Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sede Vacante


Adeus, obrigado e que o Senhor o acompanhe ... ‘Vergelt’s Gott’, Deus lhe pague!


Amar a Cristo ...

Querido Jesus, Nosso Pastor, amanhã alguém que conhecemos do templo aonde habitualmente assistimos à Santa Missa e Te recebemos na Sagrada Eucaristia, será submetida a um transplante e queremos pedir-Te por Ela, bem como a todos os que nos lêem que a incluam nas suas orações.

Sei da sua total confiança em Ti, não que sobre tal tenhamos falado, pois não se justificaria, mas é bem visível para quem a vê e vê a sua entrega e devoção.

Tu sabes Senhor Jesus a que filha Tua nos referimos sendo perfeitamente dispensáveis quaisquer detalhes adicionais que poderiam colidir com o seu direito à privacidade e recato.

Obrigado meu Senhor e meu Deus pela Tua infinita bondade!

JPR

A profecia de São Malaquias

Bento XVI garante reverência e obediência ao novo Papa

Após ouvir a saudação do Decano do Colégio Cardinalício, Bento XVI tomou a palavra para se despedir dos Cardeais.

Assim como o Card. Sodano, o Papa também citou a experiência dos discípulos de Emaús, afirmando que também para ele foi uma alegria caminhar em companhia dos cardeais nesses anos na luz da presença do Senhor ressuscitado.

Como disse ontem diante de milhares de fiéis que lotavam a Praça S. Pedro, a solidariedade e o conselho do Colégio foram de grande ajuda no seu ministério. “Nesses oito anos, vivemos com fé momentos belíssimos de luz radiosa no caminho da Igreja, junto a momentos em que algumas nuvens se adensaram no céu. Buscamos servir Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total. Doamos a esperança que nos vem de Cristo e que é a única capaz de iluminar o caminho. Juntos, podemos agradecer ao Senhor que nos fez crescer na comunhão. Juntos, podemos pedir para que nos ajude a crescer ainda nessa unidade profunda, de modo que o Colégio dos Cardeais seja como uma orquestra, onde as diversidades, expressão da Igreja universal, concorrem à superior e concorde harmonia.

Aos Cardeais, o Papa expressou “um pensamento simples” sobre a Igreja e sobre o seu mistério, que constitui para todos nós a razão e a paixão da vida, escrita por Romano Guardini. Ou seja, de que a Igreja não é uma instituição excogitada, mas uma realidade viva. Ela vive do decorrer do tempo, transformando-se, mas em sua natureza permanece sempre a mesma. O seu coração é Cristo.

“Parece que esta foi a nossa experiência ontem na Praça. Ver que a Igreja é um corpo vivo, animado pelo Espírito Santo, e vive realmente da força de Deus. Ela está no mundo, apesar de não ser do mundo. É de Deus, de Cristo, do Espírito Santo e nós o vimos ontem. Por isso é verdadeira e eloquente a outra famosa expressão de Guardini:

A Igreja se desperta no ânimo das pessoas. A Igreja vive, cresce e se desperta nos ânimos que, como a Virgem Maria, acolhem a palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo. Oferecem a Deus a própria carne e o próprio trabalho em sua pobreza e humildade, se tornando capazes de gerar Cristo hoje no mundo.

Através da Igreja, disse o Papa, o mistério da encarnação permanece presente sempre. E fez um apelo aos Cardeais:

“Permaneçamos unidos, queridos irmãos, neste mistério, na oração, especialmente na Eucaristia quootidiana, e assim serviremos a Igreja e toda a humanidade. Esta é a nossa alegria que ninguém pode nos tirar. Antes de saudá-los pessoalmente, desejo dizer que continuarei próximo com a oração, especialmente nos próximos dias, para que sejais plenamente dóceis à ação do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o Senhor vos mostre quem Ele quer. E entre vós, entre o Colégio dos cardeais, está também o futuro Papa, ao qual já hoje prometo a minha incondicional reverência e obediência.”

No final do encontro, o Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Card. Raymundo Damasceno Assis, visitou a Rádio Vaticano e relatou sua conversa com Bento XVI.

Rádio Vaticano

Vídeos em espanhol e inglês

Santuário de Fátima coberto de neve


MISSA BREVIS de JOÃO GIL por CANTATE | Credo

Imitação de Cristo, 3, 55, 3 - Da corrupção da natureza e da eficácia da graça divina

Daí vem, ó meu Deus, que "segundo o homem interior me deleito em vossa lei" (Rom 7, 22), sabendo que vosso mandato é bom, justo e santo, que reprova todo mal e ensina que se deve fugir ao pecado. Segundo a carne, porém, estou escravizado à lei do pecado, pois obedeço mais à sensualidade que à razão. Daí vem que "tenho vontade de fazer o bem, mas não sei realizá-lo" (Rom 7, 18). Por isso faço muitos bons propósitos, mas faltando-me vossa graça que auxilie minha fraqueza, com o menor obstáculo desfaleço e desisto. Assim sucede que bem conheço o caminho da perfeição e vejo claramente o que devo fazer. Entretanto, oprimido com o peso da corrupção, não me elevo ao que é mais perfeito.

A radicalidade da oração

Não abandono a cruz. Permaneço apenas de um modo novo junto do senhor crucificado. "Já não sou portador do poder do Governo da Igreja, mas continuarei, no recinto de São Pedro, ao serviço da oração”. Se dúvidas houvesse ficaram na sua última audiência, esclarecidas. O Papa não foge, não abdica, não vai gozar de uns anos sabáticos dedicados à reflexão e à música. Não voltará à sua condição de brilhante teólogo não irá viajar pelo mundo ou a fazer conferências. Não. Vai continuar, a sua mesma missão, dedicando-se a uma tarefa fulcral para o governo da Igreja. Não parte, fica. Tal como João Paulo II, também ele permanecerá junto à cruz até ao fim.

E se o Papa polaco fez do seu pontificado uma catequese da vida mostrando ao mundo (que abomina a doença e foge da velhice), o valor sagrado da vida desde a concepção até à morte natural, Bento XVI, na sua racionalidade germânica, oferece-se também ele em catequese. Mostrando-nos agora o que na Vida de um cristão é verdadeiramente essencial, importante e prioritário. Num mundo vergado ao activismo mais produtivista ele abdica do óbvio poder da acção deixando-a humildemente ao sucessor, e às suas redobradas forças, para escolher o mais difícil: confiar inteiramente na força da oração contemplativa.

E o que é a oração? Nada, a inutilidade perfeita, dirá o mundo. Tudo. Responde o Papa, guiado pela sua própria razão iluminada pela força da sua fé inquebrantável. Porque sabe e não duvida que essa mesma força moverá montanhas. Pedi e obtereis. Batei e abrir-se-vos-á. Disse o mestre.

E Bento XVI que podia limitar-se a pregar brilhantemente essa doutrina mostra-nos como se faz quando se acredita, como ele, que a barca da Igreja, não é dele, “não é nossa” mas pertence ao próprio Cristo que nunca a abandona.

Já em 2005 o então cardeal Ratzinger, a escassos dias de ser Papa, numa dorida oração da nona estação da via sacra nos falava da sua visão da Igreja como uma barca que parece pronta a afundar-se e “ mete água por todos os lados”. Oito anos depois está agora para todos os cristãos bem mais óbvia a fragilidade da barca e a violência da tempestade. Mas, por mais que as lutas de poder lhe transfigurem o rosto e as suas vestes se sujem com os pecados daqueles que deveriam servi-la, acima de tudo os sacerdotes, como não teme repetir-nos, ainda por estes dias, o próprio Papa, ele é também o primeiro a recordar-nos: descansemos, porque só aparentemente o Senhor dorme.

Para quem via neste Pedro, de hoje, o bom timoneiro capaz de controlar as ondas levando a atribulada embarcação no rumo certo não é fácil entender nem aceitar esta escolha que radica numa confiança absoluta em Deus.

A mudança radical que promoveu este Papa, na luta contra o pecado interno da pedofilia, o que fez para combater os jogos de poder e o desvio de dinheiros, o renovado alento que deu às relações com as outras igrejas irmãs e as outras religiões no mundo, como apelou ao testemunho coerente da alegria da fé, como nos recordou que a beleza e a cultura nos aproximam de Deus e fé e razão são duas aliadas e não duas inimigas, como criticou sem rodeios os vícios capitalistas, se opôs à desregulamentação do mundo do Trabalho e promoveu a Paz! Como em tudo isto parecia ir apenas a meio do bom combate fica naturalmente em aberto um “ e porquê agora?” Pode não ser fácil entender nem aceitar esta escolha que radica numa confiança absoluta em Deus. Tal como nunca será fácil (pelo menos às mulheres) entender a passagem do evangelho em que Jesus visita os amigos Lázaro Marta e Maria e nos diz de forma radical o valor da oração. Marta afadigada a preparar o almoço para o mestre e para os companheiros reclama junto de Jesus que force a sua irmã a ajudá-la. Esta indiferente à necessidade óbvia de cuidar da refeição prostrou-se aos pés de Jesus tranquilamente a ouvir a sua palavra. À hora de preparar a mesa pôs-se a rezar!

Para os que sabem que as tarefas de Marta também são oração é ainda hoje mais difícil entender a indiferença de Jesus às reclamações de Marta e as suas palavras recriminatórias: Marta, Marta, andas afadigada com muitas coisas e uma só é importante. Maria escolheu a melhor parte e não lhe será tirada!

Hoje, como ontem, ao ouvir as palavras do Papa não é fácil ao mundo entendê-las. Se Marta tivesse a escolha da irmã e se prostrasse como ela em oração aos pés do seu Senhor quem serviria o almoço? Quem serviria a Igreja nascente, naquele grupo de discípulos esfomeados que acompanhavam o mestre na visita aos amigos de Betânia? Como perceber que Maria está a ajudar a irmã contemplando o Senhor?

Que vai agora fazer Bento XVI, despido das honras e vestes do poder? Dar-nos um exemplo de humildade e coragem que impele à mudança. Mas, acima de tudo, mostrar-nos que mesmo hoje, contra todas as lógicas terrenas, é possível ter a sabedoria e confiança suficientes para escolher a melhor parte… que não lhe será tirada!

Graça Franco in RR online AQUI

Aura Miguel analisa o pontificado de Bento XVI

O silêncio

«…recomendo-vos que não descureis este aspecto – o silêncio – nas recolecções mensais e nos retiros anuais, com a necessária adaptação às circunstâncias concretas dos que assistem a esses meios de formação. Efectivamente, não é a mesma coisa que estejam pessoas que têm uma certa familiaridade com as coisas do espírito, ou pessoas que estão a dar os primeiros passos na vida cristã. Como o administrador fiel e prudente de que o Evangelho fala, é preciso saber dar, a seu tempo, a ração de trigo» [Lc 12, 42].

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, na carta do mês de Março 2011)

No período de Sede Vacante que hoje ao final do dia se inicia, saibamos estar juntos daqueles que nos possam ajudar e que connosco possam compartilhar a oração pelos senhores cardeais que dentro de dias se reúnem em Conclave e sobretudo pelo próximo Romano Pontífice.

Que o nosso silêncio seja a oportunidade para uma mais profunda reflexão e dedicação em amor a Jesus Cristo Nosso Senhor e à Sua e nossa Igreja.

JPR

Ignorar as Escrituras significa ignorar Cristo

Hoje como ontem, muitos são os que ainda não O encontraram e se encontram à espera do primeiro anúncio do Evangelho. Outros, embora tenham recebido formação cristã, perderam o entusiasmo e mantêm com a Palavra de Deus um contacto superficial. Outros ainda, afastaram-se da prática da fé e têm necessidade de uma nova evangelização. Finalmente, há pessoas de recta consciência que se colocam perguntas essenciais sobre o sentido da vida e da morte. Torna-se, pois, indispensável para os cristãos de todos os continentes estar prontos a responder a quem quer que peça razão da esperança que está neles, anunciando com alegria a Palavra de Deus e vivendo sem compromissos o Evangelho.

(Bento XVI na abertura do Sínodo dos Bispos em Outubro de 2008)

A nossa participação no sacrifício de Jesus Cristo Nosso Redentor ao celebrarmos a Sagrada Eucaristia

«Toda esta cidade resgatada, ou seja, a assembleia e sociedade dos santos, é oferecida a Deus como um sacrifício universal pelo Sumo-Sacerdote que, sob a forma de servo, foi ao ponto de Se oferecer por nós na sua paixão, para fazer de nós corpo duma tal Cabeça [...] Tal é o sacrifício dos cristãos: "Nós que somos muitos, formamos em Cristo um só corpo" (Rom 12, 5). E este sacrifício, a Igreja não cessa de o renovar no sacramento do altar bem conhecido dos fiéis, em que lhe é mostrado que ela própria é oferecida naquilo que oferece»

(De Civitate Dei 10, 6 - Santo Agostinho)

«Sofro terrivelmente nesta fornalha»

Santo Isaac, o Sírio (século VII), monge em Nínive, perto de Mossul 
Discurso, 1 ª Série, n º 84


Quanto a mim, penso que aqueles que são atormentados no inferno o são pelos golpes  do amor. Pois não há coisa mais amarga e mais violenta que os tormentos do amor! Os que sentem que pecaram contra o amor carregam consigo uma condenação bem maior que as mais temidas punições. O sofrimento inscrito no coração pelo pecado contra o amor é mais dilacerante que qualquer outro tormento.

É completamente absurdo pensar que os pecadores do inferno estão privados do amor de Deus. O amor é filho do conhecimento da verdade, que é dado na sua totalidade. Pelo seu próprio poder, o amor age de duas maneiras: atormenta os pecadores, como acontece aqui na terra um amigo atormentar outro amigo; e regozija-se com os que fazem o que devem fazer. Em minha opinião, o tormento do inferno é o remorso. Mas as almas dos que estão no alto estão na embriaguez do deleite.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de fevereiro de 2013

«Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho fino e todos os dias se banqueteava esplêndidamente. Havia também um mendigo, chamado Lázaro, que, coberto de chagas, estava deitado à sua porta, desejando saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as chagas. «Sucedeu morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico, e foi sepultado. Quando estava nos tormentos do inferno, levantando os olhos, viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. Então exclamou: Pai Abraão, compadece-te de mim, e manda Lázaro que molhe em água a ponta do seu dedo para refrescar a minha língua, pois sou atormentado nestas chamas. Abraão disse-lhe: Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro, ao contrário, recebeu males; por isso ele é agora consolado e tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo; de maneira que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os daí podem passar para nós. O rico disse: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à minha casa paterna, pois tenho cinco irmãos, para que os advirta disto, e não suceda virem também eles parar a este lugar de tormentos. Abraão disse-lhe: Têm Moisés e os profetas; oiçam-nos. Ele, porém, disse: Não basta isso, pai Abraão, mas, se alguém do reino dos mortos for ter com eles, farão penitência. Ele disse-lhe: Se não ouvem Moisés e os profetas, também não acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos».

Lc 16, 19-31

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Normas litúrgicas para o tempo de Sede vacante

Alguns dos grandes momentos do pontificado de Bento XVI (só vídeo)

A Barca da Igreja é guiada por Deus e é Sua (vídeos em espanhol e inglês)

MISSA BREVIS de JOÃO GIL por CANTATE | Agnus Dei

Imitação de Cristo, 3, 55, 2 - Da corrupção da natureza e da eficácia da graça divina

É necessária vossa graça, e grande graça, para vencer a natureza, propensa sempre ao mal desde a infância. Porque, viciada pelo primeiro homem, Adão, e corrompida pelo pecado, transmite a todos os homens a pena desta mancha, de sorte que a mesma natureza, por vós criada boa e reta, agora deve ser considerada como enferma e enfraquecida pela corrupção, visto que seus movimentos, abandonados a si mesmos, a arrastam ao mal e às coisas baixas, Porque a módica força que lhe ficou é como uma centelha oculta debaixo da cinza. Esta centelha é a razão natural, que, embora envolta em densas trevas, discerne ainda o bem do mal, a verdade do erro, mas não é capaz de fazer tudo que aprova, já que não possui a plena luz da verdade, nem a primitiva pureza de seus afetos.

Nunca um Papa teve, num certo sentido, tão pouco "sucesso" (agradecimento ‘É o Carteiro!)

EXCERTO

Foram sete anos terríveis de pontificado.
Nunca um Papa teve, num certo sentido, tão pouco "sucesso". 


Passou de polémica em polémica:  
  • crise com o Islão depois do seu discurso de Ratisbona, onde evocou a violência religiosa; 
  • deformação das suas palavras sobre a Sida durante a primeira viagem à África, que suscitou um protesto mundial;
  • vergonha sofrida pelo explodir da questão dos sacerdotes  pedófilos, por ele enfrentada; 
  • o caso Williamson, onde o seu gesto de generosidade em relação aos quatro bispos ordenados por D. Lefebvre (o Papa revogou as excomunhões) se transformou numa reprovação mundial contra Bento XVI, porque não tinha
    sido informado sobre os discursos negacionistas da Shoah feitos por um deles; 
  • incompreensões e dificuldades de pôr em ação o seu desejo de transparência quanto às finanças do Vaticano; 
  • traição de uma parte do seu grupo mais próximo no caso Vatileaks, com o seu mordomo que subtraiu cartas confidenciais para as publicar...

Não teve nem sequer um ano de trégua. Nada lhe foi poupado. 
Às violentas provações físicas do pontificado de João Paulo II, ao atentado e ao mal de Parkinson, parecem corresponder as provações morais de rara violência desta litania de contradições sofrida por Bento XVI.
Ao renunciar, o Papa eclipsa-se.
À própria imagem do seu pontificado. 


Mas só Deus conhece o poder e a fecundidade da humildade.

_________________________________________________
Jean-Marie Guénois
In Le Figaro Magazine, 15-16.2.2013
Transcrição: L'Osservatore Romano
© SNPC | 25.02.13


Bento XVI despede-se em português apresentando renúncia como «inovação»

Bento XVI afirmou hoje no Vaticano que a sua decisão de renúncia ao pontificado, que se conclui esta quinta-feira, implicou uma “inovação” na história da Igreja.

“Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito”, explicou o Papa, em português, perante mais de 150 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a última audiência pública do pontificado.

À imagem do que fez no último dia 11, quando anunciou a resignação, Joseph Ratzinger, de 85 anos, explicou a sua renúncia com a idade avançada e a falta de forças.

“Sentindo que as minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a sua luz para tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da Igreja”, precisou.

O Papa agradeceu “o respeito e a compreensão” com que foi recebida a sua decisão de renunciar ao pontificado e deixou uma promessa: “Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na reflexão, com a mesma dedicação ao Senhor e à sua esposa que vivi até agora e quero viver sempre”.

Bento XVI sustentou que um Papa “não está sozinho na condução da barca de Pedro [Igreja Católica], embora lhe caiba a primeira responsabilidade”.
“Nestes quase oito anos, sempre senti que, na barca, está o Senhor e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor”, prosseguiu.

O Papa evocou o dia da sua eleição, a 19 de abril de 2005, lembrando que na altura falou num “grande peso” que lhe era colocado sobre os ombros.

“O Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram”, observou.

Bento XVI disse que vai continuar a “acompanhar a Igreja” com a sua oração e pediu aos fiéis que rezem por si e pelo seu sucessor.

“Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e sobretudo que rezeis pelos cardeais chamados a escolher o novo sucessor do Apóstolo Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo a Bênção Apostólica”, apelou, em português, uma das 12 línguas em que o Papa interveio esta manhã.

Bento XVI apresentou a sua renúncia no último dia 11, com efeitos a partir de quinta-feira, por causa da sua “idade avançada”, abrindo caminho à eleição do seu sucessor.

A última renúncia de um Papa tinha acontecido há quase 600 anos, com a abdicação de Gregório XII.

OC / Agência Ecclesia

Bento XVI percorre a Praça de São Pedro antes da última Audiência Geral

A graça divina

«A todos, pois exortamos a que estreitamente unidos ao Redentor, com cuja ajuda podemos (cfr Phil 4,13), vos dediqueis com toda a solicitude à salvação daqueles que a Providência confiou aos vossos cuidados. Quão ardentemente desejamos, amados filhos, que tenhais emulação daqueles santos que, (…), com as suas grandes obras demonstraram a quanto chega neste mundo o poder da graça divina!»

(Menti nostrae, nº 31 – Pio XII)

A dignidade da consciência moral

“Na consciência moral Deus fala a cada um e convida a defender a vida humana em cada momento. Nesta ligação pessoal com o Criador está a dignidade profunda da consciência moral e a razão da sua inviolabilidade.

(Bento XVI in discurso à Academia Pontifícia para a Vida em 26.02.2011)

«Eis que subimos a Jerusalém»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
Dissertações sobre os Salmos, Sl 121


Nos «salmos de subida», o salmista aspira a Jerusalém e diz que quer subir. Subir para onde? Desejará ele alcançar o sol, a lua, as estrelas? Não. É no céu que se encontra a Jerusalém eterna, é lá que vivem os anjos, nossos concidadãos (Heb 12,22). Nesta terra estamos exilados, longe deles. Ainda a caminho, no exílio, suspiramos; na cidade estremeceremos de alegria.

Durante a viagem encontramos companheiros que já viram essa cidade e que nos encorajam a correr para ela. Eles inspiraram ao salmista um grito de alegria: «Que alegria, quando me disseram:  'Vamos para a casa do Senhor!'» (Sl 122,1). [...] Iremos para a casa do Senhor: corramos pois, corramos, pois chegaremos à casa do Senhor. Corramos sem nos cansar; lá não haverá lassidão. Corramos para a casa do Senhor e estremeçamos de alegria com aqueles que nos chamaram e que primeiro contemplaram a nossa pátria. Eles gritam de longe aos que os seguem: «Vamos para a casa do Senhor; caminhai, correi!» Os apóstolos viram a casa e chamam-nos: «Caminhai, correi, segui-nos! Vamos para a casa do Senhor!»

E o que responde cada um de nós? «Que alegria, quando me disseram:  'Vamos para a casa do Senhor!'» Regozijei-me com os profetas, regozijei-me com os apóstolos, pois todos eles nos disseram: «Vamos para a casa do Senhor.»


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 27 de fevereiro de 2013

Ao subir Jesus para Jerusalém, tomou à parte os doze discípulos, e disse-lhes pelo caminho: «Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e O condenarão à morte, e O entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado, e ao terceiro dia ressuscitará». Então, aproximou-se d'Ele a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos, prostrando-se, para Lhe fazer um pedido. Ele disse-lhe: «Que queres?». Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no Teu reino, um à Tua direita e outro à Tua esquerda». Jesus disse: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?». Eles responderam-Lhe: «Podemos». Disse-lhes: «Efectivamente haveis de beber o Meu cálice, mas, quanto a sentar-se à Minha direita ou à Minha esquerda, não pertence a Mim concedê-lo; será para aqueles para quem está reservado por Meu Pai». Os outros dez, ouvindo isto, indignaram-se contra os dois irmãos. Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Vós sabeis que os príncipes das nações as subjugam e que os grandes as governam com autoridade. Não seja assim entre vós, mas todo aquele que quiser ser entre vós o maior, seja vosso servo, e quem quiser ser entre vós o primeiro, seja vosso escravo. Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para resgate de todos».

Mt 20, 17-28

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Bento XVI será chamado por Papa Emérito e continuará a usar sotaina branca (vídeos em espanhol e inglês)

Amanhã 27 fevereiro às 09h00 de Portugal a RTP1 e a RTPi transmitem a última Audiência de Bento XVI


Pontificado de Bento XVI

28 fevereiro - início Curso Breve de História do Cinema


ADOPTAR UM CARDEAL ELEITOR NO CONCLAVE PARA REZAR ESPECIALMENTE POR ELE ATÉ À ELEIÇÃO DO NOVO PAPA

Que ideia tão bonita e boa! Estaremos todos unidos em oração.

A mim calhou-me o Cardeal  PORTUGUÊS  MANUEL MONTEIRO DE CASTRO

E o seu qual é?

É muito fácil - entre no site, inscreva-se e ser-lhe-á atribuído um dos Cardeais eleitores. Não há oração ou jejuns estipulados. Cada um oferece o que puder e quiser.

MISSA BREVIS de JOÃO GIL por CANTATE | Pater Noster

Imitação de Cristo, 3, 55, 1 - Da corrupção da natureza e da eficácia da graça divina

A alma: Senhor, meu Deus, que me criastes à vossa imagem e semelhança, concedei-me a graça que declarastes ser tão importante e necessária para a salvação: que eu vença minha péssima natureza, que me arrasta ao pecado e à perdição. Porque sinto em minha carne a lei do pecado, que é contrária à lei do espírito e me cativa, querendo me levar a obedecer, em muitas coisas, à sensualidade; nem poderei resistir às paixões, se não me assistir vossa santíssima graça, e me inflamar o coração.

Título, vestes e anel de Bento XVI

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, realizou na manhã desta terça-feira mais uma conferência de imprensa, em que esclareceu algumas das muitas dúvidas dos jornalistas.

Uma delas é sobre como Bento XVI será chamado a partir do dia 28 de fevereiro. A resposta é: continuará a chamar-se Sua Santidade Bento XVI, mas foi escolhido também Papa Emérito ou Romano Pontífice Emérito.

Sobre as vestes: branca, simples, sem mantelete. Não são mais previstas os sapatos vermelhos. “Parece que o Papa ficou muito satisfeito com os sapatos que lhe presentearam no México, em Leon”, disse Pe. Lombardi.

Não usará mais o anel do pecador, para o qual o Camerlengo, com o decano, darão o fim que a Constituição prevê.

Sobre o dia de hoje, o Papa a transcorrerá em oração e preparação para a transferência a Castel Gandolfo.

Para a Audiência Geral de quarta-feira, foram distribuídos 50 mil bilhetes. Prevê-se o mesmo esquema: uma ampla volta com o papamóvel. Não terá lugar o “beija-mão” – este será feito após a Audiência Geral, na Sala Clementina, para algumas autoridades, como o Presidente da Eslováquia, o Presidente da região da Baviera.

Quinta-feira, às 11h, haverá a saudação aos Cardeais, com o discurso do Decano no início. Às 16h55 (hora local), a partida de carro do pátio de São Dâmaso, saudação dos superiores. No heliporto, haverá a saudação do Cardeal Decano. Às 17h15, a chegada a Castel Gandolfo, onde estarão presentes o Bispo de Albano e outros autoridades. Às 17h30, no Pátio interno o Papa saúda os fiéis – a última saudação pública do Santo Padre. Às 20h, a Guarda Suíça, fecha a porta do Palácio Apostólico, encerrando o serviço para o Papa como chefe da Igreja.

Rádio Vaticano

Grândola, Vila Morena?

Portugal é, decididamente, um país alegre. É o foguetório minhoto, é o folclore beirão, é o bailinho da Madeira. Mesmo em crise, com um brutal desemprego, com famílias endividadas, com jovens a emigrar, o país canta. Na Grécia os manifestantes arremetem com fúria contra a polícia de choque; em França, os habitantes dos bairros periféricos incendeiam carros; nos Estados Unidos, os psicopatas fazem fogo real em escolas e universidades. Mas em Portugal não, em Portugal os descontentes cantam o “Grândola, Vila Morena”!
Vai um ministro a um acto oficial e que faz a horda contestatária? Atira uma bomba? Sequestra o membro do governo? Acerta-lhe com ovos? Suja-o com tinta? Nada disso! Canta-lhe uma balada! E não é que o ministro fica tão comovido que, para esconder as lágrimas, se retira silencioso, com a voz embargada pela emoção?! Que exemplo para a Europa e para o mundo!
Não sei se este excesso de alegria da juventude contestatária não deveria ser taxado pelas Finanças. Temo que os jovens destes coros espontâneos não saibam passar recibos sem erros ortográficos, mas certamente sabem responder ao jeito do ex-secretário de Estado da Cultura. Da cultura vicentina, certamente.
O país deve regozijar-se com a jovialidade destes manifestantes profissionais, porque se cantam é porque estão felizes e, se estão tão alegres, é de certeza porque comem bem e bebem melhor. Se algum reparo há a fazer é quanto à letra, porque em vez de “Grândola, Vila Morena”, ficava-lhes melhor dizer “Grândola, Vila Escurinha”…

Gonçalo Portocarrero de Almada

(Fonte: 'i' online AQUI)

Brevíssimo comentário ao Evangelho de hoje...

Não sejamos nós como os escribas e fariseus de que o Senhor nos fala no Evangelho de hoje (Mt 23, 1-12), saibamos ser humildes e dispensar as honrarias efémeras que nos tentam ou mesmo que nos sejam oferecidas, sejamos simples e humildes perante Deus Nosso Senhor e o próximo certos que estaremos a agradá-Lo.

Louvado seja sempre pelos nossos actos e orações o Senhor na Sua forma Trinitária!

«Quem se humilhar será exaltado»

Sentenças dos Padres do Deserto (séculos IV-V) 
Macário 11


Certo dia, Abba Macário vinha do paul e regressava à cela, trazendo consigo umas folhas de palmeira. Pelo caminho, o demónio veio ao seu encontro com uma foice de ceifeiro, e tentou atacá-lo, mas não conseguiu. Disse-lhe então o demónio: «Macário, sofro muitos tormentos por tua causa, porque não consigo vencer-te. Contudo, faço tudo o que tu fazes: tu jejuas, e eu não como; tu velas, e eu não durmo. Há só um aspecto em que me vences.» «Qual?» «A tua humildade. É ela que me impede de te vencer.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 26 de fevereiro de 2013

Então, Jesus falou às multidões e aos Seus discípulos, dizendo: «Sobre a cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem, mas não imiteis as suas acções, porque dizem e não fazem. Atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põem sobre os ombros dos outros homens, mas nem com um dedo as querem mover. Fazem todas as suas obras para serem vistos pelos homens. Trazem mais largas as filactérias, e mais compridas as franjas dos seus mantos. Gostam de ter os primeiros lugares nos banquetes, e as primeiras cadeiras nas sinagogas , das saudações na praça, e de serem chamados rabi pelos homens. Mas vós não vos façais chamar rabis, porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. A ninguém chameis pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, O que está nos céus. Nem façais que vos chamem mestres, porque um só é o vosso Mestre, Cristo. Quem entre vós for o maior, seja vosso servo. Aquele que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.

Mt 23, 1-12

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Amar a Cristo...

Jesus ofendem-Te de todas as formas e Tu estás sempre de pé como durante a flagelação que precedeu a Tua coroação, ensina-me a tudo suportar mesmo quando Te ofendem ofendendo a Tua Igreja.

Obrigado Filho de Deus que com o Pai e o Espírito que de Vós procede sois a Santíssima Trindade!

JPR

O último Angelus do pontificado de Bento XVI em 24.02.2013 (integral)

Imitação de Cristo, 3, 54, 7 - Dos diversos movimentos da natureza e da graça

A graça é uma luz sobrenatural e um dom especial de Deus; é propriamente o sinal dos escolhidos e o penhor da salvação eterna, pois eleva o homem das coisas terrenas ao amor das celestiais, e de carnal o torna espiritual. Quanto mais, pois, é oprimida e dominada a natureza, tanto maior graça é infundida, e tanto mais cada dia é renovado o homem interior, conforme a imagem de Deus.

Saber abrir o caminho a Deus

«Mesmo para as pessoas crentes, totalmente abertas a Deus, as palavras divinas não são à primeira vista compreensíveis e esclarecedoras. Quem pede à mensagem cristã a compreensão imediata do que é banal, fecha o caminho a Deus. Onde não há humildade do mistério acolhido, a paciência que recebe em si, conserva e se deixa lentamente abrir ao que não se compreende, aí a semente da Palavra caiu sobre a pedra; não encontro a boa terra».

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

Seguros da presença de Deus

«Vivei na união e na paz, e Deus estará certamente convosco, pois Deus é um Deus de paz, e aí põe as Suas delícias. O seu amor produzirá a vossa paz e todos os males serão desterrados da vossa Igreja»

(Homília sobre 2 cor, 30 – São João Crisóstomo)

Parce mihi Domine (Cristóbal de Morales, 1500-1553) Jan Garbarek -Diego Velázquez



Parce mihi Domine - Latim (Job 7:16-21)

Parce mihi Domine, nihil enim sunt dies mei.
Quid est homo, quia magnificas eum?
Aut quid apponis erga eum cor tuum?
Visitas cum diluculo, et subito probas illum.
Usquequo non parcis michi, nec dimittas me, ut glutiam salivam meam?
Peccavi. Quid faciam tibi, o custos hominum?
Quare posuisti me contrarium tibi, et factus sum michimet ipsi gravis?
Cur non tollis peccatum meum, et quare non aufers iniquitatem meam?
Ecce nunc in pulvere dormio; et si mane me quesieris, non subsistam.

«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa 
Revelações do Amor Divino, cap. 48


A meu ver, a misericórdia [de Deus] consiste no amor que opera com a doçura e a plenitude da graça, numa superabundante compaixão. Ela põe mãos à obra para nos defender e para que todas as coisas resultem em nosso bem. Desse modo, por amor, permite que em certa medida vacilemos; e quanto mais vacilamos, mais caímos, e quanto mais caímos, mais morremos. [...] Apesar disso, nunca se separa de nós o doce olhar da piedade e do amor, não cessa nunca a obra da misericórdia.

Vi qual é o bem próprio da misericórdia e o da graça: são dois aspectos de um único amor. A misericórdia é atributo da compaixão, proveniente duma ternura materna; a graça é atributo da glória, proveniente do majestoso poder do Senhor no mesmo amor. A misericórdia defende, ampara, vivifica e cura, e em tudo isso é ternura amorosa; a graça edifica e recompensa infinitamente mais do que o merece quer a nossa vontade, quer o nosso trabalho, e assim propaga e manifesta a generosidade que Deus, nosso Senhor soberano, nos prodigaliza na Sua maravilhosa afabilidade. Tudo isso provém da abundância do Seu amor, já que a graça transforma a nossa terrível fraqueza em abundante e infinita consolação, a nossa vergonhosa queda em sublime e glorioso reerguer-se, a nossa triste morte em santa e bem-aventurada vida.


Tudo isto vi, por certo: de cada vez que a nossa perversidade neste mundo nos conduz ao sofrimento, à vergonha e à aflição, no céu, ao contrário, a graça nos reconforta e nos conduz à glória e à felicidade; e com tal superabundância que, ao chegarmos ao céu e recebermos a recompensa que a graça aí preparou para nós, agradeceremos e bendiremos a Nosso Senhor, ao mesmo tempo que nos alegraremos por termos sofrido tais adversidades. E esse ditoso amor será de tal ordem, que conheceremos em Deus certas coisas que nunca teríamos conhecido se não tivéssemos passado por tais provações.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 25 de fevereiro de 2013

Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai e dar-se-vos-á. Uma medida boa, cheia, recalcada e a transbordar vos será lançada nas dobras do vosso vestido. Porque, com a mesma medida com que medirdes para os outros, será medido para vós».

Lc 6, 36-38

domingo, 24 de fevereiro de 2013

“Não abandono a Igreja”

“Não abandono a Igreja, pelo contrário. Continuarei a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor”: palavras de Bento XVI pronunciadas em seu último Angelus como Pontífice.

A Praça S. Pedro estava lotada este domingo para este evento histórico. Faixas e cartazes em várias línguas demonstraram o carinho dos fiéis. Desde as primeiras horas da manhã, a Praça aos poucos foi sendo tomada por religiosas, sacerdotes, turistas, mas principalmente por famílias com crianças e muitos jovens.

Ao meio-dia, assim que a cortina da janela de seus aposentos se abriu, Bento XVI foi aclamado pela multidão.

Comentando o Evangelho da Transfiguração do Senhor, o evangelista Lucas ressalta o facto de que Jesus se transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive sobre um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João.

Meditando sobre esta passagem do Evangelho, explicou o Pontífice, podemos tirar um ensinamento muito importante. Antes de tudo, a primazia da oração, sem a qual todo o trabalho de apostolado e de caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma, aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e de suas contradições.

A existência cristã – disse o Papa, citando sua Mensagem para a Quaresma –, consiste num contínuo subir o monte do encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força que dele derivam, a fim de servir nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus.

“Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus eu a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário. Se Deus me pede isso, é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças.”

Na saudação em várias línguas, Bento XVI falou também em português:

“Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.

Rádio Vaticano

Vídeos em espanhol e inglês