Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Maria, Mãe do Príncipe da Paz (Is 9,5)

São João Paulo II (1920-2005), papa 
Mensagem Urbi et Orbi 25/12/2002 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)


«Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado» (Is 9,5). […] Com Maria contemplamos o rosto de Cristo: naquela Criança, […] é Deus que vem visitar-nos para guiar os nossos passos no caminho da paz (cf Lc 1,79). Maria contempla-O, […] interrogando-se sobre o sentido dos prodígios que envolvem o mistério do Natal.

Mistério de alegria é o Natal! Os Anjos cantaram na noite, […], descrevendo o acontecimento aos pastores como «uma grande alegria para todo o povo» (Lc 2,10), que o é apesar de estarem longe de casa, da pobreza na manjedoira, da indiferença do povo, da hostilidade do poder. […]

Mistério de amor é o Natal! Amor do Pai, que enviou ao mundo o seu Filho unigénito, para nos doar a sua mesma vida (cf 1 Jo 4,8-9). Amor do «Deus connosco», o Emanuel, que veio à terra para morrer na Cruz. Na gélida cabana, envolvida no silêncio, a Virgem Mãe […] já sente o drama cruento do Calvário. […] O Príncipe da paz (Is 9,5), nascido hoje em Belém, dará a sua vida no Gólgota para que na terra reine o amor.

Mistério de paz é o Natal! Desde a gruta de Belém eleva-se hoje um apelo urgente para que o mundo não ceda à desconfiança, à suspeita, ao desânimo, mesmo quando o trágico fenómeno do terrorismo aumenta incertezas e temores. Os crentes de todas as religiões, juntamente com todos os homens de boa vontade, banindo toda e qualquer forma de intolerância e discriminação, são chamados a construir a paz. […]

Junto a Vós, ó Virgem Mãe, ficamos a pensar diante da manjedoira onde jaz o Menino, para partilhar do vosso assombro perante a imensa condescendência de Deus. Dai-nos os vossos olhos, ó Maria, para decifrarmos o mistério que se esconde nos frágeis membros do vosso Filho. Ensinai-nos a reconhecer a sua face nas crianças de todas as raças e culturas. Ajudai-nos a ser testemunhas credíveis da sua mensagem de paz e de amor, para que também os homens e as mulheres da nossa época, marcada ainda por fortes contrastes e incríveis violências, saibam reconhecer no Menino que está nos vossos braços o único Salvador do mundo, fonte inesgotável da paz verdadeira por que, no íntimo, todo o coração anseia.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 1 de Janeiro de 2014 - Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus

Foram a toda a pressa, e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Vendo isto, conheceram o que lhes tinha sido dito acerca deste Menino.E todos os que ouviram, se admiraram das coisas que os pastores lhes diziam. Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes tinha sido dito. Depois que se completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, deram-Lhe o nome de Jesus, como Lhe tinha chamado o anjo, antes que fosse concebido no ventre materno.

Lc 2, 16-21

Celebração do Solene “Te Deum” de Acção de Graças

«Diante do Menino, que Maria envolve em panos e coloca na manjedoira, parece que tudo pára. Aquele que é o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim, geme entre os braços de uma mulher: o Criador nasceu entre nós!

Em Jesus o Pai celeste quis resgatar-nos do pecado e adoptar-nos como filhos (cf. Gl 4, 5). Detenhamo-nos com Maria em silêncio e em adoração face a um mistério tão grande!»
(...)
«"Fiat misericordia tua, Domine, super nos, quemadmodum speravimus in Te A Tua misericórdia esteja connosco: em Ti esperamos".

A tua misericórdia, Senhor! Nesta Liturgia de fim de ano o louvor e a acção de graças são acompanhados por um sincero exame de consciência pessoal e comunitário. Pedimos perdão ao Senhor pelas faltas de que somos culpados, com a certeza de que Deus, rico em misericórdia, é infinitamente maior que os nossos pecados.»

(São João Paulo II - Homilia a 31-XII-2002)

«E o Verbo fez-Se carne»

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão «A Encarnação», PPS, t. 2, n°3


O Verbo era, desde a origem, o Filho Unigénito de Deus. Antes de os mundos terem sido criados, antes mesmo de o tempo existir, já Ele existia no seio do Pai eterno, Deus de Deus e Luz de Luz, sumamente bendito no conhecimento que tinha do Pai e no conhecimento que o Pai tinha dele, recebendo dele todas as perfeições divinas, mas sempre uno com Aquele que O tinha engendrado. Como está escrito no início do Evangelho: «No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus.» […]

Na verdade, quando o homem caiu, Ele poderia ter permanecido na glória que tinha com o Pai antes da criação do mundo. Mas o amor insondável que se revelara na origem da nossa criação, insatisfeito ao ver a sua obra arruinada, fê-Lo descer do seio do Pai para cumprir a sua vontade e reparar o mal de que o pecado era a causa. Com indulgência admirável, já não veio revestido de poder mas de fraqueza, sob a forma de um servo, sob a aparência do homem caído que vinha levantar. Assim humilhou-Se, sofrendo todas as enfermidades da nossa natureza, com uma carne semelhante à nossa carne pecadora, semelhante ao pecador com excepção do pecado, puro de todo o erro mas submetido a toda a tentação e no fim «obediente até à morte e morte de cruz» (Fil 2,8). […]

Deste modo, o Filho de Deus tornou-Se Filho do homem — mortal, mas não pecador; herdeiro das nossas enfermidades, mas não dos nossos erros; descendente da antiga raça, mas «princípio da nova criação de Deus» (cf Ap 3,14). Maria, sua Mãe […], foi escolhida para dar uma natureza criada Àquele que era o seu Criador. Assim, Ele não veio a este mundo sobre as nuvens do céu, mas nascido aqui em baixo, nascido de uma mulher: Ele, o Filho de Maria, e Ela, a Mãe de Deus. […] Era verdadeiramente Deus e homem, mas era uma só pessoa […], um só Cristo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 31 de dezembro de 2014

No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência. Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu.Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'» Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.

Jo 1, 1-18