Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Amar a Cristo ...

Bom Mestre e Senhor, ajuda-nos a crer sempre na Tua Palavra que é a Luz e a Verdade, e se dúvidas tivéssemos a ler a pregação de Paulo e Barnabé para assim as dissiparmos de todo.

Sabes querido Jesus, sim Tu sabes tudo, não que estejamos a passar por qualquer momento de fraqueza, mas como humanos e pecadores que somos, pedir-Te que nos ajudes, nos aumentes o nosso amor por Ti e engrandeças a nossa fé, constitui um escudo contra as trevas que espreitam sempre uma oportunidade.

Louvado sejais hoje e sempre!

JPR

Será que Deus castiga?

Coro dos monges de São Domingos de Silos (51'11")

Papa assina artigo no «Financial Times» sobre o Natal em tempos de austeridade

Bento XVI diz que esta é a altura de os cristãos se «empenharem» no mundo
Bento XVI assina hoje um artigo de opinião no jornal ‘Financial Times’ (FT) sobre a celebração do Natal em tempos de austeridade, apelando ao compromisso dos cristãos na transformação do mundo.

“O nascimento de Cristo desafia-nos a reformular as nossas prioridades, os nossos valores, o nosso modo de vida: sendo, sem dúvida, um tempo de grande alegria, o Natal é também ocasião para uma profunda reflexão, mesmo um exame de consciência”, assinala o Papa.

O texto fala num ano que trouxe “privações económicas para muitos”, no qual a cena do presépio pode surgir como lição de “humildade, pobreza, simplicidade”.

“Os cristãos combatem a pobreza pelo reconhecimento da suprema dignidade de todo o ser humano, criado à imagem de Deus e destinado à vida eterna”, o que dá um sentido de “urgência à tarefa de promover a paz e a justiça para todos”, refere o artigo, intitulado ‘A time for Christians to engage with the world’ ** (Um tempo de compromisso no mundo para os cristãos, em tradução livre).

Neste sentido, o Papa diz que os mesmos não podem “fugir ao mundo”, mas devem comprometer-se nele, numa ação que tem de “transcender qualquer forma de ideologia”.

“Os cristãos trabalham para uma partilha mais equitativa dos recursos da terra a partir da convicção de que, como guardiões da criação de Deus, temos o dever de cuidar dos pobres e mais vulneráveis”, sublinha.

Bento XVI condena a “ganância e exploração” a partir da certeza de que “a generosidade e o amor desinteressado, ensinados e vividos por Jesus de Nazaré, são o caminho que leva à plenitude da vida”.

O Papa apresenta uma reflexão sobre a relação dos cristãos com a política a partir da expressão ‘Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’, que Jesus proferiu ao ser interrogado sobre a necessidade do pagamento de impostos aos romanos, segundo os evangelhos, fugindo assim a uma “armadilha” em relação à questão da ocupação do território de Israel.

“Quando os cristãos se recusam a inclinar-se perante os falsos deuses hoje propostos, não é por causa de uma visão do mundo antiquada, mas porque estão livres de constrangimentos ideológicos e inspirados por uma tão nobre visão do destino humano que não podem ceder perante algo que a mine”, observa.

O artigo adverte contra os perigos da “politização da religião” e da “deificação do poder temporal”, bem como da “insaciável busca de riqueza”.

O nascimento de Jesus, prossegue Bento XVI, marca o fim de uma era, dominada pelo César, e o reinado de quem “não confia na força das armas, mas no poder do amor”.

“Ele traz esperança aos que estão vulneráveis à fortuna em mudança do mundo precário”, sustenta.

Segundo o Papa, os relatos do Novo Testamento sobre o nascimento de Jesus mostram que “este menino, nascido num canto obscuro e distante” do Império Romano, veio oferecer ao mundo “uma paz muito maior, verdadeiramente universal nos seus objetivos e transcendente”.

O Vaticano explica, em comunicado, que o artigo foi pedido pelo FT após a publicação da nova obra de Bento XVI sobre a infância de Jesus.

“Apesar da natureza invulgar do pedido, o Santo Padre aceitou de bom grado”, acrescenta a nota da sala de imprensa da Santa Sé, que recorda as entrevistas concedidas pelo Papa à BBC e à RAI como momentos em que o líder da Igreja Católica quis “passar a sua mensagem a um auditório maior”.

OC / Agência Ecclesia

** (Tradução ‘Spe Deus’ – Tempo para os cristãos se comprometerem com o mundo)

Vídeos em espanhol e inglês

Imitação de Cristo, 3, 39, 2 - Que o homem não seja impaciente nos seus negócios

Jesus: Filho, muitas vezes procura o homem com ânsia uma coisa que deseja; logo, porém, que a alcança, muda de parecer, porque as afeições não persistem muito ao mesmo objeto, mas facilmente passam de um para outro. Pelo que, não é pouco renunciar-se o homem a si mesmo, ainda nas coisas pequenas.

A nossa tendência para o egoísmo não morre

Não ponhas o teu "eu" na tua saúde, no teu nome, na tua carreira, na tua ocupação, em cada passo que dás... Que coisa tão maçadora! Parece que te esqueceste que "tu" não tens nada, é tudo d'Ele. Quando ao longo do dia te sentires, talvez sem razão, humilhado; quando pensares que o teu critério deveria prevalecer; quando notares que a cada instante borbota o teu "eu", o teu, o teu, o teu..., convence-te de que estás a matar o tempo e que estás a precisar que "matem" o teu egoísmo. (Forja, 1050)

Convém deixar o Senhor meter-se nas nossas vidas e entrar confiadamente sem encontrar obstáculos nem recantos obscuros. Nós, os homens, tendemos a defender-nos, a apegar-nos ao nosso egoísmo. Sempre tentamos ser reis, ainda que seja do reino da nossa miséria. Entendei através desta consideração por que motivo temos necessidade de recorrer a Jesus: para que Ele nos torne verdadeiramente livres e, dessa forma, possamos servir a Deus e a todos os homens. Só assim perceberemos a verdade daquelas palavras de S. Paulo: Agora, porém, livres do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santificação e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, ao passo que o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Estejamos precavidos, portanto, visto que a nossa tendência para o egoísmo não morre e a tentação pode insinuar-se de muitas maneiras. Deus exige que, ao obedecer, ponhamos em exercício a fé, porque a sua vontade não se manifesta com aparato ruidoso; às vezes o Senhor sugere o seu querer como que em voz baixa, lá no fundo da consciência; e é necessário escutar atentamente para distinguir essa voz e ser-Lhe fiel. (Cristo que passa, 17)

São Josemaría Escrivá

A pobreza enriquece…

“Vós conheceis a bondade de nosso Senhor Jesus Cristo. Sendo rico, se fez pobre por vós, a fim de vos enriquecer pela Sua pobreza” (2Cor 8,8). Mas não sejamos hipócritas, desvirtuando este conceito verdadeiro e real, tentando aliviar a nossa consciência perante a pobreza e a miséria, pois à caridade, uma das três virtudes teologais, não nos podemos subtrair, sobre pretexto algum, sejamos pois, “(…), pessoas cujo coração Cristo conquistou com o seu amor, nele despertando o amor ao próximo”. (Deus Caritas Est, 33)

JPR

«Se não podeis entender que a pobreza enriquece, representai-vos em Jesus Cristo e em seguida dissipar-se-ão as vossas dúvidas. Com efeito se Jesus Cristo não se tivesse feito pobre, os homens não teriam podido enriquecer. Essas riquezas inefáveis, que por um milagre incompreensível para os homens encontrou a sua fonte na pobreza, são: o conhecimento de Deus e da verdadeira virtude, a libertação do pecado, a justiça, a santidade, e outros mil benefícios que Jesus Cristo já nos concedeu e que nos concederá ainda».

(Excerto Homilia sobre 2 Cor, 17 – São João Crisóstomo)

Kiri Te Kanawa canta "The Twelve Days of Christmas"

DIA DE NATAL* - Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Diálogo entre o Pai Natal e o Menino Jesus

Foi numa esquina qualquer que se encontraram o Pai Natal e o Menino Jesus. Enquanto aquele se preparava para trepar um prédio, com o seu saco às costas, este último, recém-nascido, descia à terra e oferecia-se inerme, num pobre estandarte, que cobria uma mísera janela.

- Quem és tu, Menino – disse o velho – e que fazes por aqui?! É a primeira vez que te vejo!

- Sou Jesus de Nazaré e ando há vinte séculos à procura de uma casa que me receba e, como há dois mil anos em Belém, não há quem me dê pousada.

- Pois não é de estranhar! Não vês que vens quase nu?! Porque não trazes roupas quentes, como as que eu tenho, para me proteger do frio do inverno?

- O calor com que me aqueço é o fogo do meu amor e o afecto dos que me amam.

- Eu trago muitos presentes, para os distribuir pelas casas das redondezas. E tu, que andas por aqui a fazer?

- Eu sou rico, mas fiz-me pobre, para os pobres enriquecer com a minha pobreza. Eu próprio sou o presente de quem me acolher. Não vim ensinar os homens a ter, mas a ser, porque quanto mais despojada é a vida humana, maior é aos olhos do Criador.

- E de onde vens e como vieste até aqui? Eu venho da Lapónia, lá para as bandas do pólo norte.

- Eu venho do céu, de onde é o meu Pai eterno, e vim ao mundo pelo sim de uma virgem, que me concebeu do Espírito Santo.

- Que coisa estranha! Nunca ouvi falar de ninguém que tenha nascido de uma virgem e assim tenha vindo ao mundo! E não tens nenhum animal que te transporte para tão longa viagem, como eu tenho estas renas?

- Um burrinho foi a minha companhia em Belém, e foi também o meu trono real, na entrada triunfal em Jerusalém.

- Um burro?! Não é grande coisa, para trono de um rei…

- O meu reino não é deste mundo e a sua entrada é tão estreita que os meus cortesãos, para lá entrarem, se têm que fazer pequeninos, porque destes é o meu reino.

- E que coisas ofereces? Que tesouros tens para dar? Que prometes?

- Trago a felicidade, mas escondida na cruz de cada dia; trago o céu, mas oculto no pó da terra; trago a alegria e a paz, mas no reverso das labutas do próprio dever; trago a eternidade, mas no tempo gasto ao serviço dos outros; trago o amor, mas como flor e fruto da entrega sacrificada.

- Pois eu trago as coisas que me pediram: jogos e brinquedos para os miúdos e, para os graúdos, saúde, prazer, riqueza e poder. Mas, por mais que lhes dê, nunca estão satisfeitos!

- A quem me dou, quer-me sempre mais na caridade que tem aos outros, porque é nos outros que eu quero que me amem a mim.

- Mais um enigma! De facto, somos muito diferentes, mas pelo menos numa coisa nos parecemos: ambos estamos sós, nesta noite de consoada!

- Eu nunca estou só, porque onde estou, está sempre o meu Pai e onde eu e o Pai estamos, está também o Amor que nós somos e estão aqueles que me amam.

- Bom, a conversa está demorada e ainda tenho muitas casas para assaltar, pela lareira, como manda a praxe.

- Eu estou à porta e bato e só entrarei na casa de quem liberrimamente me abrir a porta do seu coração e aí cearei e farei a minha morada.

- Pois sim, mas eu vou andando que já estou velho e cansado …

- Eu acabo de nascer e quem, mesmo sendo velho, renascer comigo, será como uma fonte de água viva a jorrar para a vida eterna.

O velho Pai Natal, resmungando, subiu ao telhado do luxuoso prédio, atirou-se pela chaminé abaixo e desapareceu.

Foi então que a janela onde estava o estandarte se abriu e uma pobre velhinha de rosto enrugado, como um antigo pergaminho, beijou o reverso da imagem do Deus Menino, que estremeceu de emoção. A seguir, encostou a vidraça, apagou a luz e, muito de mansinho, adormeceu. Depois, o Menino Jesus, sem a acordar, pegou nela ao colo e, fazendo do seu pendão um tapete mágico, levou-a consigo para o Céu.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada (2010)

* Os primeiros cristãos chamavam dies natalis, ou seja, natal, ao dia da sua morte, porque entendiam que esse era o dia do seu nascimento para a verdadeira vida.

O BURRICO DO PRESÉPIO DE BELÉM por António Faure (parte integrante e insubstituível do nosso imaginário)

Hoje, leitor amigo, em quem penso enquanto escrevo, veio-me à lembrança a história do burrico do Presépio de Belém que um dia li deliciado.

Dias a fio, perseverantemente, aquele burrico humilde, aparentemente destinado a não ter história - era apenas um entre tantos outros - aqueceu. com a sua presença e o seu bafo, o Menino Jesus.

Mas um dia, na vida de cada um de nós há sempre um dia, uma grande azáfama inundou o local. Gente da estranja, com fatos multicolores, vasta criadagem, montada em camelos, perguntava afanosamente pelo Rei que vinha adorar.

O burrico estava espantado: quanta luz, quanta riqueza, quanta história maravilhosa de viagens e terras distantes... Mas, o que mais lhe chamava a atenção eram os camelos... "Como deve ser bom - pensava ele - ser camelo! ... esguio, pernas ágeis e resistentes, a bossa coberta de finas roupagens, transportando gente importante..."

Quando os Magos partiram, o burrico, como que hipnotizado, sem um adeus, abandonou o Presépio e seguiu a lustrosa caravana. Seguiu-a de longe, receoso de ser enxotado, com medo das feras e de um formigueiro que sentia percorrer-lhe todo o corpo... Com sede, aproximou-se de um regato que corria perto. Ficou espantado. "Não! Não podia ser!" Olhou em volta e depois olhou para si ... De facto não era ilusão. 0 burrico do Presépio transformara-se num jovem e esbelto camelo orgulhoso, muito orgulhoso da sua bossa.

À noite nem dormiu. Sonhou com o futuro que tão estranhamente, se lhe abria radioso. Depois os dias passaram correndo em tumultuosas e constantes novidades que lhe faziam abrir a boca de espanto.

De vez em quando, durante o tropear das viagens ou no silêncio da noite, parecia-lhe ouvir o galrejar do Menino, sentir a mão da Senhora que lhe acariciava a manchita branca da testa, ver os gestos serenos de José que o mimava com palavras enquanto lhe acomodava a palhita fresca e saborosa. "Atavismos! Falta de maturidade!" pensava o burrico que entretanto se civilizara e aprendera algumas verdades científicas... E de novo se emaranhava no tumulto que o envolvia.

Mas um dia, na vida de cada um de nós há sempre um dia, a saudade do Presépio pungiu-o mais fundamente... E sem hesitações, sem olhar para trás, num rápido galope pôs-se a caminho de Belém.

Quando chegou empurrou a porta com o focinho para entrar. Mas... que desilusão! A bossa aquela bossa de que tanto se orgulhara um dia, impedia-o agora de passar pela porta demasiado pequena para a sua corpulência. Tentou rastejar mas... nem assim.

Então desamparado, deitou-se à porta chorando amargamente... E, mistério profundo! À medida que as lagrimas, lhe caíam dos olhos e regavam o chão, aquela bossa que o impedia de entrar, ia-se desfazendo lentamente... Uma suave brisa afastou as nuvens e o luar inundou a terra... Por entre lágrimas, o burrico viu a sua imagem reflectida, a imagem do burrico do Presépio que regressava a casa. E, sem ruído, foi ocupar o seu lugar.

Aqui interrompo a história do burrico do Presépio. Imagino, que fez história servindo, até ao fim dos seus dias, a Jesus, apesar de algumas teimosias, zurros e pinotes toleráveis num burrico.

Aqui entronca também a história de cada um de nós, os homens e as mulheres, que, vezes sem conta, abandonamos o Presépio ofuscados por ouropéis falaciosos.

Cada dia do ano será Natal, como o leitor e eu desejamos, se, quando fugirmos, soubermos, com dor de amor e humildade, voltar para Jesus. Se o fizermos sentiremos na nossa a Sua mão reconfortante; sentiremos o afago de Santa Maria, Mãe, de Deus e nossa Mãe; ouviremos a voz forte e serena de S. José, nosso Pai e Senhor a dizer-nos: "Ânimo! Arrebita essas orelhas! Juntos temos muito caminho para andar".

Para si leitor, para todos, desejo um Bom Natal e Feliz Ano Novo.

António Faure em Dezembro de 2010

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1924


Recebe o diaconado na igreja de São Carlos, em Saragoça, das mãos de D. Miguel de los Santos Díaz Gómara. Tem 22 anos.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Mosteiro beneditino de S. Domingos de Silos

S. Domingos de Silos, abade, †1073

São Domingos de Silos nasceu em Canhas, pequena cidade da Rioja, Espanha, no ano 1000. Vivia na mais completa solidão há quase 18 anos, quando resolveu procurar Santo Emiliano e tornou-se noviço. Durante a sua caminhada, restaurou o Mosteiro de Silos que havia sido arruinado pelas guerras árabes. Restaurou também o priorado de Santa Maria de Canãs. Foi nomeado prior do convento de São Millán.

García de Nájera perseguiu São Domingos até que o exilou do Mosteiro de São Millán para Burgos, onde foi recebido por Fernando Magno, rei de Castela e de Aragão. Os historiadores contam também que São Domingos libertou muitos escravos cristãos caídos nas mãos dos mouros. Era muito culto, tendo exercido grande influência política e religiosa, fazendo parte dos homens mais versados em ciências e letras. Foi fundador de uma biblioteca, onde se reuniram numerosos manuscritos em caracteres visigóticos.

São Domingos de Silos morreu no dia 20 de Dezembro de 1073, em Silos.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

EVA transformada em AVE

Santo Aelredo de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense 
Sermão 59, 3º para a Anunciação na colecção de Durham


Hoje o Pai soberano enviou-nos o verdadeiro José «para rever os seus irmãos e os rebanhos» (Gn 37,14). Ele é seguramente aquele José amado por seu pai «mais que todos os seus irmãos» (v. 3). [...] É ele, mais amado que todos, mais sábio que todos, mais magnífico que todos; foi realmente ele que Deus Pai enviou hoje. [...] «Quem enviarei Eu, diz Deus Pai, e quem irá por Mim?» (Is 6,8) O Filho responde: «Eis que Eu mesmo cuidarei das Minhas ovelhas e Me interessarei por elas» (Ez 34,11). Vindo do mais alto dos céus, Ele dirige-Se «para o vale de Hebron» (Gn 37,14).


Adão tinha escalado a montanha do orgulho; o Filho de Deus desce para o vale da humildade. Encontra hoje um vale para onde descer. Onde está Ele? Não em ti, Eva, mãe da nossa infelicidade, não em ti [...], mas na bem-aventurada Maria, que é este vale de Hebron devido à sua humildade e por causa da sua força. [...] Ela é forte porque participa na força d'Aquele sobre o qual está escrito: «O Senhor é forte e poderoso» (Sl 23,8). Ela é aquela mulher virtuosa, ardentemente desejada por Salomão, que dizia: «Uma mulher virtuosa, quem a poderá encontrar?» (Pr 31,10). [...]

Eva, se bem que criada no paraíso, sem corrupção, sem enfermidade nem dor, revelou-se fraca e doente. «Quem poderá encontrar a mulher virtuosa?» Poderemos encontrar na infelicidade cá em baixo o que não pudemos encontrar na felicidade do além? Poderemos encontrá-la neste vale de lágrimas, quando não a pudemos encontrar na beatitude do Paraíso? [...] Hoje, sim, hoje ela foi encontrada. Deus Pai encontrou esta mulher para a santificar; o Filho encontrou-a para nela habitar; o Espírito Santo encontrou-a para a iluminar. [...] O anjo encontrou-a para a saudar assim: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo». Ei-la, a mulher virtuosa. Nela, a seriedade, a humildade e a virgindade opõem-se à curiosidade, à vaidade, à voluptuosidade. «O anjo entrou nela», está escrito. Ela não estava virada para o exterior; estava no interior, no seu quarto secreto, onde rezava a seu Pai em segredo (Mt 6,6).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 20 de dezembro de 2012

Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossível . Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Lc 1, 26-38