Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 6 de setembro de 2014

Álvaro del Portillo - Sábado, dia 13, às 21h 30m, no auditório da Católica - Foz - Porto


VANDALISMO

Do alto da coluna que lhe serve de pedestal, temo que Afonso de Albuquerque esteja preocupado. Não pelo calor estival, que o não incomoda, nem pelo seu vizinho, o inquilino oficial do palácio de Belém, a quem dá as costas, não por desrespeito com o dito, mas para poder estar de frente para o Cristo-Rei que, da outra margem do Tejo, saúda e benze a capital. Outra é a eventual preocupação do ‘terríbil’: a sua sobrevivência está em causa com a retirada, da Praça do Império, dos símbolos heráldicos dos mundos que Portugal deu ao mundo.

A supressão dos brasões das antigas possessões ultramarinas, mais do que a razões económicas, obedece a motivações políticas. Entendem alguns que estão fora de moda. Mas não o estão menos o mosteiro dos Jerónimos, a torre de Belém ou o padrão dos Descobrimentos. Pela mesma razão, o próprio Afonso de Albuquerque, tão politicamente incorrecto, deveria ser apeado e saneado, à moda do PREC.

Poucos são os países europeus que têm uma história tão antiga como a portuguesa, ou que se podem orgulhar de uma gesta comparável aos nossos descobrimentos. Contudo, há quem, em Portugal, esteja empenhado em destruir o que resta dessa gloriosa memória, esquecendo que esses marcos históricos definem, com a nossa língua e o restante património artístico nacional, a nossa identidade como nação.

Há vandalismo em destruir ou danificar os monumentos históricos, mas também o há em apagar, das nossas praças, as poucas expressões que ainda recordam o nosso império. Se o buxo não compensa, gravem-se em pedra esses escudos, que não são apenas os nossos anéis, mas os nossos braços e mãos. Mais do que meras evocações da passada grandeza nacional, são penhor da nossa esperança. Mais alto do que o Albuquerque, “levantai, hoje de novo, o esplendor de Portugal!”

Gonçalo Portocarrero de Almada
jornal i – 6 de Setembro de 2014

«Eu estou no meio deles»

Concílio Vaticano II
Constituição sobre a sagrada liturgia «Sacrosantum Concilium» § 7

Cristo está sempre presente na sua igreja, especialmente nas acções litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro – «o que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» (Conc. Trento) –, quer, e sobretudo, sob as espécies eucarísticas. Está presente com o seu dinamismo nos sacramentos, de modo que, quando alguém baptiza, é o próprio Cristo que baptiza. Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt. 18,20).

Em tão grande obra, que permite que Deus seja perfeitamente glorificado e que os homens se santifiquem, Cristo associa sempre a Si a Igreja, sua esposa muito amada, a qual invoca o seu Senhor e por meio dele rende culto ao Eterno Pai. Com razão se considera a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo; nela […], o Corpo Místico de Jesus Cristo – cabeça e membros (Col 1,18) – presta a Deus o culto público integral. Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, acção sagrada por excelência, cuja eficácia não é igualada, com o mesmo título e no mesmo grau, por nenhuma outra acção da Igreja.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 7 de setembro de 2014

Se teu irmão pecar contra ti, vai e corrige-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste o teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que pela palavra de duas ou três testemunhas se decida toda a questão. Se não as ouvir, di-lo à Igreja. Se não ouvir a Igreja considera-o como um gentio e um publicano. «Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu; e tudo o que desligardes sobre a terra, será desligado no céu. «Ainda vos digo que, se dois de vós se unirem entre si sobre a terra a pedir qualquer coisa, esta lhes será concedida por Meu Pai que está nos céus. Porque onde se acham dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles».

Mt 18, 15-20

Cuidados a ter na acepção e correcção do próximo

«Todo o bom cristão deve estar mais pronto a interpretar favoravelmente a opinião ou afirmação obscura do próximo do que a condená-la. Se de modo nenhum a pode aprovar, interrogue-se sobre como é que ele a compreende: se ele pensa ou compreende menos rectamente, corrija-o com benevolência; e se isso não basta, tentem-se todos os meios oportunos para que, compreendendo-a bem, ele regresse do erro são e salvo»

(Santo Inácio de Loyola - Exercitia spiritualia, 22)

A virtude da caridade

«A caridade leva a compreender as pessoas, a não julgar, a responsabilizar-se pelas necessidades dos outros, a ajudá-los com alegria. É virtude que temos de viver em todos os momentos, mas no tempo quaresmal adquire uma especial importância.»

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Deis, na homilia do dia 18.02.2012 na ordenação diaconal de fiéis da Prelatura)

Acepção

«Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las».
 
(Beata Madre Teresa de Calcutá)


«Um filho de Deus não pode ser classista, porque lhe interessam os problemas de todos os homens... E procura ajudar a resolvê-los com a justiça e a caridade do nosso Redentor.Já o apontou o Apóstolo quando nos escrevia que para o Senhor não há acepção de pessoas, e que não hesitei em traduzir deste modo: não há senão uma raça, a raça dos filhos de Deus!»
 
(
S. Josemaría Escrivá - Sulco 303)

«Enquanto o esposo está com eles»

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermões sobre a primeira carta de São João, I, 2

São João escreve: «Nós vimo-la, dela damos testemunho» (1Jo 1, 2). Onde a viram eles? Na sua manifestação. Como foi a sua manifestação? Foi sob o sol, por outras palavras, a esta luz visível. Mas poderíamos nós ver Quem fez o sol à luz do mesmo sol se Ele não tivesse feito «lá no alto, uma tenda para o sol, donde sai, como esposo do seu leito, a percorrer alegremente o seu caminho» [Sl 19 (18), 6]? Verdadeiro Criador, Ele é anterior ao sol, precedeu a estrela da manhã, todos os astros e todos os anjos porque «por Ele é que tudo começou a existir e sem Ele nada veio à existência» (Jo 1, 3). Querendo que O víssemos com os nossos olhos de carne que vêem o sol, montou a Sua tenda debaixo do sol, quer dizer, mostrou-Se na carne manifestando-Se a esta luz terrestre e o tálamo deste esposo foi o seio da Virgem.

Porque neste seio virginal uniram-se os dois, o esposo e a esposa, o Verbo esposo e a carne esposa. Como está escrito: «os dois serão uma só carne» (Gn 2, 24); e o Senhor disse no Evangelho: «Portanto já não são dois, mas um só» (Mt 19, 6). Isaías exprime melhor como esses dois se tornam um quando, falando em nome de Cristo, diz: «Como um noivo que cinge a fronte com o diadema, e como a noiva que se adorna com as suas jóias» (61, 10). Parece ser um único indivíduo a falar e apresenta-se alternadamente como esposo e como esposa. Não são dois, mas uma só carne, porque «o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14). A esta carne se une a Igreja e forma-se o Cristo total, cabeça e corpo (Ef 1, 22-23).

O Evangelho do dia 6 de setembro de 2014

Num sábado, passando Jesus pelas searas, os Seus discípulos colhiam espigas e debulhando-as nas mãos, as comiam. Alguns dos fariseus disseram-lhes: «Porque fazeis o que não é permitido aos sábados?». Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, tomou os pães da proposição, comeu deles e deu aos seus companheiros, embora não fosse permitido comer deles senão aos sacerdotes?». Depois acrescentou: «O Filho do Homem é Senhor também do sábado».

Lc 6, 1-5