Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A tentação depois do batismo

São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja 
Sermão XL, 10


Se, depois o baptismo, fores atacado pelo perseguidor, o tentador da luz, tens material para a vitória. Ele irá certamente atacar-te, já que também atacou o Verbo, o meu Deus, enganado pela aparência humana que lhe escondia a luz incriada. Não tenhas medo do combate. Opõe-lhe a água do baptismo, opõe-lhe o Espírito Santo no qual se extinguem todos os dardos inflamados lançados pelo maligno. […]

Se ele te mostrar as necessidades que te oprimem – e não deixou de o fazer com Jesus –, se te lembrar que tens fome, não dês a entender que ignoras as suas propostas. Ensina-lhe o que ele não sabe; opõe-lhe a Palavra de vida, esse verdadeiro Pão enviado do céu e que dá a vida ao mundo.

Se ele te estender a armadilha da vaidade – e usou-a contra Cristo, quando O levou ao pináculo do Templo e Lhe disse: «Deita-Te daqui abaixo», para O fazer manifestar a sua divindade –, toma cuidado para não caíres por teres querido elevar-te. […]

Se te tentar pela ambição, mostrando-te, numa visão instantânea, todos os reinos da terra submetidos ao seu poder, e te exigir que o adores, despreza-o: ele não é mais que um pobre irmão teu. E diz-lhe, confiando no selo divino: «Também eu sou imagem de Deus; ainda não fui, como tu, precipitado do alto da minha glória por causa do meu orgulho! Estou revestido de Cristo; tornei-me outro Cristo pelo meu baptismo; cabe-te a ti adorares-me.» Tenho a certeza que ele se irá embora, vencido e humilhado por estas palavras. Vindas de um homem iluminado por Cristo, serão sentidas por ele como se emanadas de Cristo, a luz suprema. Estes são os benefícios que a água do baptismo traz aos que reconhecem a sua força.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 22 de fevereiro de 2015

Imediatamente o Espírito impeliu Jesus para o deserto. E permaneceu no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos O serviam. Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: «Completou-se o tempo e aproxima-se o reino de Deus; arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

Mc 1, 12-15

«Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores»

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa 
Revelações do Amor Divino, cap. 51-52


Deus mostrou-Se-me como Senhor sentado em toda a sua soberania, em paz e mansidão; com doçura enviou o seu servo para fazer a sua vontade. Por amor, o servo correu a toda a pressa, mas caiu numa ravina e ficou ferido com gravidade. […] Com este servo, Deus mostrou-me, tanto o mal e a cegueira provocados pela queda de Adão, como a sabedoria e a bondade do Filho de Deus. Com este Senhor, Deus mostrou-me, tanto a sua compaixão e a sua misericórdia pela infelicidade de Adão, como a alta nobreza e a glória infinita às quais foi elevada a humanidade com a Paixão e morte de seu Filho. Por essa razão, rejubila o Senhor com a sua própria queda [a vinda a este mundo e a sua Paixão], porque o género humano alcançou desse modo uma plenitude de felicidade e de exaltação que ultrapassam por certo a que teria alcançado se Adão não tivesse caído. […]

Temos, portanto, razões para nos afligirmos, uma vez que os nossos pecados foram a causa dos sofrimentos de Cristo, mas temos também todas as razões para rejubilarmos, porque foi o seu amor infinito que O fez sofrer por nós. […] E se acontecer que o mal e a cegueira nos façam cair, ergamo-nos prontamente sob o suave toque da graça e corrijamos de bom grado a nossa conduta segundo nos ensina a Santa Igreja, conforme a gravidade do pecado. Avancemos para Deus na caridade, sem nunca cair no desespero, mas também sem sermos temerários como se isso não tivesse importância. Reconheçamos francamente a nossa fraqueza, com a consciência de que, a não ser que a sua graça nos guarde, nem sequer a oportunidade de um abrir e fechar de olhos teremos. […]

Razão tem por conseguinte o Senhor em querer que nos retratemos e, com toda a sinceridade e verdade, tenhamos bem presente a nossa queda e todo o mal que dela resulta, conscientes de que não somos capazes de repará-lo; e que tenhamos igualmente presente, com toda a sinceridade e verdade, o seu amor eterno e a sua abundante misericórdia. Reconhecermos isto com toda a humildade por obra da sua graça é a humilde confissão que o Senhor nos pede e que opera na nossa alma.

O Evangelho do dia 21 de fevereiro de 2015

Depois disto, Jesus saiu, e viu sentado no banco de cobrança um publicano, chamado Levi, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-O. E Levi ofereceu-Lhe um grande banquete em sua casa, e havia grande número de publicanos e outros, que estavam à mesa com eles. Os fariseus e os seus escribas murmuravam dizendo aos discípulos de Jesus: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?». Jesus respondeu-lhes: «Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os doentes. Não vim chamar os justos, mas os pecadores à penitência».

Lc 5, 27-32