Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Viagem a Mianmar e Bangladesh (audiência)

Locutor: A recente viagem apostólica a Mianmar e Bangladesh foi um grande dom de Deus. Era a primeira vez que um Papa visitava Mianmar, país de maioria budista, cujo povo tanto sofreu por causa de conflitos e lentamente caminha rumo a uma nova condição de paz e liberdade. Lá a comunidade católica é ainda um pequeno rebanho, mas fecundo, que tem muito a contribuir para a construção de um futuro onde todos os grupos que compõem a população vivam em harmonia, rejeitando toda a violência e opondo-se ao mal com o bem. Já em Bangladesh, de maioria muçulmana, deu-se mais um passo na promoção do respeito e do diálogo entre o cristianismo e o Islão. De fato, somente a abertura do coração pode servir como base para uma cultura do encontro, de harmonia e de paz. Por outro lado, a Ordenação de novos sacerdotes foi um sinal eloquente de que os cristãos do sudeste asiático formam comunidades vivas e fecundas e que, unido aos seus pastores, fazem um generoso trabalho junto das famílias, dos pobres, promovendo a educação e a paz social.

Santo Padre:
Rivolgo un cordiale saluto ai pellegrini di lingua portoghese qui presenti, in particolare, ai fedeli brasiliani. Cari amici, in questo inizio di Avvento, siamo invitati ad andare incontro a Gesù che ci aspetta in tutti i bisognosi a cui possiamo portare la luce del Vangelo e il sollievo della carità. Dio vi benedica!

Locutor: Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa aqui presentes, particularmente os fiéis brasileiros. Caros amigos, neste início de Advento, somos convidados a ir ao encontro de Jesus que nos espera em todos os necessitados, aos quais podemos levar a luz do Evangelho e o alívio da caridade. Que Deus vos abençoe!

São Josemaría Escrivá nesta data em 1934

Invoca São Nicolau como intercessor para resolver dificuldades económicas. “No dia de S. Nicolau de Bari prometi ao Santo Bispo, no momento de subir ao altar para celebrar a Missa, que, se a nossa situação económica da Casa do Anjo da Guarda (assim se chamava a Academia DYA) se resolver, o nomearei Administrador da Obra de Deus”.

A FÉ

Posso acreditar num deus só por mim, só pela minha razão?

Por exemplo, ao olhar para o universo, para a terra, para as plantas, os animais, a vida, os homens, posso com alguma facilidade acreditar que existe um ser superior, a quem posso chamar deus, que tudo criou do nada, o tudo que depois foi evoluindo.

De alguma forma, a minha razão de pessoa comum, (mais correcta ou menos correcta), leva-me a acreditar que esse ser superior, esse deus, tem que existir, para que tudo tenha sido criado e evoluído.

E isso é ter Fé?

Não, de modo nenhum!
Isso é ter uma crença, porque é algo que nos é ditado apenas por argumentos mais ou menos racionais que, fazendo-me acreditar que esse ser superior existe, não implica uma adesão de vida a esse ser, que neste “acreditar” não tem mais qualquer impacto na minha vida a não ser esse mesmo: acreditar que existe, ou existiu!

A Fé, ou melhor o Dom da Fé, é algo que vai muito para além desse “acreditar”, porque não se limita a acreditar, mas a crer implicando uma adesão de vida que reconhece em Deus o Criador Supremo, aquele a Quem tudo pertence, aquele a Quem tudo é devido.

É que a Fé vai para além do racional, (embora a razão não seja incompatível com a Fé, antes pelo contrário), porque a Fé é crer num Deus que se dá a conhecer aos homens em toda a Sua Revelação, desde os tempos mais antigos até à Sua revelação final em Jesus Cristo.

A Fé envolve o mistério e o mistério não é “resolvido” pela razão, por isso mesmo implica uma adesão que vai para além da capacidade humana, ou seja, o homem precisa de ser iluminado pelo próprio Deus para alcançar essa total adesão à Revelação de Deus.

Mas a Fé implica também, para além da adesão, um viver, que não é “estático” como numa crença, (acredito e pronto!), mas sim uma resposta, uma relação entre aquele que tem a Fé, e aquele que é objecto da Fé, Aquele que doa ao homem o Dom da Fé.

É possível explicar pela ciência a Encarnação do Filho de Deus, Jesus Cristo, no seio de Maria, sem ela ter “conhecido” homem?
É possível explicar pela ciência a Ressurreição de Jesus Cristo, morto e sepultado depois de três dias?
É possível explicar pela ciência a Presença Real de Jesus Cristo na Hóstia consagrada?

Claro que não, que a ciência não consegue explicar estes e outros mistérios do cristianismo, que apenas podem ser acreditados e aceites pelo homem a quem o próprio Deus concedeu o Dom da Fé.

E isso torna a ciência incompatível com a Fé?
Também não, porque para além de outros factores, a ciência pode demonstrar, por exemplo, que nos milagres eucarísticos estudados, a “matéria” guardada em relíquia é carne de coração humano, ou que no Santo Sudário há coisas inexplicáveis para a própria ciência, o que ajuda o homem a perceber, (se quiser, iluminado pela Fé), a mão de Deus nesses acontecimentos, ou seja, a presença de Deus no meio dos homens.

O acreditar do homem em Deus, como Dom da Fé, é sempre iluminado pelo próprio Deus, mas é sempre também ajudado pela inteligência do homem e pela sua experiência vivencial desse mesmo Dom da Fé, nessa relação pessoal e comunitária com o Deus que se faz presente na vida do homem.

Sabemos bem como as palavras que o homem usa são finitas, isto é, não conseguem muitas vezes descrever tudo aquilo que o homem sente e vive.
Quantos autores já tentaram descrever o amor, em prosa e verso, na pintura e na música, enfim em tudo aquilo que é possível ao homem.

Algum verdadeiramente já o conseguiu descrever do modo como cada um o sente, em toda a sua plenitude?
Não, porque há sempre algo que o homem sente e é impossível de descrever, porque as palavras não chegam, embora, no entanto, o homem ao viver o amor saiba que o está a viver, e disso tenha a certeza.

Como podemos nós então descrever a Fé?
Podemos ir ao Catecismo da Igreja Católica, ou aos documentos da Igreja, ou aos autores cristãos, e mesmo assim, aquele que tem o Dom da Fé e a vive verdadeiramente, nunca a consegue ver inteiramente retratada nas palavras que lê ou ouve.

Porque o Dom da Fé faz parte integrante da plenitude do homem que quer encontrar Deus e a quem Deus chama ao Seu encontro.
E leva a uma relação tão pessoal e íntima com Deus, que se torna impossível de descrever em palavras humanas, mas que pode e deve ser testemunhada, e por isso mesmo o Dom da Fé se “completa” na sua dimensão comunitária.

Pode alguém descrever inteiramente um momento de união mística suscitada, por exemplo, num momento de oração ou de comunhão, em que a presença de Deus se torna tão real, que o mundo, (com tudo o que ele representa), desaparece nesse instante?
Vários Santos descreveram momentos desses, testemunhando-os com uma força tal, que nos apetece por vezes sentir transportados para viver esses momentos!
Mas se os experimentamos em nós próprios, não percebemos então que as suas palavras não conseguiram afinal descrever a plenitude de tais momentos?

Esses testemunhos, bem como aqueles que vimos e ouvimos no dia-a-dia das nossas vidas, nas comunidades em que vivemos, devem levar-nos a procurar cada vez mais viver o Dom da Fé com que fomos agraciados, para encontrarmos a plenitude da vida que nos foi dada, em Deus e por Deus.

«Felizes os que crêem sem terem visto» Jo 20,29, disse Jesus a Tomé, perante a sua incredulidade, que logo foi vencida pela Fé que o levou a exclamar a primeira profissão de fé na divindade de Cristo: «Meu Senhor e meu Deus» jo 20,28

Ou ainda como nos escreve São Pedro na sua primeira Carta:
«Sem o terdes visto, vós o amais; sem o ver ainda, credes nele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas.» 1 Pe 1, 8-9

E não é exactamente isso que nós experimentamos, quando vivemos o Dom da Fé que Deus nos concede?

Nas alegrias, na saúde, no bem-estar, mas também, apesar das provações, das dificuldades, das tristezas, de tudo o que a vida no mundo nos proporciona, a nossa confiança, a nossa esperança, a nossa certeza, reside em Deus, no Seu amor por nós, que o Dom da Fé, vivido intimamente e em comunidade, nos confirma nos nossos corações.

Por isso é tão verdadeira e bela a frase do nosso Bispo D. António Marto, na sua Nota Pastoral deste ano:
«A fé é bela porque torna bela a vida e é fonte de autêntica alegria» “O Tesouro da Fé, Dom para Todos”.

Joaquim Mexia Alves AQUI
Marinha Grande, 15 de Outubro de 2012

O Evangelho do dia 6 de dezembro de 2017

Tendo Jesus saído dali, dirigiu-Se para o mar da Galileia; e, subindo a um monte, sentou-Se ali. E veio até Ele uma grande multidão de povo, que trazia consigo coxos, cegos, mudos, estropiados e muitos outros. Lançaram-se a Seus pés, e Ele os curou; de modo que as multidões se admiravam, vendo falar os mudos, andar os coxos, ver os cegos; e davam glória ao Deus de Israel. Jesus, chamando os Seus discípulos, disse: «Tenho compaixão deste povo, porque há já três dias que não se afastam de Mim, e não têm que comer. Não quero despedi-los em jejum, para que não desfaleçam no caminho». Os discípulos disseram-Lhe: «Onde poderemos encontrar neste deserto pães bastantes para matar a fome a tão grande multidão?». Jesus disse-lhes: «Quantos pães tendes?». Eles responderam: «Sete, e uns poucos peixinhos». Ordenou então ao povo que se sentasse sobre a terra. E, tomando os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, deu-os aos Seus discípulos, e os discípulos os deram ao povo. Comeram todos, e saciaram-se. E dos bocados que sobejaram levantaram sete cestos cheios.

Mt 15, 29-37