Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 17 de março de 2017

OS MILAGRES «IMPERFEITOS» DE JESUS

As chamadas Capelas Imperfeitas no Mosteiro da Batalha
Bem sei que a Sagrada Escritura diz que Jesus «tudo fez bem» (Mc 7, 37) mas, paradoxalmente, muitos dos seus milagres parecem imperfeitos, tão imperfeitos quanto as belíssimas capelas da Batalha, que o são precisamente porque nunca foram concluídas. Também vários milagres do Senhor parecem incompletos, porque realizados de forma deficiente.

Senão, vejamos. Logo o primeiro, nas bodas de Caná, parece estranho, se se atentar a todos os pormenores. A pedido de Maria, Jesus acede a resolver milagrosamente a falta de vinho naquele banquete nupcial que, em boa verdade, corria sérios riscos de se tornar um autêntico «copo-de-água». Para o efeito, manda os serventes encherem seis talhas de pedra, tendo cada qual uma capacidade de uns cem litros, aproximadamente. Ou seja, obrigou os empregados a carregar uns seiscentos quilos de água, o que não é brincadeira. Ora um milagre «perfeito» podia e devia suprir essa operação prévia, pois Deus tem poder mais do que suficiente para fazer surgir, directamente do nada, o melhor vinho do mundo.

É verdade que o milagre das bodas de Caná foi o primeiro e, por isso, deve-se-lhe dar algum desconto. Mas, mesmo mais tarde, já sendo o Senhor mais experiente na arte, voltam a acontecer situações que parecem denotar alguma imperfeição no ofício. Por exemplo, aquando a segunda multiplicação dos pães e dos peixes, o Mestre excede-se na produção: com o que sobrou, encheram-se sete cestos bem cheios. Não teria sido mais lógico e económico que tivesse acertado na quantidade de alimentos a proporcionar àquela multidão de cerca de dez mil pessoas?! Por outro lado, Jesus serviu-se dos discípulos, qual improvisada empresa de «catering», para a distribuição daquele alimento milagroso e para a recolha das sobras, operação que, sendo tanta a gente a servir, deve ter sido muito demorada e cansativa. Porque não fez surgir, diante de cada comensal, a sua refeição, segundo a sua própria necessidade?! Não teria sido mais exemplar um milagre bem calibrado e sem necessidade de recorrer ao serviço dos apóstolos?!

Outro milagre estranho é o da cura do cego, em duas etapas. Depois da primeira intervenção de Jesus, o miraculado ficou a ver alguma coisa, mas tão desfocado que lhe parecia que os homens eram árvores que andam, o que é, obviamente, um insulto para os seres do reino vegetal. Foi precisa uma segunda actuação do Mestre para que o homem ficasse a ver bem. Pergunta-se: não teria sido mais lógico que o feito ocorresse de uma só vez?! Que dizer, ou pensar, de um médico que precisa de recorrer a uma segunda cirurgia, para corrigir o resultado da primeira?!

Mesmo depois da sua ressurreição, os milagres de Cristo parecem insuficientes, inexplicavelmente. A pesca milagrosa, que denuncia a presença do divino ressuscitado na margem do lago, volta a ser paradoxal: o artífice do facto extraordinário não poupa aos pescadores, depois de uma noite inteira de infrutífera faina, a penosa labuta de retirar do mar cento e cinquenta e três grandes peixes, tantos que a rede quase se rompia. Não lhes podia ter sido evitado este escusado sacrifício?! Não teria sido mais cómodo que a barca remasse para terra sem esse pesado lastro?! Não seria preferível que, logo de início, o peixe aparecesse na margem, já pronto para seguir para a lota?!

Como diria o Cardeal van Thuan, são precisamente estes «defeitos» de Jesus que O fazem mais amável. Se Ele só tivesse feito milagres «perfeitos», os fiéis mais não seriam do que meros espectadores passivos da sua acção. Com efeito, é a «imperfeição» dos seus milagres que convida à cooperação dos cristãos. Também o milagre em duas etapas é estimulante, na medida em que é um chamamento à esperança, na oração e na acção.

Graças a essas «imperfeições» divinas, todos os cristãos somos chamados a tomar parte activa na redenção do mundo, em união com Cristo e na sua Igreja, que é nossa também. Não falte, então, o nosso trabalho, nem a nossa fé!

P. Gonçalo Portocarrero de Almada in VOZ DA VERDADE de 16 de março de 2013

1 comentário:

Anónimo disse...

A perfeição dos milagres do Senhor Jesus.
1- Em seu primeiro milagre nas Bodas de Canaã, Jesus manda que os homens participem, enchendo de água, para serem testemunhas que o milagre veio dele, pois, se Jesus enchesse a tálias de vinho, quem iria testemunhar o milagre? não haveria dúvidas se ainda teria vinho? Jesus não deixa margem a dúvida. Pois, ele nos ensinou sim é sim, e não é não. A dúvida é do maligno.

2- A segunda multiplicação do pães, onde sobraram 7 cestos. Jesus mostra á todos os homens, que Deus não apenas nos completas, mas também nos dá a força para continuarmos a caminhada, danos sobras para manter nossas forças. Jesus é o pão da vida, e Ele não está apenas dentro de nossos corações, mas também fora, onde nos mostra o caminho, a sobra dos pães são aqueles a quem devemos ir repartir o que Jesus nos deu.

3- O cego, ao ficar curado, poderia gerar dúvidas aos homens que estavam a testemunhar a Glória de Deus, alguns poderia pensar que ele não seria realmente cego, outros ainda poderiam achar que reação do cego deixaria dúvidas do milagre. Mais ao testemunhar que via homens como árvores que andam. O cego nos mostra que não adianta ver um caminho obscuro. O caminho de Jesus é claro, é cheiro de pedras preciosas e que para a enxergarmos, temos que estar com Jesus não só uma, Mas duas, duzentas, duas mil vezes para vermos claramente.

com muito amor e carinho
MAE
Mulheres Amigas Especiais.