Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 25 de novembro de 2012

Carta de D. Javier Echevarría Prelado do Opus Dei por ocasião do “Ano da Fé”


O Prelado do Opus Dei escreveu uma carta extensa por ocasião do Ano da Fé, iniciado no passado dia 11 de Outubro. Nesta carta, assinala a necessidade de uma nova evangelização assim como a exigência de conhecer e professar a própria fé, unindo-se a Cristo através da oração

(Proibida qualquer divulgação pública, total ou parcial, sem autorização expressa do titular do copyright)

Descarregar a carta em formato PDF ou aceder ao texto integral da carta clicando abaixo. Muito obrigado e votos de boa e pausada leitura!

Amar a Cristo ...

Majestade da minha alma, Rei do Universo, meu amadíssimo Jesus, hoje celebramos justamente o Teu Reino, aquele que tantos desde sempre têm dificuldade em entender, ainda assim e estamos certos da Tua concordância, queremos-Te agradecer pela Rainha dos Céus que nos ofereceste, a Virgem Santa Maria.

ConTigo no seio da Santíssima Trindade e com Ela, somos felizes em Ti e sendo-o, podemos transmitir essa felicidade ao próximo que procuramos e desejamos amar vendo-Te neles.

A Tua e nossa Mãe, a principal intercessora por nós junto de Ti, consola-nos, anima-nos e protege-nos debaixo do seu maternal manto e tal só é possível, pelo amor que nos tens oferendo-nos esse grande tesouro do Teu Reino que é Nossa Senhora em toda a Sua Imaculada pureza.

Louvor e Glória a Vós Senhor Jesus, que sois o Nosso Rei e Melhor Amigo!

JPR

Ludwig van Beethoven – Concertos para piano Nº 4 e 5 - Daniel Barenboim, piano e direção

"Igreja é a semente do Reino de Cristo"

Após a missa celebrada na Basílica de São Pedro, o Papa rezou no balcão de seus aposentos a oração mariana do Angelus. Cerca de 30 mil pessoas estavam na Praça São Pedro, iluminada por um bonito sol no céu azul.


“O Reino de Cristo foi confiado à Igreja, que é sua semente e seu início, e tem o dever de anunciá-lo e difundi-lo entre os povos, com a força do Espírito Santo” – refletiu o Pontífice. A este propósito, dirigindo-se aos fiéis, Bento XVI convidou todos a rezar pelos seis novos cardeais, “para que o Espírito Santo os reforce na fé e na caridade e lhes ofereça muitos dons, a fim de que vivam sua nova responsabilidade como uma entrega a Cristo e a seu Reino”.

O Pontífice reafirmou que “estes novos membros do Colégio Cardinalício bem representam a dimensão universal da Igreja: são pastores das Igrejas no Líbano, na Índia, na Nigéria, na Colômbia, e nas Filipinas, além do Cardeal Harvey, que há tanto tempo presta serviço junto à Santa Sé”.

Comentando as palavras do Evangelho, Bento XVI exortou os fiéis:

“Queridos amigos, somos todos chamados a prolongar a obra salvífica de Deus convertendo-nos ao Evangelho e colocando-nos firmemente à disposição do Rei que não veio para ser servido, mas para dar testemunho da verdade”.

Encerrando, o Papa pediu a proteção de Maria Santíssima para cada um dos novos cardeais e para os fiéis a eles confiados, e concedeu a sua benção apostólica.

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil

Vídeo em espanhol

Imitação de Cristo, 3, 31, 1-1 - Do desprezo de toda criatura, para que se possa achar o Criador

Para isso é mister graça poderosa, que levante a alma e a arrebate acima de si mesma. Enquanto o homem não for elevado em espírito, livre de todas as criaturas e todo unido a Deus, pouco vale quanto sabe e quanto possui. Imperfeito permanecerá por muito tempo e preso à terra quem algo estimar que não seja o único, imenso e terno Bem. Porque tudo que não é Deus é nulo, e deve ser tido em conta de nada. Há grande diferença entre a sabedoria de um homem iluminado e devoto e a ciência de um letrado e estudioso. Muito mais nobre é a doutrina que vem do céu, por inspiração divina, do que aquilo que o engenho humano adquire à custa de muito esforço.

Adoro-te, amo-te, aumenta-me a fé

Quando o receberes, diz-lhe: – Senhor, espero em Ti; adoro-te, amo-te, aumenta-me a fé. Sê o apoio da minha debilidade, Tu, que ficaste na Eucaristia, inerme, para remediar a fraqueza das criaturas. (Forja, 832)

Assistindo à Santa Missa, aprenderemos a falar, a privar com cada uma das Pessoas divinas: com o Pai, que gera o Filho, que é gerado pelo Pai; e com o Espírito Santo, que procede dos dois. Habituando-nos a privar intimamente com qualquer uma das três Pessoas, privaremos com um único Deus. E se falarmos com as três, com a Trindade, privaremos também com um só Deus, único e verdadeiro. Amai a Santa Missa, meus filhos, amai a Santa Missa! E que cada um de vós comungue com ardor, mesmo que se sinta gelado, mesmo que não haja correspondência por parte da emotividade. Comungai com fé, com esperança e com caridade inflamada.

Não ama Cristo quem não ama a Santa Missa e quem não se esforça no sentido de a viver com serenidade e sossego, com devoção e com carinho. 0 amor transforma aqueles que estão apaixonados em pessoas de sensibilidade fina e delicada. Leva-os a descobrir, para que se não esqueçam de os pôr em prática, pormenores que são por vezes mínimos, mas que trazem a marca de um coração apaixonado. É assim que devemos assistir à Santa Missa. Por este motivo, sempre pensei que aqueles que querem ouvir uma missa rápida e atabalhoada demonstram com essa atitude, já de si pouco elegante, que não conseguiram aperceber-se do significado do Sacrifício do altar.

O amor a Cristo, que se oferece por nós, anima-nos a saber encontrar, uma vez terminada a Santa Missa, alguns minutos de acção de graças pessoal e íntima, que prolonguem no silêncio do coração essa outra acção de graças que é a Eucaristia. (Cristo que passa, 91–92)

São Josemaría Escrivá

Homilia de Bento XVI na solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo (25.11.12)

Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Amados irmãos e irmãs!


A solenidade de Jesus Cristo Rei do universo, que hoje coroa o Ano Litúrgico, vê-se enriquecida com a recepção no Colégio Cardinalício de seis novos membros, que convidei, como é tradição, para concelebrar comigo a Eucaristia nesta manhã. A cada um deles dirijo a minha saudação mais cordial, agradecendo ao Cardeal James Michael Harvey as amáveis palavras que em nome de todos me dirigiu. Saúdo os outros Purpurados e todos os Prelados presentes, bem como as ilustres Autoridades, os Senhores Embaixadores, os sacerdotes, os religiosos e todos os fiéis, especialmente quantos vieram das dioceses que estão confiadas ao cuidado pastoral dos novos Cardeais.

Neste último domingo do Ano Litúrgico, a Igreja convida-nos a celebrar Jesus Cristo como Rei do universo; chama-nos a dirigir o olhar em direcção ao futuro, ou melhor em profundidade, para a meta última da história, que será o reino definitivo e eterno de Cristo. Estava com o Pai no início, quando o mundo foi criado, e manifestará plenamente o seu domínio no fim dos tempos, quando julgar todos os homens. As três leituras de hoje falam-nos desse reino. No texto evangélico que ouvimos, tirado da narração de São João, Jesus encontra-Se numa situação humilhante – a de acusado – diante do poder romano. Foi preso, insultado, escarnecido, e agora os seus inimigos esperam obter a sua condenação ao suplício da cruz. Apresentaram-No a Pilatos como alguém que aspira ao poder político, como o pretenso rei dos judeus. O procurador romano faz a própria investigação e interroga Jesus: «Tu és rei dos judeus?» (Jo 18, 33). Na resposta a esta pergunta, Jesus esclarece a natureza do seu reino e da própria messianidade, que não é poder terreno, mas amor que serve; afirma que o seu reino de modo algum se confunde com qualquer reino político: «A minha realeza não é deste mundo (...) o meu reino não é de cá» (v. 36).

É claro que Jesus não tem nenhuma ambição política. Depois da multiplicação dos pães, o povo, entusiasmado com o milagre, queria pegar n’Ele e fazê-Lo rei, para derrubar o poder romano e assim estabelecer um novo reino político, que seria considerado como o reino de Deus tão esperado. Mas Jesus sabe que o reino de Deus é de género totalmente diverso; não se baseia sobre as armas e a violência. E é justamente a multiplicação dos pães que se torna, por um lado, sinal da sua messianidade, mas, por outro, assinala uma viragem decisiva na sua actividade: a partir daquele momento aparece cada vez mais claro o caminho para a Cruz; nesta, no supremo acto de amor, resplandecerá o reino prometido, o reino de Deus. Mas a multidão não entende, fica decepcionada, e Jesus retira-Se para o monte sozinho para rezar (cf. Jo 6, 1-15). Na narração da Paixão, vemos como os próprios discípulos, apesar de terem partilhado a vida com Jesus e ouvido as suas palavras, pensavam num reino político, instaurado mesmo com o uso da força. Em Getsemani, Pedro desembainhara a sua espada e começou a combater, mas Jesus deteve-o (cf. Jo 18, 10-11); não quer ser defendido com as armas, mas deseja cumprir a vontade do Pai até ao fim e estabelecer o seu reino, não com as armas e a violência, mas com a aparente fragilidade do amor que dá a vida. O reino de Deus é um reino completamente diferente dos reinos terrenos.

Por isso, diante de um homem indefeso, frágil, humilhado como se apresenta Jesus, um homem de poder como Pilatos fica surpreendido – surpreendido, porque ouve falar de um reino, de servidores – e faz uma pergunta, a seu ver paradoxal: «Logo, Tu és rei!». Que tipo de rei pode ser um homem naquelas condições!? Mas Jesus responde afirmativamente: «É como dizes: Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz» (18, 37). Jesus fala de rei, de reino, referindo-Se não ao domínio mas à verdade. Pilatos não entende: poderá haver um poder que não se obtenha com meios humanos? Um poder que não corresponda à lógica do domínio e da força? Jesus veio para revelar e trazer uma nova realeza: a realeza de Deus. Veio para dar testemunho da verdade de um Deus que é amor (cf. 1 Jo 4, 8.16) e que deseja estabelecer um reino de justiça, de amor e de paz (cf. Prefácio). Quem está aberto ao amor, escuta este testemunho e acolhe-o com fé, para entrar no reino de Deus.

Encontramos esta perspectiva na primeira leitura que ouvimos. O profeta Daniel prediz o poder de um personagem misterioso colocado entre o céu e a terra: «Vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram. Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído» (7, 13-14). São palavras que prevêem um rei que domina de mar a mar até aos confins da terra, com um poder absoluto, que nunca será destruído. Esta visão do profeta, uma visão messiânica, é esclarecida e realiza-se em Cristo: o poder do verdadeiro Messias – poder que não mais desaparece e nunca será destruído – não é o poder dos reinos da terra que surgem e caem, mas o poder da verdade e do amor. Assim entendemos como a realeza, anunciada por Jesus nas parábolas e revelada aberta e explicitamente diante do Procurador romano, é a realeza da verdade, a única que dá a todas as coisas a sua luz e grandeza.

Na segunda leitura, o autor do Apocalipse afirma que também nós participamos na realeza de Cristo. Na aclamação dirigida «Àquele que nos ama e nos purificou dos nossos pecados com o seu sangue», declara que Ele «fez de nós um reino, sacerdotes para Deus e seu Pai» (1, 5-6). Aqui está claro também que se trata de um reino fundado na relação com Deus, com a verdade, e não de um reino político. Com o seu sacrifício, Jesus abriu-nos a estrada para uma relação profunda com Deus: n’Ele tornamo-nos verdadeiros filhos adoptivos, participando assim da sua realeza sobre o mundo. Portanto, ser discípulos de Jesus significa não se deixar fascinar pela lógica mundana do poder, mas levar ao mundo a luz da verdade e do amor de Deus. Depois o autor do Apocalipse estende o olhar até à segunda vinda de Jesus – quando Ele voltar para julgar os homens e estabelecer para sempre o reino divino – e recorda-nos que a conversão, como resposta à graça divina, é a condição para a instauração desse reino (cf. 1, 7). É um vigoroso convite dirigido a todos e cada um: converter-se sem cessar ao reino de Deus, ao domínio de Deus, da Verdade, na nossa vida. Pedimo-lo diariamente na oração do «Pai nosso» com as palavras «Venha a nós o vosso reino», que equivale a dizer a Jesus: Senhor, fazei que sejamos vossos, vivei em nós, reuni a humanidade dispersa e atribulada, para que em Vós tudo se submeta ao Pai da misericórdia e do amor.

A vós, amados e venerados Irmãos Cardeais – penso de modo particular àqueles que foram criados ontem –, se confia esta responsabilidade impelente: dar testemunho do reino de Deus, da verdade. Isso significa fazer sobressair sempre a prioridade de Deus e da sua vontade face aos interesses do mundo e dos seus poderes. Fazei-vos imitadores de Jesus, que diante de Pilatos, na situação humilhante descrita pelo Evangelho, manifestou a sua glória: a glória de amar até ao fim, dando a própria vida pelas pessoas amadas. Esta é a revelação do reino de Jesus. E por isso, com um só coração e uma só alma, rezemos: «Adveniat regnum tuum». Amen.


Vídeo da ocasião em língua espanhola

Bom Domingo do Senhor!

Vivamos nós também da Verdade e da escuta da voz do Senhor como Ele nos fala no Evangelho de hoje (Jo 18, 3-37) sem nunca termos a necessidade de nos interrogarmos se Ele é Rei, porque o nosso coração e a nossa fé assim no-lo dizem para além de qualquer dúvida.

Louvor e glória a Vós, Senhor Jesus, Rei do Universo e da Eterna Glória!

"CREIO NO ESPÍRITO SANTO" (2)

Mas é por vezes complicado para nós, “vermos” o Espírito Santo.

Porque o Pai é normalmente, humanamente representado como uma figura de homem de idade, com umas barbas, e tem esse nome que todos entendemos porque sempre toca as nossas vidas: Pai!

O Filho quis fazer-se igual a nós e portanto é apresentado pela figura humana em que quis encarnar, e fica-nos assim desse modo próximo e entendível, se assim podemos dizer.

Aliás a própria história dos homens fala d’Ele e há documentos para além das Escrituras Sagradas que atestam a Sua passagem no meio de nós.

Mas o Espírito Santo não tem forma, digamos assim, e por isso é representado normalmente por uma pomba, pelo fogo, pela água, etc., o que nos torna difícil o entendimento como uma Pessoa da Santíssima Trindade.
O termo espírito traduz o termo hebraico “Ruah” que significa sopro, vento, ar.
Algo que não se vê, mas se pode sentir.

Para além disso o Espírito Santo não fala de si próprio, mas faz-nos ouvir a Palavra do Pai, faz-nos conhecer Cristo, Palavra viva de Deus, mas nós não O ouvimos, embora Ele nos conduza no e ao entendimento da Palavra de Deus.
E por que Ele assim divinamente se apaga é que Jesus nos explica «que o mundo não O pode receber, porque não O vê nem O conhece», mas aqueles que crêem em Cristo, esses sim O conhecem, porque Ele está neles e neles habita.
            
Diz-nos o Catecismo que a Igreja é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo:

— Nas Escrituras, que Ele inspirou:
— na Tradição, de que os Padres da Igreja são testemunhas sempre actuais;
— no Magistério da Igreja, que Ele assiste;
— na liturgia sacramental, através das suas palavras e dos seus símbolos, em que o Espírito Santo nos põe em comunhão com Cristo;
— na oração, em que Ele intercede por nós;
— nos carismas e ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
— nos sinais de vida apostólica e missionária;
— no testemunho dos santos, nos quais Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação.

Em todas estas citações, aqueles que crêem, reconhecem a presença do Espírito Santo, até porque se assim não fosse, nada do que foi citado teria o carácter da presença de Deus e seriam apenas coisas humanas, como tal falíveis e efémeras.

Citando novamente o Catecismo, encontramos nos textos sagrados várias designações para o Espírito Santo.
Assim, Jesus Cristo, em diversas passagens do Evangelho de São João, chama-Lhe o “Paráclito”, que quer dizer, traduzindo à letra, «aquele que está junto», «advogado».
O Catecismo diz-nos que Paráclito é vulgarmente traduzido por «Consolador» como na Primeira Carta de João 2, 1.
Jesus chama-Lhe ainda «o Espírito de verdade», em João 16,13

Para além do nome próprio Espírito Santo, largamente usado nos Actos dos Apóstolos, São Paulo chama-Lhe ainda:

Espírito da promessa (Gal 3, 14; Ef 1, 13)
Espírito de adopção (Rm 8, 15; Gal 4, 6)
Espírito de Cristo (Rm 8, 9)
Espírito do Senhor ( 2 Cor 3, 17)
Espírito de Deus (Rm 8, 9. 14; 15, 19; 1 Cor 6, 11; 7, 40),
e S. Pedro designa-o por
Espírito de glória (1 Pe 4, 14).

Já há um pouco percebemos que há várias representações para o Espírito Santo, como a pomba, o fogo, etc.

Servindo-nos sempre do Catecismo, descubramos então, resumidamente, os símbolos do Espírito Santo:

694. A água.
O simbolismo da água é significativo da acção do Espírito Santo no Baptismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz do novo nascimento.

695. A unção.
O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinónimo. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação».

696. O fogo.
Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos actos do Espírito Santo. É sob a forma de línguas, «uma espécie de línguas de fogo», que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da acção do Espírito Santo. «Não apagueis o Espírito!» (1 Ts 5, 19).
(O fogo queima, purifica, para depois nascer a nova vida)

697. A nuvem e a luz.
Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o Deus vivo e salvador, velando a transcendência da sua glória.
Podemos ver isto mesmo, por exemplo, em Moisés no Monte Sinai, a marcha pelo deserto, na Anunciação, (a sua sombra que cobre Maria para que conceba e dê à luz), na Transfiguração, na Ascensão, etc.

698. O selo
é um símbolo próximo do da unção. Porque indica o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Baptismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo foi utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o «carácter» indelével, impresso por estes três sacramentos, que não podem ser repetidos.

699. A mão.
É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as crianças. O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome. Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado. Este sinal da efusão omnipotente do Espírito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais.

700. O dedo.
«É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demónios» Lc 11,20. Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra «pelo dedo de Deus» (Ex 31, 18), a «carta de Cristo», entregue ao cuidado dos Apóstolos, «é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em placas que são corações de carne» (2 Cor 3, 3). O hino «Veni Creator Spiritus» invoca o Espírito Santo como «Dedo da mão direita do Pai»

701. A pomba.
No final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Baptismo), a pomba solta por Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez habitável. Quando Cristo sobe das águas do seu baptismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele. O símbolo da pomba para significar o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.

Joaquim Mexia Alves AQUI

Que diz o “Evangelho de Maria [Madalena]”? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

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Reflexão para a Solenidade de Cristo, Rei do Universo

Jesus é Rei, mas de que modo? Seu agir e suas palavras não deixam dúvidas: o seu Reino não é como os homens entendem. Ele é um Rei diferente.

Em primeiro lugar, para tê-lo como Rei é necessário que as pessoas tenham fé e exatamente por isso estejam comprometidas com Ele. É uma adesão profunda à sua pessoa e ao seu modo de ser: pacificador, libertador, servidor a ponto de dar sua vida em favor de seus súbditos.

Ele diz-nos no versículo 37 do Evangelho de hoje: “..nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade”, e a verdade aí significa “fidelidade plena”. Portanto Jesus é Rei para nos testemunhar até o fim, através da cruz, que o amor de Deus é fiel, que é dom de vida para as pessoas. Em seguida Jesus fala: “Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. Ser da verdade significa reconhecer a fidelidade de Deus e aderir ao serviço de proclamá-la, se necessário com o sacrifício da própria vida, como Jesus. 

A segunda leitura, tirada do Apocalipse, diz que “Jesus é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos”. Jesus confirma a fidelidade do Pai e a sua primazia em ser o primeiro dos homens novos, da nova humanidade, descentralizada de si mesma, mas voltada para o serviço, para a luta pela dignidade do ser humano, mesmo que para isso tenha de se sacrificar.

Concluindo nossa reflexão, celebrar Jesus Cristo, Rei do Universo, não é celebrar um poder que subjuga pessoas e se faz servir, mas, pelo contrário, é celebrar um Rei que respeita e adora Deus-Pai e, por isso mesmo, coloca-se a seu serviço, no serviço do ser humano, lutando para que este seja mais fraterno, mais parecido com o próprio Deus. Ser súbdito de Cristo é deixar-se elevar à dignidade de filho de Deus, de companheiro do Rei. É deixar os andrajos de escravo e revestir-se das vestes reais da justiça, da verdade e da paz.

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com adaptação de JPR

Christus Rex

Cristo Rei

«(…) A nossa missão de cristãos é proclamar essa Realeza de Cristo; anunciá-la com a nossa palavra e com as nossas obras. (…). À grande maioria, o Senhor quere-a no mundo, no meio das ocupações terrenas. Estes cristãos, portanto, devem levar Cristo a todos os ambientes em que se desenvolve o trabalho humano: à fábrica, ao laboratório, ao trabalho do campo, à oficina do artesão, às ruas das grandes cidades e às veredas da montanha».

(Cristo que passa 105 excerto – São Josemaría Escrivá)

«Que há de mais humilde no Rei dos seres que o entrar em comunhão com a nossa pobre natureza? O Rei de Reis e Senhor de Senhores reveste-Se da forma da nossa escravidão; o Juiz do universo fez-Se tributário de príncipes terrenos; o Senhor da criação nasce numa nova cova; quem abarca o mundo inteiro não encontra lugar na hospedaria (…); o puro e incorrupto reveste-se da sujidade da natureza e passando através de todas as necessidades, chega até à experiência da morte»

(Oratio I de beatitudinibus – São Gregório de Nissa)

Senhor Jesus, meu Rei e meu Senhor

Senhor Jesus, Filho de Deus e Rei do Universo, ajuda-me a deixar-Te reinar em mim, concede-me a humildade, a aniquilação da preguiça e do comodismo, a inteligência de coração para que com o amor, humildade e simplicidade eu consiga ser um bom filho Teu, ainda que pecador sempre carenciado de recorrer ao Sacramento da Reconciliação. Ámen.

JPR

"Christus vincit" de Jules van Nuffel e interpretado na Capela Sistina pelo 'Regensburger Domspatzen'

Unidade em Cristo Nosso Senhor

«Preocupa-te pela unidade, pois não existe nada melhor que ela. Leva-os todos sobre ti como a ti te leva o Senhor. Suporta-os todos com espírito de caridade, como já o fazes. Dedica-te sem pausa à oração. Pede maior inteligência da que tens. Permanece alerta, como espírito que desconhece o sono. Fala aos homens do povo no estilo de Deus».

(Carta a Policarpo, 1,2,3 – Santo Inácio de Antioquia)


«Congratulemo-nos, pois, e dêmos graças pelo facto de nos termos tornado não apenas cristãos, mas o próprio Cristo. Estais a compreender, irmãos, a graça que Deus nos fez, dando-nos Cristo por Cabeça? Admirai e alegrai-vos: nós tornámo-nos Cristo. Com efeito, uma vez que Ele é a Cabeça e nós os membros, o homem completo é Ele e nós [...]. A plenitude de Cristo é, portanto, a Cabeça e os membros. Que quer dizer: a Cabeça e os membros? Cristo e a Igreja»

(In Iohannis evangelium tractatus 21, 8: CCL 36, 216-217 [PL 35, 1568] – Santo Agostinho)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932

Escreve: “Não te perturbes se, ao considerar as maravilhas do mundo sobrenatural, sentes a outra voz – íntima, insinuante – do “homem velho”. É “o corpo de morte” a clamar pelos seus foros perdidos... Basta-te a graça: sê fiel e vencerás”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

'Festa do Cristo Rei' - Homilia de São Josemaría Escrivá

Termina o ano litúrgico e no Santo Sacrifício do Altar renovamos ao Pai o oferecimento da Vítima, Cristo, Rei de santidade e de graça, Rei de justiça, de amor e de paz, como leremos dentro em pouco no Prefácio (...regnum santitatis et gratiae, regnum iustitiae, amoris et pacis – Prefácio da Missa). Todos sentis nas vossas almas uma alegria imensa, ao considerar a santa Humanidade de Nosso Senhor: um Rei com coração de carne, como o nosso; que é autor do universo e de cada uma das criaturas e que não se impõe dominando, mendiga um pouco de amor, mostrando-nos, em silêncio, as suas mãos chagadas.

Então porque é que tantos O ignoram? Porque é que se ouve, ainda esse protesto cruel: nolumus hunc regnare super nos, não queremos que este reine sobre nós? Na terra há milhões de homens que se enfrentam assim com Jesus Cristo ou, melhor dito, com a sombra de Jesus Cristo, porque a Cristo não o conhecem, nem viram a beleza do Seu rosto, nem conhecem a maravilha da Sua doutrina.

Diante desse triste espectáculo, sinto-me inclinado a desagravar o Senhor. Ao escutar esse clamor que não cessa e que, mais do que de vozes, é feito de obras pouco nobres, experimento a necessidade de gritar alto: oportet illum regnare! (1 Cor XV, 25.), convém que Ele reine. 

Oposição a Cristo

'Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo' por Joaquim Mexia Alves

Glória a Ti, Jesus Cristo, Rei do Universo,
Tu és o meu Senhor e o meu Deus.
Tu és o princípio e o fim de todas as coisas.
Em Ti tudo é bom, tudo é perfeito.
Em Ti o perdão é constante,
e o amor infinitamente eterno.
Em Ti a misericórdia é Nome,
e a fidelidade permanente.
Em Ti não há temor,
porque a dor,
é vencida pelo amor.


Em Ti existo,
sem Ti,
nada sou.
Em Ti confio,
em Ti espero,
em Ti caminho,
e vivo,
em Ti repouso,
e descanso.


Tu és a rocha da minha salvação,
o sopro que me dá vida,
o alento que me enche,
a força que me move.
Em Ti sou coração!
Sem Ti sou apenas,
um monte de carne e de ossos,
à espera de um fim sem ocaso.


Em Ti sou uma vida,
à espera de uma passagem,
para Ti, vida eterna.


Glória a Ti, Jesus Cristo, Rei do Universo,
Tu és o meu Senhor e o meu Deus.
Prostro-me a teus pés,
de mãos postas a rezar,
dá-me da água viva,
que só Tu,
Senhor,
sabes dar.


Marinha Grande, 21 de Novembro de 2010


Joaquim Mexia Alves
http://apenasoracao.blogspot.com/2010/11/nosso-senhor-jesus-cristo-rei-do.html

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

Celebramos nerste Domingo a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus (esse Reino de que Jesus é rei). Apresentam-no como uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há-de vir. A primeira leitura utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo. O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, o «rei» Jesus a interpelar os seus discípulo acerca do amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios, ficará à margem do Reino. Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse «Reino de Deus» de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. Nesse Reino definitivo, Deus manifestar-se-á em tudo e actuará como Senhor de todas as coisas (vers. 28).

(Fonte Evangelho Quotidiano)

«Pilatos disse: "Aqui está o vosso Rei"» (Jo 19,14)

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo
5.º Sermão da Santa Páscoa (PG 46, 683; Leccionário, p. 367 rev.)

Bendito seja Deus! Festejemos o Filho único, o Criador dos céus, que lá ascendeu após ter descido às profundezas do inferno, e que envolve a terra inteira com os raios da Sua luz. Festejemos o sepultamento do Filho único e a Sua Ressurreição de vencedor, o júbilo do mundo inteiro e a vida de todos os povos. [...]

Tudo isto nos foi obtido assim que o Criador ressurgiu dos mortos, ao rejeitar a ignomínia e transformando, no Seu esplendor divino, o perecível em imperecível. E qual foi a ignomínia rejeitada? Isaías dá-nos a resposta: «Sem figura nem beleza, vimo-Lo sem aspecto atraente, desprezado e abandonado pelos homens» (53, 2-3). E quando ficou Ele sem a Sua glória? Quando carregou aos ombros a madeira da cruz como troféu da Sua vitória sobre o diabo. Assim que Lhe foi posta na cabeça uma coroa de espinhos, a Ele, que coroa os Seus fiéis. Assim que foi revestido de púrpura Aquele que reveste de imortalidade os que renascem da água e do Espírito Santo. Assim que pregaram à madeira o Senhor da vida e da morte. [...]

Aquele, porém, que ficou sem a Sua glória foi transfigurado na luz, e o júbilo do mundo despertou com o Seu corpo. [...] «O Senhor é Rei, vestido de majestade» (Sl 93 (92), 1). De que majestade Se vestiu Ele? De incorruptibilidade, de imortalidade, do chamamento dos Apóstolos, da coroa da Igreja. [...] São Paulo é disso testemunho, ao dizer: «É, de facto, necessário que este ser mortal se revista de imortalidade» (1Cor 15, 53). E o salmista diz também: «O Teu trono, Senhor, está firme desde sempre, e Tu existes desde a eternidade; o Teu reino é um reino para toda a eternidade, e o Teu domínio estende-se por todas as gerações» (Sl 93 (92), 2; 145 (144), 13). E ainda: «O Senhor é Rei: alegre-se a terra e rejubile a multidão das ilhas!» (Sl 97 (96), 1). A Ele a glória e o poder, amen!