Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 12 de dezembro de 2015

Sinais

No Domingo passado, 7 de Dezembro, faleceu uma grande amiga nossa. Fui à Igreja onde estava o corpo para cumprimentar o Marido. Era o meu dever.

Ver o seu cadáver teve um efeito devastador.

A memória de uma situação similar por mim vivida provocou tal de-sassossego e abatimento que estive até de madrugada com um nó no peito num choro incontrolável... enfim, um sofrimento indizível.

Para mais, no dia Oito seria o cinquentenário do meu casamento.

De madrugada, olhando para a televisão - sem de facto ver - algo me chamou a atenção.

Tratava-se de um filme policial em que um homem desesperado e completamente devastado pela perda da esposa na explosão das Tor-res Gémeas, em Nova Iorque, tinha sequestrado várias pessoas exi-gindo uma reparação que no seu perturbado espírito seria a "devolu-ção" da esposa perdida.

Um agente do FBI tinha conseguido introduzir-se no ambiente e aos poucos convencido o pobre homem a libertar todos os reféns.
Estavam os dois sozinhos.
Depois de troca de argumentos o agente diz-lhe:

‘Você pensa que é o único que perdeu alguém nesse fatídico aconte-cimento em que pereceram centenas de pessoas?’

(Foi aqui que comecei a prestar atenção).

‘Quantos casais não perderam um dos cônjuges, pais que ficaram sem filhos, filhos sem pais etc., etc.? O que o torna a si tão especial?’

O homem caiu em si e pouco depois tudo acabava sem mais compli-cações.

Um filme como tantos outros...

Porém, esta parte final foi o "sinal " que eu precisava. Também eu caí em mim considerando que o meu sofrimento não é exclusivo, que não sou ninguém "especial", que devo lembrar-me de tantos que não têm ninguém com quem desabafar, que lhes faça companhia, que estão absolutamente sós!

Então, envergonhado, pedi perdão, fiquei tranquilo e fui deitar-me.

Deus Nosso Senhor envia-nos sinais como quer e entende, até mes-mo num vulgar filme na televisão.

(AMA, Reflexões, 2015.12.10)

"Devoção à Santíssima Virgem Maria" pelo Padre Paulo Ricardo

«Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias»

«Então veio Jesus da Galileia ter com João ao Jordão para ser baptizado por ele. João opunha-se, dizendo: 'Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por Ti'» (Mt 3,13-14)]. Na Tua presença, Senhor Jesus, não posso calar-me, porque sou a voz, a voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor. Sou eu que tenho necessidade de ser baptizado por Ti e Tu vens a mim? [...] Tu que eras no princípio, Tu que estavas em Deus e eras Deus (Jo 1,1); Tu que és o resplendor da glória do Pai e a imagem da Sua substância (Heb 1,); Tu que, quando estavas no mundo, vieste aonde já estavas; Tu que Te fizeste carne a habitaste entre nós (Jo 1,14; 14,23), e que tomaste a condição de servo (Fil 2,7); Tu que uniste a terra e o céu pelo Teu santo nome – és Tu que vens a mim? Tu que és grande, ao pobre que eu sou? O Rei ao precursor, o Senhor ao servo? [...]

Conheço o abismo que separa a terra do Criador. Sei que diferença há entre o pó da terra e Aquele que o modelou (Gn 2,7). Sei quão longe está de mim o Teu sol de justiça, de mim que sou apenas a lâmpada da Tua graça (Mal 3,20; Jo 5,35). E, embora Te encontres revestido pela nuvem puríssima do Teu corpo, reconheço a minha condição de servo e proclamo a Tua magnificência. «Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias.» Como ousaria então tocar o alto imaculado da Tua cabeça? Como ousaria estender a mão para Ti, que «estendeste os céus como um pavilhão» e que «estendeste a terra sobre as águas» (Sl103,2; 135,6)? [...] Que oração farei sobre Ti, que até as preces daqueles que Te ignoram acolhes?

Homilia atribuída a São Gregório o Taumaturgo (c. 213–c. 270), bispo
Homilias sobre a sagrada Teofania, 4; PG 10, 1181

O Evangelho de Domingo dia 13 de dezembro de 2015

As multidões interrogavam-no, dizendo: «Que devemos, pois, nós fazer?». Respondendo, dizia-lhes: «Quem tem duas túnicas, dê uma ao que não tem; e quem tem que comer, faça o mesmo». Foram também publicanos, para serem baptizados, e disseram-lhe: «Mestre, que devemos nós fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos está fixado». Interrogavam-no também os soldados: «E nós, que faremos?». Respondeu-lhes: «Não façais violência a ninguém, nem denuncieis falsamente, e contentai-vos com o vosso soldo». Estando o povo na expectativa e pensando todos nos seus corações que talvez João fosse o Cristo, João respondeu, dizendo a todos: «Eu, na verdade, baptizo-vos em água, mas virá um mais forte do que eu, a Quem não sou digno de desatar as correias das sandálias; Ele vos baptizará no Espírito Santo e no fogo; tomará na Sua mão a pá, limpará a Sua eira e recolherá o trigo no Seu celeiro, mas a palha queimá-la-á num fogo inextinguivel». Por muitas outras exortações anunciava ao povo a boa nova.

Lc 3, 10-18

«Será cheio do Espírito Santo [...] Irá à frente, diante do Senhor, com o espírito e o poder de Elias» (Lc 1,15-17)

São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, doutor da Igreja
Discurso sobre o grande profeta Elias, o Tesbita

Quem obteve o poder de abrir ou de fechar os céus, de reter a chuva ou de fazer chover (cf 1R 17,1)? Quem conseguiu fazer descer fogo sobre um sacrifício inundado de água ou sobre dois exércitos de soldados devido às más acções destes (cf 2R 1,10)? Quem, num ardor inflamado, fez perecer os profetas da vergonha por causa de ídolos ofensivos que veneravam (cf 1R 18,40)? Quem viu Deus numa suave brisa (cf 1R 19,12)? [...] Todos estes feitos são exclusivos de Elias e do Espírito que nele habitava.

Mas poderíamos falar de acontecimentos ainda mais prodigiosos. [...] Elias é aquele que, até aos nossos dias, nem sequer conheceu a morte, mas foi elevado aos céus (cf 2R 2,1) e permanece incorruptível; alguns pensam que vive com os anjos, cuja natureza imperecível e imaterial imitou através de uma vida pura. [...] E, na verdade, Elias apareceu na transfiguração do Filho de Deus (cf Mt 17,3), vendo-O de cara descoberta, estando diante d'Ele face a face. No fim dos tempos, quando se manifestar a salvação de Deus, será ele a proclamar a vinda de Deus antes dos outros e a mostrar-lha; através de muitos sinais extraordinários, confirmará o dia que se mantém secreto. Também nós, nesse dia, se estivermos preparados, esperamos apresentar-nos diante desse homem admirável que nos prepara o caminho conducente a esse dia. Que ele nos faça então entrar nas moradas celestes, em Cristo Jesus, Nosso Senhor, a Quem pertencem a glória e o poder, agora e para sempre e pelos séculos dos séculos.

O Evangelho do dia 12 de dezembro de 2015

Os discípulos perguntaram-Lhe: «Porque dizem, pois, os escribas que Elias deve vir primeiro?». Ele respondeu-lhes: «Elias certamente há-de vir e restabelecerá todas as coisas. Digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram dele o que quiseram. Assim também o Filho do Homem há-de padecer às suas mãos». Então os discípulos compreenderam que falava de João Baptista.

Mt 17, 10-13