Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

14 Fev 17h30 Rezar pela paz 2015NIGÉRIA - Paróquia de São João Baptista do Lumiar


Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: Depois de falar sobre as mães e os pais, hoje refletiremos sobre os filhos. Esses são a alegria de uma família e de uma sociedade. Não podem jamais ser vistos como propriedade dos pais: os filhos são um dom. Por isso, devem ser amados por aquilo que são; não por serem bonitos, saudáveis, ou por serem o reflexo de seus pais. Sentindo-se amados pelos pais, os filhos podem descobrir a dimensão mais gratuita do amor: a beleza de ser amados, antes de fazerem algo para o merecer. À luz do quarto Mandamento, vemos que uma sociedade onde os filhos não honram os seus pais, é uma sociedade condenada a encher-se de jovens frios e ambiciosos. Mas, uma sociedade que não quer se circundar de filhos, pois os considera um peso, uma preocupação, é uma sociedade deprimida. É preciso ter a convicção de que a vida se rejuvenesce e adquire novas energias, justamente ao multiplicar-se. Por fim, é olhando para Jesus, o Filho, que nós aprenderemos como ser melhores filhos com os nossos pais na terra e com o nosso Pai do Céu.

Santo Padre:
Cari pellegrini di lingua portoghese, benvenuti! Il mondo di oggi ha bisogno che i cristiani testimonino la loro fiducia in Dio attraverso una generosa e responsabile apertura alla vita. Auguro che le vostre comunità siano spazi dove le famiglie possano sentirsi appoggiate nella loro missione di collaborare al progetto divino nella creazione. Dio vi benedica!

Locutor: Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! O mundo de hoje precisa que os cristãos testemunhem a sua confiança em Deus, através de uma generosa e responsável abertura à vida. Faço votos de que vossas comunidades sejam lugares onde as famílias se sintam apoiadas na sua missão de colaborarem no projeto divino para a criação. Que Deus vos abençoe!

Ir ao encontro dos doentes

Jesus Cristo seguiu muito de perto as pessoas desprotegidas: os pobres, os doentes, os que estavam sós… Punha-se ao seu lado com amor de predileção e quer que nós, os seus discípulos, sigamos este mesmo caminho. Quando olhamos para tantas situações e misérias de hoje, descobrimos diariamente o próprio Jesus Cristo, que se fez solidário com todos e com cada um dos homens e mulheres. E se ajudamos essas pessoas, próximas ou distantes, com misericórdia, tocamos literalmente, muito de perto, a Santíssima Humanidade do Senhor, como o Papa Francisco nos explica: Como posso encontrar hoje as chagas de Jesus? Não as posso ver como Tomé as viu. Encontro as chagas de Jesus quando pratico as obras de misericórdia. Essas são hoje as chagas de Jesus [3].

Sabemos que a chamada de D. Álvaro ao Opus Dei, naquele dia 7 de julho de 1935, vinha a ser preparada pela ação da graça no seu coração e pela sua caridade fraterna com todos, concretamente também com os necessitados. Desde 1934, ia com frequência, acompanhado por outros amigos que já conheciam o Opus Dei, a um bairro da periferia de Madrid, onde dava catequese e visitava pobres e doentes. Parece-me que podemos afirmar que o seu primeiro contacto com S. Josemaria foi uma consequência direta dessas atividades, em que não faltava o ingrediente do sacrifício. Já sabeis como, um dia, depois de ter dado catequese a crianças de uma paróquia com esses amigos, foi assaltado por um grupo de anti-católicos, que lhe deram um golpe forte na cabeça com uma chave inglesa. Isso provocou-lhe graves ferimentos e uma infeção muito dolorosa, que se prolongou por vários meses e lhe deixou como sequela uma forte dor nevrálgica, que por vezes lhe aparecia de novo. Jamais se queixou desse problema, nem guardou o mais pequeno rancor aos que o tinham provocado. E mais, raramente se referiu em público a este episódio da sua vida.

Nunca esqueceu o imenso bem que as catequeses, as visitas a doentes e pobres, lhe proporcionaram, tendo-lhes dedicado, com generosidade, parte do seu tempo. Deus ia preparando D. Álvaro para o encontro com S. Josemaria, que mudaria radicalmente a sua vida. Assim se compreende que se tenha decido a pedir a admissão ao Opus Dei logo após uma breve explicação sobre o espírito da Obra, depois de ter assistido a uma meditação na recoleção que o nosso Padre pregara. Desde então, ao saber que S. Josemaria pedia aos que frequentavam a residência que fossem a esses encontros com os mais necessitados, com os doentes, D. Álvaro confirmou a importância, não só teórica mas também prática, das obras de misericórdia. Comentava muitos anos depois: «O contacto com a pobreza, com o abandono, produz um choque espiritual enorme. Faz-nos ver que muitas vezes nos preocupamos com palermices, que não são senão egoísmos nossos, ninharias» [4].

[3]. Papa Francisco, Homilia, 3-VII-2013.
[4]. D. Álvaro, Notas de uma reunião familiar, 4-III-1998.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de julho de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial do Doente 2015

Queridos irmãos e irmãs,

por ocasião do XXIII Dia Mundial do Doente, instituído por São João Paulo II, dirijo-me a todos vós que carregais o peso da doença, encontrando-vos de várias maneiras unidos à carne de Cristo sofredor, bem como a vós, profissionais e voluntários no campo da saúde.

O tema deste ano convida-nos a meditar uma frase do livro de Job: «Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo» (29, 15). Gostaria de o fazer na perspectiva da «sapientia cordis», da sabedoria do coração.

1. Esta sabedoria não é um conhecimento teórico, abstracto, fruto de raciocínios; antes, como a descreve São Tiago na sua Carta, é «pura (…), pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia» (3, 17). Trata-se, por conseguinte, de uma disposição infundida pelo Espírito Santo na mente e no coração de quem sabe abrir-se ao sofrimento dos irmãos e neles reconhece a imagem de Deus. Por isso, façamos nossa esta invocação do Salmo: «Ensina-nos a contar assim os nossos dias, / para podermos chegar à sabedoria do coração» (Sal 90/89, 12). Nesta sapientia cordis, que é dom de Deus, podemos resumir os frutos do Dia Mundial do Doente.

2. Sabedoria do coração é servir o irmão. No discurso de Job que contém as palavras «eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo», evidencia-se a dimensão de serviço aos necessitados por parte deste homem justo, que goza duma certa autoridade e ocupa um lugar de destaque entre os anciãos da cidade. A sua estatura moral manifesta-se no serviço ao pobre que pede ajuda, bem como no cuidado do órfão e da viúva (cf. 29, 12-13).

Também hoje quantos cristãos dão testemunho – não com as palavras mas com a sua vida radicada numa fé genuína – de ser «os olhos do cego» e «os pés para o coxo»! Pessoas que permanecem junto dos doentes que precisam de assistência contínua, de ajuda para se lavar, vestir e alimentar. Este serviço, especialmente quando se prolonga no tempo, pode tornar-se cansativo e pesado; é relativamente fácil servir alguns dias, mas torna-se difícil cuidar de uma pessoa durante meses ou até anos, inclusive quando ela já não é capaz de agradecer. E, no entanto, que grande caminho de santificação é este! Em tais momentos, pode-se contar de modo particular com a proximidade do Senhor, sendo também de especial apoio à missão da Igreja.
3. Sabedoria do coração é estar com o irmão. O tempo gasto junto do doente é um tempo santo. É louvor a Deus, que nos configura à imagem do seu Filho, que «não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão» (Mt20, 28). Foi o próprio Jesus que o disse: «Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22, 27).

Com fé viva, peçamos ao Espírito Santo que nos conceda a graça de compreender o valor do acompanhamento, muitas vezes silencioso, que nos leva a dedicar tempo a estas irmãs e a estes irmãos que, graças à nossa proximidade e ao nosso afecto, se sentem mais amados e confortados. E, ao invés, que grande mentira se esconde por trás de certas expressões que insistem muito sobre a «qualidade da vida» para fazer crer que as vidas gravemente afectadas pela doença não mereceriam ser vividas!

4. Sabedoria do coração é sair de si ao encontro do irmão. Às vezes, o nosso mundo esquece o valor especial que tem o tempo gasto à cabeceira do doente, porque, obcecados pela rapidez, pelo frenesim do fazer e do produzir, esquece-se a dimensão da gratuidade, do prestar cuidados, do encarregar-se do outro. No fundo, por detrás desta atitude, há muitas vezes uma fé morna, que esqueceu a palavra do Senhor que diz: «a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).

Por isso, gostaria de recordar uma vez mais a «absoluta prioridade da “saída de si próprio para o irmão”, como um dos dois mandamentos principais que fundamentam toda a norma moral e como o sinal mais claro para discernir sobre o caminho de crescimento espiritual em resposta à doação absolutamente gratuita de Deus» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 179). É da própria natureza missionária da Igreja que brotam «a caridade efectiva para com o próximo, a compaixão que compreende, assiste e promove» (Ibid., 179).

5. Sabedoria do coração é ser solidário com o irmão, sem o julgar. A caridade precisa de tempo. Tempo para cuidar dos doentes e tempo para os visitar. Tempo para estar junto deles, como fizeram os amigos de Job: «Ficaram sentados no chão, ao lado dele, sete dias e sete noites, sem lhe dizer palavra, pois viram que a sua dor era demasiado grande» (Job 2, 13). Mas, dentro de si mesmos, os amigos de Job escondiam um juízo negativo acerca dele: pensavam que a sua infelicidade fosse o castigo de Deus por alguma culpa dele. Pelo contrário, a verdadeira caridade é partilha que não julga, que não tem a pretensão de converter o outro; está livre daquela falsa humildade que, fundamentalmente, busca aprovação e se compraz com o bem realizado.

A experiência de Job só encontra a sua resposta autêntica na Cruz de Jesus, acto supremo de solidariedade de Deus para connosco, totalmente gratuito, totalmente misericordioso. E esta resposta de amor ao drama do sofrimento humano, especialmente do sofrimento inocente, permanece para sempre gravada no corpo de Cristo ressuscitado, naquelas suas chagas gloriosas que são escândalo para a fé, mas também verificação da fé (cf. Homilia na canonização de João XXIII e João Paulo II, 27 de Abril de 2014).

Mesmo quando a doença, a solidão e a incapacidade levam a melhor sobre a nossa vida de doação, a experiência do sofrimento pode tornar-se lugar privilegiado da transmissão da graça e fonte para adquirir e fortalecer a sapientia cordis. Por isso se compreende como Job, no fim da sua experiência, pôde afirmar dirigindo-se a Deus: «Os meus ouvidos tinham ouvido falar de Ti, mas agora vêem-Te os meus próprios olhos»(42, 5). Também as pessoas imersas no mistério do sofrimento e da dor, se acolhido na fé, podem tornar-se testemunhas vivas duma fé que permite abraçar o próprio sofrimento, ainda que o homem não seja capaz, pela própria inteligência, de o compreender até ao fundo.

6. Confio este Dia Mundial do Doente à protecção materna de Maria, que acolheu no ventre e gerou a Sabedoria encarnada, Jesus Cristo, nosso Senhor.

Ó Maria, Sede da Sabedoria, intercedei como nossa Mãe por todos os doentes e quantos cuidam deles. Fazei que possamos, no serviço ao próximo sofredor e através da própria experiência do sofrimento, acolher e fazer crescer em nós a verdadeira sabedoria do coração.

Acompanho esta súplica por todos vós com a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 3 de Dezembro – Memória de São Francisco Xavier – do ano 2014.

Franciscus

A Missa não se ouve, participa-se

“Quando celebramos a Missa, não fazemos uma representação da Última Ceia: não, não é uma representação. É outra coisa: é mesmo a Última Ceia. É mesmo viver outra vez a Paixão e a Morte Redentora do Senhor. É uma teofania: o Senhor faz-se presente sobre o altar para ser oferecido ao Pai pela salvação do mundo. Nós ouvimos e dizemos: ‘Mas, eu não posso, agora, tenho que ir ouvir a Missa’. A Missa não se ouve, participa-se nesta teofania, neste mistério da presença do Senhor entre nós.”

Papa Francisco na homilia na Capelo do Espírito Santo na Casa de Santa Marta em 10.02.2014

«Senhor, criai em mim um coração puro» (Sl 50,12)

São Rafael Arnáiz Barón (1911-1938), monge trapista espanhol 
Escritos espirituais, 04/03/1938


Que venham os sábios, perguntando onde está Deus. Deus encontra-Se onde o sábio, com toda a sua orgulhosa ciência, não consegue chegar. Deus encontra-Se no coração desprendido, no silêncio da oração, no sofrimento como sacrifício voluntário, no vazio do mundo e das suas criaturas. Deus está na cruz; enquanto não amarmos a cruz, não O veremos, não O sentiremos. Calai-vos homens, que não parais de fazer barulho!

Ah, Senhor, como estou feliz no meu retiro! Como Te amo na minha solidão! Como gostaria de Te oferecer o que já não tenho, pois tudo dei! Pede-me, Senhor. Mas que posso eu dar-Te? O meu corpo, já o tens, é teu; a minha alma, Senhor, por que suspira ela se não por Ti, para que no fim acabes por tomá-la? O meu coração está aos pés de Maria, chorando de amor e sem querer mais nada se não Tu.

A minha vontade: por acaso desejo, Senhor, o que Tu não desejas? Diz-me, Senhor, qual é a tua vontade e porei a minha em uníssono. Amo tudo o que me envias e me dás, tanto a saúde como a doença, tanto estar aqui como ali, tanto ser uma coisa como outra; toma a minha vida, Senhor, quando o desejares. Como não ser feliz assim? Se o mundo e os homens soubessem. Mas eles não saberão, estão muito ocupados com os seus interesses, têm o coração muito cheio de coisas que não são Deus.

O Evangelho do dia 11 de fevereiro de 2015

Convocando novamente o povo, dizia-lhes: «Ouvi-Me todos e entendei: não há coisas fora do homem que, entrando nele, o possam manchar; mas as que saem do homem, essas são as que tornam o homem impuro. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Tendo entrado em casa, deixada a multidão, os Seus discípulos interrogaram-n'O sobre esta parábola. Ele respondeu-lhes: «Também vós sois ignorantes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não entra no seu coração, mas vai ter ao ventre e lança-se num lugar escuso?». Com isto declarava puros todos os alimentos. E acrescentava: «O que sai do homem, isso é que mancha o homem. Porque do interior, do coração do homem, é que procedem os maus pensamentos, os furtos, as fornicações, os homicídios, os adultérios, as avarezas, as perversidades, as fraudes, as libertinagens, a inveja, a maledicência, a soberba, a insensatez. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem». 

Mc 7, 14-23