Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 26 de junho de 2016

«Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus» Lc 9, 62

Deito as mãos ao arado,
e não olho para trás.

Quero,
com a tua graça, Senhor,
abrir sulcos na terra,
e neles semear a paz,
para que nasça o amor.

Para isso,
também me faço semente,
em que Tu possas habitar,
para que deitado à terra,
por onde o arado passar,
o Teu fruto em mim cresça,
e eu o saiba testemunhar.

Deito as mãos ao arado,
e não olho para trás.


És Tu quem me guias,
Senhor,

se eu me deixar guiar!

Marinha Grande, 26 de Junho de 2016

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com.es/2016/06/quem-tiver-lancado-as-maos-ao-arado-e.html

PARTICIPAÇÃO À DIVINA LITURGIA NA CATEDRAL APOSTÓLICA ARMÉNIA DISCURSO SANTO PADRE

Santidade, caríssimos Bispos, Queridos irmãos e irmãs!

No ponto culminante desta visita tão desejada e, para mim, já inesquecível, desejo elevar ao Senhor a minha gratidão, que uno ao grande hino de louvor e agradecimento que sobe deste altar. Vossa Santidade, nestes dias, abriu-me as portas da sua casa e experimentamos «como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos» (Sal 133, 1). Encontramo-nos, abraçamo-nos fraternalmente, rezamos juntos, partilhamos os dons, as esperanças e as preocupações da Igreja de Cristo, da qual notamos em uníssono as pulsações do coração, e que acreditamos e sentimos ser una. «Há um só Corpo e um só Espírito, assim como (…) uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos» (Ef 4, 4-6): verdadeiramente podemos, com alegria, fazer nossas estas palavras do apóstolo Paulo. Foi precisamente sob o signo dos Santos Apóstolos que nos encontramos. Os Santos Bartolomeu e Tadeu, que proclamaram pela primeira vez o Evangelho nestas terras, e os Santos Pedro e Paulo, que deram a vida pelo Senhor em Roma, ao mesmo tempo que reinam com Cristo no céu, certamente se alegram ao ver o nosso afeto e a nossa aspiração concreta à plena comunhão. Por tudo isto agradeço ao Senhor, por vós e convosco: Glória a Deus!

Nesta Divina Liturgia, elevou-se ao céu o canto solene do triságio, louvando a santidade de Deus; desça, abundante, a bênção do Altíssimo sobre a terra, pela intercessão da Mãe de Deus, dos grandes Santos e Doutores, dos Mártires, especialmente da multidão de mártires que aqui canonizastes no ano passado. «O Unigénito que aqui desceu» abençoe o nosso caminho. O Espírito Santo faça dos crentes um só coração e uma só alma: venha refundar-nos na unidade. Por isso, gostaria de invocá-Lo novamente, fazendo minhas algumas palavras esplêndidas que entraram na vossa Liturgia: Vinde, ó Espírito! Vós «que sois, com gemidos incessantes, o nosso intercessor junto do Pai misericordioso, Vós que guardais os santos e purificais os pecadores»; derramai sobre nós o vosso fogo de amor e unidade, e «sejam desfeitos por este fogo os motivos do nosso escândalo» (Gregório de Narek, Livro das Lamentações, 33, 5), a começar pela falta de unidade entre os discípulos de Cristo.

Que a Igreja arménia caminhe em paz, e a comunhão entre nós seja plena. Surja em todos um forte anseio de unidade, uma unidade que não deve ser «submissão de um ao outro, nem absorção, mas sim acolhimento de todos os dons que Deus deu a cada um para manifestar ao mundo inteiro o grande mistério da salvação realizado por Cristo Senhor através do Espírito Santo» (Palavras no fim da Divina Liturgia, Igreja Patriarcal de São Jorge, Istambul, 30 de novembro de 2014).

Acolhamos o apelo dos Santos, ouçamos a voz dos humildes e dos pobres, das inúmeras vítimas do ódio que sofreram e sacrificaram a vida pela fé; prestemos ouvidos às gerações mais jovens, que pedem um futuro livre das divisões do passado. Que, deste lugar santo, se difunda novamente uma luz radiosa; e à luz da fé, que desde São Gregório, vosso pai segundo o Evangelho, iluminou estas terras, una-se a luz do amor que perdoa e reconcilia.

Tal como os Apóstolos na manhã de Páscoa, apesar das dúvidas e incertezas, correram até ao lugar da ressurreição, atraídos pela aurora feliz duma esperança nova (cf. Jo 20, 3-4) assim também nós, neste domingo santo, sigamos a chamada de Deus à plena comunhão e aceleremos o passo rumo a ela.

E agora, Santidade, em nome de Deus, peço-vos que me abençoeis, que abençoeis a mim e à Igreja Católica, que abençoeis esta nossa corrida rumo à plena unidade.

Bom Domingo do Senhor!

Respondamos aos pedidos do Senhor sem hesitações como fizeram aqueles de que nos fala o Evangelho de hoje (Lc 9, 51-62) se o fizermos ao contrário deles estaremos a amá-Lo acima de todas as coisas.

Que o nosso amor a Jesus Cristo Nosso Senhor seja um fonte inesgotável!

«Hei-de seguir-Te para onde quer que fores»

São João XXIII (1881-1963), papa
Diário da Alma, junho de 1957 [antes da eleição para a cátedra papal]


«Ao cair da tarde, dá-nos a luz.» Senhor, já chegou o cair da tarde. Cheguei ao septuagésimo sexto ano da minha vida, desta vida que é dom absoluto do Pai do Céu. Três quartos dos meus contemporâneos já passaram à outra margem e eu devo agora preparar-me para o grande momento. A ideia da morte não me traz inquietude. [...] Gozo de excelente e ainda robusta saúde, se bem que não possa fiar-me nela. Quero preparar-me para responder pronto! seja a que chamamento for, mesmo inesperado. Quero que a velhice – outro grande dom de Deus – seja para mim motivo de silenciosa alegria interior, de abandono quotidiano ao Senhor, para quem me volto como uma criança que se lança nos braços abertos do seu pai.A minha vida simples e (posso dizê-lo agora) longa desenrolou-se como um novelo sob o signo da humildade e da pureza. Não tenho custo nenhum em reconhecer e repetir que não sou nem valho absolutamente nada. Foi o Senhor que me fez nascer de gente modesta e pensou em tudo; eu apenas em tudo consenti. [...] É bem verdade que «a vontade do Senhor é a minha paz». E ponho toda a minha esperança na misericórdia de Jesus. [...]

Suponho que o Senhor me reserve, para minha mortificação e purificação e para poder ser admitido na alegria eterna, qualquer grande pena ou aflição do corpo ou do espírito antes de morrer. Pois bem, aceitá-la-ei por completo e de bom grado, contanto que tudo seja para glória de Deus, o bem da minha alma e o dos meus queridos filhos espirituais. Receio apenas a fraqueza da minha resistência e peço-Lhe que me ajude na minha pouca e quase nula confiança própria, antes a pondo toda no Senhor.

Há duas portas para entrar no Paraíso, a inocência e a penitência. Quem poderá presumir, homens fracos que somos, poder encontrar a primeira aberta de par em par? Quanto à segunda, é certa. Jesus passou por ela com a cruz aos ombros para pagar pelos nossos pecados e convida-nos a todos a segui-Lo.