: «Vede as Minhas mãos e os Meus pés ; sou Eu mesmo» (Lc 24,39); mas Ele não regressou a uma vida terrena. Do mesmo modo, n' Ele «todos ressurgirão com o próprio corpo que têm agora» (Concílio de Latrão IV), mas esse corpo será «tornado conforme ao Seu corpo glorioso» (Fl 3,21), um «corpo espiritual» (1Co 15,44). «Mas dirá alguém: Como ressuscitam os mortos? Com que espécie de corpo voltam eles? Insensato! O que semeias não toma vida se primeiro não morrer. E o que semeias não é o corpo que há-de vir, mas um simples grão de trigo, por exemplo. [...] Semeia-se na corrupção e ressuscita-se na incorrupção [...]; os mortos ressuscitarão incorruptíveis. [...] É necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade, e que este corpo mortal se revista de imortalidade» (1Cor 15,35-53). Este «como» ultrapassa a nossa imaginação e a nossa compreensão; só é acessível pela fé. Mas a nossa participação na Eucaristia dá-nos já um antegosto da transfiguração do nosso corpo por Cristo: «Assim como o pão que vem da terra, depois de ter recebido a invocação de Deus, não é mais pão comum mas Eucaristia, constituída por duas realidades, uma terrena e a outra celeste, da mesma forma o nosso corpo que participa da Eucaristia deixa de ser corruptível, pois têm a esperança da ressurreição» (Santo Ireneu)

Quando? Definitivamente, «no último dia» (Jo 6,39-40), «no fim do mundo». Com efeito, a ressurreição dos mortos está intimamente associada à Parusia de Cristo.

O Evangelho do dia 24 de novembro de 2012

Aproximaram-se depois alguns saduceus, que negam a ressurreição, e fizeram-Lhe a seguinte pergunta: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: “Se morrer o irmão de algum homem, tendo mulher, e não deixar filhos, case-se com ela o seu irmão, para dar descendência ao irmão”. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou, e morreu sem filhos. Casou também o segundo com a viúva, e morreu sem filhos. Casou depois com ela o terceiro. E assim sucessivamente todos os sete; e morreram sem deixar filhos. Morreu enfim também a mulher. Na ressurreição, de qual deles será ela mulher, pois que o foi de todos os sete?». Jesus disse-lhes: «Os filhos deste mundo casam e são dados em casamento, mas os que forem julgados dignos do mundo futuro e da ressurreição dos mortos, não desposarão mulheres, nem as mulheres homens, porque não poderão jamais morrer; porquanto são semelhantes aos anjos e são filhos de Deus, visto serem filhos da ressurreição. Que os mortos hajam de ressuscitar, o mostrou também Moisés no episódio da sarça, quando chamou ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, e o Deus de Jacob. Ora Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos são vivos». Alguns dos escribas disseram-Lhe: «Mestre, falaste bem». Dali em diante, não se atreveram mais a interrogá-l'O.

Lc 20, 27-40