Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Homilia do Prelado do Opus Dei na Festa de São Josemaria Escrivá

O Prelado do Opus Dei na Basílica de Santo Eugénio (Roma)
HOMILIA NA FESTA DE SÃO JOSEMARIA
Mons. Fernando Ocáriz, prelado do Opus Dei
Basílica de Santo Eugênio, Roma, 26-VI-2017
Nosso coração se enche de alegria e de agradecimento a Nosso Senhor ao recordarmos hoje a mensagem da chamada universal à santidade e ao apostolado, da qual São Josemaria foi porta-voz durante sua vida terrena.
A oração do dia proposta pela liturgia destaca esta verdade proclamada pelo Concílio Vaticano II e, fazendo referência a São Josemaria, acrescenta: “Concedei-nos, por sua intercessão e exemplo, que através do trabalho cotidiano nos identifiquemos com Cristo, vosso Filho”. Esta petição resume, em certo sentido, nosso caminho na terra: parecer-nos cada dia mais com Jesus, por meio de uma atividade tão familiar para nós, que é o trabalho.
O ESPÍRITO SANTO É, NA REALIDADE, O GRANDE PROTAGONISTA DESTE ITINERÁRIO DE SANTIDADE NO COTIDIANO
A luz da fé amplia os horizontes de nosso trabalho: faz-nos ver que o homem foi criado por Deus e colocado “no jardim do Éden para o cultivar e guardar.” (Gen 2,15). A terra é confiada aos homens como um jardim que deve ser cultivado e cuidado cada dia, um ambiente cheio de potencialidades que devemos descobrir e desenvolver para a glória de Deus e para o serviço de nossos irmãos.
O Espírito Santo é, na realidade, o grande protagonista deste itinerário de santidade no cotidiano. Como diz São Paulo aos Romanos: “Recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: ‘Abba, ó Pai!'” É um grito, uma oração, que o Espírito Santo põe em nossos lábios e que podemos repetir ao longo do dia, por exemplo quando experimentamos o cansaço em nossa atividade profissional e, ao mesmo tempo, temos que continuar trabalhando. O saber que somos filhos de Deus nos anima a rezar e servir a todos, a não permanecer indiferentes diante de quem sofre por diversas situações como o desemprego ou um trabalho em condições precárias.
ELE ENTRA EM NOSSAS VIDAS DA MESMA FORMA COMO SUBIU À BARCA DE PEDRO E DE SEUS COMPANHEIROS
A luz do Espírito Santo faz com que encontremos Jesus, que sai ao nosso encontro, como saiu para procurar os primeiros discípulos junto ao lago de Genesaré. Ele entra em nossas vidas da mesma forma como subiu à barca de Pedro e de seus companheiros. E a mesma barca, que tinha sido testemunha de um fracasso profissional – uma pesca da que não puderam levar nada – se converte na cátedra do Mestre, no lugar a partir do qual Ele revela os mistérios do Reino de Deus. Mais ainda: nessa mesma barca começa uma aventura sobrenatural, prefigurada pela pesca milagrosa. A presença de Cristo transforma o nosso trabalho, nossa barca velha, no lugar da ação de Deus. E isto pode ser feito com gestos simples mas cheios de caridade: ajudar um colega com que não simpatizamos tanto, mas que precisa de um conselho prático para terminar bem o que está fazendo. Ou, talvez, dedicar uns minutos a uma pessoa, se sabemos que tem necessidade de conversar porque seu rosto reflete certa preocupação.
A PRESENÇA DE CRISTO TRANSFORMA O NOSSO TRABALHO, NOSSA BARCA VELHA, NO LUGAR DA AÇÃO DE DEUS
O Senhor pede que sejamos instrumentos em suas mãos para levar alegria e felicidade a este mundo que tanto o necessita. Dirige-nos o mesmo convite que fez a Pedro: “Avança para águas mais profundas e lança as redes para a pesca” (Lc 5, 4). Desta vez, as redes são jogadas naquele trabalho impregnado pela graça divina para que se transforme num lugar de testemunho cristão, de ajuda sincera a nossos colegas e a todas as pessoas com quem nos relacionamos. Neste sentido, podemos recordar o convite do Papa Francisco: “Quando os esforços para despertar a fé entre os seus amigos parecem inúteis, como a fadiga noturna dos pescadores, lembrem-se que com Jesus tudo muda. A Palavra do Senhor encheu as redes, e a Palavra do Senhor faz eficaz o trabalho missionário dos discípulos”. (Discurso, 22-IX-2013).
O Espírito Santo que habita em nós, se permitirmos a sua ação, nos moverá a remar mar adentro, isto é, a penetrar nesses horizontes apostólicos que são descobertos a cada dia: na família, no ambiente profissional, na relação com nossos amigos e conhecidos. Milagres voltarão a acontecer, como aponta São Josemaria: “Ao sair para o mar com os seus discípulos, Jesus não pensava só nessa pesca, porque, quando Pedro se lança aos seus pés e confessa com humildade: Afasta-te de mim, Senhor, que sou um pecador, Nosso Senhor responde-lhe: Não temas; de hoje em diante, serás pescador de homens. E também nesta nova pesca não há de falhar a plena eficácia divina, pois todo o apóstolo é instrumento de grandes prodígios, apesar das suas misérias pessoais” (Amigos de Deus, n. 261). Porque também nós devemos ser apóstolos, apóstolos no meio do trabalho e de todas as realidades humanas que procuramos levar a Deus.
Nossa Senhora é a Rainha dos Apóstolos. Assim a invocamos na ladainha do Rosário. Peçamos a Ela que nos ensine a colaborar ativamente na missão da Igreja para a salvação do mundo. Este era o desejo que são Josemaria atesourava em seu coração: colocar Cristo no centro e na raiz de cada atividade humana, em união com toda a Igreja: “omnes cum Petro ad Iesum per Mariam!”, todos com Pedro, a Jesus, por Maria!
(Fonte: site do Opus Dei - Brasil)

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