Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 7 de janeiro de 2018

Bom Domingo do Senhor!

Façamos como nos narra o Evangelho de hoje (Mt 2, 1-12) e sigamos a Estrela de Jesus todos os momentos das nossas vidas.

Senhor, que a Tua Estrela ilumine os nossos corações para assim Te adorarmos, glorificarmos e darmos bom testemunho de Ti!

Epifania, a bênção especial de Deus sobre a descendência de Abraão

«…o nascimento do Rei dos Judeus tinha sido anunciado com o surgir de uma estrela, visível de muito longe. Foi este o testemunho de "alguns Magos", que do oriente foram a Jerusalém pouco depois do nascimento de Jesus, no tempo do rei Herodes (cf. Mt 2, 1-2). Mais uma vez se reevocam e se respondem o céu e a terra, a criação e a história. As antigas profecias encontram confirmação na linguagem dos astros. "Uma estrela sai de Jacob, e um ceptro flamejante surge do seio de Israel" (Nm 24, 17), tinha anunciado o vidente pagão Balaão, chamado a amaldiçoar o povo de Israel, e que ao contrário o abençoou porque revelou-lhe Deus "aquele povo é abençoado" (Nm 22, 12). Cromácio de Aquileia, no seu Comentário ao Evangelho de Mateus, pondo em relação Balaão com os Magos, escreve: "Aquele profetizou que Cristo teria vindo; estes viram-no com os olhos da fé". E acrescenta uma observação importante: "A estrela era vista por todos, mas nem todos a receberam" (ibid., 4, 1-2). Sobressai aqui o significado na perspectiva histórica, do símbolo da luz aplicado ao nascimento de Cristo: ele expressa a bênção especial de Deus sobre a descendência de Abraão, destinada a alargar-se a todos os povos da terra.»

(Bento XVI - Excerto homilia do dia 6/I/2008)

Epifania

1. «À Tua luz caminharão os povos e os reis andarão ao brilho do Teu esplendor » (Is. 60, 3).

Hoje a Igreja celebra a solenidade da Epifania, «manifestação» de Cristo a todos os povos, representados pelos Magos vindos do Oriente.

Esta festividade ajuda-nos a penetrar o profundo sentido da missão universal da Igreja, que se pode compreender como um movimento de irradiação: o irradiar- se da luz de Cristo, reflectida no rosto do seu Corpo místico. E dado que esta luz é luz de amor, verdade e beleza, não se impõe com a força, mas ilumina as mentes e atrai os corações.

Ao irradiar esta luz, a Igreja obedece ao mandato de Cristo ressuscitado: «Ide (...) ensinai todas as nações» (Mt. 28, 19). Trata-se de um movimento que, a partir do centro, da Eucaristia, se propaga em todas as direcções, através do testemunho e do anúncio do Evangelho. Este «ir» é animado por um impulso interior de caridade, sem o qual não produziria qualquer fruto.

A experiência dos Magos é muito eloquente a este propósito: eles movem-se guiados pela luz de uma estrela, que os atrai a Cristo. A Igreja deve ser como aquela estrela, isto é, capaz de reflectir a luz de Cristo, a fim de que os homens e os povos em busca de verdade e justiça se ponham em caminho rumo a Jesus, único Salvador do mundo.

2. Esta tarefa missionária é confiada a todo o Povo de Deus, mas incumbe de modo especial a quantos são chamados ao ministério apostólico, isto é, aos Bispos e Sacerdotes. Hoje, Festividade da Epifania, segundo um costume já consolidado, tive a alegria de consagrar doze novos Bispos.

Rezemos juntos por estes novos Pastores e por todos os Bispos do mundo, para que o seu serviço ao Evangelho seja cada vez mais generoso e fiel.

3. Neste dia, dirijo um pensamento especial aos irmãos do Oriente cristão, muitos dos quais celebram precisamente hoje o Santo Natal. Diante do ícone do Menino Jesus, amorosamente protegido por Maria e São José, desejamos invocar a graça de um ulterior aprofundamento das relações de compreensão e comunhão entre os cristãos do Oriente e do Ocidente. Com efeito, as diversidades nas tradições litúrgicas não só não devem constituir um obstáculo para a unidade, mas devem ser um estímulo para o conhecimento e o enriquecimento recíprocos.

Confiamos estes votos à Virgem Maria, enquanto lhe pedimos, de modo particular, que acompanhe os Bispos consagrados hoje de manhã no seu ministério pastoral.

(João Paulo II - Angelus - 06-I-1997)

Imagem: A Adoração dos Magos - Domenico Ghirlandaio - Florença

«Entrando na casa, viram o Menino»

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 06/01/1937


Adoração dos reis: os poderosos deste mundo prostram-se diante do humilde berço de uma criança. Ouro, incenso e mirra vindos do Oriente; ansiedade nos corações, poeira dos caminhos percorridos durante a noite, guiados por uma estrela. «Onde está O que acaba de nascer?» […] Passaram-se vinte séculos: muitas almas percorrem os caminhos da terra como os reis magos do Oriente e continuam a perguntar ao passar: «Vistes, acaso, aquele que a minha alma ama?» (Ct 3,3) É também uma estrela de luz que, iluminando o nosso caminho, nos conduz à humildade de uma manjedoura e nos mostra o que nos fez sair «das muralhas da cidade» (Heb 13,13; cf Lc 16,27). Ela mostra-nos um Deus que, sendo embora Senhor de tudo, carece de tudo. O Criador da luz e do calor do sol sofre de frio; Aquele que vem ao mundo por amor aos homens é esquecido pelos homens.

Tal como outrora, também agora há almas que procuram Deus. […] Infelizmente, nem todos conseguem encontrá-Lo, nem todos olham para a estrela que é a fé; também não ousam aventurar-se pelos caminhos que conduzem a Ele, que são a humildade, a renúncia, o sacrifício e quase sempre a cruz. […]

Quando esta noite, no coro, me recordava sem querer da minha infância, da minha casa, dos reis, o meu hábito de monge dizia-me outra coisa: tal como os magos, também eu vim à procura de uma manjedoura. Já não sou uma criança a quem se dêem brinquedos: os sonhos são agora maiores e não pertencem a esta vida. Os sonhos do mundo, tal como os brinquedos das crianças, dão felicidade enquanto esperamos por eles, mas depois tudo não passa de cartão. Os sonhos do céu são sonhos que duram toda a vida e depois não desapontam. Como os reis magos devem ter regressado felizes depois de terem visto Deus! Também eu O verei, só tenho de esperar um pouco. A manhã chegará em breve e, com ela, a luz. Que despertar feliz será esse!