Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Quando o Espírito Santo habita no nosso coração e ilumina a nossa inteligência, faz-nos crescer na compreensão daquilo que Jesus disse e realizou

A Praça S. Pedro encheu-se para a Audiência Geral desta quarta-feira, em que a chuva dos últimos dias deu lugar ao sol e a uma temperatura mais amena.

Por quase meia-hora, o Papa Francisco fez o giro de toda a Praça com o seu papamóvel, para receber e retribuir o carinho dos fiéis entusiasmados.

Depois do período pascal, o Pontífice retomou o ciclo de catequeses sobre os sete dons do Espírito Santo, falando desta vez sobre o entendimento.

“Não se trata da inteligência humana, da capacidade intelectual de ser mais ou menos dotados. Mas é um dom que torna o cristão capaz de ultrapassar o aspecto exterior da realidade para perscrutar as profundezas do pensamento de Deus e do seu plano de salvação”, explicou Francisco.

Assim o dom do entendimento está intimamente ligado com a fé, pois nos faz analisar uma situação de acordo com a inteligência de Deus, e não com a inteligência humana.

“Quando o Espírito Santo habita no nosso coração e ilumina a nossa inteligência, faz-nos crescer na compreensão daquilo que Jesus disse e realizou”, convidando a multidão a pedir esta graça.

O próprio Jesus prometeu que o Espírito Santo havia de nos recordar os seus ensinamentos e Francisco citou um episódio do Evangelho de Lucas, dos dois discípulos a caminho de Emaús.

À medida que iam ouvindo Jesus explicar nas Escrituras que Ele devia sofrer e morrer para depois ressuscitar, a mente deles abriu-se e reacendeu-se a esperança nos seus corações. “É precisamente o que o Espírito Santo nos faz: nos abre a mente, para entender melhor as coisas de Deus, as coisas humanas, as situações, todas as coisas”, disse o Papa, que concluiu:
“É importante o dom do entendimento para a nossa vida cristã! Peçamos ao Senhor que nos dê esta graça para entender como Ele compreende as coisas que acontecem a para entender, sobretudo, as palavras de Deus no Evangelho.”

Na saudação aos fiéis presentes na Audiência, aos de língua portuguesa disse: “Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente ao Rancho Folclórico de Macieira da Lixa e ao grupo brasileiro de Araraquara. Agradeço a vossa presença e encorajo-vos a continuar a dar o vosso fiel testemunho cristão na sociedade. Deixai-vos guiar pelo Espírito Santo para entenderdes o verdadeiro sentido da história. De bom grado abençoo a vós e aos vossos entes queridos”.

(Fonte: 'nes.va')

Vídeo da ocasião em italiano

OS "RE-CASADOS" SÃO IGREJA (4)

Nesta segunda reflexão, sobre o mesmo tema dos divorciados re-casados, gostaria de ponderar, (partindo sobretudo da minha experiência pessoal), sobre alguns aspectos mais práticos, (digamos assim), da necessidade de percebermos quais os caminhos, quais as dificuldades, quais as “pedras de tropeço” que tantas vezes se colocam neste acolhimento em Igreja a estes irmãos que vivem estas situações chamadas “canonicamente irregulares”.

Vivemos um tempo em que a família é o tema permanente, e estas famílias merecem toda a nossa atenção, sobretudo porque querem viver a fé em Igreja, porque é em Igreja que elas sabem que encontram Deus, o amor de Deus, imprescindível à sua união familiar e ao sentido das suas vidas.

O facto de nos encontrarmos no Santuário de Fátima, leva-me a pensar quantas famílias nestas situações aqui vêm, tentando encontrar respostas, tentando encontrar compreensão, tentando encontrar paz e acolhimento, pelo que, devem dirigir-se provavelmente aos serviços da Confissão, para além de outros meios que procurem para se sentir em Igreja, para não se sentirem excluídos.

Conheço alguns casos destas famílias que, dada a sua formação cristã de base ou de tradição cristã, os leva a colocar os seus filhos, fruto da nova relação, na catequese, e chamados por causa desse facto a frequentarem as festas e celebrações da Igreja, acabam por sentir a necessidade espiritual de procurarem Deus, e assim procurarem a ajuda da Igreja nesse seu desejo, nessa sua vontade de viver a fé no seu dia-a-dia.

Isto para além de tantos outros casos em que essa ligação à Igreja sempre existiu e continua a existir, mas muitas vezes com incompreensões, dificuldades e algumas revoltas, sobretudo pelo facto de não poderem aceder à comunhão eucarística.

E existem alguns lapsos, incorrecções, muitas vezes proferidas nas nossas conversas com essas pessoas e não só, que sendo muito simples, não deixam de provocar confusão e apreciações erradas, não só daqueles que vivem essas situações, mas também daqueles que em Igreja deviam acolher e amar, e acabam por não conseguirem transmitir o que seria desejável.

Por exemplo, fala-se muitas vezes em anulação do Matrimónio.
Ora sabemos nós, (que tirando casos extremamente raros e específicos), a Igreja não anula Matrimónios.
A Igreja, pelos Tribunais Eclesiásticos, depois de um processo, pode declarar a Nulidade, o que significa, como todos sabemos, que aquele Matrimónio nunca existiu, e se nunca existiu não pode obviamente ser anulado.
Pode parecer que isto não tem importância nenhuma, mas realmente tem, e muita, porque se a Igreja anulasse um Matrimónio estaria no fundo a conceder um divórcio, algo que é impossível acontecer, pois colocaria o Sacramento do Matrimónio no mesmo nível de um qualquer casamento civil.
E se os sacerdotes sabem isto, os leigos, ou um grande número de leigos não o sabem, e ao passarem esta imagem da anulação do matrimónio, acabam por provocar uma ideia que uns, (por qualquer relação de poder ou riqueza), podem conseguir essa anulação e os outros não.
Tive e tenho inúmeras discussões, (no bom sentido, claro), por causa deste assunto e a maior parte das vezes a indignação daqueles com quem discuto vão nesse sentido, de haver uma Igreja para uns que tudo conseguem, e uma Igreja para outros que nada obtêm.

Este tipo de conversas exige de nós uma imensa paciência, porque temos de explicar esta importantíssima diferença entre nulidade e anulação, e mesmo assim, muitas vezes é difícil a compreensão daqueles que vivem essas situações. 

(continua)

Joaquim Mexia Alves

Nota:
Texto da segunda intervenção da recoleção para sacerdotes, no Santuário de Fátima, que orientei no dia 7 de Abril passado, a convite do Senhor D. António Marto.
O texto é, obviamente, algo extenso, pelo que o publicarei aqui em diversas partes.

Saber abrir o caminho a Deus

«Mesmo para as pessoas crentes, totalmente abertas a Deus, as palavras divinas não são à primeira vista compreensíveis e esclarecedoras. Quem pede à mensagem cristã a compreensão imediata do que é banal, fecha o caminho a Deus. Onde não há humildade do mistério acolhido, a paciência que recebe em si, conserva e se deixa lentamente abrir ao que não se compreende, aí a semente da Palavra caiu sobre a pedra; não encontro a boa terra».

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

Credo - Canto Gregoriano



Credo in unum Deum
Patrem omnipoténtem,
factórem cæli et terræ,
visibílium ómnium et invisibílium.
Et in unum Dóminum Iesum Christum,
Fílium Dei Unigénitum,
et ex Patre natum ante ómnia sæcula.
Deum de Deo, lumen de lúmine, Deum verum de Deo vero,
génitum, non factum, consubstantiálem Patri:
per quem ómnia facta sunt.
Qui propter nos hómines et propter nostram salútem
descéndit de cælis.
Et incarnátus est de Spíritu Sancto
ex María Vírgine, et homo factus est.
Crucifíxus étiam pro nobis sub Póntio Piláto;
passus, et sepúltus est,
et resurréxit tértia die, secúndum Scriptúras,
et ascéndit in cælum, sedet ad déxteram Patris.
Et íterum ventúrus est cum glória,
iudicáre vivos et mórtuos,
cuius regni non erit finis.
Et in Spíritum Sanctum, Dóminum et vivificántem:
qui ex Patre Filióque procédit.
Qui cum Patre et Fílio simul adorátur et conglorificátur:
qui locútus est per prophétas.
Et unam, sanctam, cathólicam et apostólicam Ecclésiam.
Confíteor unum baptísma in remissiónem peccatorum.
Et expecto resurrectionem mortuorum,
et vitam ventúri sæculi. Amen.

O Evangelho do dia 30 de abril de 2014

«Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem n'Ele acredita, não é condenado, mas quem não acredita, já está condenado, porque não acredita no nome do Filho Unigénito de Deus. A condenação é por isto: A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de que não sejam reprovadas as suas obras; mas aquele que procede segundo a verdade, chega-se para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas segundo Deus».

Jo 3, 16-21