Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 30 de abril de 2015

5 Maio 19h Pe.João Paulo Pimentel - Curso de Teologia do Corpo - Laranjeiras, ACP


CURIOSIDADE


O Santo Padre antes de dar a bênção quando não está paramentado, persigna-se com o polegar no crucifixo da corrente encerrando os olhos em presumível brevíssima oração ou jaculatória.

"Uma lição de S. Nuno" pelo Mon. Hugo de Azevedo

«Qual é o rei que, estando para entrar em guerra contra outro rei, não pondera primeiro se com 10.000 homens pode enfrentar aquele que vem contra ele com 20.000?» (Lc 14, 31). Esta comparação evangélica é lida muito apropriadamente na festa de S. Nuno Álvares Pereira. Grande cabo-de-guerra, soube derrotar os seus adversários com recursos muito inferiores aos de Castela, e com perdas mínimas do seu lado, usando tácticas modernas e bom sentido estratégico. Mas bem sabemos que isso seria insuficiente, se os seus soldados não estivessem tão motivados como ele para enfrentar os inimigos. Estes atacavam por obediência militar a legítimas ambições - segundo as normas dinásticas - dos seus chefes; os nossos, por amor à Pátria, à independência, à identidade nacional, que é direito superior.

Pensando em aplicar de algum modo o exemplo do santo à vida empresarial, diríamos que a principal superioridade do Condestável consistiu numa união perfeita entre ele e os «subordinados», muito mais estreita do que a dos chefes castelhanos com os seus.

Existe sempre união de interesses entre qualquer empresário e os seus empregados, mas costumam ser interesses diferentes: o empresário deseja enriquecer, ou ter êxito pessoal, ou realizar um projecto útil à sociedade; e os empregados desejam trabalhar e sustentar-se a eles e à família. O empregado procura o patrão que mais lhe garanta o salário, a estabilidade e o progresso na carreira, e por isso o segue e lhe obedece, e até o admirará, mas sem se identificar por completo com ele, e sempre disposto a abandoná-lo quando se lhe apresente outro melhor. Por isso, a autoridade do patrão é naturalmente precária, frágil, por mais qualidades de chefia que possua.

As ambições do empresário podem ser legítimas e, em princípio, são-no:
uma empresa sustentável e lucrativa é, sem dúvida uma riqueza para o país e uma fonte de bem-estar para muitas famílias. Simplesmente, a sua unidade habitualmente é fraca, e tantas vezes a vemos quebrar-se, inclusive nas mais potentes empresas. O ideal seria que os empregados sentissem que a primeira e maior ambição dos chefes eram eles mesmos e os seus lares. Quando os subordinados se revêem no patrão, sentindo-se realmente representados por ele, este não precisa de especiais qualidades de chefia, porque a sua autoridade é natural e indiscutível: a autoridade de quem os serve lealmente. Não se trata de paternalismo, nem de uma simples união de interesses diversos, mas do mesmo interesse, comum a uns e outros, e assumido por todos.

Os cavaleiros, besteiros, lanceiros e peões de Atoleiros ou Aljubarrota não obedeceram ao Condestável pelos seus talentos militares, mas pela determinação com que Nun’Álvares estava decidido a defender Portugal, custasse o que custasse, e ainda que fossem vencidos. Que era um chefe competente, verificou-se depois. Mas nunca o seria sem o mesmo amor à pátria dos que comandava.

Mais forte, portanto, do que a união de interesses é o interesse comum.

Mons. Hugo de Azevedo

«Sereis felizes se o puserdes em prática»

Papa Francisco
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho» § 24

A Igreja «em saída» é a comunidade de discípulos missionários que «primeireiam», que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. […] A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, que Ele a precedeu no amor (cf 1Jo 4,10), e por isso sabe ir à frente, tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos (cf Lc 14.23). Vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa!

Como consequência, a Igreja sabe «envolver-se». Jesus lavou os pés aos seus discípulos. O Senhor envolve-Se e envolve os seus, pondo-Se de joelhos diante dos outros para os lavar; mas, logo a seguir, diz aos discípulos: «Sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13,17). Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o «cheiro das ovelhas», e estas escutam a sua voz (cf Jo 10,3).

O Evangelho do dia 30 de abril de 2015

Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Já que compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes. «Não falo de todos vós; sei os que escolhi; porém, é necessário que se cumpra o que diz a Escritura: “O que come o pão comigo levantará o seu calcanhar contra mim”. Desde agora vo-lo digo, antes que suceda, para que, quando suceder, acrediteis que “Eu sou”. Em verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou».

Jo 13, 16-20

quarta-feira, 29 de abril de 2015

1 Mai 11h - Gerês - Romaria das Famílias: rezar unidas ao Papa


Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: Desde o tempo das Bodas de Caná, para as quais foi convidado Jesus, muita coisa mudou. Devemos interrogar-nos seriamente sobre as razões que levam tantos jovens a optar por não se casarem. Preferem a convivência e, habitualmente, de responsabilidade limitada… Por que não se casam? As dificuldades não são apenas de carácter económico, nem se ficam a dever – como querem alguns – à emancipação da mulher. Na realidade, quase todos os homens e mulheres sonham com uma segurança afetiva estável, um matrimónio sólido e uma família feliz. A família aparece no topo das preferências dos jovens, mas, com medo de falir, muitos descartam-na; e este medo de falir é talvez o maior obstáculo para aceitarem a palavra de Cristo, que promete a sua graça à união conjugal e à família. Em Caná, Jesus não só participou nas Bodas, mas salvou a festa com o milagre do vinho. Queridos irmãos e irmãs, não tenhais medo de convidar Jesus para as vossas Bodas. Quando se casam «no Senhor», os cristãos são transformados num sinal eficaz e duradouro do amor de Deus: o matrimónio é uma festa que se renova nas sucessivas estações da vida dos esposos. O testemunho mais persuasivo da bênção do matrimónio cristão é a vida boa dos esposos cristãos e da família. Não há modo melhor para manifestar a beleza deste sacramento.

Santo Padre:
Carissimi pellegrini di lingua portoghese, in particolare i sacerdoti di Aracajú e i diversi gruppi parrocchiali del Brasile e del Portogallo, benvenuti! Di cuore vi saluto tutti e affido al buon Dio la vostra vita e quella dei vostri familiari. Pregate anche voi per me! Le vostre famiglie si radunino quotidianamente per la recita del rosario sotto lo sguardo della Vergine Madre, affinché in esse non si esaurisca mai il “vino buono” di Gesù.

Locutor: Queridos peregrinos de língua portuguesa, em particular os sacerdotes de Aracajú e os diversos grupos paroquiais do Brasil e de Portugal, sede bem-vindos! De coração vos saúdo a todos, confiando ao bom Deus a vossa vida e a dos vossos familiares. Rezai também vós por mim! Que as vossas famílias se reúnam diariamente para a reza do terço sob o olhar da Virgem Mãe, para que nelas não se esgote jamais o «vinho bom» de Jesus!

«Revelaste-as aos pequeninos»

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir 
Contra as heresias, IV, 6, 4.7.3


O que nos ensina o Senhor é que ninguém pode conhecer a Deus a não ser que Ele Se lhe revele; por outras palavras, não podemos conhecer a Deus sem o seu auxílio. Mas o Pai quer ser conhecido: conhecê-Lo-ão aqueles a quem o Filho O revelar. […] A palavra «revelar» não designa somente o futuro, como se o Verbo não tivesse começado a revelar o Pai senão depois de ter nascido de Maria, mas aplica-se à totalidade do tempo. Desde o princípio que o Filho, presente na Criação que Ele mesmo modelou, revela o Pai a todos aqueles a quem o Pai quer revelar-Se, quando Ele assim o quer e como Ele quer. Em todas as coisas e através de todas as coisas, há um único Deus Pai, um só Verbo, um só Espírito e uma só salvação para todos os que crêem nele.

Com efeito, ninguém pode conhecer o Pai sem o Verbo de Deus, isto é, se o Filho não O revelar, nem conhecer o Filho sem o «agrado» do Pai (Mt 11,26). Ora, o que o Pai quer, na sua bondade, o Filho realiza-o: o Pai envia, o Filho é enviado e vem. E o Verbo de Deus conhece esse Pai infinito que para nós é invisível, e dá a conhecer o que é inexprimível (cf. Jo 1,8).

O Evangelho do dia 29 de abril de 2015

Então Jesus, falando novamente, disse: «Eu Te louvo ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos pequeninos. Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. «Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai; nem ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. O «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve».

Mt 11, 25-30

terça-feira, 28 de abril de 2015

29 Abr 10h30 - Leiria - Apresentação Manual de Bioética para Jovens - Colégio Conciliar Maria Imaculada


«Eu e o Pai somos Um» (Símbolo «Quicumque»)

Símbolo «Quicumque», atribuído a Santo Atanásio (entre 430 e 500)

A fé católica é esta : que veneremos um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade, não confundindo as Pessoas, nem dividindo a substância. Porque uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, e outra a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, igual à Sua glória e coeterna à Sua majestade. Tal como o Pai, assim é o Filho e o Espírito Santo; incriado o Pai, incriado o Filho, incriado o Espírito Santo. [...] O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus; contudo, não são três deuses, mas um só Deus. [...]

A fé verdadeira consiste em que acreditemos e confessemos que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem. É Deus gerado da substância do Pai antes do início dos tempos; é homem nascido da substância de Sua Mãe no tempo. Perfeito Deus e perfeito homem, que subsiste com alma racional e carne humana, igual ao Pai segundo a divindade, menor que o Pai segundo a humanidade. E embora seja Deus e homem, não há dois cristos, mas um único Cristo; um, não porque a divindade se tenha dissolvido na carne, mas porque a humanidade foi assumida por Deus. Absolutamente uno, não por confusão das substâncias, mas pela unidade da Pessoa. Pois assim como a alma racional e o corpo constituem um só homem, assim também Deus e homem constituem um só Cristo. O Qual padeceu pela nossa salvação, desceu à mansão dos mortos e ao terceiro dia ressuscitou. Subiu aos céus, onde está sentado à direita de Deus Pai omnipotente, de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.

O Evangelho do dia 28 de abril de 2015

Depois disto, foi Jesus com os Seus discípulos para a terra da Judeia. Convivia com eles e baptizava. João estava também a baptizar em Enon, junto a Salim, porque havia ali muita água e o povo concorria para ser baptizado. João ainda não tinha sido metido na prisão. Levantou-se uma questão entre os discípulos de João e um judeu acerca da purificação. Foram ter com João e disseram-lhe: «Mestre, O que estava contigo além Jordão, de Quem tu deste testemunho, ei-l'O que está a baptizar e todos vão a Ele». João respondeu: «O homem não pode receber coisa alguma se lhe não for dada do céu. Vós próprios sois testemunhas de que vos disse: Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante d'Ele. O que tem a esposa é o esposo, mas o amigo do esposo, que está ao lado e o ouve, enche-se de gozo com a voz do esposo. Esta é a minha alegria e ela é perfeita. Convém que Ele cresça e eu diminua.

Jo 3, 22-30

segunda-feira, 27 de abril de 2015

28 Abr 18h30 Aura Miguel apresenta "Que fazes ai fechada?" Filipe Avillez - Convento dos Cardaes


Quanta hipocrisia e quanta crueldade!

Milhares de pessoas assinaram hoje uma petição lançada pela mãe de um menino filipino autista que pede ao Governo australiano que não o deporte do país.

Tyrone Sevilla, de dez anos, chegou legalmente à Austrália com a sua mãe, Maria Sevilla, quando tinha dois anos - a mãe é hoje enfermeira do hospital Queensland.

No entanto, o menino foi diagnosticado com autismo em 2008, uma condição que o Tribunal de Revisão de Migração disse representar um "custo significativo" para a comunidade australiana, rejeitando assim a extensão do visto da família, relatou a mãe à cadeia ABC.

Maria Sevilla, que garante pagar impostos e ter um seguro de saúde privado, encontra-se na Austrália com um visto de trabalho que expira hoje.

A família apresentou a petição, que conta com 120.000 assinaturas, no gabinete do ministro da Imigração, Peter Dutton, em Brisbane, esperando que o governante reconsidere a sua situação.

"A Austrália é a nossa casa, vivemos aqui há já quase oito anos e já fomos assimilados pela comunidade", afirmou Maria Sevilla, acrescentando que é o seu emprego na Austrália lhe permite cuidar do filho.

O menino não fala nenhum idioma filipino nem tem relações próximas com familiares nas Filipinas, já que os avós, tio, tia e primos vivem todos na Austrália.

Dutton disse que o departamento de imigração estava a preparar um relatório sobre o caso e que entretanto será emitido um visto temporário, que normalmente abrange um período de 28 dias, para mãe e filho.


Título da responsabilidade deste blogue

Crise no Mediterrâneo. A história e a foto do herói grego na praia

Há uma imagem pungente que está a correr mundo. O rosto de Deligiorgis é a de todo um povo grego.

A fotografia mostra num só rosto todos os gregos e a ajuda que prestaram aos desesperados migrantes que deram à costa. E foram tratados como seres humanos, categoria que parece terem deixado de ter.

É uma imagem que representa duas coisas: desespero e valor. O desespero daqueles que se fazem ao mar e se amotinam num barco para deixar a morte para trás e tentar chegar à outra margem, que seria um futuro risonho e com menos dificuldades - e com a tão sonhada “liberdade”, pela qual havia pago 10 mil dólares.

E há o valor dos homens que os recebem nas suas praias do Sul da Europa e correm para os salvar de uma tragédia que parece certa.

Foi o que aconteceu a semana passada na Ilha de Rhodes. O sargento Antonis Deligiorgis não hesitou em segurar Wegasi Nebiat, de 24 anos, que tinha deixado a Eritreia, mas o seu barco tinha ficado curto e a meio do trajecto.

Theodora, a mulher de Deligiorgis, diz que tinham chegado ao porto para beber um café quando a tragédia deu à costa.

Deligiorgis trouxe 20 dos 93 migrantes para a costa, sozinho. “De início tinha os sapatos calçados, mas depois tirei-os”, disse ao telefone ao "Observer”. “A água estava cheia de óleo do barco [que se tinha desmantelado] e as rochas são muito afiadas. Cortei-me bastante na mão e num pé, mas só conseguia pensar em salvar aquelas pobres pessoas”.

Sobre Wegasi Nebiat, e a foto que está a correr o mundo, quando a colocou nos seus ombros, Deligiorgis contou que ao princípio teve problemas em levantá-la. “Mas depois, instintivamente, pu-la nos meus ombros”.

Deligiorgis não quer saber de heroísmo. Fez o que tinha a fazer como “humano e como homem”. Mas quando se lembra do momento que tirou Nebiat da água, admite algo que ficará para sempre com ele: “Nunca esquecerei a cara dela. Nunca”.

HINO (Breviário Hora Intermédia)

Já a Luz se levantou,
Deixando o Céu inundado
Com a glória e o triunfo
Do Senhor ressuscitado.

Alegram-se os corações
Dos homens, filhos de Deus,
E de novo os Anjos cantam:
Glória no alto dos Céus.

A semente que caíra
Sob a terra germinou:
Dono da vida e da morte,
O Senhor ressuscitou.

Treme o inferno já vencido
Pelo triunfo divino.
E a esperança ergue em nós
A alegria deste hino.

Renascidos pela graça,
De coração renovado,
Sejamos as testemunhas
De Cristo ressuscitado.

Louvor a Cristo Jesus
E a Deus Pai omnipotente
E ao Espírito Paráclito.
Glória a Deus eternamente!

Brevíssimo comentário ao Evangelho de hoje...

Reconheçamos que também nós somos ovelhas a precisar de seguir o Senhor, n’Ele estaremos protegidos conforme no-lo diz no Evangelho de hoje (Jo 10, 1-10).

Louvado seja Deus Nosso Senhor que nos assegura a Sua divina bondade!

«Vai à frente delas, e as ovelhas seguem-No»

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «O Pastor das nossas almas», PPS, t. 8, n° 16

«Contemplando a multidão, [Jesus] encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor» (Mt 9,36). [...] As ovelhas estavam dispersas porque não havia pastor. [...] Assim era no mundo inteiro quando Cristo veio na Sua misericórdia infinita «para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos» (Jo 11,52). E se, por um momento, foram de novo deixadas sem guia, quando na Sua luta o bom pastor deu a vida pelas Suas ovelhas – segundo a profecia: «Fere o pastor, para que Se dispersem as ovelhas» (Zc 13,7) –, logo, porém, ressuscitou de entre os mortos para viver para sempre, segundo uma outra profecia: «Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo e guardá-lo como o pastor ao seu rebanho» (Jr 31, 10).

Como o diz Ele mesmo na parábola que nos propõe, «chama as Suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair [...], vai à frente delas, e as ovelhas seguem-No, porque reconhecem a Sua voz». Assim, no dia da ressurreição, como Maria estivesse a chorar, chamou-a pelo nome (Jo 20, 16), e ela voltou-se e reconheceu pela voz Aquele que não havia reconhecido pela vista. De igual modo, disse a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me?», e acrescentou: «Segue-me !» (Jo 21,15.19). Do mesmo modo, disseram Ele e o Seu anjo às mulheres: «Ele [...] vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.»; «Ide anunciar aos Meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão» (Mt 28,7.10). Desde então o bom pastor, que tomou o lugar das Suas ovelhas e que morreu para que elas pudessem viver para sempre, precede-as, e elas «seguem o Cordeiro para toda a parte» (Ap 14, 4).

O Evangelho do dia 27 de abril de 2015

«Em verdade, em verdade vos digo que quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele que entra pela porta é pastor das ovelhas. A este o porteiro abre e as ovelhas ouvem a sua voz, ele as chama pelo seu nome e as tira para fora. Quando as tirou para fora, vai à frente delas e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Mas não seguem o estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus disse-lhes esta alegoria, mas eles não compreenderam o que lhes dizia. Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por Mim, será salvo, entrará e sairá e encontrará pastagens. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que elas tenham vida e a tenham abundantemente.

Jo 10, 1-10

domingo, 26 de abril de 2015

29 abril - 19h00 - Histórias de Deus pequenino


«Pecadores sim, corruptos não»

Já é a terceira vez em poucos anos. Nos momentos menos inspirados da galhofa política, o Governo francês entretém-se a brincar com o Vaticano.

Nicolas Sarkozy escolheu para embaixador no Vaticano um divorciado, recasado. Fartou-se de insistir, até se convencer de que o Papa nunca o aceitaria. Escolheu em alternativa um homem que vivia com o seu marido (devo pôr aspas?). Fartou-se outra vez de esperar… Até que, finalmente, compreendeu que era melhor seguir uma estratégia diferente.

Agora, o Governo de François Hollande volta ao jogo, nomeando um homossexual para embaixador junto do Papa. Os jornais franceses noticiaram que o núncio em Paris teve uma conversa pessoal com o indigitado, pedindo-lhe para desistir. Passaram 4 longos meses e o impasse já é escândalo nos jornais de todo o mundo. Inclusivamente, alguns jornalistas asseguram que o próprio Papa Francisco recebeu o nomeado, num encontro muito discreto, para lhe fazer ver a situação. Perante as críticas, o Governo francês louva o currículo do indigitado e informa que ele é muito recatado acerca das suas tendências. O facto é que o Papa terá diligenciado aquele contacto reservado com ele, mas não recebe as suas cartas credenciais.

Não se sabe quanto tempo é que o Governo francês precisa para resolver o impasse, nem sabemos em que medida aprendeu alguma coisa. Com três episódios em poucos anos, tem material abundante para estudo e revisão de matéria.

O Papa Francisco tem sido muito claro a explicar a diferença entre «pecadores e corruptos», entre aquele mal que devemos ajudar a superar e aquele outro que, mantendo o respeito por todos, não podemos aceitar.

Fraquezas, todos temos. Por isso, em vez de nos acusarmos mutuamente, devemos apoiar-nos. Às vezes, a amizade pode consistir em elogiar, outras vezes requer a coragem de dizer uma verdade incómoda. Em qualquer caso, os outros têm direito a ser estimados, com as suas qualidades e os seus defeitos. Deus não nos pede para os julgar, mas para os amar e, se for preciso, para perdoar. Deus e os outros têm muito que nos perdoar… oxalá não nos falte a humildade de o reconhecer.

Ser corruptos, como diz o Papa Francisco, é outra coisa. É organizar-se para fazer o mal, gostar de estar errados e trabalhar para isso. Um ladrão pode ser um pecador que sucumbe ao vício, mas gostaria de não ser fraco. Um explorador da injustiça, com regulamentos em dia e contabilidade organizada, está mais próximo da figura do corrupto. Analogamente, um marido infiel ou um sujeito violento podem ser aquele tipo de pecadores que o Papa não quer julgar, mas compreender e ajudar. O dono de uma clínica de aborto, ou um vendedor de armas ou de drogas, correspondem provavelmente ao conceito de corrupto, que o Papa classifica como uma degradação mais terrível.

Jesus também fazia esta distinção. Chegou a dizer que as prostitutas iam chegar primeiro ao Céu (Mt 21, 31) e há casos desses, bem documentados no Evangelho.

Por outro lado, não poupou uns certos justos, aparentemente certinhos, mas contentes com o mal. «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade» (Mt 23, 23).

O nosso Papa Francisco tem sido exemplar a abrir-nos os olhos e o coração para acolher todos os que precisam de apoio. Instituiu mesmo um Ano de Misericórdia, para nos reconciliarmos uns com os outros e sobretudo com Deus, em particular por meio do Sacramento da Confissão. Ao mesmo tempo, é firme. Não admite ligeirezas a brincar com o mal. Todos recordam aquele «quem sou eu para julgar?» e a continuação dessa frase: «O problema não é ter essa orientação [homossexual]. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lóbi por essa orientação, ou lóbis de avarentos, lóbis políticos, lóbis maçons, tantos lóbis. Esse é o pior problema». De vez em quando, o Papa recorda o Inferno e a realidade do Demónio, para percebermos aonde vai parar a reinação.

José Maria C.S. André
«Correio dos Açores», «Verdadeiro Olhar», «ABC Portuguese Canadian Newspaper», 26-IV-2015

N. Spe Deus: este texto ainda não está disponível no ‘Correio dos Açores’ online, tendo-nos sido facultado pelo seu autor. Obrigado!

Bom Domingo do Senhor!

Saibamos também nós reconhecer a voz do Senhor, como nos fala Ele no Evangelho de hoje (Jo 10, 11-18), escutemo-lo no silêncio da oração e ajudemo-lo a trazer mais ovelhas para o seu redil.

Senhor Jesus faz de nós cães de guarda do Teu rebanho e da Tua Palavra!

Sentimentos aparentemente contraditórios

Quando o Senhor chama alguém que nos é querido, ficamos humanamente tristes e choramos a sua partida, mas num aparente paradoxo, ao dirigirmo-nos a Ele e sabendo que o mais provável é que tenha sido admitida na Sua casa quem partiu, a nossa fé permite que o coração se alegre, pois sabemos que o Seu Reino só tem coisas boas.

Obrigado Senhor pela Tua infinita misericórdia.

JPR

Deus marginalizado

Onde está Deus na sociedade contemporânea?

Está muito marginalizado. Na vida política, parece quase indecente falar de Deus, como se fosse um ataque à liberdade de quem não crê. O mundo político segue as suas normas e os seus caminhos, excluindo Deus como uma realidade que não pertence a esta terra.

O mesmo acontece no mundo do comércio, da economia e da vida privada. Deus fica à margem. No entanto, parece-me necessário voltar a descobrir [...] que também a esfera política e económica têm necessidade de uma responsabilidade moral, de uma responsabilidade que nasce do coração do homem e que, em última análise, tem a ver com a presença ou a ausência de Deus. Uma sociedade em que Deus esteja absolutamente ausente autodestrói-se.

(Cardeal Joseph Ratzinger em ‘El laicismo está poniendo en peligro la libertad religiosa’, entrevista a La Reppublica, repr. por Zenit, 19.11.2004)

«Eu sou o bom pastor; conheço as Minhas ovelhas e as Minhas ovelhas conhecem-Me»

Basílio de Seleuceia (? -c. 468), bispo 
Oratio 26

Olhemos para o nosso pastor: Cristo. [...] Ele alegra-Se com as Suas ovelhas que estão perto de Si e vai à procura das que se perderam. Não Lhe fazem medo as montanhas nem as florestas; percorre as ravinas para chegar até à ovelha perdida. Mesmo que a encontre em mau estado, não Se encoleriza mas, tocado pela compaixão, põe-na aos ombros e, com a Sua própria fadiga, cura a ovelha fatigada (cf. Lc 15,4ss). [...]

É com razão que Cristo proclama: Eu Sou o Bom Pastor, «procurarei aquela que se tinha perdido, reconduzirei a que se tinha tresmalhado; cuidarei da que está ferida e tratarei da que está doente  (Ez 34,16). Eu vi o rebanho dos homens acabrunhado pela doença; vi os meus cordeiros irem para onde moram os demónios; vi o Meu rebanho despedaçado pelos lobos. Vi tudo isto e não foi do alto. Foi por isso que tomei a mão dissecada pelo mal como se tivesse sido mordida por um lobo; libertei aqueles que a febre tinha aprisionado; ensinei a ver aquele que tinha os olhos fechados desde o seio da sua mãe; retirei Lázaro do túmulo onde jazia já há quatro dias (Mc 3,5; 1,31; Jo 9; 11). «Porque Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a vida pelas Suas ovelhas». [...]

Os profetas conheceram este pastor visto que, bem antes da Sua Paixão, já Ele anunciava o que estaria para vir: «Foi maltratado, mas humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador» (Is 53,7). Como uma ovelha, o pastor expôs a sua garganta pelas suas ovelhas. [...] Pela Sua morte, remediou a morte; pelo Seu túmulo, esvaziou os túmulos. [...] Os túmulos estão tristes e a prisão está fechada enquanto o pastor, descido da cruz, não vem trazer às Suas ovelhas encarceradas a alegre notícia da libertação. Vemo-Lo nos infernos, onde dá a ordem de libertação (1Pe 3,19); vemo-Lo chamar de novo as Suas ovelhas, chamá-las como as chamou da morada dos mortos para a vida. «O bom pastor dá a vida pelas Suas ovelhas.» É assim que Ele Se propõe ganhar a afeição das Suas ovelhas e aquelas que sabem ouvir a Sua voz amam a Cristo.

sábado, 25 de abril de 2015

14, 21, 28 Mai e 4 Jun 19h -- Curso de Ética e Deontologia Profissional - Desafios e problemas no quotidiano profissional - APCD


«O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas»

Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja

«Eu sou o bom pastor». Cristo pode dizer com propriedade «Eu sou». Para Ele nada pertence ao passado nem ao futuro: tudo Nele é presente. É o que Ele diz de Si mesmo no Apocalipse: «Eu sou o Alfa e o Ómega, Aquele que é, que era e que há-de vir, o Todo-Poderoso» (Ap 1, 8). E no Êxodo: «Eu sou Aquele que sou. Assim dirás aos filhos de Israel: «'Eu sou' enviou-me a vós»» (Ex 3, 14).

«Eu sou o bom pastor». A palavra «pastor» vem do termo «pastar». Cristo serve-nos o repasto da Sua carne e do Seu sangue, em cada dia, no sacramento do altar. Jessé, pai de David, disse a Samuel: «Resta ainda o [filho] mais novo, que anda a apascentar as ovelhas» (1Sam 16, 11). Também o nosso David, pequeno e humilde como um bom pastor, apascenta as suas ovelhas. [...]

Lemos ainda em Isaías: «É como um pastor que apascenta o rebanho [...], leva os cordeiros ao colo e faz repousar as ovelhas que têm crias» (Is 40, 11). [...] Com efeito, ao conduzir o seu rebanho à pastagem, ou ao regressar de lá, o bom pastor reúne todos os cordeirinhos que ainda não conseguem andar; toma-os nos braços e leva-os junto ao peito; leva também as ovelhas que vão dar à luz e as que acabaram de ter os filhos. Assim faz Jesus Cristo: dia após dia alimenta-nos com os ensinamentos do Evangelho e os sacramentos da Igreja. Reúne-nos nos Seus braços, estendidos sobre a cruz, «para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos» (Jo 11, 52). Aconchega-nos no seio da Sua misericórdia, como uma mãe aconchega o seu filho.

O Evangelho de Domingo dia 26 de abril de 2015

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas. O mercenário, o que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas, vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge - e o lobo arrebata e dispersa as ovelhas -, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as Minhas ovelhas e as Minhas ovelhas conhecem-Me. Como o Pai Me conhece, assim Eu conheço o Pai; e dou a Minha vida pelas Minhas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste redil; importa que Eu as traga; elas ouvirão a Minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. Se o Pai Me ama, é porque dou a Minha vida para outra vez a assumir. Ninguém Ma tira, mas Eu a dou por Mim mesmo e tenho poder de a dar e tenho poder de a retomar. Este é o mandamento que recebi de Meu Pai».

Jo 10, 11-18

Vocação

Olho por cima do meu ombro
E vejo-Te debruçado
Sobre mim,
A sorrir.

Atento á minha frente
E é o teu Corpo
De perfeito homem
Que me guia.

Abro a boca e recebo-Te inteiro
Como alimento escasso,
Ázimo e insípido
Mas que me enche todo,
Me converte em Anjo
E me eleva juntamente.

E eu sinto, vejo e oiço
E também sei
Que algo importante em mim vês.

Não posso compreender
Os porquês
(este é um mistério da Tua Bondade)
Te mereci chamamento de igual para igual:

António… anda … vem coMigo…!

E eu fui e tenho ido.
Que bem me sinto…

Não quero aprofundar razões
Nem motivos ou quereres
Da Tua Vontade;
Faz de mim, Senhor,
O que quiseres.

Sou Teu
Para sempre
Até à Eternidade.

(AMA, Coisas Minhas, Poesias 2ºs trinta anos, Porto, Abril, 1987)

Liberdade e destino

Para os muçulmanos, o destino está predeterminado por Deus e o homem vive numa espécie de rede que limita em grande medida os seus movimentos. A fé cristã, pelo contrário, conta com o factor liberdade. Isto significa que, para o cristão. Deus, por um lado, abarca tudo, sabe tudo, guia o curso da História, mas, por outro lado, dispôs as coisas de tal modo que a liberdade encontra o seu lugar. Em resumo, para mim, cristão, Deus tem a História nas suas mãos, mas dá-me a liberdade de entregar-me completamente ao seu amor, ou de rejeitá-lo.

(Cardeal Joseph Ratzinger – ‘Cristianesimo e Islame’, entrevista ao La Repubblica, 01.10.2001)

Liberdade

«…todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos.

Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos».

(Mc 10, 43-45)

Saibamos usá-la no respeito pelo próximo e sem nunca nos esquecermos que estamos obrigados a denunciar as injustiças e faltas de ética e moral; não proceder assim, é tibieza.

JPR

«Liberdade não significa gozar a vida, achar-se completamente independente, mas orientar-se segundo a medida da verdade e do bem para assim nos tornarmos também verdadeiros e bons.»

(Bento XVI - Homilia da Missa final da XX Jornada Mundial da Juventude – 21/VIII/2006)

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»

Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão «A cobardia religiosa»

«Fortalecei as mãos débeis, os joelhos enfraquecidos» (Heb 12,12; Is 35,3). [...] Levado por Barnabé e Paulo aquando da sua primeira viagem apostólica, São Marcos abandonou-os muito rapidamente para regressar a Jerusalém (At 15,38). Ora, depois disto, tornou-se colaborador de São Pedro em Roma (1P 5,13). Foi lá que compôs o seu Evangelho, principalmente a partir do que este apóstolo lhe terá contado. Por último, foi enviado por Pedro a Alexandria, no Egipto, onde fundou uma Igreja, que foi uma das mais rigorosas e das mais eficazes desses tempos iniciais. [...] Por conseguinte, aquele que abandonou a causa do Evangelho perante os primeiros perigos revelou-se depois [...] um servo muito determinado e fiel de Deus [...], e o instrumento desta mudança parece ter sido São Pedro, que soube admiravelmente fazer renascer este discípulo tímido e cobarde.

Através desta história é-nos dada de uma lição: pela graça de Deus, o mais frágil pode tornar-se forte. Por conseguinte, não podemos confiar apenas em nós mesmos, nem desprezar um irmão que demonstra fraqueza, nem desesperar por sua causa, mas carregar o seu fardo (Ga 6,2) e ajudá-lo a seguir em frente. [...] A história de Moisés mostra-nos o exemplo de um temperamento orgulhoso e impetuoso que o Espírito domou ao ponto de fazer dele um homem de uma doçura excepcional [...]: «um homem muito humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da terra» (Nm 12,3) [...] A história de Marcos mostra um caso de mudança ainda mais raro: a passagem da timidez ao arrojo. [...] Admiremos então em São Marcos uma transformação mais surpreendente que a de Moisés: «Graças à fé, da fraqueza, recobraram a força, tornaram-se fortes» (cf. Heb 11,34).

O Evangelho do dia 25 de abril de 2015

E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for baptizado, será salvo; mas quem não crer, será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que crerem: Expulsarão os demónios em Meu nome, falarão novas línguas, pegarão em serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; imporão as mãos sobre os doentes, e serão curados». O Senhor, depois de assim lhes ter falado, elevou-Se ao céu e foi sentar-Se à direita do Pai. Eles, tendo partido, pregaram por toda a parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os milagres que a acompanhavam.

Mc 16, 15-20