Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, há momentos e circunstâncias na nossa vida, não fora a Oração mental, seriam muitos os dias e as horas sem com quem pudesse dialogar e exteriorizar o nosso estado de alma e pedir orientação e simultaneamente louvar-Te e manifestar-Te a nossa gratidão. 

Bem-haja e louvado sejais agora e para sempre!

JPR 

Ressurreição dos mortos ou ressurreição da carne?

Iniciativa na internet recolhe assinaturas para exigir que o Facebook não censure fanpage Memes Católicos

A plataforma espanhola HazteOír apresentou uma campanha de coleta de assinaturas (à hora deste post no ‘Spe Deus’ já ultrapassava as 8.400 sendo objetivo as 10.000), para exigir à rede social Facebook que “reveja a denúncia” que motivou a censura da página Memes Católicos e devolva esta ao seu administrador, o peruano Yhonatan Luque Reyes, de 24 anos.

A destinatária das assinaturas recolhidas por HazteOír é Natalia Basterrechea, responsável de assuntos públicos do Facebook em Espanha.

Tal como denunciou a ACI Prensa, a agência do grupo ACI de notícias em espanhol, na sexta-feira 25 de janeiro, sem dar explicação alguma, o Facebook eliminou a página criada pelo jovem peruano Yhonatan Luque e deixou os seus mais de 115 mil seguidores sem poder aceder os “memes” (quadrinhos com mensagens curtas).


Conforme informou Yhonatan à ACI Prensa, em dezembro de 2012 o Facebook notificou que vários usuários denunciaram seu espaço porque supostamente violava o artigo 3.7 da declaração de direitos e responsabilidades do Facebook sobre linguagem que incita ao ódio.

Nessa ocasião, a rede social deu ao jovem  a alternativa de conservá-la colocando a etiqueta [Humor polémico] devido ao nome "Memes Católicos".

Yhonatan explicou que “o artigo 3.7 das políticas de segurança do Facebook diz que está proibido inserir material que incite ao ódio, material pornográfico, material que induza à violência, e supostamente perigosos para a rede social, mas Memes Católicos não está promovendo este tipo de conteúdos. Isto não é justo".

"A minha página resume-se a publicar vinhetas para evangelizar, para catequizar, para mostrar o que a Igreja tem a dizer, para mostrar nossa doutrina tal como ela é", assegurou.

HazteOír sublinhou que, no momento de sua censura por parte do Facebook, a página “Memes Católicos” contava “com mais seguidores que órgão de informação de destaque, como os espanhóis ABC, El Mundo ou a Cadeia SER”.

A plataforma espanhola salientou que esta censura à página católica no Facebook “foi interpretada como um ataque à liberdade de expressão e de religião por muitos meios de comunicação”.

“A indignação está percorrendo as redes sociais, as demosntrações de apoio existem por milhares, todos são testemunhas oculares de que os factos denunciados são falsos”, indicou.

O Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais do Vaticano também ecoou, através de sua conta na rede social Twitter a denúncia publicada pela ACI Prensa.

Para os membros da HazteOír, “Facebook pode reanalisar os factos e restituir a página a seu administrador”, pois “já no passado a empresa deu mostras de boa atitude no respeito à liberdade religiosa e de expressão”.

“Podemos ajudar o Facebook a descobrir o engano e mostrar que pode ser também um espaço amável para o desenvolvimento da atividade dos cristãos”, assegurou a plataforma espanhola.

HazteOír advertiu que “hoje a injustiça foi cometida contra Yhonatan, amanhã é você quem pode sofrê-la”.

Na carta destinada a Natalia Basterrechea, informa-se que a página “Memes Católicos” foi “denunciada falsamente por incitação ao ódio simplesmente pelo facto de mostrar conteúdo cristão”.

“Por favor, reveja a denúncia, devolva a página a seu administrador e permita que o Facebook, como demonstrou em muitas ocasiões, seja também um espaço amável para o desenvolvimento da liberdade de religião dos cristãos”, solicita a nota do grupo espanhol.

Para assinar a carta exigindo que Facebook não censure aos cristãos, aceda a:  http://hazteoir.org/alerta/50692-firma-vas-permitir-que-facebook-censure-cristianos

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Amor e verdade são dois nomes de Deus

“Jesus não veio procurar o consenso dos homens”. “O verdadeiro profeta é a Deus que obedece, pondo-se ao serviço da verdade, pronto a pagar em primeira pessoa”. Palavras do Papa, neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando o Evangelho do dia, com o episódio vivido por Jesus em Nazaré, rejeitado pelos seus conterrâneos.

Sabendo bem que “nenhum profeta é bem aceite na sua pátria”, Jesus – observou o Papa – dirige às pessoas palavras que soam como uma provocação: cita dois milagres realizados pelos grandes profetas Elias e Eliseu a favor de pessoas não israelitas, para mostrar que às vezes há mais fé fora de Israel. E é por isso que todos reagem, expulsando-o da sinagoga e tentando mesmo deitá-lo abaixo de um precipício.

É caso para nos perguntarmos por que é que Jesus quis provocar esta rotura?prosseguiu Bento XVI. Ao princípio as pessoas estavam admiradas com ele, teria porventura conseguido um certo consenso…

“Mas é precisamente essa a questão: Jesus não veio para procurar o consenso dos homens, mas – como dirá no fim a Pilatos – para dar testemunho da verdade.

O verdadeiro profeta não obedece senão a Deus e coloca-se ao serviço da verdade, pronto a pagar na sua própria pele”.

É verdade que Jesus é o profeta do amor (reconheceu o Papa), mas também o amor tem a sua própria verdade.

“Ou melhor: amor e verdade são dois nomes da mesma realidade, dois nomes de Deus”.

Citando a segunda leitura deste domingo, Bento XVI recordou que “a caridade… não falta de respeito, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não tem conta do mal recebido, não se regozija com a injustiça, mas alegra-se com a verdade”.

“Crer em Deus, significa renunciar aos próprios preconceitos e acolher o rosto concreto no qual Ele se revelou: o homem Jesus de Nazaré. E esta via leva a reconhecê-lo e servi-lo também nos outros”.

Depois da oração mariana, Bento XVI recordou que em Itália a Igreja celebra neste domingo a “Jornada pela vida”.

“Associo-me aos bispos italianos que na sua mensagem convidam a investir na vida e na família, como resposta eficaz à atual crise”.

O Papa saudou também o Movimento pela Vida, fazendo votos de bom sucesso para a iniciativa denominada “um de nós”, “para que a Europa seja sempre lugar onde cada ser humano seja tutelado na sua dignidade”

Rádio Vaticano

Vídeo da ocasião em espanhol

Imitação de Cristo, 3, 50, 1-1 - Como o homem angustiado se deve entregar nas mãos de Deus

Desejo a alegria da paz, suplico a paz de vossos filhos, a que apascentais na luz da consolação. Se vós me derdes a paz, se vós me infundirdes santa alegria, será a alma de vosso servo cheia de júbilo, entoando devotamente vossos louvores. Mas se vos afastardes, como muitas vezes fazeis, não poderá ele trilhar o caminho dos vossos mandamentos, mas antes se prostará de joelhos, para bater no peito, porque não lhe vai como nos dias passados, "quando resplandecia vossa luz sobre sua cabeça" (Gén 31,2), e encontrava refúgio contra as tentações violentas debaixo da sombra de vossas asas.

Deus não aceita o que é mal feito

É difícil gritar ao ouvido de cada um, com um trabalho silencioso, através do pleno cumprimento das nossas obrigações de cidadãos, para depois exigir os nossos direitos e colocá-los ao serviço da Igreja e da sociedade. É difícil... mas é muito eficaz. (Sulco, 300)

Começar é de muitos; acabar, de poucos. Nós, que procuramos comportar-nos como filhos de Deus, temos de estar entre os segundos. não o esqueçais: só as tarefas terminadas com amor, bem acabadas, merecem aquele aplauso do Senhor, que se lê na Sagrada Escritura: é melhor o fim de uma obra do que o seu princípio.

Muitos cristãos perderam a convicção de que a integridade de Vida, pedida pelo Senhor aos seus filhos, exige um cuidado autêntico ao realizarem as tarefas pessoais, que têm de santificar, sem descurarem inclusivamente os pormenores mais pequenos.

Não podemos oferecer ao Senhor uma coisa que, dentro das pobres limitações humanas, não seja perfeita, sem defeitos e realizada com toda a atenção, mesmo nos aspectos mais insignificantes, porque Deus não aceita o que é mal feito. Não oferecereis nada que tenha defeito, porque não seria aceite favoravelmente, adverte-nos a Escritura Santa. Por isso, o trabalho de cada um de nós, esse trabalho que ocupa as nossas jornadas e as nossas energias, há-de ser uma oferenda digna do Criador, operatio Dei, trabalho de Deus e para Deus. Numa palavra, uma tarefa bem cumprida e impecável.

Se reparardes, entre os muitos elogios que fizeram de Jesus aqueles que puderam contemplar a sua vida, há um que, de certo modo, compreende todos os outros. Refiro-me àquela exclamação, cheia de sinais de assombro e de entusiasmo, que a multidão repetia espontaneamente ao presenciar, atónita, os seus milagres: bene omnia fecit, tudo tem feito admiravelmente bem: os grandes prodígios e as coisas comezinhas, quotidianas, que não deslumbraram ninguém, mas que Cristo realizou com a plenitude de quem é perfectus Deus, perfectus Homo, perfeito Deus e perfeito homem. (Amigos de Deus, 55–56)

São Josemaría Escrivá

BOM DIA!

Senhor, bom dia!

Ia a dizer, bom dia se Tu quiseres, mas depois veio ao meu coração que também será bom dia se eu quiser!

Basta-me estar conTigo, deixar que Tu me guies, viver o Teu amor, para mim e para os outros, e o meu dia será o bom dia que Tu queres que seja.

Obrigado, Senhor!


Bom Domingo do Senhor!

Reconheçamos no Senhor a paternidade de José, como em forma interrogatória o fizeram os presentes na Sinagoga e de que nos fala o Evangelho de hoje (Lc 4, 21-30), mas sobretudo vejamo-Lo como Deus feito homem criado no seio da Virgem Maria e a única e verdadeira Luz das nossas vidas.

O Senhor é o Nosso Pastor e com Ele nada nos faltará!

Crianças estão a ser mal educadas

A Maria tem três anos e adora a palavra "não". Gosta de dizê-la - com dedinho indicador a abanar e cabeça a acompanhar o compasso - em relação à sesta da tarde, à arrumação dos brinquedos, à hora de ir dormir, à escuridão do quarto, aos sapatos que não são ténis, à roupa que não tem a "Hello Kitty", à comida que não é massa, ao brinquedo que não seja plasticina, ao canal de televisão que não seja o Panda, ao DVD que não tenha o Ruca, à rua onde não exista um parque. A resposta pronta e negativa só muda para sim, se a mãe disser não. Porque na boca da mamã a palavra perde a graça, limita-lhe as vontades ilimitadas, traça fronteiras entre o possível que ela não quer e o impossível que deseja, gere-lhe o comportamento infantil. "Impor barreiras dói, negar algo custa, mas é uma forma de amar. É uma prenda que se dá aos filhos e que lhes assegura uma entrada firme no mundo real", explicou ao Expresso (julho de 2009) a psicoterapeuta infantil Asha Phillips, autora de "Um Bom Pai Diz Não", um livro best-seller mundial lançado agora em Portugal.

Confessa a mãe da Maria que dizer não nem é uma tarefa hercúlea, o pior mesmo é mantê-lo. Porque a seguir às três letrinhas vem logo a tristeza chantageante da petiz, ou a insistência repetida à exaustão que leva ao limite a paciência de qualquer adulto, ou a vergonha que sobe vermelha ao rosto materno quando a birra se esparrama no chão do supermercado. "Os pais modernos têm muita dificuldade em dizer não aos filhos e essa permissividade tem consequências terríveis. Estão a criar pequenos tiranos, que não sabem reagir a adversidades porque nunca foram contrariados. Ou então criam crianças medricas, absolutamente dependentes, que não sabem fazer nada sozinhas."


Já a imaginar a Maria no seu pedestal de ditadora, ou com 40 anos e grudada que nem lapa à casa dos pais, a mãe vai procurar socorro e soluções no livro de Asha. O título é duplamente apelativo (ainda que faça torcer o nariz quanto à tirada lógica de que é mau pai aquele que diz sim). Não há pai que não deseje ser perfeito e ponho as duas mãozinhas no lume se algum tem certezas absolutas sobre os limites que deve impor aos filhos para atingir essa plenitude parental. Pode dormir de luz acesa? E na cama dos pais? Quantas horas de televisão? Pode escolher o que vai comer? E o que vai vestir? O que fazer perante uma birra? Quando se pode dizer sim? E quando se deve começar a dizer não? E quando é tarde de mais para começar a traçar limites?

A psicoterapeuta britânica conhece cada uma das dúvidas de cor, ri-se sempre quando se sente como o manual de instruções onde os pais querem encontrar soluções concretas. "Não há uma resposta única nem o meu livro é de receitas", diz com um sorriso aberto. Mas reconhece-se nestas dúvidas. Ela também é mãe, de duas raparigas agora já adultas, e foi a sua enorme dificuldade em contrariá-las que a levou a procurar literatura de ajuda. Como não encontrou, escreveu ela o livro - a primeira edição é de 1999 -, dividido por conselhos para bebés, crianças dos dois aos cinco anos, os anos da escola primária e os adolescentes.

"Os limites devem começar a ser colocados quando ainda andam ao colo. É geralmente nessa altura que dizemos pela primeira vez sim quando devíamos ter dito não". Para Asha, os erros cometidos pelos pais nesta fase prendem-se com a ansiedade de tudo quererem fazer e sempre bem. Ao mínimo ruído do bebé, a mãe entra no quarto. Mal abre os olhos pega-lhe. Mal ouve um choro dá-lhe de comer. A chucha cai e a mãe apanha. O bebé quer colo e a mãe dá. "Os pais querem o seu bebé sempre a sorrir, fazem-lhe todas as vontades, dizem que sim a tudo e ele consegue tudo sem esforço. Nem lhe dão a possibilidade de descobrir o que consegue fazer sozinho".


O medo dos pais de errar é grande, mas em vez de transmitirem segurança asfixiam o desenvolvimento da sua independência e criam crianças infelizes e inadaptadas. "Às vezes acertamos, outra não. É normal. Não existem pais ou mães perfeitos, não se espera que acertemos sempre. Aliás, o encaixe perfeito - uma mãe que poupa o filho a todo e qualquer tipo de irritação - não é benéfico. A recuperação de um desencontro promove o desenvolvimento, e é certo que serão sempre mais as vezes em que as necessidades do bebé são satisfeitas do que o inverso."

Dizer não a um bebé é não ir a correr para o quarto quando ele choraminga, é deixá-lo encontrar a chucha sozinho, é permitir que ele descubra uma fonte de conforto alternativa à mãe ou ao pai (o polegar, por exemplo). Dizer não é não deixar a luz do quarto acesa ou não mergulhar a casa num silêncio sepulcral, para que o bebé cresça no mundo real. "Nesta fase, o estabelecimento de limites surge não tanto como uma restrição mas mais como uma porta aberta à criatividade".

No segundo capítulo do manual, Asha Phillips fala das crianças dos dois aos cinco anos, que vivem tudo com paixão e emoções extremadas. "É o período mais desafiante. Acham que podem fazer tudo. Conseguem andar, falar e odeiam ser tratados como bebés", explica a psicoterapeuta. A mãe de Maria parece que está a ler uma descrição da filha "Eu já sou grande" (dita em bicos de pés). "Eu faço", "Eu consigo" são as frases mais repetidas pela menina de três anos. "Por um lado isso é maravilhoso e deve ser encorajado, mas os pais também têm de lhes lembrar que não podem fazer tudo, de uma forma que não esmague o seu empreendorismo, a sua paixão pela descoberta", explica Asha. Os principais limites devem ser impostos por estes anos. Com firmeza e consistência. De nada vale uma nega pouco convicta; a criança reverte-a em três tempos. E um sim excepcional nunca mais voltará a ser aceite como não.
Na vida normal de uma casa onde existe uma criança pequena, impulsiva, activa, exigente, curiosa, o não pode muito bem passar a ser a palavra mais usada - na casa da Maria é, garantidamente. Mas o adulto que a diz tem de acreditar que está a fazer o que está certo. "Se as respostas ao seu comportamento forem consistentes, a criança adquire uma boa ideia do que é permitido e do que é proibido, do que é seguro e perigoso."

Quando a criança rejeita relutantemente o não, Asha Phillips recomenda o recurso ao castigo ou mesmo uma "leve palmada ocasional" para deter uma escalada de conflito. "Não é o castigo em si que importa, mas aquilo que o seu comportamento transmite. Não é preciso uma marreta para partir uma noz". O excesso de autoridade tem, em geral, o efeito oposto ao desejado. O mesmo é verdade em relação a perder a calma, humilhar a criança e entrar numa batalha de vontades. "Mas se alguma vez um pai perder a cabeça e disser ou fizer algo de que se arrepende, não é o fim do mundo. Isso pode ajudar a criança a perceber que o pai ou a mãe também são humanos." A mãe, humana, de Maria suspira de alívio. Asha Phillips absolveu-a.


(Fonte: ‘Expresso’ online AQUI seleção de fotos do blogue)

Deus nunca é derrotado

«Jeremias, o profeta pessimista (por causa da catastrófica derrota de Israel e do desabamento de todos os optimismos precedentes), revela-se como verdadeiro portador da esperança. Para os demais tudo deveria ter acabado com esta derrota*, para ele tudo começa de novo nesse momento. Deus nunca é derrotado e as Suas promessas não caem com as derrotas humanas, antes se tornam maiores, tal como o amor aumenta na medida em que o amado necessita dele».

*babilónios

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

«A palavra de Deus não passa de moda»

«Uma coisa que me desagrada é ouvir dizer, inclusive da boca de certos bispos, que alguns carismas tiveram o seu tempo. Não é verdade: a Palavra de Deus não passa de moda. Excepto se ela não for testemunhada.
Precisamos de reconquistar a confiança na acção de Deus.»

(D. João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e para as Sociedades de Vida apostólica em Fev. 2012 comentando a crise de vocações na Europa)

O relativismo religioso

A força do Cristianismo e o poder para configurar e sanar a vida pessoal e coletiva que tem demonstrado ao longo da história, consiste em implicar uma estreita síntese entre fé, razão e vida [1], na medida em que a fé religiosa mostra à consciência pessoal que a razão verdadeira é o amor e que o amor é a razão verdadeira [2]. Essa síntese se rompe se a razão que nela deveria entrar for relativista. Por isso, dissemos no início que o relativismo se converteu no problema central que a evangelização tem que enfrentar nos nossos dias. O relativismo é assim problemático porque – ainda que não chegue a ser uma mutação de época da condição e da inteligência humanas – comporta uma desordem generalizada da intencionalidade profunda da consciência com relação à verdade, que tem manifestações em todos os âmbitos da vida.

Em primeiro lugar, existe hoje uma interpretação relativista da religião. É o que atualmente se conhece como “teologia do pluralismo religioso”. Esta teoria teológica afirma que o pluralismo das religiões não é só uma realidade de fato, mas uma realidade de direito. Deus quereria positivamente as religiões não cristãs como caminhos diversos através dos quais os homens se unissem a Ele e recebessem a salvação, independentemente de Cristo. Cristo tem, no máximo, uma posição de particular importância, mas é só um dos caminhos possíveis e, desde logo, nem exclusivo nem inclusivo dos demais. Todas as religiões seriam vias parciais, todas poderiam aprender das outras algo da verdade sobre Deus, em todas haveria uma verdadeira revelação divina.

Essa posição descansa sobre o pressuposto da essencial relatividade histórica e cultural da ação salvífica de Deus em Jesus Cristo. A ação salvífica universal da divindade se realizaria através de diversas formas limitadas, segundo a diversidade de povos e culturas, sem se identificar plenamente com qualquer delas. A verdade absoluta de Deus não poderia ter uma expressão adequada e suficiente na história e na linguagem humana, sempre limitada e relativa. As ações e as palavras de Cristo estariam submetidas a essa relatividade, pouco mais ou pouco menos que as ações e as palavras das outras grandes figuras religiosas da humanidade. A figura de Cristo não teria um valor absoluto e universal. Nada do que aparece na história poderia ter esse valor [3]. Não nos deteremos agora em explicar os diversos modos em que se tem pretendido justificar esta concepção [4].

Destas complexas teorias ocupou-se a encíclica Redemptoris Missio [5], de João Paulo II, e a declaração Dominus Iesus [6]. É fácil dar-se conta de que tais teorias teológicas dissolvem a cristologia e relativizam a revelação levada a cabo por Cristo, que seria limitada, incompleta e imperfeita [7], e que deixaria um espaço livre para outras revelações independentes e autónomas [8]. Para os que sustentam estas teorias é determinante o imperativo ético do diálogo com os representantes das grandes religiões asiáticas, que não seria possível não se aceitar como ponto de partida que essas religiões têm um valor salvífico autónomo, não derivado e não dirigido a Cristo. Também neste caso o relativismo teórico (dogmático) obedece, em boa parte, a uma motivação de ordem prática (o imperativo do diálogo). Estamos, pois, perante outra versão do conhecido tema kantiano da primazia da razão prática sobre a razão teórica.

Faz-se necessário esclarecer que o que acabamos de dizer em nada prejulga a salvação dos que não têm a fé cristã. O único que se diz é que também os não cristãos que vivem com retidão segundo a sua consciência se salvam por Cristo e em Cristo, embora nesta terra não o tenham conhecido. Cristo é o Redentor e o Salvador universal do género humano. Ele é a salvação de todos os que se salvam.

Ángel Rodríguez Luño, Doutor em Filosofia e Educação, e professor de Teologia Moral da Pontificia Università della Santa Croce (Roma)

[1] Esta é uma ideia muito presente ao longo do livro anteriormente citado Fede, verità e tolleranza….

[2] Cf. Ratzinger, J. Fede, verità e tolleranza…, cit., p. 192.
[3] Uma exposição e uma defesa da tese pluralista pode se encontrar em: Knitter, P. No Other Name? A Critical Survey of Christian Attitudes towards the World Religions. Maryknoll (NY) : Orbis Books, 1985; Hick, J. An Interpretation of Religion. Human Responses to Transcendent. London : Yale University Press, 1989; Amaladoss, M. “The pluralism of Religions and the Significance of Christ”, In: IdemMaking All Things New: Dialogue, Pluralism and Evangelization in Asia. Anand : Gujarat Sahistya Prakash, 1990, pp. 243-268; Idem. “Mission and Servanthood” In: Third Millenium 2 (1999), pp. 59-66; Idem. “Jésus Christ, le seul sauveur, et la mission” In:Spiritus 159 (2000), pp. 148-157; Idem, “‘Do not judge…’ (Mt 7:1)” In: Jeevadhara 31/183 (2001), pp. 179-182; Wilfred, F. Beyond Settled Foundations. Madras : The Journey of Indian Theology, 1993.
[4] Uns afirmam que o Verbo não encarnado, Logos ásarkos ou Logos cósmico, desenvolve uma ação salvífica muito mais ampla que a do Verbo Encarnado, isto é, que a do Logos énsarkos (cf., por exemplo, Dupuis, J. Verso una teologia del pluralismo religioso. Brescia : Queriniana, 1997, p. 404). Porém, outros dizem que é o Espírito Santo que desenvolve uma ação salvífica separada e independente da de Cristo, e fundamentam no Espírito Santo o valor salvífico autónomo das religiões não cristãs e a verdadeira revelação contida nelas.
[5] Cf. João Paulo II. Carta Encíclica Redemptoris Missiosobre a permanente validade do mandato missionário, 07-XII-1990.
[6] Cf. Congregação para a Doutrina da Fé. Declaração Dominus Iesus sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja, 06-VIII-2000.
[7] Cf. Dupuis, J. Verso una teologia del pluralismo religioso, cit., pp. 367 e 403.
[8] Cf. ibid., pp. 332 e 342.

(Fonte: excerto retirado do site do Opus Dei – Brasil AQUI)

Testemunhas da verdade

Concílio Vaticano II 
Declaração sobre a liberdade religiosa, 11

Cristo deu testemunho da verdade (Jo 18.37), mas não a quis impor pela força aos Seus contraditores. O Seu reino não se defende pela violência (Mt 26, 51-53) mas implanta-se pelo testemunho e pela audição da verdade; e cresce pelo amor com que Cristo, elevado na cruz, a Si atrai todos os homens (Jo 12, 32). 

Os Apóstolos, ensinados pela palavra e exemplo de Cristo, seguiram o mesmo caminho [...], não com a coacção ou com artifícios indignos do Evangelho, mas primeiro que tudo com a força da palavra de Deus (1Cor 2, 3-5). A todos anunciavam com fortaleza a vontade de Deus Salvador «o qual quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade» (1Tim. 2, 4); ao mesmo tempo, respeitavam os fracos, mesmo que estivessem no erro, mostrando assim como «cada um de nós dará conta de si a Deus» (Rom. 14, 12) (24) e, nessa medida, tem obrigação de obedecer à própria consciência. [...] Acreditavam firmemente que o Evangelho é a força de Deus, para salvação de todo o que acredita (Rom 1, 16). E assim é que, desprezando todas as «armas carnais» (2Cor 10, 4), seguindo o exemplo de mansidão e humildade de Cristo, pregaram a palavra de Deus (Ef 6, 11-17) com plena confiança na sua força para destruir os poderes opostos a Deus [...]. Como o Mestre, também os Apóstolos reconheceram a legítima autoridade civil [...]. Ao mesmo tempo, não temeram contradizer o poder público que se opunha à vontade sagrada de Deus: «deve-se obedecer antes a Deus do que aos homens» (At. 5, 29). Inúmeros mártires e fiéis seguiram, no decorrer dos séculos e por toda a terra, este mesmo caminho.

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934

“Senhor, tem graça: é para ti, e vamos pedir-to... farás de conta que não ouves? Será que a oração é impotente, sendo omnipotente... sinto em mim uma fé gigante (...): tu que me dás a fé , dar-me-ás o que te peço”, anota nos seus Apontamentos íntimos.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Barbara Bonney " Pie Jesu" Gabriel Fauré



Pie Jesu Domine,
dona eis requiem,
requiem sempiternam.

«Passando pelo meio deles, Jesus seguiu o Seu caminho»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
Sermão Delbeau 61, 14-18


Veio até nós um médico para nos restituir a saúde: Nosso Senhor, Jesus Cristo. Tendo encontrado a cegueira do nosso coração, prometeu-nos a luz que «os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu» (1Cor 2,9).

A humildade de Jesus Cristo é o remédio do nosso orgulho. Não duvides nunca de Quem te traz a cura e sê humilde, tu por quem Deus Se fez humilde. Com efeito, Ele bem sabia que o remédio da humildade seria a tua cura, porque conhece muito bem a enfermidade e sabe muito bem como curá-la. Uma vez que não podias ser tu a visitar o Médico, foi o Médico Quem veio visitar-te. [...] Veio ver-te e veio em teu socorro porque sabe muito bem do que necessitas.

Deus veio na Sua humildade para que o homem O pudesse imitar, pois se tivesse permanecido inacessível, como poderíamos nós imitá-Lo? E, sem O imitar, como poderíamos nós ser curados? Veio na humildade porque sabia muito bem qual o remédio que devia receitar: um pouco amargo, por certo, mas salutar. E tu? Continuas a duvidar d'Ele, de Quem te oferece a Sua taça, e murmuras: «Mas que Deus é este, Senhor? Nasceu, sofreu, foi coberto de escarros, coroado de espinhos, cravado numa cruz!» Miserável alma, que vês a humildade do médico mas não o cancro do teu orgulho! E é por isso que a humildade não te agrada. [...]

Por vezes acontece aos doentes mentais baterem nos médicos, mas neste caso o Médico, misericordioso, não só não fica indignado com quem Lhe bate, mas também cuida de o tratar. [...] O nosso Médico não teme ser atacado por pacientes dementes. Ele fez da Sua morte o seu remédio. Com efeito, Ele morreu e ressuscitou.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)