Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Amar a Cristo...

Amado Jesus, frequentemente lemos títulos maliciosos em relação à Tua Igreja. O que mais nos dói é frequentemente na sua origem estar quem se reclama cristão, rogamos-Te que nos ajudes a relevar os ofensores e a oferecer-Te a nossa mágoa.

Ajuda-nos também na nossa oração para que peçamos sempre por todos os que amamos, que são o nosso próximo, mesmo quando estes nos atacam.

Senhor Jesus, ajuda-nos também a lutar pela unidade de todos os cristãos e dos católicos em particular!

JPR

Minha Mãe, eu quero ser fiel ao teu Filho

Ouçamos outras recomendações de D. Álvaro, que nasciam do seu grande amor a Maria, seguindo o exemplo do nosso Fundador. «Temos de lutar, meus filhos, se não queremos ser derrotados pelo inimigo de Deus e das nossas almas. Contamos com toda a ajuda da graça e com a intercessão poderosíssima da Mãe de Deus. Não podemos temer. O que há a fazer é recorrer ao Senhor e usar os meios que a Igreja nos oferece: a oração, a mortificação, a receção frequente dos sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Vamos dizer a Jesus que queremos ser fiéis. E à Santíssima Virgem: minha Mãe, eu quero ser fiel ao teu Filho, e para isso conto que tu intercedas por mim. O Senhor não pode deixar de te ouvir» [9].

A grande festa da Assunção oferece-nos a possibilidade de dar um grande presente a Nossa Senhora: o propósito de uma renovada lealdade à vocação cristã que cada um e cada uma recebeu, concretizada numa conversão mais decidida, mais exigente, contra aquilo que nos separa ou nos pode afastar de Deus. Para isso, esmeremo-nos no exame de consciência, especialmente antes da Confissão. Peçamos a Santa Maria «que saibamos ser de Deus e para Deus, que Lhe respondamos com um fiat! que seja o distintivo que nos carateriza» [10].

[9]. D. Álvaro, Homilia na solenidade da Assunção de Nossa Senhora, 15-VIII-1989.
[10]. D. Álvaro, Homilia, 8-IX-1976.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de agosto de 2014)

© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

CARTA ABERTA A JESUS

Senhor Jesus Cristo,

Tu conheces-nos melhor do que nós nos conhecemos, por isso gostava de Te perguntar, ou melhor, ir falando contigo ao sabor da escrita, acerca de algumas coisas que vou pensando e me incomodam.

Sabemos, (pelo menos aqueles que Te seguem), que vieste até nós para nos libertar da lei do pecado e da morte, ensinando-nos um caminho todo ele de amor, e sendo de amor, um caminho de comunhão, pois só na comunhão aqui na terra poderemos, por Tua graça, chegar à comunhão com Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.
Aliás, sabemos bem, (aqueles que acreditam), que o próprio Deus é a comunhão perfeita, sendo um só Deus em Três Pessoas.
Todos nós afinal, (assim acreditamos), fomos feitos à Tua imagem e semelhança, e assim sendo, fomos feitos em comunhão no amor e para a comunhão no amor.
Ensinaste-nos, Senhor, que devemos amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, o que só pode e deve levar à comunhão contigo e com os outros, em Ti, por Ti e para Ti.

E depois deste-nos a Igreja, assembleia convocada por Ti, para que aqueles que em Ti são baptizados, façam caminho de comunhão contigo, para em Ti alcançarem a salvação.
A Igreja é assim também “lugar” de comunhão, como não podia deixar de ser, pois Tu és sempre comunhão e a Igreja sai de Ti.
É assim, por isso, tão bela a imagem de Paulo de que a Igreja é o Corpo Místico de Cristo, do qual Tu és a cabeça.
E o corpo é sempre também comunhão, pois o corpo não se divide a si próprio, não causa mal a si próprio, pois se assim proceder sofre dor e rejeição.

Ao pensar em tudo isto, ao pensar nesta comunhão que nos dás e queres de nós, só me ocorre perguntar-Te:

Como podemos nós homens dividir-nos “por causa” de Deus, que é amor e comunhão?
Como podemos nós homens dividir-nos “por causa” de Ti, Senhor, que és amor e comunhão?
Como podemos nós homens dividir-nos “por causa” da Igreja, que nos deste em amor e comunhão?
Como podemos nós homens dividir-nos “por causa” de um Papa, (seja ele qual for, fruto da Igreja), que é amor e comunhão?
Como podemos nós homens dividir-nos “por causa” da nossa humanidade, que criastes em amor e comunhão?

É que não entendo, Senhor, (não me entendo), quando servindo-nos do Teu Nome, servindo-nos do Nome de Deus, servindo-nos da Igreja, servindo-nos da Tua Doutrina, servindo-nos do Papa que escolheste, (este ou qualquer outro), acabamos por nos dividir, “criando” lados e facções, até por vezes ficarmos de costas voltadas, sem nos falarmos, sem nos sorrirmos, sem nos ajudarmos, sem sermos afinal “os” próximos uns dos outros.

Como é possível, Senhor, servirmo-nos do amor e da comunhão, para nos desamarmos e nos dividirmos?

Fracos que somos, Senhor, perdoa-nos e não desistas de nós, mas leva-nos ao amor e à comunhão, que será plenitude em Deus, por Tua vontade.

Monte Real, 5 de Agosto de 2013

Joaquim Mexia Alves

A água do Batismo é fiel

Quais são os elementos baptismais que nos introduzem nesta nova « forma de ensino »? Sobre o catecúmeno é invocado, em primeiro lugar, o nome da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. E deste modo se oferece, logo desde o princípio, uma síntese do caminho da fé: o Deus que chamou Abraão e quis chamar-Se seu Deus, o Deus que revelou o seu nome a Moisés, o Deus que, ao entregar-nos o seu Filho, nos revelou plenamente o mistério do seu Nome, dá à pessoa baptizada uma nova identidade filial. Desta forma, se evidencia o sentido da imersão na água que se realiza no Baptismo: a água é, simultaneamente, símbolo de morte, que nos convida a passar pela conversão do « eu » tendo em vista a sua abertura a um « Eu » maior, e símbolo de vida, do ventre onde renascemos para seguir Cristo na sua nova existência. Deste modo, através da imersão na água, o Baptismo fala-nos da estrutura encarnada da fé. A acção de Cristo toca-nos na nossa realidade pessoal, transformando-nos radicalmente, tornando-nos filhos adoptivos de Deus, participantes da natureza divina; e assim modifica todas as nossas relações, a nossa situação concreta na terra e no universo, abrindo-as à própria vida de comunhão d’Ele. Este dinamismo de transformação próprio do Baptismo ajuda-nos a perceber a importância do catecumenato, que hoje — mesmo em sociedades de antigas raízes cristãs, onde um número crescente de adultos se aproxima do sacramento baptismal — se reveste de singular relevância para a nova evangelização. É o itinerário de preparação para o Baptismo, para a transformação da vida inteira em Cristo.
Para compreender a ligação entre o Baptismo e a fé, pode ajudar-nos a recordação de um texto do profeta Isaías, que já aparece associado com o Baptismo na literatura cristã antiga: « Terá o seu refúgio em rochas elevadas, terá (…) água em abundância » (Is 33, 16).[37] Resgatado da morte pela água, o baptizado pode manter-se de pé sobre « rochas elevadas », porque encontrou a solidez à qual confiar-se; e, assim, a água de morte transformou-se em água de vida. O texto grego descrevia-a como água pistòs, água « fiel »: a água do Baptismo é fiel, podendo confiar-nos a ela porque a sua corrente entra na dinâmica de amor de Jesus, fonte de segurança para o nosso caminho na vida.

[37] Cf. Epistula Barnabae, 11, 5: SC 172, 162.

Lumen Fidei, 42

"Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo" (Mt 16, 16)


Imagem de 2011
O que era difícil aceitar, para as pessoas às quais Jesus falava? O que continua a sê-lo também para muitas pessoas de hoje? Difícil de aceitar é o facto de que Ele pretende ser não somente um dos profetas, mas o Filho de Deus, e reivindica para si a mesma autoridade de Deus. Ouvindo-o pregar, vendo-o curar os doentes, evangelizar os pequeninos e os pobres e reconciliar os pecadores, gradualmente os discípulos conseguiram compreender que Ele era o Messias, no sentido mais elevado deste termo, ou seja, não apenas um homem enviado por Deus, mas o próprio Deus que se fez homem. Claramente, tudo isto era maior do que eles, ultrapassava a sua capacidade de compreender. Podiam expressar a sua fé com os títulos da tradição judaica: "Cristo", "Filho de Deus", "Senhor". Mas para aderir verdadeiramente à realidade, aqueles títulos deviam de alguma forma ser redescobertos na sua verdade mais profunda: o próprio Jesus, com a sua vida, revelou o seu significado integral, sempre surpreendente, até mesmo paradoxal em relação às concepções correntes. E a fé dos discípulos teve que se adaptar progressivamente. Ela apresenta-se-nos como uma peregrinação que tem o seu momento fontal na experiência do Jesus histórico, encontra o seu fundamento no mistério pascal, mas depois deve progredir ainda mais, graças à acção do Espírito Santo. Esta foi também a fé da Igreja ao longo da história; além disso, esta tem sido inclusive a nossa fé, de nós cristãos de hoje. Solidamente alicerçada na "rocha" de Pedro, é uma peregrinação rumo à plenitude daquela verdade que o Pescador da Galileia professou com uma convicção apaixonada: "Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo" (Mt 16, 16).

Caros irmãos e irmãs, na profissão de fé de Pedro, podemos sentir-nos e ser todos um só, não obstante as divisões que, ao longo dos séculos, dilaceraram a unidade da Igreja, com consequências que perduram até aos dias de hoje. Em nome dos Santos Pedro e Paulo, renovemos hoje, juntamente com os nossos Irmãos provenientes de Constantinopla aos quais volto a agradecer a presença nesta nossa celebração o compromisso a cumprir até ao fim o desejo de Cristo, que nos quer plenamente unidos. Com os Arcebispos concelebrantes, acolhamos o dom e a responsabilidade da comunhão entre a Sé de Pedro e as Igrejas Metropolitanas confiadas aos seus cuidados pastorais. Que nos oriente e nos acompanhe sempre com a sua intercessão a Santa Mãe de Deus: a sua fé indefectível, que sustentou a fé de Pedro e dos outros Apóstolos, continue a apoiar também a fé das gerações cristãs, a nossa própria fé: Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!

Amém.

Bento XVI - Excerto homilia pronunciada na Basílica de São Pedro a 29 de Junho de 2007

O Evangelho do dia 7 de agosto de 2014

Tendo chegado à região de Cesareia de Filipe, Jesus interrogou os Seus discípulos, dizendo: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus disse-lhes: «E vós quem dizeis que Eu sou?». Respondendo Simão Pedro, disse: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». Respondendo Jesus, disse-lhe: «Bem-aventurado és, Simão filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram, mas Meu Pai que está nos céus. E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus». Depois ordenou aos Seus discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Cristo. Desde então começou Jesus a manifestar a Seus discípulos que devia ir a Jerusalém e padecer muitas coisas dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. Tomando-O Pedro à parte, começou a repreendê-l'O, dizendo: «Deus tal não permita, Senhor; não Te sucederá isto». Ele, voltando-Se para Pedro, disse-lhe: «Retira-te de Mim, Satanás! Tu serves-Me de escândalo, porque não tens a sabedoria das coisas de Deus, mas dos homens».

Mt 16, 13-23